Veiga pede demissão e Remo procura novo técnico

d88cd561-e2c8-40f7-af08-5cc7f4ad1dfe

Depois do empate diante do ABC, na noite deste sábado, o técnico Marcelo Veiga procurou a diretoria e entregou o cargo. Desgastado pelos maus resultados em casa, o técnico já não contava com o apoio do torcedor. Sua decisão foi imediatamente aceita e o clube já procura por um substituto. Vários nomes são cogitados, mas, segundo fontes da diretoria, não há plano de contratar técnico local. (Foto: MÁRIO QUADROS)

Quaresma faz gol salvador e Portugal avança

https://www.youtube.com/watch?v=fMdXsvUsdVo

Vasco supera CRB e segue na liderança

https://www.youtube.com/watch?v=sXNjDUwQ8AY

Remo x ABC – melhores momentos

https://www.youtube.com/watch?v=VvWwmUyiai8

Remo x ABC – comentários on-line

Campeonato Brasileiro da Série C 2016

Clube do Remo x ABC-RN – estádio Jornalista Edgar Proença, às 18h

Rádio Clube _ IBOPE_ Segunda a Sexta _ Tabloide

Na Rádio Clube, Claudio Guimarães narra; Rui Guimarães comenta. Reportagens – Paulo Caxiado, Giuseppe Tommaso, Hailton Silva e Carlos Estácio. Banco de Informações – Jerônimo Bezerra

Jura que a culpa do déficit é da Dilma?!

Clwpc2QUYAEZ2ul

A lição de elegância na derrota que Cameron deu a Aécio

182640312-600x400

POR PAULO NOGUEIRA, no DCM

O primeiro ministro britânico David Cameron deu uma aula de classe na derrota para Aécio Neves. Cameron chamou o plebiscito para decidir sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia. Bateu-se pelo sim, que parecia uma barbada até poucas horas antes da votação. Mas deu o não.

Cameron reconheceu prontamente a derrota e anunciou sua renúncia. Com elegância, com hombridade, com honestidade, todos aqueles atributos, enfim, que faltaram a Aécio depois de ser batido por Dilma.

E note a diferença. A carreira política simplesmente acabou. Ele deixa em breve a Downing Street, sede do governo britânico, para qualquer outra atividade que não a vida política. É praxe na Inglaterra, ao contrário do Brasil, onde os políticos em geral só deixam a carreira num caixão.

Aécio não. Mesmo batido, ele seria um forte candidato nas eleições de 2018, credenciado por quase 50 milhões de votos.

Mas, se Cameron foi um lorde, Aécio foi um menino mimado, um playboy irresponsável, um perdedor desprezível, um homem indigno.

Tão logo batido, inventou pretexto após pretexto para tentar ganhar por outros meios o que os votos não lhe deram.

Conseguiu o que desejava, mas ao preço terrível da autodestruição. Aécio é hoje um dos maiores símbolos da corrupção, ao lado de figuras como Eduardo Cunha.

Foi citado em numerosas delações por conta de esquemas que invariavelmente estiveram longe dos olhos do público, pela blindagem que sempre teve na mídia e na polícia.

“Todo mundo conhece o esquema do Aécio” é uma frase que poderia servir de epitáfio para ele. Foi pronunciada por um delator e viralizou nas redes sociais, para infâmia eterna de Aécio.

Aécio é a pior espécie de corrupto: aquele que na sombra rouba e à luz do sol faz discursos moralistas. Neste sentido, é ainda pior que Cunha. Quis tudo, sem ter os votos para isso. Acabou sem nada, com a reputação devastada pelas múltiplas acusações de corrupção.

É um morto vivo.

Cameron se despede de fronte erguida. Soube perder, e agora parte para o resto de sua vida deixando a seus conterrâneos um exemplo de conduta na adversidade política. Aécio está condenado a olhar para baixo, imerso em vergonha, pelo restante dos seus dias.

Torcedores se mobilizam para ajudar garoto azulino

13533011_1136661643021231_5154606840872106036_nJoão Paulo Bastos da Silva (à direita), um garoto de 9 anos de idade, viveu um dia muito especial nesta sexta-feira, um dia após ver a casa onde morava ser consumida pelo fogo. Dentro da residência, estava guardado também o material que seria usado em sua festinha de aniversário, tendo como tema principal o Clube do Remo, seu time de coração. Sensibilizados com a tragédia, torcedores e dirigentes azulinos prepararam uma surpresa para João Paulo e seus pais.

