Rádio Clube: liderança e compromisso

Transcrevo a saudação enviada por Guilherme Guerreiro aos companheiros da Rádio Clube, por ocasião da confraternização realizada neste sábado, 9:

Prezados  companheiros,

Como estou ausente da nossa festa de confraternização e não posso expressar,  de viva voz, meus sinceros agradecimentos a todos vocês, eu o faço através desta mensagem.

O ano de 2009 foi embora e nos deixou lições importantes. Fomos fortes e suficientemente capazes de enfrentar a crise com altivez e triunfar sobre ela. Seguimos todos no mesmo barco e conseguimos vencer a “marolinha” com muito profissionalismo e muita união.

Este ano, o ano da graça de 2010, se apresenta como um novo desafio para todos que militam no esporte e, principalmente, no futebol.

Este ano precisa ser o ano da retomada do futebol paraense. Vamos fazer a nossa parte. Sem perder a linha crítica, sem escamotear a verdade, vamos adotar um olhar mais otimista, mais esperançoso, mais positivista para o nosso cenário esportivo.

Vamos contribuir  da melhor maneira possível para o nosso torcedor ter, de novo, o direito de sonhar por dias melhores.

Vamos evitar críticas pessoais ou gratuitas. Vamos fazer críticas construtivas, sem deboches, sem achincalhes, sem desrespeito. Ninguém é dono da verdade, nós sabemos disso. Podemos ser contundentes sem sermos injustos ou levianos. Façamos esse exercício sempre.

Vamos aplaudir o crescimento do nosso mercado de trabalho. Quanto mais forte for a cobertura esportiva, melhor para todos nós. Investimentos nas equipes esportivas e nas Rádios AM são sinalizadores positivos e importantes para o nosso futuro.

Quando alguém investe num produto é um indicativo de que ele vale a pena. E mais, quando isso ocorre, nossos dirigentes buscam mecanismos para fazer algo mais pelo nosso segmento.

Fazer o melhor pela Rádio Clube, pelo Grupo RBA, não é desvalorizar o que não é feito por nós e sim se preparar melhor para desenvolver o nosso trabalho com profissionalismo e respeito. Nós somos assim. 

Quero agradecer a cada um de vocês o empenho, o carinho, a dedicação e, principalmente, a competência, pelo sucesso alcançado pela nossa equipe.

É um orgulho fazer parte do Timão Campeão do Rádio, da equipe Bola de Ouro. A Rádio Clube é a Dona da Bola e vocês são os Donos do Espetáculo.

Obrigado pela Goleada de Audiência.

FELIZ 2010.

GUILHERME GUERREIRO.

Marciano chega para reforçar o Remo

Em primeira mão, repasso aos leitores do blog a informação do diretor Abelardo Sampaio de que o Remo finalmente contratou um atacante. Trata-se de Marciano, 29 anos, ex-jogador do Icasa (CE), Ceará Sporting, Limoeiro, Moto Clube, Coritiba, Brasiliense, Macaé (RJ) e Brasil de Pelotas. Piauiense de Oeiras, Marciano fez boa campanha no Icasa na Série C 2009, sagrando-se artilheiro da competição (como já havia ocorrido em 2004). Chegará neste domingo a Belém, às 13h30, para avaliação do departamento médico do Remo. Caso esteja apto, será contratado. Nas últimas semanas, Marciano fazia pré-temporada no Rio Branco de Americana (SP).

Pensata: A imprensa e o novo Brasil

Por Emílio Odebrecht (Folha de S. Paulo)

NO FINAL do ano passado, a revista “The Economist” brindou-nos com uma matéria de capa cujo título era: “O Brasil decola”. A reportagem chama nosso país de maior história de sucesso da América Latina. Lembra que fomos os últimos a entrar na crise de 2008 e os primeiros a sair e especula que possamos nos tornar a quinta potência econômica do globo dentro de 15 anos.

Não é apenas a revista inglesa que vem falando dos avanços aqui obtidos nos campos institucional, social e econômico nas últimas décadas. Somos hoje referência no mundo e um exemplo para os países em desenvolvimento, vistos como uma boa-nova que surge abaixo da linha do Equador.

Diante disto, me pergunto se a imprensa brasileira está em sintonia com a mundial -que aponta nossos defeitos, mas reconhece nossos méritos.

Tal dúvida me surge porque há um Brasil que dá certo e que aparece pouco nos meios de comunicação. Aparentemente, o destaque é sempre dado ao escândalo do dia.

Isso deixa a sensação de que não estamos conseguindo explicar aos brasileiros o que a imprensa internacional tem explicado aos europeus, norte-americanos e asiáticos.

Tornar públicas as mazelas é obrigação da imprensa em um país livre. Mas falar somente do que há de ruim na vida nacional, dia após dia, alimenta e realimenta a visão negativa que o brasileiro ainda tem de si.

Se as coisas por aqui caminham para um futuro mais promissor, é porque, em vários âmbitos, estamos fazendo o que é o certo.

Para líderes políticos, empresariais e sociais dos países que precisam encontrar o caminho do progresso, conhecer nossas experiências bem sucedidas pode ser o que buscam para desatar os nós que ainda os prendem na pobreza e no subdesenvolvimento.

