A bola mudou de endereço

Por Gerson Nogueira

Houve um tempo, mais ou menos até meados dos anos 80, em que a gente acreditava de verdade que o Brasil era o país do futebol. Nossas convicções seriam seriamente abaladas com a era Maradona e, posteriormente, com a evolução técnica dos europeus. O que o talento brasileiro produzia de façanhas em campo, justificando a fama de pátria da bola, os gringos passaram a fazer a partir de dedicação febril ao aprendizado dos macetes e do maciço intercâmbio com boleiros sul-americanos.

bol_qua_240413_15.psO tema é fascinante, pois foca em várias virtudes humanas a partir da prática do futebol. É admirável que um povo pouco dado a dribles e filigranas tenha conseguido, em pouco mais de duas décadas, assimilar os movimentos que sempre fizeram dos sul-americanos (brasileiros em especial) verdadeiros artistas do esporte.

Quem vê um confronto entre Bayern e Barcelona, como o de ontem, não distingue mais brasileiros de europeus quando a comparação é meramente técnica. Está tudo nivelado, com evidente vantagem para o lado deles, que aprenderam as manhas e não desprezaram a disciplina e o método.

Ao longo de 90 minutos o mundo teve a oportunidade de se deliciar com os passes e fintas de craques como Robben, Ribéry, Pedro, Iniesta, Xavi, Müller, Lahm. Dos latinos presentes, algum destaque para os talentosos Dante e Daniel Alves. Detalhe: ambos defensores.

O mais incensado dos astros em campo, porém, não tinha condições de desfilar nem um terço de todo o seu talento. Messi, visivelmente fora de jogo, pouco se movimentou e foi figura decorativa na partida vencida com sobras pelos alemães.

Mais do que ressaltar a espantosa disciplina tática do Bayern, cuja vigilância em tempo integral não permitiu ao Barcelona muitas chances de gol e nem a infernal troca de passes, o confronto reafirma a condição europeia de protagonismo no futebol. Espanhóis e alemães têm as melhores seleções do planeta e é natural que tenham também os clubes mais vitoriosos, condição espelhada nas semifinais da Liga dos Campeões.

É importante notar que os avanços que permitiram aos europeus igualarem e superarem a vocação natural dos sul-americanos para o esporte não nasceram do dia para a noite. A evolução foi conquistada aos poucos, dentro e – principalmente – fora de campo. É simbólico lembrar que quando os holandeses assombraram o mundo em 1974 havia técnico brasileiro desdenhando das inovações. A Alemanha se sagraria campeã naquela Copa e, mesmo sem a badalação dada à Laranja Mecânica, mostrando ao mundo um punhado de craques.

Hoje, a pouco mais de um ano da Copa do Mundo, muitíssimo bem representadas por clubes de primeira linha, duas seleções canalizam o favoritismo, por motivos mais do que justificados. Têm uma geração fabulosa de jogadores e conseguiram montar excelentes seleções. Acima de tudo, jogam como o Brasil antigo jogava. Sem freios ou receios. O medo passou para o lado de cá, desgraçadamente.

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Felipão em mais um pré-teste

Contra o Chile, hoje, Felipão terá mais uma chance de avaliar o poder de fogo da seleção nativa em novo pré-teste para a Copa. Se deu uma espiada no jogaço de ontem entre Bayern e Barcelona certamente deve ter se assustado. Os gringos estão correndo muito, jogando em velocidade e trocando passes praticamente sem errar. Tudo o que o Brasil não tem hoje. Para piorar, eles têm craques aos montes, coisa que também é passado entre nós.

Acima de tudo, a Seleção Brasileira terá que romper o estágio da arrogância, que começa pelo próprio técnico, autor de frase assustadora em recente entrevista à Folha. Para Felipão, volantes inteligentes (que saem jogando) são o sonho de consumo apenas dos jornalistas. Os técnicos, segundo ele, preferem mesmo os brucutus.

Disse isso antes do show de colocação dos volantes do Bayern, que jogam tão bem que quase nem cometem faltas.

