A Seleção Brasileira já tem local definido para se concentrar durante a Copa do Mundo. A equipe ficará no Hotel Fairway, em Joanesburgo, local dos dos primeiros jogos do Brasil na Copa do Mundo da África do Sul 2010, de acordo com o site da CBF. O time de Dunga estreia na Copa de 2010 no dia 15 de junho contra a Coreia do Norte, em Joanesburgo. O local do jogo será o Ellis Park, estádio em que o Brasil conquistou a Copa das Confederações 2009 na vitória de 3 a 2 sobre os Estados Unidos. O segundo jogo, também em Joanesburgo, será no dia 20 de junho contra Costa do Marfim, no Soccer City Stadium.
Mês: janeiro 2010
A morte de uma lenda – J.D. Salinger
O escritor J.D. Salinger morreu aos 91 anos, “de causas naturais”, em sua casa em New Hampshire, nos EUA. Recluso havia muitos anos, o escritor não dava entrevistas desde 1980 nem se deixava fotografar. O seu livro mais conhecido, “O Apanhador no Campo de Centeio”, foi lançado em 1951, quando ele tinha 32 anos.
O personagem principal do livro, o adolescente Holden Caufield, se tornou símbolo da geração de jovens do pós-guerra. A obra foi um sucesso mundial, e vendeu mais de 60 milhões de cópias em todo o globo. O anúncio da morte foi feito pelo filho do autor, a partir de um comunicado emitido pelo representante literário de Salinger, nesta quinta-feira.
Quatro décadas sem publicar
Jerome David Salinger completou 91 anos no último dia 1º. Ele estava sem publicar um trabalho havia mais de quatro décadas. “Amo escrever”, disse Salinger em 1974, em uma de suas raras entrevistas, ao jornal “The New York Times”. “Mas, só escrevo para mim mesmo e para o meu prazer.” O último trabalho literário publicado assinado por ele foi “Hapworth 16, 1924”, em junho de 1965.
O autor, filho de um judeu importador de queijos kosher e de uma escocesa-irlandesa que se converteu ao judaísmo, cresceu em um apartamento da Park Avenue, em Manhattan, estudou durante três anos na Academia Militar de Valley Forge e em 1939, pouco antes de ser enviado à guerra, estudou contos na Universidade de Columbia. Durante a Segunda Guerra Mundial ele se alistou na infantaria, e esteve envolvido com a invasão da Normandia. Os companheiros de exército de Salinger o consideravam corajoso, um verdadeiro herói.
Em 1945, Salinger casou-se com uma médica francesa chamada Sylvia, de quem se divorciou e, em 1955, casou-se com Claire Douglas, união que também terminou em divórcio em 1967, quando se acentuou a reclusão do escritor em seu mundo privado e seu interesse pelo budismo zen.
Salinger namorou durante algum tempo, na década de 1980, a atriz Elaine Joyce, e no final daquela década se casou com a enfermeira Colleen O’Neill, 45 anos mais jovem que o autor. Pouco se sabe sobre a vida conjugal do casal, pois Colleen adotou o código de silêncio de seu marido, e não concedia entrevistas. (Da Folha de S. Paulo)
Libertadores: Cruzeiro empata com Real Potosí
Novos meninos da Vila massacram Barueri
Ideia original, frase definitiva
“O verdadeiro revolucionário é movido pelo amor. Amor à humanidade, à justiça e à verdade.”
Ernesto “Che” Guevara – médico, poeta, revolucionário.
Goleada colorada na estreia de Fossati
Botafogo passa pelo Tigres
Golaço de Love em tabela com o Imperador
Não sou fã de Vagner Love, mas a tabelinha no terceiro gol do Flamengo foi coisa de quem sabe jogar. A dupla com Adriano promete engrenar.
Capa do DIÁRIO, edição de quinta-feira, 28
Coluna: Em defesa do torcedor
Deveria ser uma questão de natureza administrativa, mas acabou virando tema de muita discussão nas arquibancadas. Quatro estádios de times que disputam o campeonato estadual ainda não foram liberados para sediar jogos. A comissão de vistoria, integrada pelo Corpo de Bombeiros e pelo Ministério Público, tem sido rigorosa na avaliação das condições oferecidas ao torcedor, principal cliente desse negócio chamado futebol.
Zinho Oliveira, em Marabá; Navegantão, em Tucuruí; Jader Barbalho, em Santarém; e o Mangueirão, em Belém, são as praças esportivas ainda interditadas. Baenão, Curuzu e Parque do Bacurau vêm sendo utilizados precariamente porque ainda existem exigências técnicas a serem cumpridas. A rigor, nenhum dos estádios paraenses está em condições ideais para abrigar jogos do campeonato.
Nas inspeções, os problemas mais corriqueiros encontrados pela comissão dizem respeito às instalações elétricas e hidráulicas, banheiros, dimensões das portas de entrada e saída e estado das vigas de sustentação.
Diante dos atropelos causados aos clubes pela interdição dos estádios surgem logo as críticas aos supostos excessos da comissão. Bobagem. Os inspetores cumprem seu dever. É deles a missão de zelar pelo bem-estar e a segurança das pessoas que pagam ingressos para assistir a jogos de futebol. Por isso, todas as minúcias são necessárias para que nada comprometa a integridade física dos torcedores.
