“Carregamos todos, dentro de nós, as nossas masmorrras, os nossos crimes e as nossas devastações. Mas nossa tarefa não é soltá-los pelo mundo: é a de combatê-los, em nós mesmos e nos outros.”
Albert Camus (L’Homme révolté, 1951)
“Carregamos todos, dentro de nós, as nossas masmorrras, os nossos crimes e as nossas devastações. Mas nossa tarefa não é soltá-los pelo mundo: é a de combatê-los, em nós mesmos e nos outros.”
Albert Camus (L’Homme révolté, 1951)
A imprensa portuguesa especula sobre um possível acerto entre o técnico Jorge Jesus e o Benfica, clube onde ele obteve suas maiores conquistas na carreira. As insistentes ofertas do clube luso teriam balançado o Mister, que renovou contrato com o Rubro-Negro há cerca de um mês.
Jesus teria sido convencido a voltar a Portugal pelo presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, a assumir o cargo depois da demissão de Bruno Lage.
Segundo fontes do próprio Benfica, Jesus só deixará o Flamengo após a decisão do Campeonato Carioca, que pode ocorrer nesta quarta-feira, pois se vencer a decisão da Taça Rio (contra o Fluminense) o time da Gávea conquistará automaticamente o título estadual.
Uma cláusula no contrato de Jesus facilita sua saída, desde que seja para o futebol de Portugal, Espanha ou Inglaterra. O Benfica estaria disposto a pagar cerca de R$ 42 milhões anuais ao técnico de 65 anos, que é uma espécie de astro em Portugal, muito querido pela torcida encarnada. No Fla, ele ganha aproximadamente R$ 22 milhões por ano.
Registro raro dos quatro artistas que dominavam as paradas em 1977 no Brasil. Estimativa do crítico musical André Barcinski indica que o quarteto deve ter vendido metade dos discos fabricados no país naquela época: Benito Di Paula, Ângela Maria, Nelson Ned e Roberto Carlos.
O presidente Jair Bolsonaro informou nesta terça-feira (7) que seu exame para detectar se está com Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, deu positivo. O presidente afirmou que chegou a ter febre de 38 graus, mas que, à noite, a temperatura começou a ceder. Afirmou também que sentiu mal-estar e cansaço. Ele disse que agora está se sentindo “perfeitamente bem”.
De acordo com Bolsonaro, ele tomou cloroquina, remédio que vem defendendo como tratamento para a Covid-19. Não há comprovação científica da eficácia da cloroquina para a doença. “Estou bem, estou normal, em comparação a ontem [segunda], estou muito bem. Estou até com vontade de fazer uma caminhada, mas, por recomendação médica, não farei”, afirmou.
Bolsonaro já havia informado a apoiadores na segunda-feira (6) que estava com febre e dores no corpo e, por isso, decidiu fazer o exame. Ele também disse que fez uma radiografia e que o pulmão “estava limpo”. O presidente tem 65 anos e faz parte da faixa etária considerada por especialistas como grupo de risco.
DESRESPEITO ÀS NORMAS
Desde o início da pandemia no país, no fim de fevereiro, Bolsonaro vem descumprindo orientações de autoridades de saúde sobre medidas de prevenção do contágio. Ele sempre foi contrário ao fechamento do comércio e ao isolamento social, ações tomadas pelos governos estaduais para diminuir o ritmo dos contágios. De acordo com especialistas, o isolamento é a forma mais eficaz de evitar o alastramento do vírus.
Nos últimos quatro meses, Bolsonaro provocou aglomerações ao visitar o comércio em Brasília e em visitas a cidades do entorno do Distrito Federal. Ele também participou de manifestações a favor do governo. Em diversas dessas ocasiões não usou máscara, posou para fotos, tocou nas pessoas.
“A gente tem um presidente que mente 24 horas por dia. Que nunca jamais fala a verdade sobre nada. Que criou um aparelho de propaganda paraestatal dedicado a divulgar fake news. Um presidente que hoje vai informar ao país se o teste dele deu positivo ou negativo – e nós: ‘Será?’”.
Petra Costa, cineasta
O beatle mais simpático e bonachão, baterista de primeira linha, um dos maiores do rock, comemora hoje 80 anos de idade. Congratulations!