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Até parece que foi ontem

O mais significativo feito internacional do futebol paraense ocorreu há exatos dez anos, no tradicionalíssimo estádio de La Bombonera. Naquela noite, o Paissandu superou o temido Boca Juniors por 1 a 0, gol de Iarley, perpetrando uma façanha reservada somente a alguns poucos clubes brasileiros na história. Não faz tanto tempo assim, mas não se pode descuidar de sua comemoração, sob pena de cair no esquecimento, que é uma de nossas pragas mais danosas.

O time alinhou Ronaldo; Rodrigo (Gino), Jorginho, Tinho, Luís Fernando; Vânderson, Lecheva (Bruno), Sandro, Vélber (Rogério); Robson e Iarley. O técnico era Dario Pereyra. Iarley e Vânderson, heróis daquela jornada ainda jogam pelo clube. Lecheva e Ronaldo, também baluartes da vitória, integram a atual comissão técnica. Que as comemorações desta data sirvam de inspiração para futuras proezas.

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Expectativa para a grande decisão

Depois da surpresa que Flávio Araújo aprontou na escalação para o primeiro jogo, os bastidores do próximo Re-Pa estão alvoroçados. O que antes era tranquilidade absoluta no Paissandu já se transformou em justificada preocupação para sábado.

Alguns jogadores admitiram que o 3-6-1 anunciado no Mangueirão pegou Lecheva de surpresa e que mudanças de última hora foram orientadas quanto ao posicionamento, mas é fato que os primeiros 45 minutos foram inteiramente favoráveis ao Remo. Em alerta, o Paissandu deve ter nos próximos dois dias treinos variando simulações em relação ao adversário.

Do lado remista, apesar dos reiterados elogios à mudança feita por Araújo, há quem garanta que a maior transformação operada foi no aspecto emocional. Algumas declarações de jogadores do Papão foram muito exploradas e teriam funcionado como combustível para a gana com que os remistas entraram em campo.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quarta-feira, 24)

30 comentários em “A bola mudou de endereço

  1. O problema de agora do Flávio Araújo é tão escabroso quanto o da última semana. Após encontrar um esquema para chamar de seu, quatro de seus titulares estão fora do jogo. Preocupa qualquer um. O Paysandu também está preocupado com a indefinição, ainda não sabe o que fazer para combater o Remo e fazer o seu jogo. Deve ser um jogão esse de sábado.

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  2. É, Lopes, nunca foi tão problemática a situação do Flávio Lopes. Para um jogo de vida ou morte, ele não pode contar com atletas importantes dentro das limitações do elenco. Na minha opinião, se o Remo perder o jogo, mas, mesmo assim lograr o acesso à D, pela conquista do PSC do segundo turno, me parece que deve disputar o campeonato da D já sob o comando de outro treinador. Aliás, mesmo que vença o segundo turno e garanta o acesso por seus próprios meios, ainda assim acredito que o melhor seja contratar outro treinador para o campeonato nacional.

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  3. Concordo com o Valentim, o Flávio Araújo já provou não ser um treinador confiável e portanto, caso o Remo consiga a vaga na Série D, deverá entrar bem organizado para não ter que ficar arrumando o time durante a competição, pois os adversários deste ano não serão moleza como os do ano passado. Nacional-AM e provavelmente o Rio Branco serão ossos duro de roer e vão brigar para classificar. É bom Leão por a juba de molho.

