Em um treino marcado por inúmeras e longas interrupções devido à chuva, o brasileiro Rubens Barrichello, da Brawn, marcou neste sábado a pole position para o GP Brasil de F-1, a penúltima etapa da temporada 2009. A sessão classificatória começou às 14h e durou mais de duas horas e 40 minutos. Normalmente, as baterias para definição de grid têm cerca de uma hora de duração. O brasileiro, vice-líder do Mundial, marcou o tempo de 1min19s576 e viu seu maior rival na briga pelo título, o inglês Jenson Button, seu companheiro de equipe, ficar apenas na 14ª colocação. Em condições normais, a definição do campeonato deve ficar para o último GP, em Abu Dhabi.
Dia: 17 de outubro de 2009
Um GP caidaço
Por Fábio Seixas
Cubro o GP Brasil, todo ano, desde 1997.
E não tenho dúvidas de que esta é a edição mais caída em que já trabalhei. Pouquíssima gente nas arquibancadas, trânsito zero para chegar ao autódromo.
É, também, o primeiro GP Brasil em Interlagos com apenas um brasileiro. Em 1978, a etapa brasileira da F-1 também teve só um representante do país, Emerson, de Copersucar, mas foi em Jacarepaguá.
Coincidência? Acho que não. Depois da explosão de emoção que foi a corrida de 2008, o público esperava mais. A ausência de Massa pesou. E Barrichello não empolga muita gente.
Capa do DIÁRIO, edição de domingo, 18
Presidente quer massacrar árbitro brasileiro
O presidente do Equador, Rafael Correa, fez duras críticas ao árbitro brasileiro Salvio Spinola Fagundes Filho, que apitou a partida em que a seleção equatoriana perdeu por 2 a 1 para o Uruguai, dia 10 de outubro, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo. O mandatário do país sul-americano chegou a falar em “pena de morte” para o brasileiro, devido aos supostos erros cometidos contra o equador. “Não sou partidário da pena de morte, mas temos que massacrar este árbitro da partida entre Uruguai e Equador… ele nos deixou de fora da Copa do Mundo”, disse Correa na sede da Presidência.
Correa, que foi criticado por seu discurso inflamado e suas reclamações em seus pronunciamentos durante a semana, admitiu que não assistiu à partida por ter participado de uma reunião de diretoria do Banco Central do país no dia do jogo, 10 de outubro. A imprensa local criticou a atuação de Fagundes Filho, e acusou o juiz de não marcar um pênalti após a bola ter batido na mão do zagueiro uruguaio Sabastián Eguren dentro da área. No entanto, a imprensa também atribuiu a eliminação da equipe aos 12 pontos que a seleção “tricolor” perdeu jogando em casa. O Equador acabou sem chances de estar em sua terceira Copa do Mundo consecutiva.
Vi o jogo e Spinola, que é um árbitro fraco, desta vez não teve influência no resultado.
Emerson vê chances para Nelsinho
Bicampeão mundial, Emerson Fittipaldi acredita que Nelsinho Piquet ganhará nova chance de competir na Fórmula 1, a despeito do fato de ter aceitado bater deliberadamente no GP de Cingapura do ano passado, a fim de beneficiar seu então companheiro de Renault, Fernando Alonso. “Lógico que ele tem (chances de voltar). O Nelsinho é super talentoso e aconteceu um erro que ele nunca mais vai cometer na vida”, avaliou o “Rato”, que foi chefe do filho de Nelson Piquet na equipe Brasil da A1GP. “Foi um fato lamentável, além de qualquer integridade do esporte e tenho certeza que nunca mais acontecerá”, emendou. (Da ESPN)
Capa do Bola, edição de domingo, 18
Pensata: Fim de linha para o MST
Por Ricardo Kotscho
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, que surgiu no início dos anos 1980, em Encruzilhada Natalino, no Rio Grande do Sul, e transformou a sigla MST no símbolo da luta pela reforma agrária no país, acabou para mim esta semana, em Iaras, no interior de São Paulo.
Acompanhei este movimento desde o começo, fiz dezenas de reportagens com seus líderes e sobre suas conquistas em jornais, revistas e redes de televisão, corri riscos junto com eles nas desocupações violentas promovidas pelas forças policiais, mas venho notando nos últimos anos que o MST perdeu completamente o sentido, o rumo e a razão de ser.
As cenas de vandalismo, furto e destruição, pichações e lixo espalhado pelo chão, que marcaram esta semana a invasão da fazenda da Cutrale por 250 famílias, em Iaras, tornaram-se o símbolo do triste fim de linha a que seus líderes conduziram um movimento que em boa parte da sua história contou com o apoio de amplas parcelas da sociedade. Agora, acabou da forma mais melancólica possível.
Por mais que me doa escrever isso, lembrando das tantas famílias de sem terra que acreditaram neste sonho, acampadas nas beiras das estradas por este país afora, o que era justa luta pela sobrevivência virou banditismo puro e simples.
