Zagueiro não quer papo com o Remo

Depois de manifestar interesse em vestir a camisa do Remo na temporada 2010, como foi anunciado na edição do Bola do último domingo, o zagueiro Diego Barros voltou atrás. A diretoria azulina queria conversar com o jogador de 28 anos, que vive na cidade de Tatuí (SP) tomando conta de uma escolinha de futebol para crianças carentes, mas Diego não quer mais vir.

“Pensei bem e não tenho interesse em voltar para o Remo por tudo que aconteceu quando saí do clube, de um lugar que eu gostava de verdade. Ninguém foi lá na audiência com a Justiça do Trabalho questionar o recibo falso apresentado pelo mesmo Remo que eu gostava, retirado pelo advogado do clube quando seria pedida a perícia do mesmo”, reclama.

Quando saiu do clube, no final de 2008, Diego Barros teria R$ 1 milhão para receber – valor referente a uma multa rescisória para o caso de rompimento de contrato. Diego ficou sem receber salários no Leão Azul por três meses. “O Diego que tomava injeção de dois em dois dias para jogar pelo clube foi visto como mau caráter. Briguei com meu empresário para permanecer aí e hoje vejo que foi um erro”, lamenta. (Do Bola)

Em memória de Haroldo Maranhão

Trechinho da coluna do craque tunante Elias Pinto, na edição de terça-feira do DIÁRIO:

“A Editora Planeta ensaiou a reedição (e fui chamado, à época, para intermediar o contato) de alguns de seus títulos, mas ficou em duas publicações, entre as quais o notável ‘Memorial do Fim: A Morte de Machado de Assis’. A amiga Vera Castro, na sua coluna de domingo, lembrou que a prefeitura, na gestão de Edmilson Rodrigues, formou uma comissão, de que fui um dos participantes, com a incumbência de dar início à publicação dos títulos de Haroldo, mas que ficou só mesmo no primeiro: ‘Pará, Capital: Belém’, uma preciosa antologia de textos sobre Belém organizada pelo autor de ‘Cabelos no Coração’.

Por isso, não podemos nem nos queixar de que a crítica nacional não dedique a Haroldo a atenção que ele merece, pois somos incapazes de dar essa atenção ao nosso escritor maior – e considero Haroldo Maranhão, sem querer inaugurar rivalidades estéreis, um escritor mais interessante que Dalcídio Jurandir. O ideal seria também reeditar Dalcídio, passo que já se está dando, através da UFPA e da Uepa.”

Amazônia em debate

O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, através do Programa Responsabilidade Social Empresarial na Mídia, convida para o debate Amazônia: a cobertura da mídia em S. Paulo e Belém, a ser realizado dia 27 de outubro de 2009, das 19h às 21h, na Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa). O evento é gratuito e aberto ao público em geral. Informações: (11) 3897-2416 ou pelo e-mail: redejornalistas@ethos.org.br

Debatedores:

Lúcio Flávio Pinto • editor do jornal Pessoal

Manuel Dutra • professor no curso de jornalismo da Universidade da Amazônia (Unama)

Gustavo Costa • repórter do Programa Repórter Record

Moderação • Adalberto Marcondes, diretor da agência de notícias Envolverde

R$ 1 milhão pela camisa da Seleção

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O empresário Eike Batista, considerado o homem rico do Brasil hoje, arrematou uma camisa autografada da Seleção Brasileira por R$ 1 milhão, isso mesmo, um milhão de reais, na noite da última sexta-feira, em evento beneficente realizado no hotel Copacana Palace, no Rio. É bom lembrar que a camisa custa aproximadamente R$ 180,00 nas lojas. Faça a conta de quantas vezes mais ele pagou pelo ‘mimo’ com o número 10 nas costas. A renda do evento, que contou também com leilão de instrumentos, viagens, jóias, fotos e artigos de arte, será destinada a uma instituição carioca que não teve o nome revelado. (Com informações do site Bola de Meia)

Só não entendi a cara de desgosto do Ricardo Teixeira na fotografia. Será que achou baixo o valor do arremate? Por outro lado, bem que o botafoguense Eike podia dar uma força ao Glorioso nesse momento de pindaíba.

Leão não confirma (nem nega) reforços

Como de hábito, a diretoria de futebol do Remo não confirma (nem desmente) o interesse por jogadores para a próxima temporada. Há uma lista, organizada pelo técnico Sinomar Naves, mas os dirigentes preferem manter silêncio a respeito. Aqui e ali, no então, surgem especulações sobre os atletas visados. Inicialmente, três viriam do São Raimundo, finalista do Brasileiro da Série D. Seriam Rafael Oliveira, Michel e Pitbull. 

Outros jogadores agendados seriam Rogério Corrêa, que defendeu o Remo no Parazão 2009 e depois jogou pelo Paissandu na Série C; e os ex-bicolores Mael, Aldivan e Dadá. O suposto interesse por Paulo de Tárcio e Torrô (que já passou pelo Baenão) foi completamente descartado por uma fonte do departamento de futebol do clube na manhã desta segunda-feira.

