Depois do jogo deste domingo em Castanhal, o técnico Rafael Jaques fez uma avaliação da atuação diante do Japiim afirmando que espera um melhor resultado na próxima semana, quando as equipes voltam a se enfrentar amistosamente. Queixou-se principalmente do baixo aproveitamento do ataque.
“Fizemos um primeiro tempo razoavelmente bem, tivemos uma bola no travessão e algumas oportunidades de gol, e o adversário também teve. No segundo, acredito que fomos melhores que o adversário, criamos inúmeras finalizações. Sofremos um gol de bola parada, conseguimos o empate e tivemos chances de virar o jogo, mas o goleiro deles esteve em uma tarde boa. Foi um bom teste”, disse o técnico azulino.
Jaques observou que os azulinos ainda estão em fase inicial de preparação e, ao longo das últimas três semanas, a prioridade foram os trabalhos físicos. Treinos táticos só ocorreram nos últimos dias.
“A movimentação foi importante. Deixamos só dois em campo o jogo todo. Apenas o Jansen e o Laílson jogaram os 90 minutos e, para o restante, conseguimos dar tempo em campo com várias substituições. Mas todas as correções que precisamos fazer são sempre melhores quando o resultado é positivo. Não foi um placar negativo, foi de empate, mas poderíamos ter saído com a vitória”, acrescentou o técnico.
Castanhal e Remo se enfrentaram em amistoso na tarde deste domingo, no Estádio Modelão. O jogo terminou empatado em 1 a 1. Lucão marcou para o Japiim e Wallace fez o gol do Leão. No próximo sábado, 4, Remo e Castanhal jogam no estádio Baenão.
Foi a estreia não oficial de Rafael Jaques como técnico remista. As formações indicam como Castanhal e Remo irão se apresentar na abertura do Parazão 2020. A do Remo será em 18 de janeiro contra o Tapajós. A do Castanhal é no dia 19, contra o Independente, em Tucuruí.
O encontro apresentou problemas extracampo. Parte das cabines de imprensa não tinha energia elétrica e algumas emissoras de rádio não conseguiram transmitir o jogo. No começo, o jogo mostrou equilíbrio, mas Robinho mostrou desenvoltura puxando a jogadas ofensivas remistas. Dudu Mandai também apareceu bem.
No Castanhal, as principais articulações aconteciam através de Lucas na ala esquerda, com a participação de Pecel e Keoma. Aos poucos, o Remo foi se impondo, através de marcação na saída de bola do Castanhal.
Os dois treinadores fizeram mudanças para o 2º tempo. O Castanhal manteve apenas o zagueiro TK e o volante Luís Felipe. Já no Remo entraram Mimica, Ronaell e Lukinha. Rafael Jansen e Lailson (foto acima) foram os únicos jogadores que atuaram os 90 minutos pelo Leão.
Aos 11 minutos, o Japiim abriu o placar. Em cobrança de falta, o ataque desviou a bola em direção ao gol, Vinícius espalmou e Lucão aproveitou o rebote para definir o lance.
Rafael Jaques fez então duas mexidas: tirou Robinho e Jackson para as entradas de Gustavo Ermel e Wallace, respectivamente. O Remo ficou mais agressivo, teve duas chances e chegou ao empate aos 23 minutos. Djalma cruzou e Wallace, artilheiro da base azulina, testou de cabeça para o fundo das redes.
ESCALAÇÕES
Castanhal: Artur (Paulo Henrique); Léo Rosa (Paulista), Alison (Marcos), TK (João Victor) e Lucas (PC Timborana); Samuel (Lucão), Luís Felipe, Keoma (Eneilson Tchoga) e Dioguinho (Luquinha); Pecel (João Leonardo) e Negueba (Santa Maria). Técnico: Artur Oliveira.
