Insistência no erro

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POR GERSON NOGUEIRA

O Remo fez tudo o que um mandante não pode fazer na Série C. Jogou sem confiança, chutou apenas duas bolas a gol, errou todas as cobranças de falta e se deixou dominar por um nervosismo que quase resultou na vitória do visitante. A bola chutada na trave por Assis, aos 2 minutos do segundo tempo, foi o mais claro lance de gol do jogo e poderia ter representado a repetição da derrota para o Asa, há duas semanas.

Além das já conhecidas limitações do time quanto a entrosamento, desta vez o Remo sofreu também com o baixo rendimento de jogadores importantes. Eduardo Ramos, seu mais criativo meia, estava em noite infeliz, errando passes e não conseguindo superar a forte (e violenta) marcação paraibana. Levy teve lampejos pela direita, evidenciando ainda problemas de condicionamento. Ainda assim, foi um dos mais eficientes da equipe. E Alan Dias, como terceiro volante avançado, foi improdutivo.

No primeiro tempo, o jogo esteve até favorável para os azulinos. Curiosamente, somente uma vez o time teve desprendimento para chutar em direção ao gol, com o zagueiro Brinner. Ramos cobrou uma falta rente ao poste direito de Michel Alves, levantando a torcida, mas logo o time voltou ao torpor inicial. Ficava tocando passes laterais sem aprofundar ou buscar alternativas para furar o bloqueio do adversário.

De sua parte, o Botafogo comportava-se como um típico visitante. Ficava sempre atrás, resguardado por duas linhas de quatro, expondo em jogadas de contra-ataque apenas Marcinho e Danielzinho, que pouco incomodaram o setor defensivo remista.

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Na etapa final, confiantes diante da postura temerosa e atrapalhada do Remo, os alvinegros da Paraíba começaram a se assanhar. O disparo feito por Assis logo no recomeço da partida foi um dos três bons momentos da equipe. Ângelo e Marcinho também tiveram oportunidades – Fernando Henrique defendeu uma e a outra passou raspando.

Para desespero da torcida presente ao Mangueirão, o técnico Marcelo Veiga custou a mexer no time. Primeiro, substituiu Michel Schmoller por Ciro, sem qualquer resultado prático. Manteve ainda por penosos 20 minutos o atacante Fernandinho, que havia se contundido no final do primeiro tempo e se arrastava em campo.

Sílvio entrou com a voracidade habitual e com a inadequação de sempre. Ou corre demais ou se atrapalha com a bola nos raros lances em que a bola lhe foi passada. Para complicar, o perfil de um atacante velocista se adéqua mais aos contragolpes, que o Botafogo em nenhum momento permitiu ao Remo. Era mais ou menos óbvio que Héricles, um meia-atacante que sabe jogar pelo centro, seria mais compatível com a situação da partida.

Sem jogadas pela esquerda, onde Murilo fazia figuração e cobrava arremessos laterais, o Remo desperdiçava os deslocamentos de Edno, pouquíssimo aproveitado no jogo.

No fim das contas, o 0 a 0 foi um placar justo para o desempenho dos times e um merecido castigo ao Remo, que quase conseguiu repetir o revés frente ao Asa. Veiga, ao final da partida, disse que a pressão da torcida às vezes atrapalha no rendimento de alguns jogadores. Terão que se acostumar logo com isso. Acrescentou que o time se comportou bem, e só faltou o gol. Não. Faltou jogar bola. (Fotos: MÁRIO QUADROS)

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Nenhuma novidade no front

Em Bragança Paulista, sob um frio de seis graus, o Papão praticamente repetiu as vacilações do velho rival. Claramente abalado pela sequência ruim na Série B, o time escalado por Rogerinho Gameleira errou em demasia e reproduziu as mazelas da era Dado Cavalcanti. Por sorte, o Bragantino conseguiu ser até pior em campo, daí o empate como resultado final.

A insistência com jogadores como Alexandro e Rafael Costa limitou as ambições do Papão na partida. O confronto virou um festival de chutões e bolas cuspidas pela lateral. Aparentemente satisfeito com o empate, faltou ao time a fome de vencer, fundamental em qualquer competição e vital na Segundona.

Nem mesmo a chegada do novo técnico, Gilmar Dal Pozzo, tirou o Papão da letargia que vem caracterizando sua campanha. Normalmente, a troca de comando gera um efeito psicológico positivo, afastando a acomodação. Não foi o que se viu. A apatia dominou o time, mesmo diante da visível possibilidade de superar os donos da casa.

