Conversa de fim de ano: Adriano quer voltar a jogar no Flamengo

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Adriano não joga futebol profissionalmente há alguns anos. Isso, no entanto, não o impede de continuar a sonhar alto. O atacante não só descarta a aposentadoria, como tem o objetivo de voltar a vestir a camisa do Flamengo. O problema é que o clube da Gávea já virou a página e um possível retorno é completamente rechaçado pela diretoria.

Após o evento conhecido como Jogo das Estrelas, comandado por Zico na última quinta, Adriano concedeu entrevista e não escondeu o desejo de voltar ao Flamengo. “Vamos ver o que realmente vai ser. Conheço o presidente que vai entrar e enfim… É esperar o ano que vem”, disse Adriano à TV Globo.

Adriano quer esperar até o ano que vem para saber o que vai acontecer, mas o Flamengo já sabe a resposta para esse assunto. Não há qualquer possibilidade de o atacante voltar a vestir a camisa do clube. Não profissionalmente.

A diretoria até se mostra disposta a fazer um jogo de despedida, mas isso é algo que ainda não passa pela cabeça do Imperador. Ele ainda se vê em condições de voltar a jogar futebol profissionalmente, mesmo que os números não estejam ao seu lado. O último time de Adriano foi o Miami United, dos Estados Unidos, em 2016.

Ele atuou em apenas uma partida e, mesmo assim, sequer jogou os 90 minutos. Antes, em 2014, o Imperador teve passagem tímida pelo Atlético-PR: foram somente quatro partidas e um gol marcado. Os poucos jogos em uma temporada começaram no Corinthians, em 2011. Ele sofreu uma lesão no tendão de aquiles e perdeu muito tempo na recuperação, acumulando algumas polêmicas. Foram apenas quatro jogos e um gol assinalado.

No ano seguinte, ainda no Timão, três jogos. Adriano, portanto, soma 20 jogos ao longo dos últimos oito anos em quatro diferentes clubes. No mesmo período apenas quatro gols foram marcados. Para voltar a ser chamado de Imperador, ele teria que mudar e muito o que ocorreu em quase uma década.

Pelo padrão Lava Jato, Queiroz já teria sido preso

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Por Kennedy Alencar

Pelo padrão estabelecido pela Lava Jato no Judiciário e no Ministério Público nos últimos anos, já teria sido decretada a prisão temporária ou preventiva de Fabrício Queiroz, ex-assessor parlamentar e dublê de motorista e segurança de Flávio Bolsonaro, deputado estadual fluminense e senador eleito.

O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) rastreou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em conta bancária de Queiroz no período de janeiro de 2016 a janeiro de 2017. Funcionários da Assembleia Legislativa e uma ex-assessora do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) fizeram depósitos na conta de Queiroz. Nathalia, ex-assessora do presidente eleito, é filha de Queiroz.

Em entrevista concedida ao SBT anteontem, o ex-assessor parlamentar não deu explicação específica sobre essa movimentação, afirmando que o faria em depoimento futuro ao Ministério Público. Ele faltou a quatro depoimentos alegando ter grave problema de saúde.

O caso Queiroz sugere uma série de perguntas às autoridades.

Como o Judiciário e o Ministério Público vão agir num imbróglio que envolve a família Bolsonaro?

A falta de explicação de Queiroz fragiliza a sua situação jurídica e eleva a suspeita de que ele seria um laranja para arrecadar parte de salários de servidores da Assembleia Legislativa do Rio e também de uma então funcionária do gabinete do deputado federal Jair Bolsonaro. Nessa hipótese, houve extorsão da parte dele ou existiu esquema com autorização superior?

É fundamental que o Ministério Público ouça os funcionários que abasteceram a conta de Queiroz. Quantos depoimentos já foram tomados ou estão marcados?

Outra pergunta: a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, tomará alguma providência em relação à ex-assessora de Bolsonaro e filha de Queiroz? Afinal, há dinheiro federal depositado na conta do ex-assessor parlamentar.

A Procuradoria Geral da República fez denúncia recente contra o senador José Agripino Maia (DEM-RN) por associação criminosa e peculato, acusando-o de ter mantido um funcionário fantasma durante 7 anos.

Houve vazamento da investigação do Coaf e alerta para as exonerações de Queiroz e sua filha Nathalia? Pai e filha foram demitidos no mesmo dia, 15 de outubro, dos gabinetes de Flávio e Jair Bolsonaro. Se ocorreu um vazamento, poderia ser apontada eventual obstrução de Justiça?

