Dilma inaugura a usina hidrelétrica de Belo Monte, a terceira maior do mundo

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Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de início da operação comercial da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

A presidenta Dilma Rousseff inaugurou, nesta quinta-feira (5), a usina hidrelétrica de Belo Monte, localizada no município de Altamira, sudoeste do Pará. Construída no rio Xingu, a usina é a maior hidrelétrica 100% nacional e a terceira maior do mundo. Com capacidade instalada de 11.233 MW, terá carga suficiente para atender 60 milhões de pessoas em 17 estados, o que representa cerca de 40% do consumo residencial de todo o País.

Além de Dilma, o senador Paulo Rocha (PT-PA) e os deputados petistas Beto Faro e Zé Geraldo, acionaram as duas turbinas que gera energia comercialmente na Casa de Força Principal, no Sítio Belo Monte, e a outra, na Casa de Força Complementar, no Sítio Pimental. Juntas, adicionam 649,9 MW ao Sistema Interligado Nacional (SIN), operação também autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Dilma destacou a importância da usina para a segurança energética do país. “Com a usina, não levamos só energia para o resto do país, mas fizemos com que empresas pudessem vir para cá porque não vai faltar energia. Queremos que essa usina se transforme em segurança energética para o país”, afirmou.

A presidenta acrescentou que a usina é um orgulho pelos ganhos sociais e ambientais que produziu. “Belo Monte é um processo de desenvolvimento para o Brasil, principalmente para a região Norte”.

A usina de Belo Monte foi leiloada, em 2010, por R$ 25,8 bilhões para a empresa Norte Energia S.A, responsável pela construção e operação da hidrelétrica. Segundo informações da empresa, as obras civis do empreendimento estão praticamente concluídas e a previsão é que a cada dois meses, em média, seja ativada uma nova turbina até o pleno funcionamento da hidrelétrica, em 2019.

A construção de Belo Monte atende aos interesses do governo brasileiro de produzir energia limpa, renovável e sustentável para assegurar o desenvolvimento econômico e social do País. Os primeiros estudos começaram na década de 1970 e, desde então, o projeto original sofreu várias modificações para que fossem reduzidos os impactos ambientais da usina.

Através da interligação dos reservatórios por um canal, o chamado modelo de usina a fio d’água permitiu que Belo Monte ocupasse uma área 60% menor do que a prevista no projeto original. A mudança garantiu que nenhuma aldeia indígena próxima ao empreendimento fosse inundada e a hidrologia do rio Xingu, preservada. A piracema também não comprometida, graças a colocação de escadas de peixes que preservam o equilíbrio da fauna aquática do rio Xingu.

Responsabilidade socioambiental

Cerca de 14% do total do orçamento de Belo Monte, cerca de R$ 4 bilhões, foram investidos em melhorias em 12 municípios da área de influência da usina. Entre essas ações, estão a instalação da rede de saneamento básico de Altamira, construção de escolas e unidades de saúde, melhora da qualidade da água e dos igarapés da cidade e na transferência de mais de 30 mil pessoas dessas áreas de risco para cinco novos bairros construídos pela Norte Energia.

Para preservar a floresta às margens do Rio Xingu, a empresa comprou 26 mil hectares em uma faixa contínua, onde a vegetação está sendo enriquecida com espécies nativas. Como compensação ambiental pelo empreendimento, foram repassados R$ 135 milhões ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para criar ou regularizar unidades de conservação ambiental.

Ações da Lava Jato coincidem com vésperas de eventos políticos decisivos

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DO BLOG DE MÁRIO MAGALHÃES

Se houver contra Lula provas acima de quaisquer dúvidas, que o ex-presidente seja exemplarmente condenado, na forma escrupulosa da lei.

Se não houver, que o absolvam, também de modo exemplar.

Idênticos valores se aplicam a Dilma Rousseff, contra quem, ao contrário do seu antecessor, inexiste acusação formal. Isto é, denúncia apresentada pelo Ministério Público.

O que não impediu que um jornalista aparentemente perturbado se esgoelasse bradando que a presidente da República não pode mais ser tratada como pessoa “honrada” e “honesta”.

Sentenciou. Virou magistrado. Mas daqueles bem parciais.

Seria ridículo, se o desempenho burlesco não carregasse tintas de tragédia para a democracia _e o jornalismo.

Falei “jornalista”? Perdão pela impropriedade. Corrijo: cheerleader.

Feito o registro do noticiário, permitam-me outro, endereçado aos historiadores do futuro.