Não é de agora que isso acontece, mas o que vimos na fazenda da Cutrale após a reintegração de posse determinada pela Justiça, com a destruição de máquinas e equipamentos, além de parte das plantações de laranja, é coisa de vândalos, simplesmente – nada a ver com quem busca um pedaço de terra para plantar.
Mais grave do que a violência praticada contra funcionários e os prejuízos econômicos causados à empresa, porém, foi o que os sem terra fizeram na casa de uma faxineira, como relata o repórter Maurício Simionato, na Folha desta quinta-feira:
“Levaram DVD, TV, rádio, roupas, calçados, inalador, ferro de passar roupa, o chuveiro e até lâmpadas e torneiras”, declarou Silvana Fontes, 37, cozinheira e faxineira da sede da fazenda. Oito das nove casas de empregados foram arrombadas.
Para quem começou lutando contra latifundiários, invadir e furtar a casa de uma faxineira, levando até seus presentes de casamento ainda dentro das caixas, chega a ser uma afronta a justificativa dada por um dos líderes do movimento, Paulo Albuquerque, para a ação dos sem terra em Iaras: segundo o MST, a terrra ocupada pela Cutrale é propriedade da União.
E daí? Mesmo que fosse, o que a empresa desmente, caberia à Justiça decidir a quem pertence a terra e não a um grupo de fora da lei que passou com tratores por cima de milhares de pés de laranja (entre 7 e 10 mil, segundo a empresa, ou “só” 3 mil, de acordo com os líderes do MST).
Para Paulo Albuquerque, diretor estadual do MST, tudo não passaria de armação da Cutrale, que resolveu destruir seus próprios bens, numa tentativa “não só de criminalizar o movimento, mas também de punir lideranças. Daqui a pouco vão querer prender algum integrante do MST por causa dessa invasão”.
Pois, se ficar provado pelas investigações da polícia quem foram os autores destas ações de vandalismo, tem mais é que prender mesmo. “É a palavra deles (Cutrale e policiais) contra a nossa. Nós temos condições de rebater todas estas falsas afirmações que estão fazendo contra nós”, defendeu-se Albuquerque.
Por tudo que já vimos acontecer nos últimos meses, em invasões de prédios públicos e propriedades privadas produtivas durante ações do MST, não acho que a faxineira Silvana Fontes tenha mentido sobre o que aconteceu na fazenda. Como jornalista que acompanhou toda esta trajetória do MST nos últimos trinta anos, do sonho ao pesadelo, prefiro acreditar nela e no relato do repórter Maurício Simionato.
Manchester retoma liderança
O Manchester United ganhou do Bolton por 2 a 1, neste sábado, no estádio Old Trafford, em partida válida pela 9ª rodada do Campeonato Inglês. Com a vitória, os Red Devils reassumem a liderança da Premier League, alcançando 22 pontos, um a mais que o Chelsea, derrotado pelo Aston Villa no jogo que abriu a rodada. O placar foi aberto aos cinco minutos do primeiro tempo, quando o zagueiro Zat Knight, do Bolton, marcou contra. Aos 33, o equatoriano Valencia ampliou a vantagem do United. No segundo tempo, os visitantes diminuiram com o meia Matthew Taylor, porém a reação não aconteceu.
Fora, o Liverpool conheceu sua quarta derrota no Campeonato Inglês com 1 a 0 para o Sunderland, neste sábado, pela 9ª rodada. O gol da vitória foi marcado por Bent, logo aos 5min de jogo. O resultado deixa os Reds estacionados com 15 pontos e coloca o time mandante um ponto à frente dos rivais de hoje. O Liverpool está sete pontos atrás do novo líder, o Manchester United, que ganhou do Bolton por 2 a 1 e contou com o revés do Chelsea para o Aston Villa pelo mesmo placar. O Liverpool joga pela Champions League na próxima terça-feira, quando recebe o Lyon. Depois, no final de semana que vem, faz o clássico contra o Manchester United.
Teixeira quer jogos noturnos mais cedo
Com o prestígio em alta, trânsito livre no Palácio do Planalto e no Congresso Nacional, cortejado por ministros, governadores e prefeitos, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014, Ricardo Teixeira, parece disposto a enfrentar uma de suas maiores aliadas nos últimos anos, a TV Globo.
Em entrevista na sede da CBF, na quinta-feira, o dirigente deixou clara a intenção de antecipar para as 20h o início de jogos de meio de semana do Campeonato Brasileiro de 2010. Atualmente, em geral, partidas de maior importância começam às 21h50, nas quartas-feiras, para agradar à emissora. Teixeira vai além e propõe que eventual mudança no calendário seja analisada de forma “séria e detalhada”. Ele se diz favorável à adaptação ao calendário europeu e defende o sistema de pontos corridos, desde 2003 usado no torneio nacional.
“Como presidente da CBF não posso só ficar preocupado com índice (de audiência) de TV. Tenho de ficar preocupado com o torcedor no estádio também. Não adianta fazer jogo com estádio vazio”, disse Teixeira, presidente da entidade desde 1989 e que, portanto, teve 20 anos para fazer mudanças. (Da ESPN)
Só vendo. Muito bom para ser verdade.