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Pantera e Águia largam bem, São Francisco decepciona

Com categórica goleada sobre o Rondoniense, o São Raimundo abriu a caminhada na Série D em grande estilo. O Águia também se saiu bem na estreia, superando o Tocantinópolis.

A decepção ficou por conta do São Francisco, reputado como o mais forte representante do Estado na competição. Sem capacidade de reação, foi goleado pelo Palmas por 4 a 2, na capital do Tocantins.

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Direto do blog

“Penso que há um equívoco na forma de pensar o Brasileiro da Série C. Muitos torcedores e até mesmo membros da imprensa tomam o Remo como grande favorito nos jogos em Belém. Eu não faço essa leitura. Penso que jogos contra Botafogo, ASA e ABC o favoritismo é leve, posto que, são times sempre competitivos nesta série e disputam a dificílima Copa do Nordeste. Já contra o Fortaleza não há favoritos. Contra River, Confiança e Cuiabá o Remo é favorito. Em outras palavras, há um discurso de que o Remo é um gigante na competição. Isto é meia verdade. O orçamento do Remo é apertado e ele tem forte cobrança de vários lados. Repito, Remo está na competição para amadurecer nela, não para subir.”

Carlos Lira, atento observador (bicolor) do momento atual do Leão.

(Coluna publicada no Bola desta segunda-feira, 13)

Morto nunca serás

POR PAULO FONTELES FILHO, em seu blog

Há 29 anos a UDR assassinava Paulo Fonteles.

A ação, bem planejada pelo antigo agente da comunidade de informações da repressão política, James Vita Lopes, contou com a execução de pistoleiros ligados ao mundo do crime da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Os mandantes, um consórcio de latifundiários que reunia Ronaldo Caiado, Jairo Andrade, Fábio Vieira Lopes e Joaquim Fonseca, todos organizadores daqueles leilões do medo, muito comuns logo no período posterior à redemocratização do país e durante o efervescente processo da Constituinte. Era 1987, 11 de junho.

Depois da prisão política ao lado da mulher Hecilda, depois do pau-de-arara, depois de ter e gerar filhos na prisão, depois do 477, depois dos poemas sobre a forca, depois das matas gerais e do vento camponês do Araguaia e do “Resistência”, depois dos posseiros alumiando o advogado-do-mato que seguia pelos sertões no fusca ou em montarias, com irmãos da igualdade, com a imensa rosa no peito – a paixão e o Partido – depois da canção da Elis, depois do combativo mandato de deputado e de teus olhos sorridentes do dia seguinte que nunca houve porque te mataram com três tiros, pelas costas, num posto de gasolina que já nem existe.

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Todos os dias lembro, em alguma hora, daqueles acontecimentos. Nas retinas da memória a aflição no rosto de meu irmão, das pessoas chegando, do tumulto, do descompasso da vida e de minha primeira passeata empurrando, com muitos, o corpo do pai morto sob uma chuva de papel picado e das bandeiras vermelhas nas janelas dos prédios. Lembro também da solidariedade dos colegas da escola e de “Pesadelo”, de Paulo César Pinheiro.

Decidi, naquele dia, entrar pra luta. Tinha 15 anos, um buraco no peito e a militância comunista no horizonte. Certas coisas realmente salvam a alma, três delas aprendi no curso dos anos: a atitude consciente diante do mundo, as pessoas e a poesia. O resto é mistificação.

A vida, como ensinou Gabriel Garcia Márquez, “não é a que a gente viveu e sim a que a gente recorda, e como recorda para contá-la”. Eu tenho por obrigação contar essas histórias de sangue e de impunidade – mesmo que a gente sinta profundamente – para que não se repitam porque os poderosos só ensejam viuvez e orfandade.

Me somo ao Elias, a Antônia, a Luzia, Macial e Orlando, ao João do João, a Nedyma e Alex, todos filhos de pais assassinados pelo latifúndio e a grilagem na Amazônia. Somos milhares, tantos anônimos que o capital estrangula todos os dias nos grotões do trabalho escravo, na grande empresa do medo e num estado e judiciário que nos devem explicações: porque quem nos feriu continua impune?

Nossos pais – Virgílio Sacramento, Expedito Ribeiro, João Canuto, João Batista, Paulo Fonteles e o “Gringo”- foram sentenciados, anunciados em listas macabras e covardemente imolados porque defendiam ideias, os trabalhadores e a civilizatória luta dos direitos humanos no Brasil.

