Obesidade do Fenômeno tem destaque internacional

O site do diário espanhol AS destaca nesta sexta-feira a falta de privação de Ronaldo durante as festas de fim de ano. “Ronaldo voltou a trabalhar com quatro quilos a mais”. Assim é o título da matéria, que exalta também o ânimo do Fenômeno na volta das férias. A notícia segue, lembrando que este é um ano importante para o Corinthians, que espera que tanto Ronaldo quanto Roberto Carlos estejam em boas condições físicas até o dia 24 de janeiro para a disputa da Copa Libertadores da América. Até lá, o camisa 9 corintiano passará por sessões de treinamento físico específico. “Ele ganhou algum peso, o que é normal. Não há motivo para preocupações. Nossas expectativas eram de que chegaria neste estado após alguns dias de férias. No ano passado, ele chegou muito pior e melhorou em seguida”, afirmou o preparador físico Walmir Cruz, que não forçará Ronaldo para evitar lesões.

Informalmente, integrantes da comissão técnica corintiana admitem que o atacante terminou a temporada com 101 quilos, peso apropriado para Rei Momo. Pela análise das fotos e imagens de treinos, deve estar agora com 105 quilos ou mais. Na assessoria do jogador, há quem defenda que ele evite ser fotografado ou filmado, na esperança de que ainda venha a ser chamado por Dunga para a Copa 2010. 

Invasão veterana

Na mesma matéria, o diário AS destaca o retorno aos gramados de jogadores consagrados do futebol brasileiro. Além de Ronaldo e Roberto Carlos, do Corinthians, são citados Edílson, agora no Bahia, Petkovic, que conquistou o Campeonato Brasileiro de 2009 pelo Flamengo, Sávio, do Avaí, Giovani, que retornou ao Santos, e Viola, a “última vaca sagrada a anunciar seu retorno”. O ex-atacante de Corinthians e Valência defenderá o Brusque no Campeonato Catarinense. (Com informações da ESPN, Lancenet e Gazeta)

A musa das sextas-feiras

Musa do diretor polonês de nome enrolado Krzysztof Kielowski, Irène Jacob brilhou particularmente em dois filmes dele. O primeiro, “A Dupla Vida de Veronique”, de 1991. O segundo, “A Fraternidade é Vermelha”, de 1994 com Jean-Louis Trintignant, foi o mais popular. A história é meio absurda, mas La Jacob compensa as complicações temáticas do polaco: uma modelo (Jacob) atropela o cão de um juiz aposentado (Trintignant), que tem o hábito de ouvir conversas telefônicas de outras pessoas. Este detalhe é o ponto de partida para uma singular amizade entre ambos. A iluminação usada por Kielowski no filme beneficia particularmente a beleza em tons clássicos de Jacob, atriz nascida em 15 julho 1966 na cidade francesa de Suresnes. 

O começo da carreira foi em “Adeus, Meninos”, de Louis Malle, onde fez pequena aparição. Jacob filmou também, em papel secundário, “O Jardim Secreto”, de Agnieszka Holland, da fracassada produtora de Francis Ford Coppola. Pouco afeita a badalações como cabe às grandes estrelas, ela andava meio sumida do noticiário, dedicando-se ao teatro e a filmes de diretores franceses, sem repercussão internacional.

Até que, não mais que de repente, no ano passado, veio ao Rio filmar uma comédia (com previsão de lançamento para abril de 2010) dirigida por Jonathan Nossiter, com Matt Dillon, Bill Pullman e Charlotte Rampling no elenco.

Sem convites, Zagallo não vai à Copa

Por Cosme Rímoli

Ninguém na história do futebol mundial ganhou tantas Copas do Mundo quanto ele. Foram duas dentro do campo como jogador: 1958 e 1962. E duas fora. Como treinador em 1970. E como coordenador em 1994. Não se esquecendo do vice-campeonato em 1998, na França, também como treinador. Mario Jorge Lobo Zagallo. Os aviões da alegria de todos os lados já começam a ser formados para acompanhar a Copa da África. Mas o maior ganhador de mundiais é convidado de ninguém. Nem CBF, nem Fifa, nem governo federal, nem do Comitê Organizador da África do Sul. Em entrevista exclusiva, Zagallo até tentou disfarçar. Mas ficou evidente a sua mágoa pelo inexplicável esquecimento. Zagallo continua lúcido e ácidos nas respostas. Não foge de nenhuma pergunta. E, sincero, diz que Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho não devem ir para a Copa da África.