O fato é que, ficando nos estreitos limites do senso comum, a sensação é de que a imprensa, de uma forma geral, considera o que é bem feito uma obrigação -não merecedor, portanto, de ocupar espaços editoriais, porque o que está no plano da normalidade não atrairia os leitores.

Ocorre que o que acontece aqui, hoje, repercute onde antes não imaginávamos. Por outro lado, há uma mudança cultural em curso na sociedade brasileira e a imprensa tem um papel preponderante nesse processo.

O protagonismo internacional do Brasil e nossa capacidade de criar novos paradigmas impõem que a boa notícia seja tão realçada quanto são os fatos que apontam para a necessidade absoluta de uma depuração de costumes que ainda persistem em nossas instituições.

Paissandu anuncia Pelé como reforço

O meia-atacante Édson Araújo, 29 anos, mais conhecido como Edson Pelé, é a 43ª contratação do Paissandu para o Parazão. A confirmação foi dada neste sábado pelo diretor Antonio Cláudio Louro. Edson é paulista, já passou por clubes como Portuguesa (SP), Corinthians (SP), Atlético Mineiro (MG) e Santa Cruz (PE), jogando também na Coreia e nos Emirados Árabes Unidos. Ainda no sábado, o clube recebeu o atacante Luciano Dias, 24, que veio por indicação do técnico Luiz Carlos Barbieri.  (Com informações da Rádio Clube)

A força do futebol missionário

No futebol brasileiro, tão refratário a inovações de gerenciamento e administração, algumas ideias primitivas surpreendentemente ganham fôlego através de jovens treinadores. A Seleção Brasileira, desde que Dunga convidou o amigo Jorginho (lateral campeão do mundo em 1994) para auxiliar, adquiriu um perfil de “igrejinha”, literalmente. Alguns jogadores, que preferem não se identificar, comentam que os chamados “atletas de Cristo” têm mais chances no escrete do que os não-evangélicos. Dunga não é propriamente um beato, mas Jorginho leva as convicções religiosas às últimas consequencias.

Com a anuência de Dunga, o ex-lateral do Flamengo chegou a propor (e conseguiu) ter um conselheiro espiritual, ligado à sua igreja, acompanhando a Seleção. Promove frequentes reuniões e cultos na concentração. Na Copa das Confederações, participavam desses encontros 11 jogadores, ficando os demais atletas um tanto deslocados e temerosos de retaliações. Lúcio, Luizão, Kaká, Felipe Melo e Daniel Alves são identificados como expoentes do grupo religioso dentro da Seleção. Robinho, Luiz Fabiano e Julio Cezar são os mais arredios, mas já há um movimento no sentido de cooptar principalmente Robinho, visto como um “irmão a ser salvo”.

No momento das comemorações, um gesto comum identifica os jogadores engajados: as duas mãos erguidas em direção ao céu, com o olhar para o alto, acompanhado de prece em agradecimento a Deus. E quando o Brasil finalmente conquistou o título foi necessário um aviso oficial da CBF, ainda dentro do gramado, para que os jogadores continuassem vestindo o uniforme oficial da Seleção. A maioria já havia tirado a amarelinha e estava com a camiseta usada por baixo, com saudações evangélicas.

A Fifa chegou a emitir um comunicado oficial, motivado pelas explícitas manifestações religiosas dos brasileiros, normatizando a conduta de atletas em jogos oficiais. É proibida a realização de mini-cultos no campo de jogo e a retirada das camisas oficiais, como forma de resguardar o direito à imagem que todo patrocinador tem. Pelo visto, apesar do claro objetivo da entidade, os jogadores da Seleção continuam a insistir nas mensagens, que buscam ressaltar e propagar suas crenças. Nas entrevistas, são comuns as citações “ao Senhor” como agradecimento por vitórias e conquistas. Muitos ignoram até a análise técnica das partidas, preferindo enaltecer o dedo de Deus nos resultados positivos.

Nos torneios realizados no Brasil a religiosidade também vem aumentando. Desde que os Atletas de Cristo surgiram como entidade, capitaneados por Silas e Müller no São Paulo de Cilinho, nos anos 80, a fé só fez aumentar no ambiente do nobre esporte bretão. E é através do próprio Silas que o fervor evangélico vem se manifestando, a partir da bela campanha do Avaí no recente Campeonato Brasileiro. Dirigentes do clube catarinense revelam agora que vários jogadores não-evangélicos teriam sido discriminados pela comissão técnica. O treinador nega, alegando – com razão – que durante a competição ninguém criticou esse procedimento.

O certo é que um guru espiritual, Johnny Monteiro (ex-capelão das divisões de base da Seleção nos tempos de Renê Simões), acompanhou a delegação em tempo integral, orientando e aconselhando os boleiros. Suas pregações levam tanto tempo quanto as preleções do técnico Silas. A ascensão técnica do Avaí na competição é atribuída, em grande parte, à disciplina religiosa. Com a transferência para o Grêmio, a primeira figura anunciada na comissão técnica foi justamente a do orientador religioso. Resta saber como será a receptividade ao futebol missionário no ambiente dos pampas, conhecido por suas fortes tradições e rivalidade acentuada entre Inter e Grêmio.