Dúvidas cercam retorno de Giovanni à Vila

Da ESPN

O Peixe deu mais um passo para confirmar a volta do meia Giovanni. Neste sábado, o presidente Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro confirmou que o ídolo alvinegro chega a São Paulo na segunda-feira para realizar exames médicos com o restante do elenco. Sua utilização pelo técnico Dorival Junior, no entanto, dependerá de seu rendimento na pré-temporada. Apesar de apoiar a chegada de Giovanni, Dorival Junior teme que o experiente atleta não consiga render o esperado para a disputa do Campeonato Paulista. Giovanni está há seis meses parado – em 2009, disputou o Estadual com a camisa do Mogi Mirim a convite do presidente Rivaldo. O presidente Luis Álvaro não determinou os detalhes do contrato com o atleta. Não há duração nem valores. Apenas depois de uma preparação especial do atleta é o Santos deverá propor a assinatura do acordo, caso as avaliações sejam positivas. O craque paraense passou as festas natalinas com a família em Belém.

Pensata: Supervalorização dos ingleses

Por Eduardo Vieira da Costa (editor de Esporte/Folhaonline)

O técnico do Chelsea, o italiano Carlo Ancelotti, disse nesta semana que a seleção da Inglaterra tem mais jogadores “top” do que a brasileira atualmente. Citou nominalmente Rio Ferdinand, John Terry, Steven Gerrard, Frank Lampard, Wayne Rooney e Ashley Cole.

Discordo em parte e explicarei à frente. Acontece que os jogadores brasileiros andam desprestigiados no mundo da bola. Haja vista a eleição de melhor do mundo da Fifa da temporada. Apenas três brasileiros entraram na lista de 23 pré-selecionados: Kaká, Diego e Luis Fabiano. E os dois últimos foram praticamente ignorados pelos técnicos e capitães das 147 seleções que votaram.

Luis Fabiano foi lembrado apenas duas vezes. O técnico de Botsuana, Stanley Tshosane, escolheu o atacante do Sevilla como terceira opção, assim como fez o treinador do Peru, Jose del Solar. Diego também teve apenas dois votos, curiosamente os dois vindos de Taiwan. O capitão, Chiang Ming-Han, escolheu o meia da Juventus como o melhor jogador da temporada, e o técnico, Chang Wu-Yeh, votou no ex-santista como segundo. Kaká, que foi um dos cinco finalistas, teve votação mais expressiva. Mesmo assim recebeu mais indicações como segundo ou terceiro colocado do que como o melhor do mundo: foram 16 indicações para primeiro, 28 para segundo e 26 para terceiro. Isso lhe rendeu apenas o quarto lugar no ranking final –Messi, com justiça, foi o grande vencedor.

De fato, tirando Kaká, o Brasil não tem hoje muitos supercraques. Talvez Daniel Alves, que entrou na seleção dos melhores do ano, e o goleiro Júlio César pudessem ser considerados como tais. Ou quiçá Robinho, apesar da já longa má fase. E até Lúcio, que, na sua posição, deveria ser considerado como um dos melhores do mundo.

O grande problema na avaliação de Carlo Ancelotti, a meu ver, está na supervalorização dos jogadores ingleses. Não vejo a dupla Ferdinand/Terry como o que pode haver de melhor na zaga mundial. Aliás, se o Juan se recuperar, acho a dupla dele com Lúcio bastante melhor. Não dá nem para comparar Kaká com Lampard, ponto para o Brasil. Se colocarmos Gerrard e Elano na balança, vence o inglês, concordo. Numa escolha entre Rooney e Robinho, vejo um grande equilíbrio. Sobre Ashley Cole, apesar de o Brasil não ter um lateral-esquerdo definido, acho que qualquer um pode ser igual ou melhor do que o inglês. No fim das contas, o placar é de 4 a 1 para o Brasil, com um empate.

Se as seleções de Brasil e Inglaterra, completas, jogassem uma série de seis jogos seguidos, acredito que no final o resultado também seria mais ou menos esse. Quatro vitórias do Brasil, uma da Inglaterra e um empate. Ancelotti, provavelmente, apostaria em seis vitórias do English Team e de seus jogadores “top”. Deixa ele.

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Ainda sobre o assunto, o treinador do Chelsea disse que apenas a Espanha (talvez, veja só) tenha o mesmo número de jogadores “top” da Inglaterra. Brasil e Itália nem pensar. Argentina e Alemanha nem foram citadas.