Zagallo: vamos começar por esses dois jogadores. Por que o Dunga não deve levar o Ronaldo e o Gaúcho?

Olha, eu sou suspeito para falar de tanto que eu gosto do Ronaldo. Gosto dele de graça. Mas eu tenho de dizer que o problema dele é físico. Não consegue entrar em forma. Todos estão vendo a enorme dificuldade que ele tem para emagrecer. A Copa do Mundo é uma competição curta e que exige os jogadores muito bem fisicamente. Ele já teve tempo demais para entrar em forma. Tecnicamente eu só posso aplaudi-lo. Mas fisicamente ele já mostrou que não dá. O Ronaldinho Gaúcho só jogou bem mesmo no Barcelona. Com a camisa verde e amarela só decepcionou. Tem atletas que são assim. Pela minha vivência, ele não deve ser chamado. Infelizmente não merece pelo que deixou de fazer com a Seleção. E tem mais: o Dunga já está com o grupo definido.Os dois estão fora. Não tenho dúvidas.

O Brasil é o grande favorito para vencer a Copa do Mundo?

Acredito que sim. Pela maneira que a equipe está jogando e pela seriedade que o Dunga conseguiu impor à Seleção. O grupo é forte. O esquema tático é moderno. E o talento dos nossos jogadores é  superior aos adversários. Se o Brasil levar a sério, estiver concentrado, fechado, ganha o Mundial. Me perguntaram se o Brasil caiu no sorteio no grupo da morte. Morte é jogar contra a Seleção em uma Copa do Mundo…

O que aconteceu em 2006? Você e o Parreira foram bonzinhos demais e o time caiu na balada por isso perdeu a Copa?

Muito bom você me perguntar isso e dessa maneira. Quero deixar bem claro para que isso é das grandes bobagens que tivemos de ouvir quando voltamos da Copa. Vamos relembrar. Ganhamos as Eliminatórias e a Copa das Confederações. Saímos daqui até mais favoritos que a Seleção do Dunga. Por isso mesmo grandes empresas queriam ter o Brasil treinando. E pagaram caríssimo por isso. Foi assim na Suíça, em Weggis. A CBF não poderia imaginar que fosse aquela bagunça ao redor da equipe. Esse período fugiu ao nosso controle porque não era dentro da Seleção. Fizera um show ao redor da Seleção que tirou toda a concentração do time. Chegamos muito mal na Alemanha. Não foram as baladas. Os jogadores saíam nos dias de jogos, como em todas as Copas. Na de 2002 foi a mesma coisa. Isso é história besta que não tem nada a ver. Perdemos na hora do preparo final. Esse foi o nosso pecado.

Como é que o senhor está se sentindo sem convite algum para acompanhar a Copa na África? Ninguém ganhou tantas Copas como você..

Ah… (demora para responder, pensa bem as palavras)É uma sensação ruim, estranha. Mas eu compreendo. Sei como as coisas acontecem. Não estou mais trabalhando na Seleção. Me afastei. É evidente que gostaria de estar lá torcendo pelo Brasil. Eu acho que fui importante para o futebol, não fui? Mas a vida é assim, meu filho.Vai ser estranho não vou negar, mas vou ligar a televisão e torcer pelo Brasil. Aqui no nosso país é assim.Na Europa os ex-jogadores que só foram ídolos e nunca ganharam um mundial estão sendo homenageados todos os dias.A questão é cultural.Mas eu não vou pedir nada para ninguém.

Como é que você vê o abandono dos jogadores que foram campeões mundiais com a Seleção Brasileira?

É uma questão triste, que machuca. Há muitos jogadores que fizeram tanto pelo Brasil passando extrema dificuldade. Na nossa época como atleta não se ganhava tanto. Ninguém quer caridade, não. Mas foi o próprio presidente Lula que nos chamou à Brasília e prometeu uma aposentadoria e plano médico para todos. Só que até agora nada. Há jogadores dependendo da boa vontade do clube. O Botafogo está fazendo tudo pelo Nilton Santos que está muito doente. E os outros? Sinceramente, eu não gosto nem de falar nisso. É uma coisa doída, triste mesmo. Graças a Deus eu posso cuidar de mim e da minha família. Sinto pelos outros. Mas repito a você: a vida é assim. Aproveite quem estiver no auge da vida. Porque depois quando o tempo passar será duro.

