Círio perde batalha da mídia

Não é algo que se possa comprovar cientificamente, mas já é visível a olho nu. Todos os anos, no dia do Círio de Nazaré, a mídia nacional dedica muito mais espaço e atenção às celebrações no santuário de Aparecida, em S. Paulo. Aqui e ali surge uma notícia tímida sobre a procissão de Belém, mas nota-se a preocupação em ressaltar o evento paulista.

É normal, até certo ponto, se levarmos em conta a tradição de menosprezo por tudo que não se circunscreve ao eixo Rio-S. Paulo, mas é um absurdo jornalístico. Nenhuma outra manifestação religiosa (esportiva ou cultural, também) no mundo reúne tanta gente num ato ao ar livre. Apenas por esse aspecto a homenagem à Nossa Senhora de Nazaré já mereceria mais visibilidade.

24 comentários em “Círio perde batalha da mídia

  1. Além da falta de interesse dos outros centros nesta divulgação, a cúpula local não tem feito um trabalho mais amplo para fortalecer essa festa, logo reclamemos mais de nós que dos outros.

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  2. Quando Marco Polo voltou de sua viagem de circunavegação ele falou das pirâmides do Egito.
    O que foi divulgado na época pelos ilustradores de publicações foi o Marco em pé ao lado de umas pirâmidezinhas que davam na altura da sua cintura. Ninguém do mundo civilizado aceitaria uma obra de engenharia maior do que eles conheciam.
    Hoje, mesmo com a tecnologia da informação instantânea, o povo civilizado desacredita nas imagens e sustenta suas vaidades numa imutável tendência a repetir a lenda do sapo, seu filhinho e o boi.

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    1. Claro que, em termos de “patente”, há diferença. Tou falando da grandiosidade do evento, Marcelo. E não há nada similiar ao nosso Círio. Este é o ponto.

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  3. O CÍRIO representa uma grande VELA de cera.

    O CÍRIO de NAZARÉ, de cunho RELIGIOSO, também REPRESENTA a PAZ.

    Ora, se o CÍRIO representa a PAZ, é PROFANA a afirmação de que o CÍRIO PERDE BATALHA NA MÍDIA.

    O CÍRIO não entra em BATALHAS !

    O CÍRIO não entra em GUERRAS !

    O CÍRIO promove Verdadeiros MILAGRES !!!

    A mídia continuará sendo apenas e tão somente a mídia.

    “UMA COISA É UMA COISA e OUTRA COISA É OUTRA COISA”.

    “ÁGUA e ÓLEO NÃO SE MISTURAM”.

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      1. Eu NÃO me sinto BELIGERANTEMENTE DISTORCIDO !!!

        Permaneço na FÉ e na PAZ e exerço a minha LIBERDADE de EXPRESSÃO DEMOCRATICAMENTE.

        Falowwwwwwwwwww !?!?!?

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  4. Primeiro Nazaré não é padroeira do Pará, como disse Marcelo Maciel, ja que o impacto do Círio e da Santa é em toda a Amazônia.

    Quanto as pessoas divulgarem na mídia, tenho que descordar do colega Carlos Berlli, pois Dom Orani (ex-arcebispo) conseguiu esse ano mostrar em rede nacional o Círio do Rio, ressaltando que é uma festa do Pará.

    Outra coisa, eu não sei se Carlos Berlli em seu último comentário referia-se ao comentário Marcos Alencar, mas se foi, devo dizer que para mim, Marcos está totalmente certo.

    O Círio não precisa da mídia nacional, pois é feito pelo paraense e para o paraense. Se pensassemos sempre assim, nosso Pará seria um grande estado,pois antes de pensarmos em tratar bem nossos turistas, devemos tratar bem o nosso povo.

    Belém e o Pará devem ser melhorados para os paraenses e não para os turistas, isso é consequência.

    Feliz Círio! E grande abraço Gerson!

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  5. Caro Carlos Lira! Fique a vontade a democracia é para isso, mas parece dúbia sua postagem. Qualquer paraense e até os amazônicos sabem que a Virgem de Nazaré é padroeira dos paraenses, lembremos de sua nanbisfestação como ocorreu, logo nada de querer estender uma idolatria inesxistente. Além do ex-arcebispo quem mais divulga com fervor essa festa? Concordo que seja uma festa feita para paraenses então o texto acima do Gerson perdeu a finalidade. Agora Belém precisa ser melhorada para o Brail e o mundo, não só para os paraenses e eis a razão de uma sede de copa perdida, outra chance desta só quando o Remo disputar uma libertadores, ou seja, mais fácil ganhar na megasena.

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  6. Caro Carlos Berlli (Xará?) Maranhão, Amapá, Manaus , Tocantis (só por exemplo) tem Círios, o que comprova a força de Nazaré na Região como um todo e provando que Aparecida por aqui é apenas questão de detalhes (sem desmerecer). Assim, sua fala “nada de querer estender uma idolatria inesxistente” não faz sentido, pois ela ja existe, é fato consumado.

    Quanto a um Pará e uma Belém para o Paraense e Belemenses, creio que me interpretaste mal ou me coloquei mal.

    Quis dizer que se tivessemos uma cidade bem urbanizada, com prais limpas, com educação e saúde, e que valorizasse a música do Pará, teriamos uma grande cidade.

    Tal cidade, caro Berlli, não é para os turistas, mas para o nosso povo, os turistas iriam gostar dela, pela sua beleza inevitável.