Todo político deve satisfações à opinião pública.

Um político que se elegeu presidente com o discurso de combate a corrupção e de moralidade no trato da coisa pública não pode deixar de dar mais explicações sobre as atividades da ex-assessora Nathalia Queiroz em seu gabinete.

Integrantes do futuro governo buscam minimizar a importância de um caso com potencial explosivo. É negativo que uma nova administração comece com tamanha nuvem de suspeita.

O futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, disse em entrevista em 11 de novembro ao “Fantástico”, da Rede Globo, que também teria a função de auxiliar Bolsonaro a avaliar eventuais casos de corrupção. Moro disse que seria possível fazer “juízo de consistência” sobre tais acusações e agir, eventualmente demitindo ministros.

O caso Queiroz parece merecer mais atenção do ex-juiz Moro.

Como figuras importantes da Lava Jato agiriam nessa situação? Alguma medida preventiva já teria sido tomada, por exemplo, para evitar eventual contato de Queiroz com quem fez depósitos na sua conta bancária?

Ontem, o Ministério Público do Rio de Janeiro divulgou nota afirmando que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro comprovou a gravidade de seu quadro de saúde e que daria o depoimento após eventual cirurgia para retirar um tumor do intestino.

Ao longo da Lava Jato, operação que serve de inspiração para o Judiciário e o MP de todo o país, houve medidas duras contra investigados que estavam gravemente doentes, como conduções coercitivas a quem não havia sido intimado a depor e até prisões temporárias e preventivas.

Moro, o imparcial, montou um aparato judicial exclusivamente para criminalizar e tirar Lula do páreo. Simples. 

PT é cobrado por boicotar posse do sujeito que quer “fuzilar a petralhada” e “banir os vermelhos”

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Por Kiko Nogueira, no DCM

A tentativa de normalizar Jair Bolsonaro e uma eleição cujo líder nas pesquisas foi mandado para a prisão pelo juiz que viraria ministro do ganhador passa agora por bater no PT e no PSOL por não irem à posse no Congresso.

Os líderes dos partidos afirmam respeitar o resultado legítimo, mas o boicote é “ato de resistência e de protesto”. Qual o problema?

Mais uma vez, partiu de jornalistas uma lição de moral esdrúxula. Na CBN, Maria Cristina Fernandes, sussurrante, grave, apontou que acha “preocupante” a atitude.

No Valor, ela explica que o PT se ausenta de uma “missão constitucional a ser exercida em nome do povo brasileiro e não do governo eleito”.

Gerson Camarotti, feliz como pinto no lixo com a notícia, deu aula sobre republicanismo e desceu a lenha no Partido dos Trabalhadores na GloboNews.

É curioso como o PT é cobrado quando perde e quando ganha. Nunca acerta. 

Algumas questões, como a da autocrítica, por exemplo, ficam restritas a lulistas, dilmistas e afins. Para os demais, é facultativo.

Maria Cristina, Gerson e demais cidadãos exemplares esperam que os parlamentares cubram a cabeça de cinzas e se encaminhem para o abatedouro, onde serão recebidos da maneira como seu líder vem explicitando há meses.

Devem homenagear o sujeito que falou em fuzilar a petralhada, cujos filhos, o guru e os estafetas diretos pregam diuturnamente a extinção física dos inimigos “comunistas”.

Do PT se cobra a observância estrita da Constituição. Já seus inimigos podem tudo.

Foi assim também quando Haddad demorou mais do que três horas para felicitar Bolsonaro pela vitória.

Dorrit Harazim, colunista do Globo, foi ao Twitter cobrar civilidade no pântano.

“O processo eleitoral democrático também recomenda que o derrotado felicite o vencedor de público. E cedo. Vacilou feio, Haddad”, decretou.

Mariliz Pereira Jorge, da Folha, candidata à vaga de Sheherazade, considerou que Haddad se apequenou “ao não fazer esse gesto”.

Foi a campanha mais sórdida da história nacional, plena de violência verbal e física, absolutamente antidemocrática. Uma aberração. Não houve nem sequer debate entre os finalistas.

Ficamos combinados que o homem que acusou o adversário de distribuir “mamadeira erótica” nas escolas, estuprar uma criança de 11 anos, inventar o kit gay, interromper uma aula para comemorar o atentado de 11 de setembro etc etc. está cumprindo uma “missão constitucional”.

Quem não vai à sua posse é antidemocrático.

Então tá.

