Há 38 anos, no estádio Sarriá (já demolido), a Seleção Brasileira de 1982 caía diante da obreira Itália de Paolo Rossi. Ao Brasil bastava empatar para se classificar e o resultado esteve nas mãos do time por três vezes (0 a 0, 1 a 1, 2 a 2), mas mestre Telê Santana queria vencer – e talvez não tivesse como, de fato, colocar aquele time em modo de espera.
A cada empate, o Brasil se inflamava e saía em busca do gol da vitória. Os deuses da bola entraram em cena e, caprichosamente, conduziram o resultado para um desfecho dramático, com Rossi marcando os gols que levaram a Azzurra à semifinal, contando com falhas pontuais de Leandro, Junior e Cerezo.
No instante final, Dino Zoff evitou milagrosamente o que seria o terceiro gol brasileiro em cabeceio perfeito de Oscar, de cima para baixo. Apesar da imensa tristeza pelo revés, ficou a lembrança de um time encantador, que resgatou a essência de habilidade do futebol brasileiro.