    Vale dizer que Belém ja foi assim, basta ver a época em que Mario de Andrade passou por essas terras morenas, achando esta uma cidade fantástica para morar. Ela não era para os turistas, mas para o “parte” do povo de Belém.

    Abraço!

    Ps: “Remo disputar uma libertadores, ou seja, mais fácil ganhar na megasena” concordo contigo!

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    1. Nazaré é padroeira a Amazônia, Pará é na Amazônia, logo Nazaré padroeira do Pará (se minha lógica estiver certa)
      Mas, quanto a Círios no Maranhão, Amapá, Manaus (não seria Amazonas?..rsrss!), Tocantis,terem círios, nada mais é que a representação do povo do Pará sim! Queiram ou não, afinal, basta seguir uma procissão dessa e verificar que a maioria é paraense!
      No mas, vc sempre é bem vindo no lugar que gosta, e, querendo ou não, o Círio é melhor representado em Belém!
      Motivo: nos prepramos pra ele.
      Já e outros estados, ele apenas chega, mesmo que só para os paraenses fora do Pará!

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  7. Continuo apostando na mega Gerson…
    Um dia ganho… hahahaha!

    Uma sugestão para um texto no seu blog (se tiveres tempo claro). Tu poderias escrever sobre os grandes jogadores de Remo, Paysandu e Tuna? Qualidades e fragilidades técnicas, por exemplo!

    Seria um post bacana nesse momento em que estamos parados de futebol.

    Ps. Só para brincar, como a situação do PSC é complicada (sou PSC) aposto também na lotofácil!

    Grande abraço!

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  8. Valeu mesmo! Sempre que vejo/leio o Blog do Gerson fico impressinado com a qualidade das discussões e sua diversidade.

    Para mim, que sempre posto comentários nos blog do Meligeni e Téo José, tenho que dizer. Esse blog de Baião é um dos melhores que ja vi!

    Abraço Berlli, Gerson e todos o que fazem desse blog um sucesso!

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  9. Gerson comentei isso com um amigo do Ig e ele me disse que o Cirio incomoda a turma de baixo, afinal de contas nao existe em lugar nenhum do Mundo um evento que fique mais de 5 horas ao vivo , tanto em radio como em televisao.
    Hoje os paraenses do mundo todo assistem o Cirio com comodidade em suas poltronas, eu sou um deles e ainda ajudamos a divulgar a festa da Santinha.
    A turma de baixo se”morde” mas sinceriamente ainda acho que cedo ou tarde ,eles terao que puxar a “corda”

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  10. O Círio, como produto turístico precisa da divulgação nacional para trazer turistas e, consquentemente, recursos para o Estado. Cabe aos governos estadual e municipal, que teoricamente têm estrutura para isso (Paratur, Belemtur, Secretarias, etc) fazer essa divulgação e ao empresariado a captação dos turistas. Como faltam políticas de turismo, o que acontece, geralmente, é iniciativa da propria mídia.
    Como produto religioso, o Círio precisa da divulgação nacional para ser um instrumento de evangelização cada vez mais forte e eficiente, dentro e fora do Estado – e d. Orani trabalhou isto muito bem.

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  11. Gerson, na sexta e no sabado, os noticiarios que assisti falavam sobre o Cirio 09. SBT, BAND, GLOBO, GAZETA, TVE, até a RECORD no jornal de rede dela, mostrou a maior festa catolica dos Paraenses. Então nao perdemos a batalha de midia nao, rs…Ontem por ser o dia da padroeira do Brasil é que o espaço midiatico (?)ficou para N S de Aparecida…1 abraço, Edmundo Neves

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  12. Gerson, concordo com vc. É sim um absurdo jornalístico a festa da Aparecida ter mais detaque que o Círio. Chega a ser ridículo a chamada do jormal dizendo que “300 mil comparecerão a Aparecida”. O que são 300 mil diante de 2 milhões? E olha que não tenho apego relioso com o Círio – e nem com os ritos de qualquer outra religião. Mas o fato é que o Círio não tem divulgação e a falha é daqueles que gerenciam o marketing do Estado. Se eles não conseguem promover nosso melhor produto que dirá o resto…

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  13. Aí, é preciso tomar um certo cuidado, Os estudiosos de marketing e da turismologia (ciência do turismo como fato mensurável), tem atentado para as especificidades acerca do chamado “turismo relligioso”. De um modo geral, esses estudos apontam para a tendência à regionalização e ao particularismo desse tipo de fenômeno, diferente ao universalismo profano de festas e folguedos com0 o carnaval, o forró, o frevo, o axé, o festival do Chopp e afins. O Círio, nesse aspecto apresenta complexidades ainda mais evidentes, cujo caráter de devoção familiar ritualizada ente o sagrado e o profano, acaba por assumir uma tendência ao movimento doméstico de pessoas, quase sazonal. Vejam o problema surgido no caso da TAM em relação à excelente mídia promocional do Círio produzida pelo Hangar. Em sã consciência, a peça teria como evitar qualquer referência religiosa? Porém, ela não atendeu à política universalizante da companhia área, mesclada por uma certa dose de intolerância e preconceito da empresa. Talvez o caminho possa passar pelo estabelecimento de uma política agressiva de mídia em relação ao “Auto do Círio” ou ao “Arrastão do Pavulagem”, como forma de atração turística mais, digamos, geral.

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