A frase do dia

“Netanyahu é um líder corrupto que abraça a extrema-direita para manter seu poder; assassina civis à vontade; e acredita em um Estado militarizado, racista e injusto. Ou seja, ele e Bolsonaro vão virar amigos fáceis!”.

Andrew Fishman, repórter

Rock na madrugada – Paul McCartney-Ronnie Wood-Ringo Starr, Get Back

Governo Temer reduz Bolsa Atleta e encerra benefício à base

Do blog Olhar Olímpico

O governo Michel Temer (MDB) deixou para o último dia útil do ano uma decisão que há tempos negava: o corte do programa Bolsa Atleta pela metade. A possibilidade existia desde o ano passado, quando foi votado o orçamento federal para 2018. Afinal o corte de orçamento do programa, de R$ 137 milhões para R$ 82 milhões, não deixava outra alternativa.

A lista foi publicada nesta sexta-feira (28) no Diário Oficial da União e é referente aos resultados esportivos de 2017. Na comparação com 2016, o corte é de 58% no número de beneficiados e não atinge a elite do esporte brasileiro, altamente remunerada. Já à tarde, o governo enviou aos atletas o termo de compromisso, se comprometendo a pagar apenas três parcelas das 12 usuais.

A gestão Michel Temer diz que há reserva de orçamento em 2019 para pagar as nove restantes, mas a decisão vai caber ao governo Jair Bolsonaro (PSL), que acabou com o Ministério do Esporte. Ao negar o corte ao longo dos últimos meses, deixando para informá-lo apenas com a publicação da lista, deve gerar graves prejuízos aos atletas.

Como o programa existe desde 2005 praticamente com as mesmas regras, a bolsa era uma certeza para os atletas que obtinham resultados que o tornavam apto a recebê-la. É regular, entre esses atletas, assumir dívidas com a certeza que, cedo ou tarde, a bolsa viria como uma “premiação” por aquele resultado alcançado.

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Como a média de beneficiados nos anos anteriores era de cerca de 6.000 atletas e as regras não mudaram desde então, em tese é também este o número de esportistas que tinham direito à bolsa agora. Mas cerca de metade deles não a receberá.

Conforme já era esperado pelo edital, os cortes atingiram a base da pirâmide: ou seja, os atletas mais jovens. No ano passado, por exemplo, foram destinadas 444 bolsas pela categorias “Atleta Estudantil” (para atletas que se destacaram em competições escolares) e outros 254 da “Atleta de Base”.

Este ano, não há destinação de bolsa para essas categorias. Isso porque o edital escalona quem tem prioridade para receber a bolsa. Primeiro os atletas olímpicos/paraolímpicos, depois os campeões mundiais, e por aí vai, até os terceiros colocados de competições de base nos esportes coletivos.

Este ano, o dinheiro acabou antes da metade da lista do “Atleta Nacional”, de R$ 925. Ficam sem bolsa, apesar de merecê-las, todos os atletas que foram ao pódio em competições nacionais em modalidades coletivas, os de faixas etárias “iniciantes” e os terceiros colocados na faixa “intermediária”.

No ano passado, foram contempladas 3.955 pessoas nessa categoria Nacional, a maior do programa. Na lista desta sexta-feira, apenas 1.790 atletas foram listados. Na “Atleta Internacional” houve aumento, de 765 para 982, enquanto que na “Atleta Olímpico/Paraolímpico” houve redução: de 412 para 336, o que pode ser explicado pela migração desses atletas para a Bolsa Pódio e por aposentadorias.

Há um mês, o ministro Leandro Cruz negou que houvesse risco de cortes no programa. Perguntado especificamente se a lista a ser publicada neste fim de ano seria menor que a de 2017, ele respondeu. “Não, porque nós não vamos mais pagar restos a pagar.”

O blog, na ocasião, também perguntou se havia a lista só sairia no dia 28. “Espero que não. Se você divulga dia 28, você empenha tudo como restos a pagar. Do ponto de vista orçamentário, estava errado isso”, ele afirmou.

Em 2017, 5.830 atletas foram beneficiados pela lista publicada em edição extra do Diário Oficial, nos últimos minutos úteis do ano – o benefício será pago até fevereiro do ano que vem. Na lista publicada nesta sexta-feira são 3.058 beneficiados, que deverão começar a receber as bolsas em março.

No ano passado, o governo já havia cortado cerca de 15% do programa, ao simplesmente não abrir edital para contemplar os atletas de modalidades não-olímpicas, como prevê a lei. O último edital assim foi aberto pela última vez em 2016, já no governo Temer, com a lista de 1.071 beneficiados sendo publicada em janeiro de 2017.

