Campanha para engajar a torcida alvinegra

Uma nova campanha institucional de comunicação do Botafogo começa a ser veiculada nesta sexta-feira em seus canais oficiais e na TV. Com uma linguagem inovadora, o clube destaca a sua grandeza e o orgulho de ser alvinegro com um objetivo muito bem definido: engajar a torcida e aproximá-la, listando as diversas opções de contribuição para o crescimento do Glorioso. A Puma é a financiadora da produção da animação.
– Somos sensíveis ao momento do Botafogo e entendemos que a melhor maneira de impactar positivamente o nosso torcedor seria sair do óbvio, sem aparentar alienação. Queríamos destacar a tradição e a grandeza do clube, despertar os mais profundos sentimentos e direcionar este torcedor, que muitas vezes quer ajudar, mas não conhece os caminhos – analisou o Gerente de Marketing Daniel Gastaldoni.
A campanha consiste em uma animação que ilustra, em versões de 30 e 60 segundos, os principais momentos da história do clube, os ídolos, as grandes conquistas e ainda desperta uma reflexão sobre a efervescência política e social do país e do esporte. O narrador, que personifica o Botafogo, é o ator e humorista Marcelo Adnet, botafoguense de coração.
– Produzimos uma animação dinâmica para ilustrar um texto em que o próprio Botafogo narra, em primeira pessoa. Foi a maneira que encontrarmos para equilibrar inovação e ousadia. Esperamos que a nossa torcida goste e que interaja com a campanha nas outras mídias, como o hotsite e as redes sociais – completou Gastaldoni.

Para complementar a campanha, está no ar um hotsite e um app em que o torcedor se identifica dentro de uma categoria e avalia se pode fazer mais pelo clube ou se já faz tudo que está ao alcance dele. Vamos lutar junto com o Botafogo. Acredite, você faz a diferença!

Conheça o hotsite: http://www.botafogo.com.br/vocefazadiferenca/

Guerra aos inimigos do futebol

Por Gerson Nogueira

Pelos incidentes violentos em Bragança, na partida contra o River-PI pela Série D, o Remo corre o risco de pegar um gancho federal. Procuradoria do STJD, rápida que nem o papa-léguas, já denunciou o clube, que pode perder de um a 10 mandos de campo, mais multa de R$ 200 mil. O departamento jurídico remista vai apresentar defesa, munindo-se dos boletins de ocorrência das prisões e acusando torcedores rivais de terem participado da escaramuça. Ainda assim, como reincidente, o Remo tem largas chances de ser condenado.

unnamed (1)O simples desassossego provocado por mais um embate no STJD já é motivo que justifica a decisão de banir dos jogos do clube sua maior e mais violenta facção uniformizada. O ocorrido em Bragança, quando torcedores comuns foram apedrejados e agredidos nas arquibancadas, repetiu apenas as cenas corriqueiras verificadas nos estádios de Belém, responsáveis pela farta lista de punições impostas ao clube nos últimos anos.

A decisão corajosa da diretoria e do departamento jurídico encontrou pleno respaldo da torcida do clube, que se manifestou nas redes sociais apoiando a proibição oficializada através de portaria. A providência já se fazia necessária há muito tempo, mas os dirigentes merecem aplausos pela coragem. Alguém tinha que dar um freio nisso, sem depender de ações da Polícia ou da Justiça.

Caso seja contabilizada em dinheiro, a série de suspensões de mando de campo já custou ao Remo mais de R$ 12 milhões somente nos últimos cinco anos. Na atual Série D, o clube deixou de arrecadar cerca de R$ 2,5 milhões com os quatro jogos como mandante da primeira fase. Condenado por ocorrências do ano passado, o Remo viu-se forçado a realizar suas partidas em Bragança. Pois nem lá, a 211 quilômetros de distância de Belém, os delinquentes deram trégua à agremiação.

Depois de marcar o quebra-pau via Facebook, sem que as forças de segurança se dignassem a armar um esquema preventivo, os turbulentos invadiram o estádio Diogão dispostos a fazer o que mais apreciam: brigar entre si e contra gangues inimigas. Em meio a isso, os torcedores normais tentavam se abrigar dos morteiros e pedras atiradas de um lado a outro. O jogo parou por mais de 10 minutos e o episódio foi detalhadamente relatado na súmula pela arbitragem.

O ocorrido funcionou como a gota d’água que faltava para a tomada de posição pela diretoria. Cansada dos prejuízos acarretados pela principal gangue uniformizada vinculada ao clube, decidiu proibir a presença de seus integrantes no jogo do próximo domingo, contra o Brasiliense, e nos demais que realizar em Belém pela competição – isso se não for condenado a jogar longe de casa outra vez.

O desprendimento dos dirigentes merece todos os elogios e precisa ser claramente respaldado pela torcida azulina, como já fazem os torcedores de Sport-PE e Cruzeiro, clubes que também cansaram de conviver com o inimigo interno.

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Esperanças que vêm de Minas

Uma luz no fim do túnel. Em meio a seguidos retrocessos e ao mau exemplo dos torcedores do Grêmio, uma cena marcou a partida entre Atlético-MG e Santos, ontem à noite, em Belo Horizonte. O goleiro Aranha, que já defendeu o Galo, foi recebido com aplausos entusiasmados pela galera atleticana.

O gesto serve de alento diante da escalada de intolerância, que culminou com as vaias e xingamentos ao jogador no retorno ao estádio do Grêmio na semana passada.

Aranha já deixou claro que não é herói de nada e nem pretende assumir esse papel. É um sujeito consciente de seus direitos e de sua dignidade e que não aceita ser enxovalhado por conta da cor de sua pele.

Os atleticanos mostraram que é possível separar as coisas num jogo de futebol. Os jogadores adversários não são necessariamente inimigos. São pessoas, merecem respeito.

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Uma festa para o grande Zezé

O baionense Zezé do Boxe completa 41 anos de devoção ao pugilismo e à defesa da cidadania. A data será comemorada em grande estilo amanhã, 27, na casa de shows Mormaço (ao lado do Mangal das Garças, na Cidade Velha). Zezé vai receber seus muitos amigos em almoço festivo, com show do cantor Nelsinho Rodrigues.

Para não perder o hábito de ajudar pessoas, ele pede que os convidados não levem presentes, mas doem brinquedos para o Natal das crianças carentes ajudadas pela Associação Desportiva Zezé do Boxe.

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Sentença impede retorno de Jóbson

O atacante paraense Jóbson, de tantos recomeços no futebol, com longo histórico de punições por envolvimento com drogas, sofreu duro golpe ontem à noite. Depois de relacionado para o banco de reservas do Botafogo no jogo contra o Goiás, no Maracanã, o jogador soube já no estádio que não poderia ser escalado.

Segundo a CBF, que avisou em cima da hora, Jóbson teria sido punido por doping no futebol árabe e suspenso por quatro anos. O procurador do atleta garantiu que a Fifa jamais fez qualquer comunicação oficial sobre a punição.

É a quarta vez que Jóbson ensaia um recomeço. Depois de explodir no Botafogo há seis anos, o atacante sucumbiu às drogas em clássico caso de desperdício de talento. Driblador, arisco e bom finalizador, chegou a ser elogiado por Romário, que via nele potencial para chegar à Seleção.

Depois de passagens rápidas por clubes de menor expressão, foi jogar no mundo árabe, de onde voltou recentemente. Bons treinos fizeram recuperar espaço no Botafogo, mas o longo braço da lei interrompeu o novo projeto. Uma pena.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 26)