Mas esses são tempos estranhos, de golpe na democracia e nos direitos do povo. As liberdades públicas estão sob risco quando um cretino – desses que nunca leu um livro e desconhece a história do país – ocupa uma tribuna, a liderança da fé ou programa de televisão para pregar linchamentos, porrada em mulher e o genocídio dos jovens das periferias.

A violência sempre vai se alimentar pelo discurso do ódio, recurso que a direita usurpadora e a grande mídia bebe na Gestapo de Hitler, afinal, Willian Waack é o Goebbels dos patinhos da Fiesp. E eles precisam ser derrotados como forma a assegurar o progresso espiritual e material da imensa maioria dos brasileiros.

É por isso que o Virgílio se levanta no Moju, que o Expedito e o Canuto se agigantam nas noites de Rio Maria, que o Batista traz a rebeldia no bornal, que o “Gringo” ilumina os olhos da Oneide nas barrancas do Araguaia e tu, meu pai, estás tão próximo que já podemos tocá-lo com as mãos de homens e mulheres livres.

Morto nunca serás.

Dal Pozzo assume Papão nesta segunda-feira

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O técnico Gilmar Dal Pozzo será apresentado oficialmente nesta segunda-feira (13) pela diretoria do Paysandu Sport Club. Contratado na última quinta-feira (09), o profissional viajou até Bragança Paulista para conhecer seu novo grupo de trabalho e acompanhou o confronto diante do Bragantino das cabines do estádio Nabi Abi Chedid, por não ter tido tempo hábil de treinar a equipe. Com a tabela bastante apertada, já na próxima terça-feira (14) terá seu primeiro compromisso pelo Papão, no duelo diante do Avaí, na Curuzu.

O treinador chega credenciado a recuperar o prestígio bicolor, dada suas boas campanhas no Campeonato Brasileiro – Série B, com números positivos e um acesso em seu currículo. Com perfil agregador, estudioso do futebol, aguerrido e competitivo, o catarinense de Quilombo, mas criado no Rio Grande do Sul, encara pela primeira vez um desafio na região Norte do Brasil. Adepto do trabalho forte, para jogar forte, tem na sinceridade com os jogadores uma de suas principais virtudes.

Confira os números do comandante:

Série B (Chapecoense, ABC e Náutico)

Jogos | 62

Vitórias | 31

Empates | 18

Derrotas | 13

Aproveitamento | 59,68%

Último clube: Náutico (Série B, Estadual e Copa do Brasil)

Jogos | 28

Vitórias | 15

Empates | 7

Derrotas | 6

Aproveitamento | 61,90

No acesso pela Chapecoense em 2013

Jogos | 38

Vitórias | 20

Empates | 12

Derrotas | 6

Aproveitamento | 63,16%

Acesse o perfil do treinador

(De Aguante assessoria – foto: Diego Carvalho)

O cartel do marketing esportivo no Brasil

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POR ARTUR DE FIGUEIREDO, em Torcedores.com 

O roteiro conhecido por todos como caótico e de extrema sensibilidade na economia do país, a cada dia se acentua. Entretanto, um segmento que tampouco se preocupa ou repensa seu sistema de marketing é o futebol, cuja modalidade em outros tempos era tida como ‘popular’, mas hoje passa por um sério arrocho econômico, tendo com isso, sua marca cada vez mais elitizada, com altos valores de ingressos, camisas a preço de ouro, entre outros produtos licenciados. Uma inflação sem precedentes aos bolsos de cada torcedor, customizando uma nova filosofia de marketing esportivo.

Ao entrar no estádio, o torcedor comum paga de 30 a 200, 300, 600, até mais, de acordo com o seu respectivo nível socioeconômico. A troco disso, o futebol não faz jus ao ingresso pago, e vê o fator violência como outro elemento, que de fato, afugenta muitos torcedores.

Marcas, como: Adidas, Nike, Umbro, Puma, entre várias outras, fazem uma espécie de cartel, cobrando preços abusivos por seus produtos, e quebrando a política de concorrência, o que é saudável para economia e automaticamente para o torcedor (lojas com livre comércio, podendo negociar seus produtos, de forma mais aberta, democrática).