Dirigentes dos clubes e da Federação Paraense de Futebol esperneiam, alegando que a demora na liberação dos estádios causa prejuízos financeiros e compromete o desempenho dos times no campeonato. A argumentação seria risível se não fosse patética. Os clubes mandantes têm a responsabilidade de oferecer praças esportivas seguras para o torcedor. Para evitar a dor de cabeça atual deveriam ter observado (e atendido) as recomendações do Estatuto do Torcedor.
As medidas preventivas vêm em socorro do torcedor, contribuindo para evitar tragédias, como a do estádio da Fonte Nova, em Salvador, que vitimou dezenas de torcedores. Se as vistorias fossem realmente sérias, as rachaduras nas arquibancadas certamente teriam sido verificadas a tempo e vidas seriam poupadas.
Que a fiscalização prossiga nos próximos anos, repetindo o trabalho sério executado nesta temporada. E que os transtornos façam com que clubes, FPF e setores da imprensa esportiva entendam que leis devem ser cumpridas.
A conquista do título nacional da Série D pôs o São Raimundo em outro patamar. Trouxe junto o pesado ônus da responsabilidade. Em 2009, sem nada a provar, foi vice-campeão estadual. Agora, a expectativa é outra. A cobrança também. A primeira vítima dessa nova realidade é o técnico Lúcio Santarém, que caiu depois da segunda rodada. Seja quem for, seu substituto terá muito trabalho para pôr a casa em ordem.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quinta-feira, 28)
Capa do Bola, edição de quinta-feira, 28
É por ti, Fogo!
Por Ricardo Perrone
Noventa minutos podem parecer muita coisa, principalmente se neles o seu time é humilhado. Em noventa minutos o seu ego vai ao chão ou ao céu, afinal de contas, é o “seu” time, é a “sua” camisa, a “sua vitória e a “sua” derrota. Isso faz do futebol especial.
Mas, perto de 100 anos, noventa minutos se tornam absolutamente nada. Infelizmente hoje em dia a história vale os 90 minutos para muitos torcedores e parte da mídia. Mas não é assim, nunca será. O que aconteceu no Engenhão domingo não reflete o “fim dos tempos”, nem sequer justifica a atitude desesperada e imbecil daquele torcedor.
O Botafogo é um dos mais importantes clubes da história deste país. E isso nenhuma goleada vai mudar. Claro, dói. Eu sei que dói. O meu já tomou de 7 do mesmo Vasco, e pior, da Portuguesa. Eu só não aceito o oportunismo de usar uma semana ruim para tentar desmerecer ou destruir uma história. Pois amanhã, se o Botafogo for campeão brasileiro, os mesmos que hoje insinuam o “time pequeno” estarão exaltando a história e a grandeza do Fogão.
Dizem que o Botafogo está diminuindo, se tornando pequeno. E eu digo, sem medo algum de estar errado: jamais! Bato nessa tecla até o último dia da minha vida. Nos 12 grandes, ninguém mexe. E o Botafogo é um deles.
Com mais torcida que Liverpool e Arsenal, o time tem valor comercial. Basta uma administração competente e ambiciosa a médio prazo que tudo se resolve. É impossível o São Caetano se tornar gigante, porque sem torcedores você não é nada. Tão impossível quanto imaginar que o clube que fez frente ao Santos de Pelé um dia terá sua historia diminuída ou apagada.
“Mas só tem um Brasileiro”, dizem. E desde quando o mundo começou em 1971? Time grande tem essa vantagem. Com camisa, se vai longe em pouco tempo. Para um pequeno conseguir isso, precisa de alguem pagando tudo por trás, sorte, um baita time e a certeza de que amanhã, quando acabar o investimento, volta a ser pequeno. Ao contrário do Botafogo, que pode passar mais 30 anos perdendo tudo, não deixará de ser grande.
Como um dia me disse, brilhantemente, Pedro Bial: “O que são 100 anos pro Fluminense?”. O mesmo se aplica ao Botafogo. Sua torcida, estimada em mais de 3 milhões, está cansada. E qualquer um cansa ao ver um gigante se portar como um qualquer durante anos. Mas, são fases. O que são os últimos 20 anos para o Botafogo?
Quando você abre a boca pra falar sobre a história do futebol brasileiro em sua formação, o maior do mundo, você passa obrigatoriamente pelo Botafogo. Mas, note, curiosamente, não passa pelo clube que hoje mais vence no país, o SPFC.
Isso não diminui o Tricolor, nem o Botafogo. São fases, e estamos apenas encerrando o primeiro centenário deste ciclo. Hoje lá em cima, amanhã lá em baixo, e assim segue o futebol.
Vai chover gente dizendo: “Não ganha nada!”, “Não tem CT”, “Não é grande”, etc, etc, etc. O SPFC, até 1989, não tinha nada também. Estava na “série B” do estadual. E hoje é o que é. O Flamengo, até 2009, vivia esperando o Brasileirão que nunca vinha. Devia, brigava pra não cair. Hoje é o campeão, mais falado do país e novamente o de maior exposição nacional. O Palmeiras ficou 20 anos na fila. Depois ganhou tudo, foi a Tóquio. O Corinthians ficou 20 anos na fila. E ganhou tudo. Vinte ou trinta anos não representam uma história completa, mas sim uma fase dela. O Botafogo está, há anos, em baixa. Isso é fato.
O que, no meu entender, e acho que no dos 3 milhões de torcedores do clube também, não diminui em nada o tamanho e a importância deste gigante do futebol brasileiro. Dias melhores virão. Hoje ou daqui 20 anos, virão.
Estejam certos disso, e jamais ousem rabiscar algumas das mais belas páginas da história do nosso futebol em virtude de tropeços e fases ruins.