Do futuro porque, nesta quadra da história, a serenidade está tão em falta quanto a vacina para a gripe que se alastra.

Esperemos a estiagem, porque a tempestade cospe fúria e afoga a razão.

Daqui a dez, vinte, trinta anos, quem sabe na pena de um brasilianista, alguém há de cotejar obsessivamente a cronologia da Operação Lava Jato com a de eventos políticos relevantes e decisivos.

E constatar que, quando a coincidência é demasiada, deixa de ser coincidência.

Em 4 de março de 2016, na 24ª fase da Lava Jato, o juiz Sérgio Moro determinou a condução coercitiva de Lula para prestar depoimento à Polícia Federal. Tremendo barulho.

Manifestações pró-impeachment estavam marcadas para menos de dez dias depois. O ambiente mudou. Bombaram. Em dezembro, haviam sido modestas.

Três dias mais tarde, Moro liberou a divulgação de gravações telefônicas de Lula, inclusive de conversa com a presidente.

Em abril de 2015, ocorrera sincronia semelhante.

O ato pela deposição de Dilma seria no dia 12.

Na antevéspera, deu-se a 11ª fase da Lava Jato, e o clima esquentou.

Cinco dias antes da votação na Câmara que autorizaria o impeachment, desencadearam a 28ª fase.

A nove dias da data provável para o Senado se pronunciar sobre o afastamento provisório da presidente constitucional, o procurador-geral da República denunciou Lula e pediu investigação de Dilma.

Ainda que sem querer _será?_, a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça aumentaram a temperatura às vésperas de acontecimentos políticos de envergadura.

Algum dia um scholar estudará tudo isso e muita gente reagirá com ares de surpresa, falsos ou verdadeiros, às conclusões tão óbvias.

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Perrella é o primo tucano-paraguaio de Anastasia

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POR JOAQUIM DE CARVALHO, no DCM

Imediatamente após ser indicado pelo senador Fernando Collor para compor a comissão do impeachment, o senador Zezé Perrella foi à tribuna do Senado para cobrar rapidez na conclusão do processo. ”O país não aguenta mais”, disse.

Se a Justiça usasse contra Perrella o mesmo critério que ele cobra de seus colegas senadores — celeridade –, seria grande a chance de Perrella já estar com a ficha suja, tantos são inquéritos e processos a que ele responde.

Ele só tem uma condenação por improbidade administrativa, em primeira instância, por permitir que seus assessores morassem no apartamento funcional reservado exclusivamente a deputados federais, como ele era até janeiro de 2003.

Mas a Justiça, principalmente em Minas Gerais, anda muito devagar quando o investigado ou réu ostenta o sobrenome Perrella. Quer dizer, Oliveira Costa, já que Perrella é um sobrenome que o senador incorporou com autorização de uma importante família de Belo Horizonte, depois de comprar o frigorífico Perrella.

Oliveira Costa, de São Gonçalo do Pará, no centro-oeste mineiro, Zezé costuma dizer aos herdeiros de Pasquale Perrella, o fundador do frigorífico, que ele é o “Perrella do Paraguai”, mas não admite discutir o que alguns descendentes de Pasquale reivindicam: a retirada do nome Perrella da certidão de nascimento de José de Oliveira Costa.

“Tem um ramo da família que quer impedir o Zezé de usar o Perrella, em razão dos processos que ele tem – eu não tenho essa opinião -, mas um ramo da família tem, mas ninguém tomou ainda nenhuma providência e, se tomarem, correm o risco de responderem a um processo por danos morais”, diz o engenheiro civil Pachoal Perrella, que era dono do frigorífico quando Zezé, já presidente do Cruzeiro, comunicou à família que havia entrado na justiça para incorporar Perrella a seu nome.

“Na época, o Zezé era conhecido como o Zezé do Perrella, por causa do frigorífico. Ele então quis oficializar o nome Perrella, sem a preposição do. Achamos na ocasião que não havia problema nenhum. Ninguém da família se opôs”, afirma. Mas, quando os escândalos envolvendo o nome de Zezé se multiplicaram, o primo de Pachoal, Miguel, também um dos herdeiros que venderam o frigorífico, começou a falar que era necessário rever a autorização do uso do nome Perrella pelo senador.

Miguel não fala sobre o assunto por telefone, mas admite o incômodo. Um dos escândalos que mais deixaram os Perrella originais preocupados foi o do Helicoca. Pachoal acredita que, no caso do tráfico, o senador não tem nenhum envolvimento. “A Polícia Federal não iria inocentar o Zezé se ele tivesse algum envolvimento. Não fizeram isso com Zé Dirceu, que era muito mais poderoso, não fariam isso com o Zezé”, disse.

