Jornalista condenado por ofender Noblat

Do Comunique-se

O jornalista José Adalberto Ribeiro foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal a indenizar o colunista do jornal O Globo, Ricardo Noblat, por danos morais, por chamar o profissional de “falsa vestal do jornalismo” e acusá-lo de ser um dos beneficiários de verbas publicitárias distribuídas pelo ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, Raul Jungmann.

No entendimento da 5ª Turma Cível houve ofensa, porque Ribeiro ultrapassou os limites da crítica e fez acusações e insinuações sem provas ou checagem. A informação foi publicada em 2007, quando a imprensa noticiava a denúncia feita pelo Ministério Público Federal, em que o ex-ministro era acusado de usar R$ 33 milhões em verba publicitária para favorecer empresas de seus amigos, entre eles, segundo Ribeiro, estaria Ricardo Noblat. “Essa afirmação deveras apresenta carga ofensiva apta abalar a integridade moral e profissional do requerente”, concluiu o juiz.

O jornalista que fez a acusação se defendeu, alegando que apenas exerceu a liberdade de expressão. Por outro lado, Noblat entrou na justiça pedindo uma indenização inicial de R$ 30 mil. Mas o juiz diminui o valor para R$ 3 mil. Ainda cabe recurso.

Barbieri confirma time para sábado

O técnico Luiz Carlos Barbieri confirmou, nesta sexta-feira, as duas mudanças previstas para o jogo contra o Ananindeua, sábado, às 16h, na Curuzu. Ainda sem poder contar com Eanes e Enilton, escalou Marcus Vinícius na lateral-direita e Jênison (na foto ao lado, com Leandro e Bruno Rangel) no meio-campo, substituindo a Bruno Lança. O time está definido com: Fávaro; Marcus Vinícius, Vítor Hugo, Rogério e Fabinho; Tácio, Zeziel, Sandro e Jênison; Bruno Rangel e Moisés. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola)

  

Pausa para lembrar o Dia do Jornalista

Pelo transcurso do Dia do Jornalista, que se comemora nesta sexta-feira (29) –  mesmo sem tantos motivos para soltar foguetes -, a Redação do DIÁRIO recebeu diversas homenagens de entidades e parceiros. Sob o mote “pausa pro café, e pra um pedaço de bolo também”, a agência CA No Media, representada por Manuela , enviou um bolo e brindes do Shopping Pátio Belém aos que fazem o jornal. Acima, um registro da visita, cabendo ao cuidadoso Atorres a guarda (provisória) do bolo comemorativo. Na foto de Octavio Cardoso, Manuela Freitas (CA), Atorres, Clayton Matos, William Silva, Cíntia Simões (CA) e este escriba baionense.

Para fórum, Lula é Estadista Global

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu “reinventar o mundo e as instituições”, porque está convencido de que “outro mundo é possível”. As declarações estavam em discurso lido em nome do presidente pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, que agraciou Lula com o prêmio ao Estadista Global, o primeiro dessa categoria. A frase “outro mundo é possível” é slogan do Fórum Social Mundial, que nasceu como um contraponto ao evento de Davos. Com o prêmio, os organizadores do Fórum quiseram elogiar os oito anos de mandato de Lula, que terminam em 2010, e a liderança que teve no mundo. O presidente, que teve que permanecer no Brasil por ordens médicas após sofrer uma crise de hipertensão, agradeceu a homenagem e a assumiu como um prêmio entregue em conjunto ao País, que, segundo ele, mostrou ao mundo que é possível crescer e melhorar “de outra maneira”.

Por isso, defendeu ser criativo e reinventar o estabelecido. “É o momento de reinventar o mundo e as instituições. O mundo perdeu a capacidade de criar e sonhar, e devemos recuperá-la”, afirmou. E uma das principais formas para conseguir isso, segundo Lula, é “estabelecer regulações claras para evitar riscos absurdos que nos levem a outra crise”. Lula está convencido de que, apesar da tempestade econômica e financeira que castigou o mundo no ano passado, nada de profundo foi feito para modificar as estruturas estabelecidas, por isso fez uma chamada à ação, à mudança e à regulação. “No ano passado, vimos onde a especulação financeira pode nos levar. Quantas crises serão necessárias para que mudemos? Quantas hecatombes têm que ocorrer para que decidamos fazer o correto?”, disse.

