Dia: 8 de maio de 2016
Santos levanta o caneco em São Paulo
Vasco é campeão invicto do Rio
Homenagem à mãe de todos os golpes
As mães, segundo Calvin
A arte de Atorres
Com cara de paisagem, STF presidiu ao mais violento estupro constitucional
POR WANDERLEY GUILHERME DOS SANTOS (*)
Por ação e omissão o Supremo Tribunal Federal é a mais recente instituição recrutada pelo cronograma do golpe de Estado patrocinado pela coalizão satânica entre o Legislativo e o Ministério Público. A expressão “satânica” não é arroubo retórico nem irritação partidária.
Não custa repetir, reconheço no surgimento e crescimento do Partido dos Trabalhadores a mais importante novidade na história brasileira, fazendo com que a classe trabalhadora estreasse no mercado de consumo de bens de segunda e terceira necessidades e, por sua própria conta e risco, na competição política.
O argumento de que sua liderança natural foi substituída em grande parte por oportunistas da classe média tradicional – médicos, advogados, professores, funcionários públicos – não passa de esplêndida ignorância de advogados, professores, médicos e funcionários públicos que interpretam e representam esplendidamente as classes dominantes.
Vai aí de graça: um projeto político não se define pelo nome dos que o servem, mas pelo de seus senhores. Como partido, o PT absorveu as taras e virtudes dos partidos nacionais, que são diferentes das que afetam os partidos gastronômicos franceses, gêmeos vitelinos americanos, fleumáticos e escandalosos ingleses ou come-quieto alemães.
Quem não tem paciência ou talento para o jogo, em que me enquadro, escolhe um lado e acompanha a partida. Mínima alfabetização no esporte permite distinguir entre falta dura e entrada desleal, entre equívoco de arbitragem e roubo escancarado.
Revoltantes em especial quando comprados por “cartolas” assíduos no setor de camarotes dos estádios em benefício de pernas de pau contra times de melhor qualidade. Zagueiros rombudos a cometer penalidades máximas não marcadas, gols em impedimento e justos pedidos de prorrogação indeferidos desmoralizam o esporte e afastam os admiradores. Pernetas e sopradores de apito perdem carisma e enlameiam as túnicas celestes. Transformam-se em anjos decaídos, satânicos.
Legislativo, juízes e promotores, procuradores e servidores públicos, para nada dizer de grandes conglomerados econômicos, agentes do endeusado sistema capitalista, enfezaram-se sem remissão em conluio pela delinquência contra os bárbaros que vieram da senzala e seus intérpretes. Primeiro serão estes, depois aqueles.
A extraordinária imobilidade muscular da face do deputado que presidia a Câmara e a do senador-relator do pedido de impedimento da presidente Dilma Rousseff, enquanto ouviam as mais desconcertantes demonstrações de inépcia do processo, transmitiam olímpico achincalhe, sem faltar um sorriso de vitória e tripudio no fundo dos olhos do senador-relator.
Faltava o Supremo Tribunal Federal entrar no minueto farsesco. Mudo, solene e borrado, presidiu com cara de paisagem ao mais violento estupro constitucional assistido da história recente. Aí, em descarada confissão, desfaz-se do sócio minoritário da empreitada, o deputado-ex-presidente, assim obtendo no câmbio negro passaporte aviado para a cerimônia final de linchamento. Tudo conforme a lei, a soberania e o funcionamento normal das instituições.
Toda resistência é legítima. Hora de começar.
Últimas palavras
Enquanto o a Câmara dos Deputados aceitar conviver com Jair Bolsonaro, torturador por interposta pessoa, não deve ser considerada uma casa de respeito, mas bordel sem alvará para funcionamento. O que ela faz e aprova terá que ser desfeito e reprovado no futuro.
A rede lançada pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, envolvendo personagens de variada coloração partidária e profissional é golpe publicitário e diversionista para aparentar isenção na capitulação de Dilma e Lula como réus. A maioria dos demais se safará, por insuficiência de provas, restando Dilma e Lula como programado.
(*) Em seu blog Segunda Opinião
Final do Parazão teve público de 18 mil pagantes
Um público de 18.225 pagantes prestigiou a final do Campeonato Paraense, neste sábado, entre Paissandu x São Francisco, no estádio Jornalista Edgar Proença. A renda foi de R$ 419.965,00. Incluindo 2.680 credenciados, o público total foi de 20.905 espectadores.