Mas, em relação a outros processos, onde a Polícia Federal não atuou e nem poderia inocentar o “Perrella do Paraguai”,  Pachoal não demonstra a mesma certeza. No Ministério Público do Estado de Minas Gerais, as investigações sobre a família de Perrella mobilizam hoje dez promotores, a maioria do setor de defesa do Patrimônio Público.

Segundo os promotores, é difícil separar o negócio de Zezé dos irmãos, todos são ou foram sócios em alguma empresa. Também existe empresas comprovadamente em nome de laranjas. Esse conjunto de empresas obteve contratos de pelo menos R$ 80 milhões (em valores de 2011), nos anos em que o senador Aécio Neves era governador do Estado.

O Ministério Público chegou ao Zezé alguns anos antes do Helicoca, o helicóptero da família Perrella, pousar numa fazenda do Espírito Santo com 445 quilos de pasta base de cocaína. Foi a partir de uma denúncia de um dono de restaurante, que se sentiu prejudicado na escolha do principal fornecedor de alimentação da Cidade Administrativa, a maior obra e o cartão de visitas que Aécio apresentou durante muito tempo, como demonstração de sua eficiência como gestor.

O Ministério Público descobriu então que o conglomerado da família Perrella fornecia merenda escolar a preços superfaturados nas escolas da região de Montes Claros, mantinha cozinha irregular em alguns presídios e cobrava do Estado pelo transporte inexistente de marmitas, e fornecia carne abaixo do peso e em qualidade inferior ao acordado nos contratos com a Secretária de Defesa Social, responsável pelas cadeias.

Mas, segundo a denúncia dos promotores, o maior trunfo da família do “Perrella do Paraguai” era a fiscalização do Estado governado por Aécio Neves. Os fiscais fechavam os olhos para as empresas da família e eram rigorosíssimos sobre os concorrentes. Resultado: “Perrella do Paraguai” e suas empresas praticamente dominaram o fornecimento de refeições nos presídios e em parte do sistema educacional.

Outra descoberta dos promotores foi a do uso de um frigorífico pequeno do grupo para a emissão de notas sem mercadoria. Em tese, emitir nota sem entregar mercadoria configura crime de lavagem de dinheiro. Essa investigação faz parte do rol de inquéritos civis sobre o senador.

O Helicoca também rendeu ações no setor de defesa do patrimônio público da Promotoria de Minas Gerais. Gustavo e Zezé Perrella foram denunciados por desviar recursos da Assembleia Legislativa para voar.

Quando era deputado estadual, Zezé tinha um avião e costumava ir a Salvador e Rio de Janeiro – sempre na véspera de Carnaval – com combustível pago pelos contribuintes mineiros.

A família trocou o avião pelo Helicoca – um Robson 66 –, mas continuou com o hábito de cobrar do cidadão mineiro pelos deslocamentos aéreos, sem vinculação com o mandato de deputado estadual de Gustavo Perrella.

O Ministério Público cobra mais de 800 mil reais de Zezé e cerca de 20 mil reais de Gustavo. Os promotores também denunciaram Gustavo por manter o piloto do Helicoca, Rogério Almeida Antunes, numa vaga da Assembleia Legislativa, onde recebia salário e tinha plano médico e vale refeição, mas os voos que o piloto realizava, conforme planilha juntada ao processo, não eram de interesse do Poder Legislativo.

O Ministério Público quer que Gustavo e o piloto sejam condenados a devolver o dinheiro do salário e dos benefícios à Assembleia Legislativa.

Com uma ficha corrida, o senador Zezé Perrella se tornou um dos mais ativos defensores do impeachment da presidente Dilma Rousseff na comissão de senadores. Durante o depoimento da “jurista” Janaína Paschoal, autora do parecer sobre as pedaladas fiscais, ele saiu na defesa dela, quando os senadores contra o impeachment a criticaram.

Janaína recebeu R$ 45 mil do PSDB para dar o parecer. “Pior é quem cobra 700 mil por palestra que nunca fez”, afirmou o senador, num afago a Janaína e numa crítica a senadores contrários ao impeachment. Ele não disse a quem se referia quando disse sobre a palestra de R$ 700 mil, mas provavelmente era ao ex-presidente Lula – mas não existe nenhuma acusação de que recebeu por palestra não realizada.

