Caso Fifa: “Corrupção era ‘estilo de vida’ de Marin e outros cartolas”, diz procuradora

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José Maria Marin, ex-presidente da CBF e cumprindo prisão domiciliar nos Estados Unidos, quer separar o seu caso dos outros 42 indiciados no maior escândalo do futebol internacional, mas os procuradores americanos já deixaram claro que não querem tal separação e, em tentativas anteriores, a juíza Pamela Chen afirmou que tampouco era favorável a isso.

Para a procuradora americana, Kristin Mace, não se pode separar o caso de Marin dos demais. “O problema é a natureza do crime. Não se trata de uma situação onde você tem instâncias discretas de corrupção. Trata-se de algo bem maior”, insistiu. “Esse era um estilo de vida. Trata-se de um problema que era tão abrangente que era um padrão em todos os continentes, entre diferentes federações de futebol”, disse.

O julgamento começa no dia 6 de novembro e Chen insiste que não mudará a data. “O caso é inevitavelmente complexo”, disse. Estima-se que 350 mil documentos de evidências serão apresentados durante o julgamento, que pode se arrastar por meses. “As evidências chegam de todo o mundo”, afirmou.

Chen não descarta separar o grupo daqueles que se dizem inocentes em dois, com Marin, Napout e Burga da Conmebol em um, e Takkas e Trujillo, da Concacaf, em outro.

“A única coisa em comum entre eles é que estão envolvidos em supostos casos de propinas. Mas isso não significa que devem estar sob o mesmo caso”, insistiu Bruce Udolf, advogado do peruano Manuel Burga.

Os advogados de Marin voltaram a pedir ao Tribunal no Brooklyn, em Nova York, que separe o seu caso dos restantes, alegando que ele não tem qualquer relação com as denúncias feitas e que o volume de acusações contra os demais pode contaminar o seu caso. Mas, para os procuradores norte-americanos, a corrupção do brasileiro e do restante dos dirigentes era “um estilo de vida”, generalizado.

Dos 42 indiciados até hoje no maior escândalo do futebol internacional, 20 já se declararam culpados. Cinco deles, porém, insistem que são inocentes, enquanto os demais ainda não foram detidos ou negociam acordos de delação.

“Meu cliente enfrentará dia após dia a evidência de que não está relacionado com o restante das acusações e isso o prejudicará”, disse o advogado do brasileiro, Charles Spillman, em uma sessão na noite de quinta-feira nos Estados Unidos. “Isso pode ser eliminado com um julgamento separado”, insistiu.

Marin não é o único a buscar essa estratégia. O mesmo tem sido feito pelo ex-presidente da Conmebol, Juan Ángel Napout, pelo peruano Manuel Burga, além de Héctor Trujillo e Costas Takkas, cartolas da América Central. (Com informações do Estadão) 

Na base da superação

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POR GERSON NOGUEIRA

O placar final transmite a falsa impressão de uma vitória tranquila do Papão, por 3 a 1. Passou longe disso. O jogo só se descomplicou nos 30 minutos finais. O início foi controlado pelo Santos-AP, que fez seu gol e foi mais organizado. Foi dominado quando cansou e ficou com dez em campo, após a expulsão de Balão Marabá.

Os méritos do Papão se concentraram na 2ª etapa. Aguerrido e disposto a recuperar terreno, o atual campeão da Copa Verde avançou suas linhas e impôs pressão na saída de bola. O empate veio logo e a virada ocorreu aos 14 minutos, o que pavimentou a caminhada para a vitória.

A história talvez tivesse sido outra se o Papão tivesse entrado com a mesma intensidade e afinco dos 45 minutos finais. A timidez do meio-de-campo, que distribuía passes laterais sem agredir o sistema defensivo do Santos, irritava a torcida e deixava a equipe ainda mais intranquila.

Alfredo e Bergson não eram acionados, Diogo Oliveira pouco se envolvia na transição e os laterais se preocupavam em vigiar Fabinho, Rafinha e Luciano. Quando fez 1 a 0, com Fabinho cobrando pênalti cometido por Gilvan, o Santos já era melhor. Sua postura compactada, sempre trocando passes rápidos, envolvia com facilidade o time de Marcelo Chamusca.

Além do gol, o Santos teve outra boa chegada com o próprio Fabinho. O Papão desperdiçou dois cruzamentos de Alfredo para o interior da área. A partida se desenrolava mais no meio, com poucas chances de gol.

Depois do intervalo, sob o risco de ser eliminado dentro de casa, Chamusca lançou o time à frente, pressionando os zagueiros do Santos com Ayrton e Jonathan bem adiantados na direita, Hayner subindo pela esquerda e Alfredo mais próximo de Bergson. Essa configuração simples intimidou o Santos, que passou a ter dificuldades para sair de seu campo.

O gol de empate, aos 6 minutos, em lance rápido de Hayner na área, incendiou a torcida. Mas, revelando a instabilidade do Papão, dois minutos depois a casa quase caiu: Emerson foi obrigado a defender com os pés. Em seguida, mais dois cruzamentos rasantes, que assustaram a zaga bicolor.

Só aos 14 minutos, o Papão voltou a botar a bola no chão e alcançou a virada. Jonathan recebeu no bico direito da grande área, ligeiramente à frente, e cruzou rasteiro para Diogo Oliveira escorar para as redes, antecipando-se à chegada do goleiro Axel.

Não apenas pelo gol marcado, Oliveira teve desempenho na etapa final completamente diferente do que havia exibido na primeira parte. Mais adiantado, quase como um terceiro atacante, rendeu mais para o time e foi decisivo no lance do terceiro gol, que tranquilizou de vez as coisas.

Aos 24 minutos, ele venceu a disputa na área e cruzou com categoria para Alfredo desviar de cabeça, fazendo 3 a 1 e definindo o placar. Por reclamação, o meia Balão Marabá foi expulso, dificultando ainda mais qualquer tentativa de reação do Santos no jogo.

Apesar do cansaço, aos 39 minutos, uma bola desviada em cobrança de falta sobrou livre para Fabinho. Emerson fechou a passagem e impediu o segundo gol amapaense. Foi a chamada bola do jogo, pois um gol àquela altura iria tornar dramático o final da partida.

O Papão controlou as ações (já com Willian e Will na equipe, substituindo a Hayner e Alfredo), sem dar maiores chances ao bravo Peixe da Amazônia e assegurando classificação à terceira final de Copa Verde.

Depois da vitória, o técnico Marcelo Chamusca fez leitura espantosa do jogo. Considerou que o Papão mandou nos dois tempos. Análise preocupante. O time paraense só jogou direito no segundo tempo, quando superou a apatia inicial e se impôs pelas peças individuais.

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Lances polêmicos e arbitragem confusa

As reclamações em torno do pênalti favorável ao Santos parecem ter desestabilizado o árbitro, que economizou cartões e, quando aplicou, acabou se equivocando. Havia advertido Hayner na hora do penal e depois deu novo amarelo ao jogador, mas refugou, mandando dizer que o cartão havia sido para Gilvan. As imagens mostraram que o juiz se equivocou.

O penal chamou atenção para o estranho hábito dos zagueiros do Papão, que vivem metendo a mão na bola. Contra o Águia, Lombardi tocou duas vezes, mas os árbitros não viram. E, no gol marcado contra o time marabaense no Mangueirão, Gilvan também deu uma cortada de vôlei antes da finalização do próprio Lombardi. Moda mais esquisita.

(Coluna publicada no Bola desta quarta-feira, 19) 

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Cabra bom esse argentino, te dizer…

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