Do Guardian:
Como tantos outros jogadores de futebol e ex-profissionais, Juninho Pernambucano poderia facilmente ficar calado e não discutir as questões mais importantes da vida. Mas isso, de acordo com o ex-jogador do Lyon e internacional brasileiro, seria uma traição aos seus princípios. Estamos conversando há 30 minutos, quando ele começa a chorar pela primeira vez durante uma entrevista que dura duas horas e meia.
A situação em seu país natal, o Brasil, está descontrolada, tendo o presidente Jair Bolsonaro falhado miseravelmente em combater o coronavírus. Nesta semana, o país passou de 65.000 mortes e teve quase 50.000 novos casos em um dia. O número total de casos ultrapassou 1,6 milhão. É o segundo país mais atingido do mundo. O Brasil também é um país de crescente desigualdade e tensão racial sob a liderança de Bolsonaro, e Juninho está discutindo educação e dignidade quando sua voz começa a rachar.
“Temos um sistema educacional ruim no Brasil”, diz ele. “As pessoas ricas dizem que temos que investir em educação – mas como? Precisamos lutar contra a fome, como disse o [ex-presidente] Lula. Se você está com fome, não tem confiança. Imagine um pai ou mãe que não são capazes de fornecer três refeições por dia para seus filhos. Mas ainda mais importante que a educação é dignidade. A dignidade humana é um direito que todos nós precisamos ter. Desculpe, isso está me deixando muito emocionado … ”(…)
Juninho se irrita com os comentários recentes de Eduardo Bolsonaro, filho de Jair, congressista e também representante do Movimento de Steve Bannon na América do Sul. Eduardo Bolsonaro disse recentemente que não havia George Floyds no Brasil. “Existem milhares de George Floyds no Brasil e milhares de outros que sofreram em silêncio que não conhecemos”, diz Juninho.
“É desumano dizer que não temos George Floyds no Brasil. Os tiroteios acontecem todos os dias. Os gays também são perseguidos e essa é uma das coisas que mais me irrita com as pessoas que apoiam Bolsonaro. No entanto, ninguém pode vencer o tempo. Algum dia todos descobrirão quem você realmente é.
Ídolo do Barcelona, mestre do futebol e reconhecido mundialmente por seus sorrisos, o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho marcou uma geração de apaixonados por futebol. Hoje, os torcedores observam R10 com um semblante mais entristecido ao completar quatro meses preso em Assunção, no Paraguai. O craque bate a marca sem ter nenhuma perspectiva de volta para o Brasil.
Em abril deste ano, Ronaldinho e seu irmão Assis chegaram ao país para compromissos e negócios. Segundo as investigações feitas pela Justiça do Paraguai, os agentes do aeroporto teriam identificado irregularidades desde a sua chegada ao local, mas preferiram não abordar o carque devido ao grande número de fãs que foram ao aeroporto.
Poucos dias depois, R10 e seu irmão foram chamados pela Justiça para se explicarem. As investigações indicam que eles poderiam estar envolvidos em um grande esquema ilegal paraguaio de documentos e que, por isso, eles a decisão é que o ex-jogador deveria seguir preso no país para não atrapalhar as investigações.
Ronaldinho, neste meio tempo, mostrou seu talento em peladas na prisão, jogou futevôlei com colegas de prisão, tirou foto com político corrupto e chamou a atenção do mundo pela situação. Depois de ter pedidos recusados, ele foi liberado para seguir em prisão domiciliar no país.
O local escolhido foi um hotel de luxo. Em isolamento por conta da pandemia de coronavírus, que é tratada como assunto “controlado” no Paraguai, e ainda aguardando novas decisões, R10 amanhece com quatro meses de detenção no país sem novidades.
Os torcedores se questionam o que aconteceu realmente com o ex-atleta. Neste meio tempo, o cantor Leonardo pediu que o gaúcho fosse liberado da detenção, Rivaldo lamentou a fase obscura e Maradona pediu a contratação do ex-camisa 10 da seleção. Além disso, a Justiça paraguaia, que paralisou seu trabalho por conta da pandemia, não deve regressar no momento para decidir a situação do craque.