Tribuna do torcedor

Por Clayton Dias

É uma honra estar lhe escrevendo e um imenso prazer saber que este e-mail está sendo lido e divulgado. O motivo é que, assim como eu, acho que milhares de paraenses, principalmente os santarenos, estamos indignados com esse sr. chamado Marcelo Lemos de Arruda (autor do site www.chancededegol.com.br), pois o mesmo teima em refutar que o São Raimundo é sim favorito à conquista da Série D e com todos os méritos. E só pode ser a velha discriminação com nosso futebol papa-xibé para explicar o fato de, desde o início da competição, o site nunca ter dado favoritismo ao Mundicão para passar de fase e o absurdo maior vem agora, pois depois do último jogo, o mesmo site teve no mínimo a incoerência de colocar que o Macaé é favorito à conquista do título, com 57,6 % de chances, deixando 42,4 % para o São Raimundo. Destaca em seguida, porém, que para o próximo jogo o mandante tem 47,2 % chances de vitória, dando ao visitante 32,9 % e deixando 19,9 % de chances para acontecer empate. Pasmem!
Digo “pasmem” porque não precisa ser nenhum Einstein ou PHD em matemática para deduzir que, no mínimo, o Macaé teria uma ligeira vantagem de 52,8 % de ser campeão, pois esta seria a soma de suas chances de empate e vitória o que lhe daria o título.
Todavia, sei que o sr. Marcelo tem todo um estudo baseado nos jogos anteriores do time dentro e fora de casa e por aí vai para fazer sua análise, o que não pode ser desprezado, porém o que o Pará todo deve reivindicar é que com uma vitória simples do Mundicão tendo dois placares à sua feição (e jogando com uma torcida empolgante e dando força a todo o instante), isso sim não pode ser menosprezado, pois será capaz de dizimar qualquer tipo de teoria matemática (ou conspiratória), fazendo com que nosso Pará, que futebolisticamente esse ano passou por maus bocados, tenha ao menos um motivo pra ser feliz!
E, se tudo der certo, e vai, sugiro que a diretoria do São Raimundo mande de presente uma camisa do Mundicão personalizada comemorativa ao título para o sr. Marcelo Lemos, com os seguintes dizeres: “Com o São Raimundo, não teve chance. É Campeão!” gostou da idéia? Um grande abraço de um leitor “Diário” de sua coluna!

Coluna: Uma derrota positiva

Perder normalmente não é bom negócio, mas desta vez pode-se dizer que foi no mínimo interessante. O S. Raimundo pode comemorar os 3 a 2 de ontem, em Volta Redonda, pois permitem uma situação auspiciosa para a partida de volta, domingo, no estádio Barbalhão. Os primeiros objetivos, que era não sofrer uma derrota por larga margem e fazer gol fora de casa, foram plenamente alcançados.
Longe de seus domínios, a postura inicial surpreendeu. O time de Lúcio Santarém entrou com ousadia, dando as cartas e levando muito perigo nos primeiros minutos. O golaço de Rafael Oliveira, que sofreu pênalti no lance, confirmou o bom momento, mas não foi suficiente para deter a reação do Macaé, que empataria e depois chegaria aos 3 a 1, graças principalmente a desatenções do setor defensivo santareno.
Por sorte, Labilá defendeu um penal no começo do segundo tempo, impedindo que o placar ficasse mais dilatado. Com problemas na articulação de jogadas pelas laterais, o time mostrava consistência no meio-campo, onde foi senhor quase absoluto das ações.
A confiança, que tem sido marca da equipe ao longo da Série D, manifestou-se no momento mais importante da partida. Quando poderia se limitar a deixar o tempo correr, satisfazendo-se com o placar, o S. Raimundo seguiu buscando diminuir a diferença. Acabou premiado com o pênalti, que Michel cobrou com extrema categoria, no minuto final.
É expressiva a vantagem de poder vencer por um escore simples (1 a 0 ou 2 a 1), decidindo em casa. Só precisa ser bem dimensionada, para que não haja desespero ou afobação diante da natural pressão da torcida.
No confronto de ontem, destaque para as atuações de Labilá (apesar do erro no segundo gol do Macaé), Rafael Oliveira, Pitbull e Michel. Sinal de alerta para os cochilos da defesa e os corredores nas laterais.
 
 
Foi animadora a estreia do novo time do Paissandu, levando em conta o aterro onde o amistoso foi disputado, em Juruti. Pela desenvoltura de alguns dos reforços, principalmente Robert, é possível esperar uma equipe mais ajustada para o Campeonato Paraense. A vitória também dá ao técnico Nazareno Silva tranqüilidade para continuar com o trabalho.
Digno de registro foi o 100º gol de Zé Augusto com a camisa alviceleste, em bonito arremate cruzado. O fato pode até contribuir para sua sobrevida no clube.
 
 
Com a derrota de ontem, penso que o Botafogo assinou de vez o passaporte para disputar a Segundona outra vez. E o mais chato é que há uns 20 anos nenhum árbitro inventava pênalti a favor do Botafogo. Quando isso finalmente acontece, o cara vai lá e perde. Não dá.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 26)