A capacidade de liderança de Lula foi destacada pelo ex-secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, que foi o encarregado de entregar o prêmio. “Seu caminho de uma infância de pobreza até se tornar um estadista respeitado no mundo todo é destacável e deve inspirar a todos, porque, além disso, fez isso com sua luta contra as desigualdades de seu país e do mundo”, afirmou Annan. (Da AP, repassado pelo baluarte Hélio Mairata)

Cabra bom esse metalúrgico. Vou te dizer…

Má fase derruba técnico da Juventus

A diretoria da Juventus confirmou a contratação de Alberto Zaccheroni para substituir Ciro Ferrara como treinador do clube. O time italiano demitiu o téncico devida a má fase do clube. Ferrara até teve um bom início no clube, mas começou a decair após ser eliminado da Champions League. Zaccheroni já dirigiu clubes importantes. Esteve à frente do Milan, entre 1998 e 2001; Lazio, de 2001 a 2002; e da Internazionale, entre 2003 e 2004. Seu último trabalho foi no Torino, de onde saiu em 2007. Pela experiência, superou o até então favorito Cláudio Gentile. (Da ESPN)

Onde estão os filmes de futebol?

Por Inácio Araújo

Tenho a impressão de que essa pergunta vai e volta, desde os tempos em que Spencer Tracy era locutor esportivo. Se temos uma grande paixão pelo futebol, então os filmes sobre o assunto deveriam constituir um filão ao menos tão rico quanto, digamos, o do cangaço.

“Invictus”, o novo Clint Eastwood, ajuda a dar uma resposta, embora pudesse ser “The Longest Yard”, a primeira versão, ou vários outros. A resposta é: não existe filme sobre esporte. Os jogos não são um bom assunto, mas aquilo que existe em torno deles.

Existe também um pequeno filme, mas bem sucedido, me parece, chamado “Coach Carter”, em que um técnico de basquete transforma uma escola público do depósito de gente que era em um lugar de formação, servindo-se para tanto do basquete. Em “The Longest Yard” era o jogo de futebol americano opondo os presidiários aos guardas de presídio. Clint Eastwood usa mais ou menos o menos recurso. Saca do rugby, um esporte que mal conhecemos por aqui, como o futebol americano, para dizer duas ou três coisas sobre Nelson Mandela e, sobretudo, a integração racial.

Em todos os filmes sobre esporte que dão certo o importante é o que está fora de campo. É o que está em torno dele. Aliás, foi assim que Ugo Giorgetti fez também em “Boleiros” (no primeiro, sobretudo) e deu muito pé.

Quanto a “Invictus” é aquela coisa: Clint tem algo a dizer e diz. Desde o estado de oposição entre brancos e negros na África do Sul (resumido de forma magnífica no plano de abertura) à ação de Mandela, servindo-se da paixão esportiva para criar a hipótese de esquecimento do “apartheid”, passando pela inteligência dos grandes políticos, tudo está lá.

Mas me parece, antes de mais nada, um filme da era Obama. E Clint é o mais democrata dos republicanos, nunca vi.

(P.S. – Pode-se apontar uma série de fraquezas no filme. Pode-se dizer que existe um “núcleo branco” desenvolvido quase que nem em novela. ou que a cena da distribuição de um ticket para a empregada é frouxíssima (dessa eu não discordo, aliás). Mas a grandeza de Clint está, em parte, em ser alguém muito prático. Faz filmes modernos não porque recorra a técnicas modernas ou acelere absurdamente a duração dos planos. Mas porque tem algo a dizer ao tempo presente, concorde-se ou não, e diz. Seu cinema nunca é um passatempo, embora pareça, de tão agradável que é.) 

P.S. 2 – O jogo em questão aqui é rugby, outro que no Brasil a gente mal sabe o que é. Mas a emoção que suscita é aquela de um esporte que conhecemos profundamente. Porque, como eu disse, a rigor o esporte não importa, ele é apenas o lugar vazio onde se joga uma grande carga emocional. O filme do Cao Hamburger era de certa forma assim, embora ali os dois assuntos, o desaparecimento do pai e o campeonato de futebol, corressem um tanto paralelos, como em “Pra Frente Brasil”.)