Em poucas semanas, CBF abafa a tragédia dos 7 a 1

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Por Mauro Cezar Pereira

Há exatamente um mês uma discussão tomava conta da pauta: os “problemas emocionais” da seleção brasileira. Tema que ficou mais quente depois que Luiz Felipe Scolari se reuniu com alguns jornalistas e, entre outros assuntos, falou a respeito.

Como dizíamos na ocasião, tudo não passava de uma conveniente muleta que a comissão técnica utilizou para minimizar os problemas técnicos e táticos de um time mal treinado. Com uma muleta é possível andar, mas correr… fica complicado.

Assim, o Brasil caiu diante da Alemanha, nos impiedosos 7 a 1 impostos pelos novos campeões do mundo. O resultado, pelas circunstâncias, representa o maior fracasso de uma equipe em toda a história do futebol. Uma humilhação sem igual.

Nenhum dirigente renunciou, como se eles não tivessem participação alguma no atual estado do nosso futebol. Dunga, cuspido pela própria CBF logo após a derrota para a Holanda em 2010, retornou com os mesmos própositos que o levaram ao cargo em 2006.

E Felipão? No fundo do poço ele foi resgatado pelo Grêmio e recebido como herói. Ganha nova chance num clube onde é idolatrado e para disputar partidas de futebol cujo nível é muito inferior ao dos maiores jogos da Copa 2014. Pode até se dar bem nessa.

Os 7 a 1, que jamais deveriam ser esquecidos, aos poucos foram abafados. Cartolas seguem nos seus cargos promovendo a “dança das cadeiras” e igoram o desastre. O técnico que o capitaneou minimiza a goleada em entrevista. E tudo segue na mesma.

Pelo menos não temos que ouvir a ladainha dos “problemas emocionais” que tanto foi utilizada para disfarçar os problemas evidentes, visíveis, nítidos do time de futebol cebeefiano no Mundial. Só não via quem não queria. Ou fingia não ver.

Como se finge hoje que nem houve 7 a 1. E você, já esqueceu?

3 comentários em “Em poucas semanas, CBF abafa a tragédia dos 7 a 1

  1. Em Buenos Aires, a torcida do Lanús exibia uma faixa, no jogo contra o Atlético, onde se lia “7×1, vergonha, proibido esquecer”. Então imaginei que todas as torcidas do Brasil deveriam seguir o exemplo, que surgiu como gozação dos hermanos, mas como uma forma de protesto e de exigir mudanças: “7×1 proibido esquecer”. Por que não começar por aqui?

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