Com suas intervenções, Zezé tem procurado ajudar o relator da comissão do impeachment, o ex-governador mineiro Antônio Anastasia. Ela dá sua colaboração ao trabalho de Anastasia, embora todos saibam de antemão qual será o veredicto do relator.

A ajuda do senador Zezé Perrella não deixa de ser uma tarefa em família. É que Zezé, ao incorporar o nome Perrella, passou a se vincular ao passado do senador Anastasia.

O avô de Antonio Anastasia, Anielo Anastasia, era irmão de Josefina, a mulher de Pasquale Perrella, o fundador do frigorífico Perrella. Anielo e Pasquale não eram apenas cunhados, eram sócios do frigorífico que, muitas décadas depois, Zezé compraria.

O avô do relator do impeachment, Anielo, era também tio-avô dos Perrella de sangue, os verdadeiros Perrella. Ao “entrar” na família, Zezé se tornou primo de Antonio Anastasia. Um primo paraguaio, digamos assim. Juntos, Anastasia e Perrella estão fazendo história no Senado Federal.

Por que só agora?

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POR PAULO NOGUEIRA, no DCM

Está havendo uma festa estridente com o afastamento enfim de Eduardo Cunha da presidência da Câmara. É como se o Brasil estivesse se livrando de um câncer.

O ministro Teori, depois de mais de quatro intermináveis meses, aceitou o pedido de remoção de Cunha feito pelo procurador geral Janot.

Mas o foguetório não pode esconder uma questão crucial: por que só agora Teori se mexeu?

É, neste momento, a pergunta de 1 milhão de dólares.

Não mudou nada desde que Janot entregou a solicitação de saída de Cunha em 15 de dezembro.

Quer dizer: não mudou nada em Cunha. Eram amplamente conhecidos seus crimes. Já fazia meses desde que as autoridades suíças tinham dado de bandeja às brasileiras provas de contas secretas de Cunha na Suíça.

Isso configurou perjúrio num depoimento de Cunha na Câmara em que ele afirmou não ter contas no exterior.

Muitas outras evidências se somaram a estas.

Não mudou, portanto, o quadro de Cunha nos últimos meses. Até os analfabetos políticos que o defendiam como “um corrupto nosso” passaram a sentir repugnância dele.

Na verdade, a única coisa que mudou foi que, de mãos livres o tempo todo até agora, Cunha pôde comandar o golpe que vai exterminando a frágil e jovem democracia brasileira.

Por que Teori não fez o que fez antes que Eduardo Cunha transformasse o Brasil num imenso, desolador, patético Paraguai?

Não se tratava de salvar Dilma. Mas de salvar a democracia,  a dignidade, a honra nacional. E também de mostrar à sociedade que o crime não compensa.

Pela lentidão de Teori, fomos obrigados a suportar espetáculos dantescos como a sessão da Câmara em que o impeachment foi aprovado por bufões corruptos de toda espécie.

Fomos obrigados a suportar, um domingo inteiro, o rosto cínico de Cunha sentado no plenário da Câmara como um imperador, como um Nero ateando fogo no país.

Fomos obrigados a suportar o Brasil se transformando em motivo de piada no mundo inteiro, graças a deputados ridículos que dedicaram seus votos a coisas como famílias quadrangulares, maçons, pais, filhos, netos e agregados.

Fomos obrigador a suportar monstruosidades como Bolsonaro dedicar seu sim a um torturador que colocava coisas nas vaginas de prisioneiras políticas grávidas na ditadura.

Teori permitiu todas essas atrocidades nacionais por deixar engavetado o pedido de afastamento de uma das maiores vocações de corrupção da história do Brasil – provavelmente a maior.

Teori permitiu que a situação econômica se deteriorasse ainda mais com o processo de impeachment paralisando o país. Com isso, milhares, talvez milhões de brasileiros perderam seu emprego.

Por quê?

A resposta só o próprio Teori sabe.

O que é todos sabemos é que no tribunal da história Teori será exemplarmente punido por esse crime de lesa pátria.

Argentina lidera e Brasil é 7º no ranking da Fifa

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A Fifa divulgou, na manhã desta quinta-feira, a atualização de abril de seu confuso ranking mundial de seleções. Sem partidas consideradas de nível A, a lista não teve alterações no top 10, e o Brasil segue na sétima colocação. A liderança, com 1532 pontos, é da Argentina, enquanto a Bélgica (1364 pontos) é segunda; e o Chile (1353), terceiro. Brasil está na sétima colocação, atrás também de Colômbia (quarto), Alemanha (quinto) e Espanha (sexto).

