Águia estreia em casa na Série C 2015

A Diretoria de Competições da CBF divulgou nesta segunda-feira a tabela básica do Campeonato Brasileiro Série C 2015. O Águia é o representante paraense na competição A primeira rodada, que será disputada nos dias 16 e 17 de maio, terá os seguintes jogos:

Águia x América-RN

Icasa x Fortaleza

Vila Nova x Cuiabá

Confiança x ASA

Botafogo-PB x Salgueiro

Tombense x Tupi

Londrina x Portuguesa

Caxias x Madureira

Guaratinguetá x Guarani

Brasil x Juventude

A finalíssima será disputada em dois jogos, nos dias 8 e 22 de novembro.

O panelaço da barriga cheia e do ódio

DO BLOG DO JUCA KFOURI

Nós, brasileiros, somos capazes de sonegar meio trilhão de reais de Imposto de Renda só no ano passado.

Como somos capazes de vender e comprar DVDs piratas, cuspir no chão, desrespeitar o sinal vermelho, andar pelo acostamento e, ainda por cima, votar no Collor, no Maluf, no Newtão Cardoso, na Roseana, no Marconi Perillo ou no Palocci.

O panelaço nas varandas gourmet de ontem não foi contra a corrupção.

IMG_3923Foi contra o incômodo que a elite branca sente ao disputar espaço com esta gente diferenciada que anda frequentando  aeroportos, congestionando o trânsito e disputando vaga na universidade.

Elite branca que não se assume como tal, embora seja elite e branca.

Como eu sou.

Elite branca, termo criado pelo conservador Cláudio Lembo, que dela faz parte, não nega, mas enxerga.

Como Luís Carlos Bresser Pereira, fundador do PSDB e ex-ministro de FHC, que disse:

“Um fenômeno novo na realidade brasileira é o ódio político, o espírito golpista dos ricos contra os pobres.

O pacto nacional popular articulado pelo PT desmoronou no governo Dilma e a burguesia voltou a se unificar.

Surgiu um fenômeno nunca visto antes no Brasil, um ódio coletivo da classe alta, dos ricos, a um partido e a um presidente.

Não é preocupação ou medo. É ódio.

Decorre do fato de se ter, pela primeira vez, um governo de centro-esquerda que se conservou de esquerda, que fez compromissos, mas não se entregou.

11025661_439901366160420_7646172389515181317_nContinuou defendendo os pobres contra os ricos.

O governo revelou uma preferência forte e clara pelos trabalhadores e pelos pobres.

Nos dois últimos anos da Dilma, a luta de classes voltou com força.

Não por parte dos trabalhadores, mas por parte da burguesia insatisfeita.

Quando os liberais e os ricos perderam a eleição não aceitaram isso e, antidemocraticamente, continuaram de armas em punho.

E de repente, voltávamos ao udenismo e ao golpismo.”

Nada diferente do que pensa o empresário também tucano Ricardo Semler, que ri quando lhe dizem que os escândalos do mensalão e da Petrobras demonstram que jamais se roubou tanto no país.

“Santa hipocrisia”, disse ele. “Já se roubou muito mais, apenas não era publicado, não ia parar nas redes sociais”.

Sejamos francos: tão legítimo como protestar contra o governo é a falta de senso do ridículo de quem bate panelas de barriga cheia, mesmo sob o risco de riscar as de teflon, como bem observou o jornalista Leonardo Sakamoto.

Ou a falta de educação, ao chamar uma mulher de “vaca” em quaisquer dias do ano ou no Dia Internacional da Mulher, repetindo a cafajestagem do jogo de abertura da Copa do Mundo.

Aliás, como bem lembrou o artista plástico Fábio Tremonte: “Nem todo mundo que mora em bairro rico participou do panelaço. Muitos não sabiam onde ficava a cozinha”.

Já na zona leste, em São Paulo, não houve panelaço, nem se ouviu o pronunciamento da presidenta, porque faltava luz na região, como tem faltado água, graças aos bom serviços da Eletropaulo e da Sabesp.

Dilma Rousseff, gostemos ou não, foi democraticamente eleita em outubro passado.

Que as vozes de Bresser Pereira e Semler prevaleçam sobre as dos Bolsonaros é o mínimo que se pode esperar de quem queira, verdadeiramente, um país mais justo e fraterno.

