Por Cosme Rímoli
Paulo Henrique Lima. Ou Ganso para os íntimos. Ele foi a maior decepção no vice do Brasil no Mundial sub-20. Quando a delegação chegou ao Egito, ele era a grande estrela. Levou na bagagem até assessor de imprensa pessoal.
A diretoria do Santos tinha a certeza que ele despertaria a cobiça dos grandes clubes europeus. A divulgação do seu nome entre os empresários internacionais foi bem feita. Todos queriam ver o jogador de passe estipulado em 50 milhões de euros, ou R$ 137 milhões.
O grupo Sondas comprou 40% dos seus direitos federativos. O Santos ficou com 50% e o jogador com os outros 10%. A equipe santista fez até festa quando esticou seu contrato até 2014. Só que as partidas no Cairo foram passando e Ganso não conseguia render.
O Brasil eliminando os adversários, Ganso não jogando bem, mas lá firme como titular. “Uma hora ele explode”, sonhavam os dirigentes santistas na Vila Belmiro. Só que veio a final de hoje contra a Gana e nova decepção. Ganso foi mal outra vez.
Substituído, viu a Seleção perder a decisão nos pênaltis. Há um grande constrangimento em relação ao garoto. E a culpa não é dele. Ele tem só 20 anos. Não foi ele quem fez tanta propaganda do seu futebol.
Quem o pintou como um “novo Raí” foram dirigentes e empresários. Agora será ele quem terá de suportar as cobranças. A marca do péssimo Mundial que jogou ficará para sempre.
Ele foi levado ao Santos pelo ex-jogador Giovanni. É paraense como ele. Giovanni foi talentoso, mas frio demais nas decisões que teve pela frente. Na carreira.
Tomara que Ganso não tenha herdado essas características do seu ídolo. E que o Mundial fique marcado como apenas uma passo em falso na sua carreira…