Remo: Vinícius (Thiago); Djalma (Cesinha), Fredson (Mimica), Rafael Jansen e Dudu Mandai (Ronaell); Xaves (Pingo), Laílson, Robinho (Gustavo Ermel) e Eduardo Ramos (Lukinha); Jackson (Wallace) e Giovane Gomez (Higor Félix). Técnico: Rafael Jaques.
Foram nove titulares iguais à final do Mundial de Clubes contra o Flamengo e dez idênticos aos 4 x 0 sobre o Leicester. Com esta formação, o Liverpool fez 1 x 0 no Wolverhampton, gol de Sadio Mané, passe de Lallana.
O líder e provável futuro campeão da Premier League fez em seu primeiro encontro contra o Wolverhampton o que o Manchester City não conseguiu fazer: venceu.
Sem brilho, até porque não tem sido fácil ganhar dos Wolves. Mas com Alexander-Arnold outra vez extra-classe.
Não há lateral direito jogando como o inglês do Liverpool, em nenhum lugar do mundo, neste momento. (Do Blog do PVC)
O discurso da “retomada da economia”, foi inaugurado com a chegada de Michel Temer ao poder, em 2016. E não era só nas colunas dos analistas econômicos, também o “mercado” previa, no início de cada ano, uma expansão do PIB (2,7% em janeiro de 2017 e 2,6% em janeiro desta ano) que foi se concretizar em algo perto de 1%, ao afinal do período.
A realidade era substituída pelos desejos mas os indicadores econômicos permaneciam reais, desmentindo toda as marolas de otimismo que eram ideologicamente construídas.
A crise real, porém, tinha lá a sua utilidade: era utilizada como elemento “terrorista” para legitimar a retirada de direitos sociais: com Temer e com Bolsonaro, a “ameaça” de não pagar os já aposentados para tornar aceitável que não se pagasse, no futuro, aos “novos velhos”.
Tivemos outra onda, nos últimos meses, com a situação “menos pior” que nos levou a liberação de fundos públicos (FGTS e PIS). Improvável que se sustente, pelo baixo apetite de investimentos, pela imensa capacidade ociosa que não os exige, e por uma quase estagnação da renda.
Estão surgindo, porém, sinais de que o “agora a coisa vai” possa estar se transferindo também para os índices da economia.
Começou com o estranhíssimo “esquecimento” de US$ 10 bilhões – bilhões de dólares, mesmo – nas contas de nossas exportações, divulgada pelo Ministério da Economia. Veio a fuga de capitais estrangeiros em grau recorde (R$ 43 bilhões, até o dia 21) de uma Bolsa de Valores que solta foguetes com níveis de valorização recordes).
Depois, a desatenção com a alta do indicador antecedente dos preços ao consumidor, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que avançou 2,84% em dezembro, a maior em 16 anos.
Na última live presidencial, ouve-se que “a economia deslanchou”, refletindo o clima criado pela associação de shoppings que disse terem cresci mais de 9% as vendas nominais (o que daria mais de 5% de crescimento real). Logo vieram os comerciantes menores dizer que não foi assim: as vendas de Natal deste ano empataram com 2018, dizem eles e vários, identificando-se, dizem que venderam menos.
Há, portanto, algum temor de que fantasias como a do “motoqueiro incendiário”, o “navio grego”, os “dados errados do Inpe” estejam se formando também nos números da economia, malgrado a capacidade dos órgãos oficiais de aferi-los corretamente.
O verão é, tradicionalmente, uma época de elevação de preços dos alimentos, exceto – ironicamente – a carne bovina, que entra em período de safra no final de novembro. Mais que os corpos na praia, acho que vai ser difícil esconder a alta dos preços que, este ano, fez uma avant-première em dezembro.
O jornal O Globo, da família Marinho, publica texto neste domingo (29), assinado por Paulo Celso Pereira, onde afirma que o presidente Jair Bolsonaro encerra o ano com “avanços na Economia” e “retrocessos na Educação e Meio Ambiente”. Desde as primeiras horas da madrugada, postagens na internet, em sua grande maioria irônicas, criticam a matéria.
