Papão libera mais quatro jogadores após campanha ruim na Série C

Imagem

A diretoria do PSC anunciou que os atletas Alan Cardoso, Luan Santos, Tcharlles e Rafael Grampola (foto) não fazem mais parte do elenco de futebol profissional bicolor. O contrato do lateral-esquerdo Alan foi rescindido a pedido do próprio jogador e acatado pela direção. Já os vínculos dos três atacantes foram encerrados “após decisão em comum acordo”.

Os quatro atletas juntam-se a Rildo e Paulinho, jogadores que foram liberados ainda durante o quadrangular da Série C. Especula-se que outros jogadores estariam negociando acordo para deixar o PSC nos próximos dias.

O clube informou ainda que o atacante Debu, revelado nas divisões de base, não pertence mais ao PSC. O contrato do atleta, que havia sido emprestado ao Trem-AP, teve sua rescisão concretizada após solicitação que partiu do próprio jogador e foi acatada pelo clube.

Bastidores do rock

Imagem

Jimi Hendrix no portão de sua casa. Londres, 1967.

Bastidores do rock

Imagem

Dois dos melhores bateristas de todos os tempos, John Bonham e Keith Moon.

Uma campanha para esquecer

POR GERSON NOGUEIRA

Foto: (John Wesley/Ascom Paysandu)

A despedida do PSC no sábado (6) esteve à altura da campanha realizada na Série C. O que foi mal construído não podia resultar em frutos positivos. A acumulação de tropeços no quadrangular legou ao time a posição desconfortável de lanterna do grupo C, com apenas dois pontos.

Contra o Criciúma, que brigava pela segunda vaga de acesso (a primeira já tinha sido garantida pelo Ituano), o time mesclado do Papão não apresentou nenhuma novidade, embora tenha sido mais ofensivo do que o habitual.

A ausência de torcida contribuiu para certa leveza de uma equipe que também não tinha mais nada a perder. Com isso, manteve a partida equilibrada, com direito a pontadas perigosas, principalmente porque o Criciúma mostrava-se nervoso ao longo do 1º tempo.

A primeira oportunidade coube a Ruy, que recebeu junto à área e mandou por cima do gol. Dudu Figueiredo respondeu pelo Criciúma logo depois. A marcação forte no meio dominava as ações, sem permitir lances agudos.

No recomeço da partida, o Criciúma veio mais determinado. A vitória parcial do Ituano sobre o Botafogo fez com que o time exibisse mais confiança. Aos 9 minutos, Hygor lançou bola na área e Henan cabeceou forte para abrir o placar na Curuzu.

Como precisava administrar a vantagem, o Criciúma foi se acomodando e cedendo espaços. Com Danrlei no ataque, o PSC resolveu partir em busca do empate, e quase conseguiu. Nos 10 minutos finais, só deu Papão no ataque diante do visível nervosismo da zaga catarinense.

Nos acréscimos, Danrlei quase empatou ao aparar de bicicleta um cruzamento. A bola passou rente ao travessão do goleiro Gustavo. O Criciúma ficou distribuindo chutões para segurar o resultado, afinal garantido. No final, festa do Tigre pelo retorno à Série B.

Apesar do rendimento acima do esperado, o Papão não conseguiu evitar mais uma derrota na Série C, completando a pífia trajetória no quadrangular do acesso. Com o sonho de subir adiado, a diretoria pelo menos deu uma boa notícia aos torcedores após a partida.

Ricardo Lecheva, ex-volante daquele Papão que brilhou na Libertadores 2003 e ex-técnico, foi anunciado como coordenador técnico. Será o homem-forte do futebol bicolor, com prometida autonomia para trabalhar. É a primeira grande contratação do clube para a próxima temporada.

Leão cai na classificação, mas ainda depende de uma vitória

As derrotas em casa para Ponte Preta e Londrina estão custando caro ao Remo. Foram seis pontos entregues a dois adversários diretos na batalha pela permanência na Série B. Em 11º até a rodada anterior, o time despencou para o 15º lugar após os resultados desta 34ª rodada.

Perder para o CSA na sexta-feira só aumentou o tamanho da encrenca. Ainda dependendo de seu próprio esforço, o time precisa começar a se ajudar. Até a 33ª rodada os resultados vinham favorecendo a campanha do Leão, pois os times da parte de baixo não conseguiam pontuar.

Só que tudo mudou e agora o Remo está a duas posições do Z4, correndo o risco de ser alcançado pelo Brusque, 16º colocado, com 38 pontos. A situação pode mudar com uma vitória diante do Operário, amanhã, em Ponta Grossa (PR). E é bom lembrar que uma vitória afasta o risco de queda.

Diante deste cenário, a pressão sobre a comissão técnica aumentou consideravelmente. A atuação desleixada frente ao CSA assustou a torcida, que passou a cobrar providências da diretoria. Após reuniões sucessivas após o jogo em Maceió, Felipe Conceição foi confirmado no cargo.

Prevaleceu a avaliação de que uma mudança a esta altura traria risco de instabilidade e insucesso em campo. Mas, para o confronto diante do Operário, o time terá modificações importantes. É quase certa a escalação de Kevem, Pingo, Igor Fernandes e Mateus Oliveira para buscar a vitória.

Goleada acachapante marca volta do Fogão à Série A

Com método e objetividade, o Botafogo superou o Vasco com surpreendente facilidade. É claro que as campanhas são desiguais, mas o clássico tem história e retrospecto de jogos equilibrados. Ontem foi diferente. Foi a bola rolar e a situação logo se desenhou favorável à Estrela Solitária, que saía em contra-ataques fulminantes explorando a desajustada defesa cruzmaltina.

Os gols foram se sucedendo e o Vasco se desesperando. Com 2 a 0 no placar, o time de Fernando Diniz ficou com um a menos. Marco Antonio (2), em tarde inspirada, e Rafael Navarro fizeram 3 a 0 para o Botafogo só no primeiro tempo. Estava muito fácil.

Podia ter sido mais, caso o Botafogo forçasse em busca de uma goleada histórica. Ao contrário, diminuiu o ritmo e claramente tirou o pé. Ainda deu tempo de sair o quarto gol, com Diego Gonçalves. A vitória valeu a liderança isolada do campeonato.

O Vasco queimou suas últimas esperanças de alcançar o acesso. Terá que refazer planos para a próxima temporada, quando vai encarar uma Série B ainda mais renhida do que a atual, tendo Cruzeiro e Grêmio como parceiros de aventura. Apesar do mau desempenho, o Almirante perdeu com dignidade, sem apelar.

(Fico dividido em vitórias do Bota sobre o Vasco, que é o time de coração do meu pai José e de meu mano Edmilson. Nesses momentos, faço como aqueles atacantes que não festejam gols contra ex-clubes.) 

(Coluna publicada na edição do Bola desta segunda-feira, 08)

Rock na madrugada – Crosby, Stills & Nash, “Blackbird”