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É pobre apoiando a direita e novo rico querendo aplicar que permanece na velha esquerda.
Tá tudo desencontrado mesmo.
Mas, segundo me parece, no governo e na esmagadora maioria da oposição, só há direita.
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Não, amigo Oliveira, não precisamos de ginásticas verbais para esconder o óbvio: o verdadeiro fenômeno político brasileiro é a notória figura do pobre de direita. O velho Tim Maia tinha toda razão.
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Pior é pastor que chama de miseravel pra quem recebe bolsa família e esquece que na igreja tem muitos membros que dão dízimo desta renda
Uma vez postei isso num grupo de Whatsapp
Acabaram com o grupo e recriaram outro sem mim
Falei a verdade mesmo
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Amigo Gerson, não se trata de ginástica e quejandos. Avalie, por exemplo, a vida e a postura do pretenso esquerdita mor, ex presidente l u l l a, seus parentes mais próximos, especialmente os filhos.
Feito isso, é possível sacar, sem maior esforço, que se algum dia a frase do excelente Tim Maia chegou a ser original, hoje não passa de um clichê desgastado e desatualizado pelas práticas dos políticos petistas que fizeram da fantasia de esquerdista o trampolim para a elite financeira nacional.
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Já vi inúmeras vezes esse julgamento moral que afirma que os comunistas devem por obrigação ser pobres. Comunistas não são franciscanos. Deixe-me dizer, o comunismo ainda não é o que se viu na URSS, em Cuba ou na China. Bem entendido, o comunismo é uma filosofia, ou, melhor, uma epistemologia. Assim como a Física deve a unidade e coerência à epistemologia sobre o movimento (para a Física só há o movimento e o repouso, sobre os quais está o princípio da relatividade como conceito fundamental). Indo um pouco mais adiante nessa analogia, a Física só é Física, com todos os distintos campos como Mecânica, Ondulatória, Termodinâmica, Eletricidade e Quântica reunidos porque todos têm base nesse viés, de movimento e repouso. A Física tem como objetivo compreender o movimento. Já o comunismo, como um resultado, é um ideal. Assim como a compreensão do movimento é um ideal para Física.
O comunismo prevê a realização de uma sociedade igualitária e justa, na qual todo cidadão terá todos os direitos funcionando perfeitamente. É uma previsão histórica. Marx observou a história militar e a história política do Estado e concluiu que sempre houve disputas pelo poder e que os mais pobres, invariavelmente, saem no prejuízo. A Revolução Francesa, na leitura de Marx, foi uma boa oportunidade de os mais pobres chegarem ao poder, mas foram traídos pela burguesia, que tomou para si a hegemonia. Essa é a luta de classes que não sossegou desde então. As tréguas são apenas aparentes e, sempre que o proletariado se aproximar do poder, haverá a reação burguesa de modo, às vezes mais, às vezes menos, contundente. A luta de classes é inegável. E momentos históricos como o atual só ressaltam essa característica da mesma História. No entanto, mesmo entre os pobres, há divergência desse ponto de vista, uma negação da luta de classes, e mesmo uma afirmação do pensamento burguês, e estes compõem o lumpesinato, ignorantes políticos que são e que não se dão conta da conveniência deles para a burguesia. Na atualidade, nós pobres ainda divergimos sobre como essa sociedade do futuro poderá ser alcançada. Há duas correntes principais de pensamento: os socialistas (proletariado) e os liberais (burguesia).
Por exemplo. Muitos falam mal de jogadores de futebol bem pagos porque jogariam por amor à camisa. Há outros que fazem o mesmo, mas agora questionando o porquê de tais atletas às vezes serem mais bem remunerados que médicos e professores. A lógica é de mercado. A lógica capitalista! Um clube só se torna campeão e ganha muito dinheiro se contar com jogadores excepcionais. Estes, são disputados pelos clubes e, por isso, podem pedir alto. A realidade para a maioria dos jogadores de futebol é bem distante disso. E o mesmo pode ser aplicado para artistas. Isto quer dizer que há trabalhadores que ganham o que pedem pelo trabalho. Mas a maioria, ganha o que o patrão quer pagar. É dizer, o valor do trabalho é definido pelo mercado. E, na verdade, o mercado é o capital. Quem tem o capital calcula o risco e define valores a serem postos no negócio. O empresário quer pagar o mínimo e obter o máximo retorno. Em uma sociedade comunista, todo trabalhador definirá o que ganhará, e o empresário, mesmo pagando esse trabalhador, obterá lucro, mas não sendo mais mega-bilionário e esfregando na cara de todos os oprimidos um estilo de vida que tem baseado na desigualdade. Isso quer dizer que distribuição de renda é uma meta a ser perseguida atualmente. Uma meta socialista, não capitalista. Um capitalista jamais admitirá que é possível distribuir renda com base em justiça, mas com base no famigerado mercado, no mérito, o que nunca funcionou, na prática, como instrumento de equalização de tensões sociais, mas apenas como meio de concentração de renda e aprofundamento de desigualdades sociais, o que, no limite, leva o proletariado a reagir politicamente e, às vezes, militarmente.
O comunismo é o modo de pensar objetivamente que leva o socialista a perseguir metas realizáveis na atualidade, como políticas públicas que diminuam a desigualdade e que levem melhorias à população mais pobre. O efeito disso é que, uma vez diminuídas essas tensões sociais, os liberais percebem a oportunidade de retomar o ciclo histórico, de explorar economicamente os mais pobres, até o próximo limite de acirramento de ânimos que tendam a levar a uma conflagração. Eventualmente, as elites não percebem esse limite e chegam a permitir uma guerra civil, e às vezes, o proletariado é que deixa passar o ponto em que se poderia reverter o processo de apropriação da riqueza de um povo.
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Bom, Lopes, de minha parte, o que sustentei passa longe de moralismo, comunismo, socialismo, capitalismo, ou coisa que o valha. É só a leitura da realidade.
Ah, lembro que sou adepto do que pregaram o sempre inspirado Gil e o pranteado Dominguinhos, na célebre “Abri a porta”, dentre outras, na passagem que diz mais ou menos assim: “E usufruir do bom do mel e do melhor, seja comum, a qualquer um, seja quem for.”
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A leitura da realidade passa por um filtro pessoal de valores, caro Oliveira. Você afirmou no primeiro comentário que novos ricos querem dizer falsamente que permanecem na esquerda, porque ao seu julgamento é por tornarem-se novos ricos que passam automaticamente à direita e a defender o liberalismo. Isso realmente não faz sentido. Como eu disse, e disse bem, comunistas não são franciscanos e vivem a realidade capitalista e realizam a prática de que o trabalhador deve ser sim bem remunerado. De outro modo, o exemplo dos camaradas socialistas que chegam a ganhar bem deve ser entendido que nós, todos os pobres, também podemos e temos direito. Mas é preciso luta para isso acontecer, além de um governo socialista. Você ainda reafirmou o que acabo de mostrar no comentário 4, pedindo uma “avaliação da vida e da postura do pretenso esquerdista mor, o ex-presidente Lula e seus parentes mais próximos, especialmente os filhos”, sugerindo sutilmente que eles não levam uma vida compatível com a de um torneiro mecânico e que teriam chegado a ter o padrão de vida que têm desonestamente… É claro que se trata de um julgamento moral, caro Oliveira.
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