Tribuna do torcedor

Por Cláudio Santos

Presidente e diretor de Futebol são os dois mais importantes cargos num clube de futebol. Num vacilo de um ou de outro, pode fazer com que torcedores sofram as consequências, por exemplo, de um rebaixamento. Para se escolher um presidente, temos que optar por quem entende de Administração, que significa (falando mais precisamente em relação ao futebol), entre outras coisas: elaborar projetos para serem apresentados aos futuros patrocinadores, traçar um planejamento para conduzir o futebol, como: teto máximo a se gastar principalmente com o futebol num determinado ano, incluindo despesas com Comissão Técnica, jogadores e funcionários e projetos para o engrandecimento do clube em todos os sentidos. Um diretor tem que ter conhecimento do mercado do futebol, conhecer jogadores e empresários bem relacionados e, estar atento, principalmente ao mercado de técnicos de futebol. Não saber contratar um técnico, pode colocar por água abaixo, todo um planejamento(é o que aconteceu com o Figueirense), até porque, penso eu, todo planejamento para montagem do time de futebol começa por um bom técnico. Em Remo e Paissandu, mais precisamente, esse diretor é contratado a esmo, sem critério nenhum, às vezes por ser amigo do presidente ou por uma espécie de agrado. Quer ver só?
No Paissandu, o diretor é Antônio Louro, que não contrata jogador, não contrata técnico, não tem conhecimento de mercado, não conhece grandes treinadores, não manda nada. Isso tudo é feito pelo presidente, que também não entende.
No Remo, o diretor é Abelardo Sampaio, que, se Edson Gaucho estiver contratado, não foi ele que contratou. Com o Gaúcho, não vai ser ele que vai contratar jogadores. Foi colocado não por entender de futebol e conhecer o mercado, mas por ter reformado o Baenão e ter conseguido um ônibus para o Remo.
Vejam como estão Remo e Paissandu: os presidentes não entendem de planejamento para o futebol e os diretores, além de não entenderem, não têm voz perante a presidência. Como fazer? Penso que, a quando de uma eleição para presidente, ao invés de se dizer “quem é o vice do fulano”, seria mais importante para nós torcedores que se falasse: “Quem é o diretor de Futebol do fulano?”. Vamos levar esse cargo de diretor de Futebol mais a sério.

3 comentários em “Tribuna do torcedor

  1. Se os presidentes são figuras patéticas como LOP e AK, é natural que seus diretores de futebol sejam do mesmo naipe.
    É imperativo concordar com o caro Cláudio quando se diz que os cargos de diretor de futebol e presidente são essenciais para que o clube dê certo. E os nossos dão errados justamente por isso.
    O ideal seria elevar o nível do debate na hora de se escolher esses cargos. O torcedor comum (como eu) deveria ter o direito de meter a colher nessa “saia velha”. Poderia se bolar um mecanismo para se colocar isso em prática. Talvez um cadastro dos torcedores que compram ingresso. O ingresso poderia ser nominal, ou seja, teria nome e CPF do torcedor. O clube faria esse controle na bilheteria. Se ao final do ano o torcedor tiver comparecido a pelo menos 75% dos jogos em casa, pronto, tem direito a um voto. Uma ação dessas seria valiosa também para o departamento de MKT, pois assim conheceria quantos torcedores ativos se tem. O perfil dos torcedores. E por ai vai…
    Mas… Sabe como é. Dá muito trabalho, é muito transparente.
    Outra coisa: o cargo de diretor de futebol deveria ser remunerado. Como um executivo de uma grande empresa. Na minha cartilha só se pode cobrar de quem recebe. Com isso, ao final do ano, alcançando as metas – bônus. Não alcançando – rua.

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