Ou seja: contando também o edital das bolsas “olímpicas e paraolímpicas”, em 2016 foram beneficiadas 7.223 pessoas. Desde então, o corte é de 58%. Foi também durante a gestão Temer que o governo passou a adiar ao máximo a publicação da lista de contemplados, colocando um hiato de até dois anos entre o resultado esportivo e o pagamento da primeira parcela da bolsa.

Durante o governo Dilma, o Ministério do Esporte tentou reduzir essa lacuna, concluindo os trâmites burocráticos no primeiro semestre e anunciando a lista em julho ou, no máximo, agosto. Ao adiar a divulgação para dezembro, o governo também ganhou fôlego financeiro, empurrando as obrigações orçamentárias para o ano seguinte.

Ao cortar na base, o governo deixou intacta a bolsa a atletas de alto rendimento que têm outras fontes de renda. Estão entre os beneficiados da lista desta sexta-feira tenistas como como Thomaz Bellucci e Teliana Pereira e jogadores de vôlei como Adenizia e Lucão, de handebol como Duda e de basquete como Duda. Símbolos de um movimento que defende um estado menor, Wallace e William Arjona, do vôlei, também foram beneficiados.

Intervenção no Rio termina sem inibir violência

Reportagem de Júlia Barbon na Folha de S.Paulo informa que, em 16 de fevereiro, o presidente Michel Temer (MDB) assinava o decreto que transferiu de maneira inédita o comando das polícias, dos bombeiros e do sistema penitenciário do Rio de Janeiro para as mãos do governo federal. Dez meses e duas semanas depois, a medida chega ao fim nesta segunda-feira (31).

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De acordo com a publicação, daquele dia até aqui, a intervenção liderada pelo general Walter Braga Netto (foto) conseguiu reduzir os roubos no estado, implantar melhorias administrativas nos órgãos de segurança e comprar materiais para as corporações, então em péssimas condições. Por outro lado, a medida não reduziu as mortes violentas, viu os tiroteios se intensificarem e a letalidade policial atingir o maior patamar dos últimos 16 anos. E, até agora, não esclareceu o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, ocorrido em março.

A intervenção também só conseguiu usar 8% da verba de R$ 1,2 bilhão disponibilizada pela União e ainda pode ver até um quarto desse dinheiro voltar aos cofres federais caso não consiga vinculá-lo a projetos nestes últimos dias, completa a Folha.

Papão contrata ex-remista para o ataque

Os atacantes Elielton (ex-Remo) e João Leonardo (ex-Bragantino) foram anunciados na manhã desta quinta-feira como novos reforços do Paissandu para a temporada 2019. Atleta de velocidade que atua pelos lados do campo, Elielton, 26 anos, nascido na cidade de Monte Alegre, foi revelado pelo São Francisco, de Santarém, onde começou a aparecer para o futebol local. Em 2018, foi um dos destaques do Campeonato Paraense defendendo o Remo – foi autor do gol da vitória no primeiro confronto da série de quatro triunfos azulinos sobre o PSC.

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O jovem bragantino João Leonardo, 24 anos, tem experiências fora do Brasil, com passagens pelo futebol de Portugal e da Geórgia. Começou no Bahia, equipe pela qual atuou na Série B do Brasileiro, em 2015. Em 2018, defendeu o Bragantino no Campeonato Paraense – perdeu pênalti na disputa da semifinal contra o PSC. É um jogador de boa estatura, com presença de área e que pode atuar pelos lados do campo.

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Os novos bicolores vão se juntar, a partir de 3 de janeiro, aos demais atletas que têm vínculo com o clube, aos jogadores vindos das categorias de base e aos reforços já anunciados – goleiro Douglas Silva, zagueiro Micael, laterais Bruno Oliveira e Bruno Collaço, volante Caíque, meia-atacante Nicolas, atacantes Caion, Vinícius Leite e Paulo Rangel.

O passado é uma parada

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Equipe bicolor que disputou o Módulo Amarelo da Copa João Havelange, em 2000, equivalente à Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro. Após grande campanha, o Paissandu terminou em 4°lugar na competição. No ano seguinte, viria a conquista do bicampeonato da Série B. Na foto acima, alguns nomes que marcaram a história recente do Papão, como o goleiro Ronaldo, os volantes Sandro e Vanderson, o meia Jobson e os atacantes Edil e Zé Augusto.