Entretanto, isso não acontece, as camisas custam em média 170 a 250 reais e são encontradas em quase todos os estabelecimentos por esse preço, por haver supostamente, um contrato que inviabilize a mudança de preço, que não seja de acordo com aquela marca preestabelecida. Somente lojas licenciadas das respectivas marcas que carregam seus emblemas tem um papel mais solidificado e livre comercio para negociar seus produtos.

Com o povo brasileiro e a famosa baixa autoestima, não se vê, o mal que faz pra si e de fato, como está alimentando marcas milionárias, que são completamente indiferentes sobre a questão econômica do país. Em contrapartida, os altos salários de jogadores e comissão técnica, além das citadas marcas, cria-se um abismo econômico ainda maior, com clubes que não conseguem pagar seus impostos.

Dessa forma se contextualiza a sonegação fiscal, que de certa forma, ainda não se houve nada de conclusivo e de fato, impactante, para algum fato relevante. Apesar de soar plausível e altruísta, foi criado a uma lei de responsabilidade Fiscal para os clubes brasileiros de futebol, que visa uma maior transparência nas gestões e relações com o torcedor..

No ano passado, a presidente Dilma Roussef sancionou a lei de responsabilidade fiscal no futebol brasileiro. A lei prevê uma fiscalização nas contas públicas dos clubes, visando a transparência e o pagamento de dívidas, ou seja, tributos. O não pagamento consequentemente prevê sérias punições a dirigentes, que serão julgados de forma individual, tendo a cassação de mandatos e a ilegibilidade por até 10 anos. Além disso, o clube pode até cair para 2ª divisão, caso não cumpra.

Outro fator: o clube não poderá antecipar receitas de transmissão de jogos, criando impasses em gestões futuras. “Os clubes que aderirem ao Profut (lei de responsabilidade do futebol brasileiro) poderão parcelar suas dívidas em até 240 vezes, em cotas mínimas de R$ 3 mil, já com a redução de 70% das multas, de 40% dos juros e de 100% dos encargos legais. Os clubes devem se comprometer em reduzir seus déficits para 10% da receita anual a partir de 2017. E para 5% a partir de 2019”, afirmou Rogério Hamam, secretário nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, do Ministério do Esporte, em entrevista ao Blog do Planalto, no dia 6 de agosto do ano de 2015.

Apesar de a lei ser uma arma moral para o futebol e o torcedor, amante da modalidade, a reforma esportiva ainda não passou pelos tramites que de fato, aproximem o torcedor dos estádios.

Com o projeto que revolucionou o futebol, os sócios torcedores viraram uma forte tendência de mercado, revitalizando a economia dos clubes. Porém, o que não se pensou ou de forma proposital, um sistema bastante usado pelos clubes, a ‘fidelização’ do torcedor, ou seja, aqueles que paguem os maiores pacotes aderem a um sistema de pontuação, tendo com isso, maiores oportunidade de irem aos jogos.

Apesar de soar como algo legal, interessante. Por outro lado, criam-se condições divergentes, uma espécie de obrigatoriedade, além da exclusão do torcedor comum nos estádios, ou seja, as camadas mais populares do país, sendo pulverizadas por um sistema que só prevê o abastecimento econômico dos clubes.

Sob sanções monopolistas em que marcas e concessões mandam nos clubes e padronizam custos altíssimos, deva merecer mais atenção dos próprios clubes e dirigentes, que esqueceram do seu maior patrimônio, o torcedor.

Difícil é dizer-te o que amamos

Difícil é dizer-te o que amamos
nessa furtiva espera gasta pelo tempo.
Há longos anos batemos à tua porta
e teu nome esquecemos.
O medo está nas mãos onde o frio da espera
sangra e não choramos
por um sinal que tarda
e um dia virá talvez, hoje ou amanhã.

(Paulo Plínio Abreu / Poesia, Edufpa, 2008, p.99)

Corrida do Engenheiro celebra namorados

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Em homenagem ao Dia dos Namorados, que transcorre neste 12 de junho, a 7ª edição da Corrida e Caminhada do Engenheiro foi realizada na manhã deste domingo(12) no entorno do Parque Estadual do Utinga e teve como vencedores os atletas Rosivaldo Moreira da Silva (pentacampeão da prova) e Elivani Oliveira dos Santos. Além dessa categoria Comunidade, a competição promovida pelo Clube de Engenharia do Pará (CEP) registrou as vitórias de Jorge Antônio Valente e Ozaíde Farias Serrão (tetracampeã da prova) na categoria Engenheiro; e de José Carlos Merabet Júnior e Fernanda dos Santos Bastos na categoria Acadêmicos de Engenharia.