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  4. Peço por gentileza que quando um bicolor, expor algo relacionado ao passado, que o faça de forma correta. Primeiramente o amigo Edilson coloca situações que nunca existiram nos campeonatos de 1989 e 1999. Ontem ao ler a última postagem da matéria que trata o Remo como um morto. Encontrei um comentário do senhor JAIRO. O mesmo fazia uma referência a vitória azulina dentro do maracanã contra o Flamengo de Zico e Junior. Diz o cidadão, que em 1974 o Flamengo após perder para o mais querido do Pará dentro do templo maior do futebol brasileiro,dez dias depois, perdeu também dentro do maracanã, para o Tiradentes do Piaui. Meu caro Jairo, apesar da sua boa vontade em desmerecer a vitória azulina, você esquece de alguns detalhes. Primeiro o Campeonato não é o de 1974 e sim o de 1975. Segundo o Campeão de 1975 foi o maravilhoso Internacional de Manga,Carpegiani, Falcão,Valdomiro e Elias Figueroa. e companhia, e o vice o não menos maravilhoso Cruzeiro de Raul,Nelinho,Piazza,Zé Carlos, Palhinha e Joãozinho. O Flamengo foi o oitavo colocado no brasileiro e antes de perder para o Clube do Remo, o Flamengo tinha nos seus últimos jogos os seguintes resultados. Flamengo 1 x 0 Ceub em Brasilia, Flamengo 0 x 0 Goias em Goias. Flamengo 2 x 1 Inter campeão de 1975 no Rio de Janeiro,Flamengo 0 x 1 Sportul Studentesc na Roménia amistoso ,Flamengo 2 x 0 Paris Saint Germain na França amistoso, Flamengo 1 x 0 Toulouse na França amistoso, Flamengo 1 x 1 Olympique de Marseille na França amistoso, Flamengo 0 x 1 Cruzeiro , Rio de Janeiro,Flamengo 2 x 0 América Rio de Janeiro, Flamengo 3 x 0 Palmeiras Rio de Janeiro, Flamengo 1 x 0 Corinthians em São Paulo e ai no dia 25 de outubro de 1975, dentro do maracanã, caiu para o Clube do Remo por 2 x 1. e saiba que até aquele momento o clube carioca ia muito bem no campeonato o que fez com 30 mil rubro negros fossem ao maracanã naquela tarde de outubro de 1975. Quanto a derrota para o Tiradentes do grande Sima um dos maiores artilheiros brasileiros de todos os tempos, por 3 x 2, ocorreu , agora não dentro do Maracanã como citou o nobre colega e sim dentro do Albertão no Piaui. onde também cairam outros grandes do futebol brasileiros , como Corinthians,Palmeiras,Fluminense e Botafogo. E mais saiba que em 1975, o Tiradentes fez sua melhor campanha em brasileiros ocupando a 23 colocação dentre 42 participantes, enquanto que o papinha, ficou com 36 colocação entre os 42 participantes. E mais até aquele momento, o Tiradentes havia melhor representado o Piaui em competições Nacionais do que o papinha representado o Pará na mesma competição. Repito para um clube do Norte, vencer o Flamengo dentro do maracanã era tão dificil, que o próprio papinha esteve lá em 1974 , jogando em Teixeira de Castro e levou de 6 x 0 do mesmo Flamengo. Essa é a verdadeira realidade dos fatos meu caro JAIRO. Enalteça a vitória do seu Clube, porém nunca tente desmerecer uma vitória heroica do mais querido do Norte.pois estou de olho em vocês.

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  5. FA tem colocar a cuca para pensar, são desfalques importantes para atuação do time, e outra o Remo em hipótese nenhuma deve deixar de atacar.

    O Remo tem que fazer o primeiro gol.

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  6. Sobre a festa comemorativa da vitória do Paisandu sobre o Boca é preciso que os organizadores desse evento tenham em mente que a história está cheia de atos de ingratidão por pura inveja e que muitos capítulos nas conquistas da ciência, da politica, da religião enfim, quando o mérito da conquista é ofuscado por um ato de linchamento imoral de gente que participou do evento.
    Aqui em Belém uma farsa foi montada por um grupo politico para incriminar o lider do grupo opositor e assim a vítima da farsa, Antonio Lemos foi humilhado (amarrado por uma corda, altas horas, velho, foi arratado pelas ruas enquanto as madames da rua onde passava o cortejo jogavam feses e urina de seus urinós que eram utensilio de alcova naqueles tempos), espancado, contraiu pneumonia, e assim morreu abandonado e difamado. Muitos anos depois, num domingo de manhã, um cortejo solene conduziu o seu ataude que veio do Rio de Janeiro onde foi sepultado, pela Presidente Vargas, da escadinha do cais do porto até o Cemitério da Soledade, com todas as honras que sua atuação invejável na história da Cidade lhe devia e que, por pura raiva, foi omitida enquanto vivo. Eu sou remista, lembro que a administração dele fez tudo que podia contra nós mas é preciso reconhecer que o nome do maior presidente da história do Paisand é Artur Tourinho.

