“Sobraria alguém nesse País se aplicassem as regras que estão aplicando para mim?”
Dilma Rousseff, presidenta do Brasil
“Sobraria alguém nesse País se aplicassem as regras que estão aplicando para mim?”
Dilma Rousseff, presidenta do Brasil

Barbearia em Santiago de Cuba. Foto de Stefano Iachetti

POR MÁRIO MAGALHÃES, em seu blog no UOL
O tal Waldir Maranhão levou mais bordoadas em um dia do que Eduardo Cunha em quinze meses como presidente da Câmara. Adjetivos corrosivos e substantivos pejorativos, empoeirados pela falta de uso, dardejaram o deputado que ousou declarar ilegal e ilegítima a sessão da Câmara que deu sinal verde ao impeachment da presidente constitucional Dilma Rousseff.
Denunciaram a “manobra” do obscuro Maranhão, mais tarde revogada, tamanha a fuzilaria contra ele.
As manobras infindáveis, manjadíssimas e inescrupulosas de Cunha para depor a governante eleita pelo voto popular não foram tratadas assim. Dois pesos, duas medidas. E uma hipocrisia do tamanho do mundo.
Dos mais pedantes aos mais histriônicos, muita gente proclamou em coro que Waldir Maranhão, presidente interino da Câmara, transformou o país numa república de bananas.
Perdão pela obviedade ululante, mas é preciso dizer: uma das características essenciais das velhas republiquetas bananeiras latino-americanas era – e é – o desprezo pela soberania do voto popular.
Ganhou na urna? E daí? A preferência dos eleitores era – é – constantemente sufocada por transações e interesses avessos à democracia.
Eduardo Cunha, com mandato de deputado federal suspenso pelo STF, apressou-se em declarar “absurda” e “irresponsável” a decisão de Maranhão. Cunha, quem diria, pegou mais leve do que alguns operadores em surto.
Em tons diferentes, reafirmou-se a ampla coalização pró-impeachment, que vai de Eduardo Cunha aos que juram não ter uma só convicção em comum com o belzebu.
Bastou verem ameaçado o golpe de Estado em curso – impeachment sem prova de crime é golpe – que certo pessoal falou como viúva de Cunha.
Estranho país, onde vicejam viúvas da ditadura e viúvas de Eduardo Cunha. Não só: ao avacalharem o governador do Maranhão, Flávio Dino, revelaram-se também viúvas de José Sarney e sua família. Para quem não sabe, se isso é possível: os Sarney conspiraram ativamente pela derrubada de Dilma.
Assim caminhamos: parlamentares acusados e suspeitos dos crimes mais cabeludos, associados a um empresariado historicamente corruptor, estão na bica para depor uma mulher honesta e honrada.
Legitimada por 54.501.118 votos.
E o problema é o Waldir Maranhão…

A atriz brasileira Letícia Sabatella e a juíza Kenarik Boujikian Felippe, do Tribunal de Justiça de São Paulo, encontraram o papa Francisco na segunda-feira (9) para falar da atual situação do Brasil. O encontro ocorreu na Casa Santa Marta, residência do sumo pontífice, e durou cerca de 45 minutos. Elas falaram português e o papa conversou em espanhol. Segundo a juíza, o papa reiterou a necessidade do diálogo. “Ele nos ouviu atentamente e nos disse que irá orar pelo povo brasileiro, que se preocupa com o Brasil.”
Já a atriz Leticia Sabatella chamou a atenção para a necessidade de tolerância. “Esse clima de intolerância é como uma doença, acho que é pertinente pedirmos o auxílio e levar ao papa o que está acontecendo. Existe uma sombra, um ódio, uma busca pelo bode expiatório que não vai resolver a situação sistemática do país”, acrescentando que “o papa passa uma imagem da tolerância religiosa e espiritual”. (Da RFI)


Estudantes secundaristas protestam em S. Paulo


Passeata dos estudantes no Parque da Juventude, em S. Paulo

Bloqueio à entrada refinaria Reman, em Manaus

Estrada CE-060 interditada pelos militantes do Movimento dos Atingidos por barragens, em Aracoiaba, no Ceará



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