Como não poderia deixar de ser, casais participaram do evento esportivo, que teve como tema “Correr já é bom, correr com amor é bem melhor”. “Ele é o meu maior incentivador em tudo, e na corrida também”, declarou a pedagoga Lara Reis, casada com o servidor público Max Silva, há 23 anos. O casal correu junto a prova. O engenheiro civil Evandro Santos e a estudante de Medicina Anailde Santos são noivos e corredores. “Como diz o slogan da Corrida deste ano, correr junto com ela é bem melhor”, disse Evandro. Antes da corrida e na chegada casais trocaram beijos.

Na avaliação do presidente do CEP, Gilmário Drago, ao lado da esposa Carla Drago, “essa foi uma edição histórica da Corrida do Engenheiro em pleno Dia dos Namorados, com a animação da quadra junina e, o mais importante, com o clube possibilitando, pela sétima vez, a 700 pessoas a oportunidade de praticar esporte”. O diretor do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor Bio), Wendell Andrade, ressaltou que o evento concilia saúde com o meio ambiente, porque “na prática da corrida,  na maioria das vezes, os cidadãos estão em contato direto com a natureza”.

Vencedores

Com 8 quilômetros para a corrida e 4 quilômetros para a caminhada – largada e chegada na entra do Parque do Utinga e com percurso pela avenida João Paulo II –, a programação premiou os três primeiros colocados em cada categoria com cheques de R$ 300,00, R$ 200,00 e R$ 200,00, além de troféus e medalhas. No geral masculino, os premiados foram: Rosivaldo Silva, da Remo Runners/Corredores de Rua do Pará (Corpa), com o tempo de 22´46´´; Sidney Eugênio Tavares, da Top Fit, com 22´58´´, e Renato Teixeira Alves, com 24´03´´. No feminino: Elivani Oliveira, da Corpa, com 26´53´´;  Edna Maria Silva, da Corpa, com 28´58´´, e Suzanira Brito, da Suzy Runner, com 30´38´´.

Na categoria Engenheiro – masculino: Jorge Antônio Valente, da Papão Léguas, com 30´13´´; Evandro Cordeiro, PMR Assessoria Esportiva, com 30´46´´, e Alan Rafael Vale, da Super Ação, com 30´56´´. No feminino: Ozaíde Serrão, da Runbora, com 34´05´´; Valéria Teixeira Gomes, da Carmen Leal Assessoria Esportiva, com 35´15´´, e Marta Denise Nascimento, da Greco Forma Academia, com 43´18´´.

Os vencedores dos acadêmicos de Engenharia: no masculino – José Carlos Merabet Júnior, c 32´21´´; Afonso Ribeiro Júnior, da Remo Runners, com 32´29´´, e Clemerson Pereira de Paiva, com 33´22´´. No feminino: Fernanda Bastos, da equipe Manoel Corredor, com 32´50´´; Paula Kélia Abreu, da Greco Forma, com 41´09; Beatriz Teixeira Costa, com 41´28. A 7ª Corrida e Caminhada do Engenheiro teve a parceria da Caixa de Assistência dos Profissionais do CREA-PA (Mútua); do Governo do Estado e da Prefeitura de Belém. (Texto: Eduardo Rocha – Zê-Efe Comunicação & Marketing)

 

Como nasce um Safadão?

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POR RODRIGO AMAR, no Linkedin

Painel de LED importado, ônibus próprio estilizado, além de uma folha salarial robusta que contempla músicos e equipe. Esses são apenas alguns dos requisitos básicos para o lançamento de um novo artista que almeja alcançar “aquele 1%” de sucesso no show business.

Mas está longe de ser somente isso. Construir uma carreira musical exige muito mais do que somente emplacar aquele hit e compor uma música chiclete. É preciso ir aonde o povo está, na rua, no rádio, na TV, na trilha da novela e, principalmente, na Internet.

Em um mercado cada vez mais disputado, a fama que nomes como Wesley Safadão e Aviões do Forró possuem atualmente é fruto do trabalho de anos, cujo reconhecimento aconteceu primeiro nas regiões Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. Bem antes da participação em programas de TV em rede nacional, das reportagens de capa de revista ou das apresentações nos grandes centros, como Rio de Janeiro e São Paulo.

Existe uma percepção mundial, também fervilhante no Brasil, de que a maior parte do faturamento gerado na indústria da música não é mais proveniente da venda de discos, mas principalmente de apresentações e contratos de patrocínio ou imagem.