E sem corrupção, é claro!

Um bilionário por trás dos atos golpistas

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DO BRASIL247

Em dezembro do ano passado, pouco depois da derrota nas eleições presidenciais, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) convocou um protesto – ao qual não compareceu – contra o governo Dilma. Era um ato organizado pelo movimento ‘vemprarua’, liderado pelo executivo Fábio Tran, que espalha mensagens contra o PT e a presidente Dilma Rousseff produzidas até por personagens com a célebre Rachel Sheherazade (confira aqui a página do movimento no Facebook). Ainda em dezembro, o site Vermelho, do PCdoB, realizou uma pesquisa e descobriu que o domínio vemprarua.org.br estava registrado em nome da Fundação Estudar, do bilionário Jorge Paulo Lemann, homem mais rico do País, com uma fortuna de US$ 29 bilhões, em parceria com seus sócios Marcel Telles e Beto Sicupira, além do BTG Pactual, de André Esteves.

Procurado por 247, Lemann reagiu prontamente. “Eu não me meto em politica e a Fundação Estudar também tem que ser totalmente apolitica”, disse ele, prometendo apuração rigorosa sobre o caso (leia mais em “Ao 247, Lemann nega apoio ao impeachment”). Lemann, no entanto, admitiu que “o Fábio Tran realmente existe na Fundação”. Embora tenha prometido providências, Lemann, aparentemente, nada fez. Em seu perfil na rede social Linkedin, Fábio Tran informa que sua ocupação atual continua sendo a Fundação Estudar (leia aqui). Além disso, uma simples pesquisa no Registro.br, responsável pelo registro de domínios no País, informa que o domínio vemprarua.org.br continua em poder da Fundação Estudar.

Foi este domínio, por sinal, que deu origem à página no Facebook do movimento. Uma página em que diversos posts de convocação aos protestos vêm sendo patrocinados – ou seja, pagos à rede social de Mark Zuckerberg para atingir o maior número possível de pessoas.

A única mudança realizada de dezembro até agora foi a criação do domínio vemprarua.net, no exterior, sem identificação de quem é o responsável. É ele, agora, que direciona para a página do movimento, enquanto o vemprarua.org.br, embora ainda ativo, e em nome da fundação de Lemann, foi colocado fora do ar.

O apoio ao locaute dos caminhoneiros

Além do registro do vemprarua.org em nome da fundação que lhe pertence, Lemann também vem sendo acusado, num texto que começa a viralizar na internet, de ter apoiado o recente locaute dos caminhoneiros, que provocou desabatecimento e alta de preços em diversas regiões do País. Trata-se do post“Quem financia campanha do Impeachment e protesto de Caminhoneiros?”, escrito por Marcos Lemos (confira aqui).

Lemos lembra, em seu texto, que empresas controladas por Lemann, como Ambev, Lojas Americanas, ALL e B2W (antigo Submarino), possuem imenso poder sobre a logística nacional. Coincidência ou não, em diversos posts, o movimento vemprarua pediu solidariedade aos ‘amigos caminhoneiros’ (leia,aqui, o texto de José Augusto Valente, especialista em logística, sobre o movimento político nas estradas). No texto de Marcos Lemos, ele também posta um vídeo dos Revoltados Online, em que eles acusam o ‘vemprarua’ de ser um ‘movimento de empresários’.

Esclarecimento

O executivo Rodrigo Telles, diretor da Fundação Estudar, que pertence ao trio de bilionários da Ambev liderado por Jorge Paulo Lemann, e mantém o registro do domínio vemprarua.org.br, acaba de entrar em contato com o 247. Ele esclarece que o executivo Fábio Tran, responsável pelo movimento ‘vemprarua’, que tenta promover o impeachment da presidente Dilma Rousseff, está se desligando da Fundação. “Esta é a sua última semana”, diz ele. Em tese, Tran poderia ter sido afastado três meses atrás, quando o caso veio a público e Jorge Paulo Lemann se disse indignado com o uso político de sua fundação (leia mais em “Ao 247, Lemann nega apoio ao impeachment”). O responsável pelo ‘vemprarua’ permaneceu na fundação mesmo depois da descoberta de que registrou por lá o domínio porque, segundo Telles, vinha fazendo um ótimo trabalho. “Ele cometeu um erro, mas não pode ser crucificado por esse erro”, afirmou. Segundo Telles, Tran está se mudando para Londres.