Ele foi o convidado especial dos remistas para o treino realizado em preparação ao jogo contra o ABC (RN), que acontece hoje, 18h, pela Série C. Na presença do presidente André Cavalcante, o menino ganhou uma camisa oficial autografada pelos jogadores, além de uma chuteira do zagueiro Brinner.

20160625_111215destaque3722592506a6joaofestaremoemailCentenas de torcedores presentes ao estádio Evandro Almeida cantaram os parabéns. Um outro grupo recebia alimentos doados para serem entregues à família do menino. João Paulo ganhou ainda uma festa com bolo. “Ver, não só o Remo, mas as torcidas de Paysandu e Tuna se mobilizando por nós, é algo muito bonito”, disse o pai de João, o marceneiro Nathanael Silva, 36, emocionado com a ajuda em um momento difícil.

A casa em que João morava com os pais e outros dois irmãos pegou fogo, em Icoaraci na tarde de quinta-feira (23). O imóvel, construído em madeira, ficou completamente destruído.

COMO AJUDAR – As doações para a família podem ser entregues no Baenão, à rua Antônio Baena, e na sede social do Clube do Remo, na avenida Nazaré.

(Com informações do Bola)

Fernando Pessoa sai em defesa de Getterson

pessoa_getterson-452x346

“O homem é do tamanho do seu sonho” (F. Pessoa)

POR RICARDO FLAITT, no LANCE

Ao mesmo tempo em que as redes sociais democratizaram os canais de comunicação, complexas e contraditórias, assim como se constituem os seres humanos, revelaram também o que há de melhor e pior na sociedade.

A corda da liberdade concedida pelo mundo virtual transformou-se, em muitos casos, no cadafalso para que as pessoas fossem condenadas por um tribunal inquisitorial virtual imenso, formado por milhões. Neste ponto, intrigante, o comportamento humano faz convergir dois tempos da história: a Idade Média, que queimava as pessoas em praças públicas; e o contemporâneo, que queima pessoas em redes públicas.

Getterson, jogador contratado pelo São Paulo, é a mais nova vítima do Tribunal da Inquisição Virtual. Foi julgado e condenado por ter, no passado, postado twitters exaltando o Corinthians, rival do São Paulo.

Não se julgou se o rapaz realmente joga bem, se realmente tem capacidade para compor o elenco do São Paulo. Getterson foi condenado por, no país do futebol(?), ter um time de coração.

Talvez ainda mais cruel que dispensá-lo pelas postagens nas redes sociais foi aniquilar o sonho de uma vida. Coloquemo-nos em alguns momentos no lugar de Getterson: você é jogador de futebol, vem de origem simples, luta como todo trabalhador para ter um futuro decente, a oportunidade de jogar em um grande clube aparece, seu coração palpita, o sonho ganha traços de realidade, e tudo cai por terra devido a besteiras de conversas de boteco, brincadeiras que fazer parte do futebol…

Com isso, o mundo real sucumbiu ao mundo virtual. A idiotice venceu o bom senso e o discernimento. Sem exageros, a atitude da diretoria do São Paulo contra o rapaz, contradiz toda a pantomima quando se posicionam pela paz no futebol.

O rapaz foi demitido por torcer pelo Corinthians e ter se referido ao São Paulo como “bambi”, apelido que a torcida não gosta, mas é justamente por isso que TODOS zoam. E a zoeira faz parte do futebol.

A diretoria do São Paulo deveria, em gesto nobre, rever a atitude infundada, e dar a oportunidade a Getterson, evitando que se arruíne a vida do rapaz. Que a famosa referência no São Paulo, dos “cardeais”, sejam pela grandeza e não por uma postura inquisitorial.

Ao contrário daqueles que se deixaram influenciar pelos inquisidores virtuais, digna foi a postura de Bauza, que teve a coragem de dizer, nas tribunas das ensaiadas coletivas, que tudo isso era uma grande besteira e que o jogador deveria ficar. Palmas, em pé, para Bauza. Abaixo a babaquice no futebol, e na vida.

Getterson, neste momento, bem que poderia postar o “Poema em Linha Reta”, de Fernando Pessoa, em suas redes sociais:

POEMA EM LINHA RETA

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe — todos eles príncipes — na vida…

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos — mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.