Não é apenas percepção. É fato.

Para se ter uma ideia, de acordo com o estudo “Entertainment and Media Outlook”, da PwC, o Brasil é o segundo maior mercado de música ao vivo na América Latina, com uma receita total (incluindo bilheteria e patrocínios) que saltou de US$ 165 milhões, em 2010, para US$ 205 milhões, em 2014. A expectativa é de que, até 2019, o segmento movimente US$ 280 milhões no País.

Já no tocante à publicidade e direito de imagem, a banda Aviões do Forró, por exemplo, conta com patrocínio anual de quatro multinacionais, de olho no poder de comunicação em massa dos artistas, que atuam como verdadeiros embaixadores e interlocutores de suas marcas ou produtos.

Por isso, ainda durante os primeiros acordes e logo após um sólido investimento na compra de estruturas físicas e de capital humano, é hora de traçar as estratégias de marketing para o artista com o objetivo de comercializar shows, atrair marcas e aumentar o faturamento.

Há casos de artistas que chegam a fazer mais de um show por noite em diferentes Estados e ultrapassam 30 exibições por mês. Os cachês variam de acordo com a capacidade de mobilização de fãs, partindo de R$ 10 mil a R$ 250 mil por performance.

Se antes a atividade fim da indústria musical se dava através da comercialização do conteúdo em diferentes mídias e formatos (DVDs, CDs, singles, fotografias, vídeos de bastidores), hoje essas obras podem ser consideradas acessórias à atividade final.

Para conquistar fama, vender shows e buscar patrocinadores, o caminho não passa mais exclusivamente pelo programa de calouros ou por ter suas faixas entre as mais tocadas nos rádios. A verdade é que, para chegar lá, o caminho obrigatório está em promover o artista nas ondas da Internet. Se quiser ser chamado pelo Faustão, antes é preciso ser alguém e conquistar fãs na Web.

Com a migração da audiência para os canais on-line, a digitalização da carreira musical surge como estratégia essencial para simplificar e tornar viável os 15 minutos, ou 15 anos de fama para os artistas – o tempo depende da forma em que irá utilizar plataformas para promover seu trabalho e disponibilizar álbuns para downloads, seja no Instagram, Facebook, Snapchat, Twitter ou em plataformas de compartilhamento de músicas.

Hoje não é mais preciso esperar a música preferida tocar nas rádios ou dormir na frente da loja aguardando o lançamento do CD. Está tudo ali, ao alcance de um clique ou um toque no smartphone. Através da Web, o artista engaja e aumenta sua legião de seguidores, que ficam mais perto de seus ídolos e podem acompanhar cada passo, os bastidores, as novas músicas, o que ele gosta de comer e qual será seu visual no próximo show, abrindo muitas oportunidades para ações de branding, promoções e lançamentos de produtos com a alma do artista e, por isso mesmo, com grande potencial de vendas.

O engajamento acontece de forma espontânea. O artista que mais se comunica ganha empatia e é recompensado com duas palavrinhas mágicas que antecipam as cifras milionárias: Views e Downloads. Sem visualizações nas suas páginas nas redes sociais e a distribuição digital de suas músicas, o artista está hoje condenado ao ostracismo e a nunca mais ser lembrado e, pior, escutado por seus admiradores.

Seguindo neste embalo, nada mais lógico e crescente que os artistas difundam gratuitamente seus conteúdos à exaustão, a fim de alcançar o máximo de reconhecimento e notoriedade junto aos seus fãs. Cada vez mais se torna comum o lançamento de álbuns promocionais com repertórios dinâmicos que se renovam a cada dois ou três meses, bem como a criação de páginas com notícias, vídeos e fotos pessoais, agendas de shows ou simples relatos cotidianos.

Quer ganhar fama e dinheiro? Então é hora de mudar de canal. Talento à parte, não é tão difícil assim surgir um novo Safadão. O digital é o acorde que faltava para compor a banda dos sonhos de qualquer artista. Não é preciso apenas presença de palco, boa voz, bons músicos e um empresário. O engajamento vai definir sua posição de liderança nas paradas de sucesso. Com uma estratégia digital muito bem traçada, não tem como desafinar.

* Rodrigo Amar é CEO do Sua Música (www.suamusica.com.br)

Artigo publicado em Proxxima | Meio&Mensage
http://www.proxxima.com.br/home/proxxima/2016/06/09/como-nasce-um-safadao.html