Telles informa, ainda, que o domínio está sendo cancelado. “O trâmite é lento e está demorando porque houve uma mudança no estatuto da fundação”, diz ele. Segundo o Registro.br, órgão responsável pelo registro de domínios no País, um domínio pode ser cancelado em dois dias úteis. Lemann garante que jamais permitiria que sua fundação fosse contaminada por interesses políticos. Mas a demora em afastar Fábio Tran – que, aparentemente, decidiu se afastar voluntariamente – e a lentidão para cancelar o domínio causaram danos à sua imagem pública.

Jornal americano denuncia o massacre das milícias

POR DOM PHILIPS, DO WASHINGTON POST

TERRA FIRME, Belém, Brasil – O canto onde Eduardo Chaves, 16 anos, foi morto fica a apenas algumas centenas de metros de um centro que é uma delegacia de polícia e um centro comunitário na favela movimentada. Mas não havia polícia para intervir em 4 de novembro, quando ele foi executado por uma escolta de homens mascarados em motocicletas e em carros. Ele foi um dos 10 meninos e jovens baleados naquela noite.

Raul, um parente próximo, tentou salvar Eduardo quando os assassinos o abordaram. “Eu corri lá para ajudá-lo ”, disse Raul, que não quis dar seu nome real. Ele foi ameaçado de levar um tiro na cabeça. Ele ouviu, mas não viu os tiros que deixou Eduardo morto em uma poça de sangue. Raul disse que se sentia “desespero, choro, tristeza.”

Um inquérito condenatório lançado 30 de janeiro pela Assembleia Legislativa do Pará – dos quais Belem, ou Belém, é a capital – revelou que a polícia conivente em um massacre que foi anunciado anteriormente. Suas ramificações ainda ecoam por esta cidade amazônica de 1,4 milhões, que se insere nos questionamentos sobre a epidemia de violência do Brasil – 56.000 pessoas foram mortas em 2012 – e do papel dos policiais, mal pagos, que jogam em ambos os lados da linha de frente.

O massacre foi provocado pela morte duas horas antes de Antônio Figueiredo, um cabo da PM que estava em licença médica prolongada, sendo forçosamente reformado e enfrentava dois inquéritos de homicídios. Pet, ou Pety, como Figueiredo era conhecido, chefiava uma gangue criminosa, chamada de milícia, da favela ao lado do bairro do Guamá e que incluía policiais militares.

Sua morte foi lamentada por colegas policiais, que tomaram as redes sociais. “Amigos, o nosso irmão mais novo Pety, cabo Figueiredo, foi assassinado no Guamá. Estou indo, espero contar com o máximo de amigos, vamos dar a resposta”. Sgt. Rossicley Silva, um ex-colega de Figueiredo em uma unidade militar e presidente de uma associação de policiais, escreveu a mensagem no Facebook. Silva disse ao jornal The Washington Post que sua mensagem tinha sido mal interpretada e não quis fazer mais comentários.

Com a advertência do massacre iminente no bairro da Terra Firme através do WhatsApp, Eduardo e sua namorada foram buscar sua filha de sua vizinha de apartamento. Ela foi poupada. Ele não. “Esta ação da milícia no bairro da Terra Firme aconteceu com a complacência total, a proteção e garantia dos policiais militares da região”, disse o deputado estadual Carlos Bordalo, que conduziu a investigação na Assembleia. “Os carros de polícia prestaram apoio logístico e impediram o ferido de sair para receber ajuda externa”.

Baseando-se em investigações e os depoimentos das testemunhas e policiais, o relatório concluiu que, pelo menos, cinco milícias estavam operando no Pará, levantando massacres que datam de 1994, em que policiais foram envolvidos e, em alguns casos, presos. Ele vê como um romance de James Ellroy tropical. Milícias ofereciam serviços de segurança privada para as empresas locais, incluindo assassinatos por encomenda e execução de criminosos conhecidos, e no bairro do Guamá elas também controlam o tráfico de drogas.