Por falar em Seleção, eu entrevistei o Dario e ele o isentou no famoso caso da convocação dele para a Copa de 70. Disse que você não quis agradar o presidente general Médici…

É sempre bom falar disso. E sem medo. Nunca fui uma pessoa que agradou a ditadura, o regime militar, o presidente Médici. Trabalhei pela Seleção Brasileira. O Dario foi convocado porque eu era um artilheiro. Se eu quisesse agradar ao Médici o teria colocado como titular do time. Nem no banco o Dario ficou. Nunca na minha vida fui puxa-saco de ninguém ou estive a serviço da ditadura. É bom que as pessoas saibam disso.

Sendo sincero: o nível do futebol atual dos clubes brasileiros lhe agrada?

Olha…O Brasileiro passado foi emocionante. Clubes brigaram pelo título e para sair do rebaixamento até o final. Mas o nível não foi a melhor coisa do mundo, não. Foi o que eu vi. Gostei pelo resgaste do futebol do Rio de Janeiro. O Flamengo foi campeão, o Botafogo e o Fluminense não caíram. E o Vasco voltou da Série B. Por esse lado foi ótimo. Torço para que as equipes cariocas se estruturem para parar de passar sufoco. O Rio de Janeiro tem de estar sempre forte.

Como foi entregar a camisa 13 para o El Loco Abreu do Botafogo?

Foi uma linda homenagem. Eu fui campeão como jogador e como treinador do Botafogo. Sinceramente fiquei muito feliz com a lembrança. Torço para o El Loco ser muito feliz aqui no Brasil. É um bom jogador e ótima pessoa. Ele me tratou bem demais. Eu dei com prazer a camisa com o meu número de sorte. Mas o que me deixou mais feliz foi ter sido lembrado pela diretoria do Botafogo.

Você negociou com várias empresas, inclusive a Nike, o lançamento de sua biografia. Não deu certo. Não é uma pena, um desperdício não deixar a sua história tão rica em um livro definitivo?

Olha, eu negociei e já me aborreci com essa história de livro. Eu desisti. O que eu quero dizer a você, Cosme, é que se alguém quiser escrever algo sobre mim no futuro basta pegar os meus depoimentos que dei por aí. Principalmente na TV Globo. Eu não vou fazer livro algum. Deixa assim. Tudo está muito bom. Tive uma vida linda de muitas vitórias no futebol. O importante é que eu passei por tudo isso. Sou grato demais a Deus pelo que vivi e o que estou vivendo…

Não sou fã das atitudes do Velho Lobo como técnico (iniciou os esquemas de uso da Seleção para vender jogador no exterior, adotou postura sempre defensivista nas escalações e, acima de tudo, sacaneou cruelmente o nosso Giovanni na Copa de 1998), mas é inegável que se trata de um vencedor e não deveria ser esquecido dessa forma, principalmente pela CBF, a quem sempre foi extremamente fiel.

Três ações contra Bóris Casoy

Do Comunique-se

Sindicato dos Trabalhadores de Empresa de Prestação de Serviço de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo (Siemaco) e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Serviços, Asseio e Conservação Limpeza Urbana, Ambiental e Áreas Verdes (Fenascom) entraram com três ações contra o jornalista Boris Casoy, sendo uma delas criminal. Em duas ações, a Band também é citada. Contra jornalista e emissora, as entidades ingressaram com ações de reparação civil em nome dos dois garis, Francisco Gabriel e José Domingos de Melo, que após desejarem feliz ano novo ao final de uma reportagem, motivaram a declaração de Boris. A outra ação contra a empresa e o jornalista é de indenização por danos morais em favor de toda a categoria. A terceira ação, essa somente contra o apresentador, é por crime de preconceito. O valor do ressarcimento não foi estipulado pelo advogado, que deixou a decisão ao juiz que analisará o caso.

“A Fenascom já entrou com uma ação de indenização em prol dos mais de 350 mil trabalhadores que foram ofendidos. Agora vamos propor a ação criminal e de reparação civil aos dois garis”, explicou Francisco Larocca, advogado que cuida do caso.

No dia 31/12, em um vazamento de áudio durante o jornal, Boris disse que os garis apresentados em uma reportagem estavam “no mais baixo na escala de trabalho”. No dia seguinte o apresentador pediu desculpas ao vivo, mas o caso ganhou repercussão nacional. Sobre a declaração do jornalista, Larocca diz que nunca viu um fato parecido. “De uma pessoa renomada e conhecida no meio jornalístico, é a primeira vez que vejo. Essa classe é bem reconhecida pela sociedade pelo serviço que presta, por isso nunca vimos uma ofensa assim”, declarou.

Acho é pouco. Defendo toda e qualquer iniciativa contra o racista e preconceituoso apresentador. Aquilo, definitivamente, foi uma vergonha!