Completam o top 10 Portugal (oitavo), Uruguai (nono) e Inglaterra (décimo). A primeira mudança no ranking da entidade máxima do futebol acontece na 54ª colocação, assumida pela Coreia do Sul, deixando Jamaica e Sérvia para trás.

Flamengo já gastou R$ 30 milhões com “reforços” na temporada

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Com R$ 70 milhões de luvas da Rede Globo pela renovação do contrato do Brasileiro até 2024, o Flamengo teve aprovada na última segunda-feira a entrada de mais R$ 6 milhões no orçamento de seu futebol profissional nesta temporada. O objetivo é reforçar a defesa com esse dinheiro e, assim, contratar ao menos mais uma peça. Juninho, do Coritiba, voltou a ser procurado enquanto Jackson, do Inter, foi sondado.

Não está descartada a investida em mais de um nome para o setor.

Com a verba, a diretoria rubro-negra deverá superar R$ 30 milhões em gastos no mercado em 2016. Ao todo, foram 10 jogadores trazidos até aqui. Em sua estimativa inicial, o time da Gávea projetava R$ 22 milhões em custos com compra de direitos econômicos neste ano. Ela acabou sendo superada e ficando em R$ 26 milhões no primeiro semestre – foram desembolsados, por exemplo, R$ 5,449 milhões em parcela pelo colombiano Gustavo Cuéllar (foto).

Existe a análise de que a zaga segue como ponto fraco do Fla com a dupla titular Juan e Wallace. Além de Juninho, o departamento de futebol do clube tentou recentemente Diego Polenta, do Nacional-URU, Donatti, do Rosario Central-ARG, e Jackson, que está trocando o Inter pelo Bahia, também sem sucesso.

Nem toda a grana recebida da Globo terá como destino o elenco rubro-negro, no entanto: R$ 21 milhões servirão para o pagamento de impostos e penhoras, R$ 14 milhões para o CT e R$ 4 milhões para o Consórcio Plaza (responsável pelo empréstimo para a contratação de Edmundo nos anos 90), dentre outros investimentos.

A diretoria rubro-negra mantém o discurso de que o repasse ao futebol será, de fato, maior somente a partir de 2017. Ainda assim, trabalha para responder após as eliminações precoces no Campeonato Carioca e na Primeira Liga. (Da ESPN)

Já não há nada que o STF possa fazer para apagar seu papel sinistro no golpe

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POR PAULO NOGUEIRA, no DCM

Já não há nada que redima a imagem merecidamente destroçada do STF por conta de sua atitude no caso Eduardo Cunha.

Marcar para esta quinta o julgamento de um pedido da Rede de afastamento de Cunha não vai mudar nada.

Graças aos eminentes juízes, Eduardo Cunha teve tempo suficiente para comandar um processo sujo ao fim do qual 54 milhões de votos serão roubados dos brasileiros e uma democracia frágil será interrompida.

Nem como marketing serve este julgamento porque se reforça a suspeita de que a plutocracia deseja agora se livrar de Cunha para que não fique tão escancarada a farsa do impeachment.

Não é sequer o pedido de Janot que será analisado, ele que jaz na desde meados de dezembro passado na gaveta do ministro Teori, o gatilho mais lento do universo.

É um pedido da Rede. E o ponto é este: caso Dilma seja mesmo impedida, o Brasil pode se submeter ao vexame inédito de ter na presidência um réu do Supremo? Isso porque, como presidente da Câmara, Cunha seria o segundo de Temer.

Ora, ora, ora.

Só agora os eminentes ministros do STF atentaram para este detalhe sinistro? Desde que Cunha, por vingança, aceitou o pedido de impeachment, era uma possibilidade fortíssima.

Primeiro porque Cunha domina o Congresso, e então era previsível que ele fizesse que o sim fosse aprovado.

Isto feito, seria ele, Cunha, o segundo do governo Temer.

Qual a surpresa?

Os juízes estavam tão ocupados em julgar coisas como pipoca no cinema e declamar asneiras em latim comointerna corporis que não tiveram tempo para pensar na hipótese de um criminoso virar presidente?

Foi preciso que um partido, a Rede, alertasse o STF sobre o fato de que é inconstitucional um ladrão colocar a faixa presidencial ainda que por horas ou dias?

O Supremo de 1964 abençoou o golpe militar.

O Supremo de 2016 fez, na prática, o mesmo.

É tarde demais para alterar essa doída realidade.