A polícia está realizando sua própria investigação. O general Jeannot Jansen, secretário de Segurança Pública, disse que Figueiredo era um bom policial. “Seu registro de serviço foi excelente até um certo tempo. A partir de um certo momento, ele se envolveu com as pessoas que supostamente faziam parte da criminalidade “, disse Jansen.

Jansen disse ser incapaz de confirmar a existência de milícias. “Há indícios. É por isso que há essa investigação “, disse ele. “Existem alguns indícios que nos permitem supor que houve participação da polícia? Sim, há”. E se isso pode ser provado, disse, “eles serão punidos.”

Alguns em Belém consideram Figueiredo uma espécie de justiceiro, que faz o trabalho sujo para que a sociedade possa se sentir mais segura. Em uma manhã recente, dois homens sem camisa se sentaram na rua do Guamá onde Figueiredo tinha vivido, perto do ponto de mototáxi onde ele foi morto a tiros.

“Eu gostava muito dele”, disse um deles, falando sob condição de anonimato. Ele apontou para uma câmera de segurança posicionada no alto de um poste. “Ele colocou a câmera aqui”, disse ele. “Houve menos crime. Eles o respeitavam. Bandidos não faziam nada”. Outros celebraram soltando fogos de artifício quando Figueiredo foi morto.

“Este Pet era conhecido como uma pessoa extremamente violenta”, disse um parente próximo de Bruno Gemaque, 20, outra vítima do massacre, também falando sob condição de anonimato. “Se ele metesse na cabeça que alguém era um bandido, ele iria atirar e matar”. Gemaque foi morto na frente de sua namorada. Ele estava dando a ela uma carona para casa da escola em sua bicicleta quando o esquadrão da morte os atacou. “Eu não podia chorar de tanta angústia”, disse o parente. “Ele era uma pessoa muito feliz.”

A frase “bandido bom é bandido morto” é usada com freqüência no Brasil para justificar assassinatos cometidos pela polícia. No entanto, de acordo com um relatório policial confidencial visto pelo Post, apenas uma das vítimas estava envolvida em crime. Parentes de quatro dos homens proclamaram sua inocência.

“Ele não tinha inimigos”, disse um parente próximo de Márcio Rodrigues, 22 anos, que foi baleado nas costas quando a matança se aproximava de seu fim. Um parente próximo da vítima Allersonvaldo Carvalho Mendes, 37 anos, disse que ele tinha dificuldades de aprendizagem e, conseqüentemente, não levou em consideração os avisos para sair da rua.

Luiz Passinho, um soldado da Polícia Militar, disse que muitos policiais de folga do trabalho trabalham como segurança privada semelhante ao que a milícia de Figueiredo oferece. “É ilegal, mas é tolerada porque inibe cobranças salariais”, disse. Descontente com baixos salários e más condições de trabalho, Passinho liderou uma greve em 2014 e é um dos 41 policiais acusados ​​internamente. “O que alimenta a milícia é exatamente essa insatisfação”, disse ele. “Eles olham para aquele oficial que precisa de renda, que está se sentindo inseguro, que está revoltado por causa da morte de um companheiro. ”

Até novembro, a palavra “milícia” foi mal utilizada no Pará, disse Eliana Fonseca, ombudsman para o sistema de segurança do Estado. Os assassinatos aterrorizavam moradores. Dias depois, muitos ficaram em casa paralisados por “uma reação de medo, de insegurança”, disse ela. “Como se estivéssemos em uma sociedade onde nada poderia ser feito.”

Fonseca disse que milicianos como Figueiredo tendem a continuar a funcionar, mas com menor intensidade – e mais notoriedade. Todo mundo aqui já sabe o que a palavra “milícia” significa.

(Tradução livre da matéria do Washington Post)

Radamés lança moda nas comemorações

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O volante Radamés teve atuação discreta diante do Nacional, no sábado à noite, e acabou aparecendo mais pelo estilo inusitado de comemorar os gols dos companheiros. Para susto dos demais jogadores, empreendeu tesouras voadoras (ou o popular rabo-de-arraia) de brincadeirinha. Como a noite era de festa e muitos gols, o humor do noivo da Viviane acabou assimilado por todos e até aplaudido pela galera. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)

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