O texto afirma que “o ambiente belicoso não impediu o governo Bolsonaro de terminar seu primeiro ano com avanços em uma agenda econômica fundamental para pavimentar o fim da recessão, mas contribuiu para que ele não deixasse marcas relevantes em outras áreas”.
A grande maioria dos jogadores brasileiros tem sofrido com desempregado. São 90 mil atletas profissionais registrados e apenas 11.551 contratos ativos, isto é, quase 90% dos deles não tinha um clube. Os números são do estudo da EY encomendado pela CBF sobre o impacto econômico do futebol brasileiro – referem-se ao ano de 2018.
Na discussão do calendário, a CBF e as federações usam como principal argumento para a manutenção de datas de Estaduais que a redução destes iria causar um desemprego em massa. Mas o levantamento da EY mostra que isso já ocorre porque, na realidade, não há competições no pais que sustentem tantos atletas.
Além disso, o levantamento mostra uma disparidade grande entre os salários e jogadores da elite em relação a maioria do país. Um dado mostra que são gastos em torno de R$ 1 bilhão em salários para jogadores de futebol por ano.
Desse total, 80% (R$ 800 milhões) estão concentrados em 7% dos jogadores, ficando o restante dos atletas com um quinto. Não por acas
o a maioria dos jogadores (55%) ganha salário mínimo. Enquanto isso, 13 jogadores ganham acima de R$ 500 mil por mês.
Isso demonstra que há dois mundos do futebol diferentes no Brasil. Um que é efetivamente profissional com clubes que disputam as principais séries do Brasileiro e talvez o Paulista, e outro semi-amador travestido que oficialmente é uma atividade remunerada.
O problema é que a gestão atual da CBF para o futebol brasileiro, por meio de seu calendário, prende o primeiro mundo (o profissional de fato) às necessidades do restante. Então, times grandes têm que jogar contra equipes de parca estrutura para financiar sua subsistência. Ao mesmo tempo federações de locais onde o futebol profissional praticamente não existe influenciam nos destinos da Série A.
Do outro lado, a CBF e as federações fornecem estrutura insuficiente para desenvolver o segundo mundo, do futebol semi-amador, seja para transforma-lo em um celeiro de atletas, para fortalecer e transforma-los em viáveis economicamente ou para que cumpram um papel em comunidades locais.
Um mapa feito pela EY em seu estudo mostra que a origem de nascimento da maioria dos jogadores profissionais são as costas do Nordeste, as regiões do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e do sul do país. Ou seja, locais onde a formação é estimulada pelo valor econômico e não por projetos feitos pelas entidades.
No documento, é ressaltado que o futebol brasileiro tem 250 competições organizadas. Desses, 16 são nacionais e o restante organizado pelas federações. A maioria dos campeonatos é organizado pelas federações, e 53% deles são de divisão de base. Nesse número, estão incluídas competições femininas.
No total, há 360 mil jogadores no Brasil, contabilizados aí a maioria de amadores. Outro sinal de que há problemas na organização do futebol nacional é de que existem mais clube inativos do que ativos: são 874 que reativaram registros na CBF nos últimos quatro anos, contra 895 inativos. De novo, Estaduais não tem sido suficientes para manter vivas essas agremiações já que o número de times cai ano a ano.
A CBF tem um mérito de ter contratado um estudo dessa abrangência para traçar um diagnóstico do futebol brasileiro. Só com um retrato detalhado é possível decidir os próximos passos. Agora, resta saber se a confederação aceitará liberar a elite do futebol brasileiro para explorar o máximo o seu ponteiam econômico, tirando as travas que a CBF lhe impõe, e ao mesmo tempo desenvolver projetos que atendam o restante do futebol brasileiro. (Do Blog do Rodrigo Mattos)