Na próxima segunda-feira, 10, será lançado em Belém o livro “Frei Betto – Biografia”, de Américo Freire e Evanize Sydow. O lançamento será às 18h, no auditório da OAB, com bate-papo com os autores e o próprio Frei Betto, que prestigiará o evento. Haverá apresentação musical da cantora, instrumentista e compositora Iva Rothe e do músico compositor Maurício Panzera.
No livro, tudo sobre a trajetória de Frei Betto, em cujo pensamento a religião, a política e a militância se articulam em defesa de uma sociedade democrática e plural, que acolha todos os cidadãos. Os autores esmiúçam o significado histórico da vida e do trabalho de Carlos Alberto Libanio Christo, o Frei Betto, em meio às transformações político-sociais que ocorreram no Brasil e nos demais países da América Latina a partir dos anos 1960.
Confiante em ganhar a UEFA Champions League pela quarta vez na sua primeira temporada no Bayern de Munique, Carlo Ancelotti terá um desafio especial nos quartos-de-final, frente à sua antiga equipa, o Real Madrid. Enfrentará seu velho conhecido Zinédine Zidane, que foi seu assistente técnico no Real. Nessa entrevista ao site da Uefa, o técnico italiano não poupa elogios a Zidane.
Treinou Zinédine Zidane na Juventus entre 1999 e 2001; esperava que ele tivesse um impacto tão grande como treinador do Real Madrid?
Carlo Ancelotti – Ele já é um grande treinador. Sempre disse que ele tinha tudo o que era necessário para ser um bom técnico, mas ele começou de baixo. Ele foi meu adjunto [no Real Madrid], depois treinou o Castilla [equipa de reservas do Real Madrid]. A experiência como jogador é apenas em parte útil quando se chega a treinador, porque também se tem que estudar, tem que se estar atualizado e ganhar as suas próprias experiências, e Zidane fez tudo isso. Ele é carismático e os jogadores respeitam-no realmente e isso é muito importante.
Inglaterra, Espanha, França e agora Alemanha – quão importante é conhecer a cultura de um país, como pessoa e como treinador?
Ancelotti: Estava preocupado quando deixei pela primeira vez a Itália, em 2009, mas sempre me senti confortável onde quer que tenha estado e também acredito que estas experiências nos motivam para fazer mais coisas: aprender uma nova língua, viver novas culturas, novas tradições, novos jogadores. Foi e tem sido uma experiência muito interessante. Na Baviera, o calor é parecido com o da Itália. Munique é uma cidade muito limpa, onde há regras que são respeitadas por todos. É uma cidade calma. As pessoas respeitam a sua vida privada. Não estamos sempre sob o escrutínio público, pode-se viver em paz.
Você passou um tempo em Vancouver antes de assumir o cargo no Bayern. Qual a importância disso?
Ancelotti: Tive a oportunidade de parar por um ano e decidi fazê-lo porque, ao fim de 20 anos, senti que precisava descansar. Mas passei o ano vendo futebol.
Antes de começar a treinar o time, passou algum tempo observando como jogava o Bayern sob o comando de Josep Guardiola?
Ancelotti: Sim, mas havia muitos jogadores que eu já conhecia, pelo que estava impressionado. Quando cheguei, eles já estavam num nível muito bom, e continuam agora a fazer coisas muito boas. O trabalho de Guardiola foi muito importante para eles. Cada treinador tem a sua própria filosofia. Quero manter as coisas boas da equipe. Estou tentando fazer com que seja mais ofensiva e que tenhamos mais posse de bola, mas quero imprimir o hábito de atacar mais.
Venceu a UEFA Champions League uma vez como jogador e três vezes como treinador. O que muda quando começam as fases eliminatórias?
Ancelotti: É diferente porque não se pode calcular demasiado e, no que me toca, apenas me preocupo com as nossas virtudes. Temos que ser corajosos e mostrar caráter. Se o fizermos, podemos obter resultados, mas se mostramos receio, tudo se complica. Seria muito especial ganhar de novo, em especial por este clube. O Bayern disputou as semifinais nos últimos dois anos. Esteve perto de ser campeão, e queria ganhar por causa disso.
Treina o Bayern, enquanto Antonio Conte dirige o Chelsea; o que faz com que os treinadores italianos tenham tanto sucesso?
Ancelotti: A escola italiana de treinadores é muito inovadora no que toca à formação. Aprendi muito e tendo tido experiência na Itália – levando em conta que o futebol italiano é disputado de forma diferente – faz com sejamos mais criativos e mais meticulosos quando se prepara um jogo.
A Polícia Federal (PF) prendeu três pessoas preventivamente – entre elas o presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coaracy Nunes – no Rio de Janeiro e tenta localizar outra como parte da operação Águas Claras, deflagrada na manhã desta quinta-feira para apurar um esquema de desvio de recursos públicos repassados à entidade, envolvendo dirigentes e empresários.
Também estão entre os detidos o diretor financeiro da confederação, Sérgio Ribeiro Lins de Alvarenga, e o coordenador técnico do polo aquático, Ricardo Cabral. Quem está foragido é Ricardo de Moura, secretário geral de Natação e Executivo, braço-direito de Coaracy e até pouco tempo atrás candidato da situação.
Além dos cinco mandados de prisão, quatro empresários que participaram de licitações com indícios de irregularidades foram conduzidos coercitivamente a unidades da PF em São Paulo e no Rio de Janeiro; outros 16 mandados de busca e apreensão também foram cumpridos.
Todos os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Criminal de São Paulo. A operação foi deflagrada após denúncias de mais de 20 atletas e ex-atletas além de empresários do ramo esportivo e de investigação da PF, do Ministério Público Federal e da Controladoria-Geral da União.
“Havia um patrocínio aos dirigentes e não aos atletas”, resumiu a procuradora Thaméa Danelon durante entrevista coletiva em São Paulo. “Esse mar de corrupção afundou o esporte aquático brasileiro”. 4De acordo com a Polícia Federal, “as investigações apuram o destino de cerca de R$ 40 milhões repassados à CBDA. Há indícios de um esquema de desvios de recursos públicos captados por meio de convênios e leis de fomento ao esporte, sem a devida aplicação – conforme previsto em lei e nos contratos assinados”.
“Segundo o inquérito policial, ao invés dos valores recebidos serem aplicados corretamente (em incentivos aos esportes aquáticos e na viabilização de práticas esportivas aquáticas), os recursos eram mal geridos ou desviados para proveito pessoal dos investigados”. (Da ESPN)