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  7. Quanto ao endereço da bola, sem desprezar outros importantes fatores, considero que aquele que pode ser reputado o principal, está no último parágrafo da excelente análise feita na Coluna, qual seja, Espanha e Alemanha têm à disposição atualmente uma safra de jogadores das mais prodigiosas. Realmente, têm uma “geração fabulosa de jogadores”.

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  8. Li hoje na coluna do Cláudio Guimarães que o Val Barreto irá receber uma proposta irrecusável de um clube da série B, logo após o termino do Parazão. Alguém sabe alguma coisa a respeito? Será que o Valotelli vai atravessar a Almirante Barroso?

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  9. Espanha e Alemanha são as grandes favoritas para a Copa. Depois destas vêem, Brasil (mais por jogar em casa) e Argentina (mais por Messi).

    A seleção brasileira não tem, hoje, três jogadores como foram, no Japão e Coréia, Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho. Tem Neymar, mas que está muito longe de ser decisivo como um Ronaldo ou Romário, tem hoje o Ronaldinho, mas, naturalmente, em nível abaixo daquele (e eu deposito muita esperança no R. Gaúcho,
    para a Copa, pelo talento e experiência). Acho que o Felipão vai encontrar uma boa zaga (já tem: Davi Luiz, T. Silva ou Dante). Acho que o maior problema da seleção está no ataque: Neymar não é isso tudo, ao menos ainda, e os demais companheiros de ataque não são tão decisivos como gostaríamos. Acho que o Brasil poderá cair fora numa semi-final. Mas se passar, acho que ganhará a final,
    no peito e na raça !

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  10. Acho que o futebol europeu sempre foi assim, nós é que não os víamos, agora, com o mundo globalizado passamos a acompanhá-los de perto. O futebol nos clubes europeus é uma miscelância de nacionalidades e os ricos são uns verdadeiros globetrotters, nós brasileiros, sulamericanos e africanos ficamos com o resto e o que é pior, pagando por jogadores de categoria duvidosa salários de clubes europeus e as vezes maior.
    Sobre o jogo da La Bombonera, não lembrava que o velho Gameleira tinha participado do jogo.
    E no clássico, basta o Lecheva sair da ratoeira armada pelo FA que anulou o Eduardo Ramos colocando dois homens na sua marcação que o PSC ganha o jogo, para isso o Billy tem que ser titular.

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  11. Rapidinhas:

    – América de Natal já disse que deseja ter Zagueiro Zé Antônio de volta ao Rio Grande do Norte. Ainda que o Leão consiga a classificação para a série D, perderá seu principal zagueiro.

    -Alguém, anteriormente, citou o Nacional-AM. Caso Zé Antônio saia do Remo, creio que a reposição adequada deveria ser Rafael Morisco, que joga pelo clube acima. É bom zagueiro e, também, sabe bater faltas.

    – Quanto aos desfalques para o RExPA, creio que Paysandu seja o clube mais prejudicado, taticamente falando. A grande ausência está por conta de Ricardo Capanema.

    – Ricardo é o grande “carregador de pianos” da equipe bicolor e sua falta, indubitavelmente, desprotege a defesa, além de prejudicar a dinâmica dos contra-ataques.

    – Aliás, Raul é outro desfalque do PSC, que perde em tanto em poder defensivo quanto em poder ofensivo (Raul é excelente cabeceador). Seu provável substituto será Tiago Costa, apesar do atleta ainda não passar segurança para a galera do papão.

    – Pelo lado do Remo, Val Barreto é a grande ausência; Paulista,por outro lado, seria uma peça extremamente interessante, se o Remo optar por contra-ataques.

    – Leandro Cearense está devendo gols há, mais ou menos, oito partidas. Deveria esquentar o banco.

    – Ao contrário do amigo Cláudio, não acho que a ausência de Maurão seja importante. Mauro, cara religioso, é truculento demais em campo e abusa dos chutões. Pode parecer efetivo, logo de cara, mas esses mesmos chutões minimizam qualquer possibilidade de contra-ataque. A onda de hoje, amigos, é futebol total. Zagueiro precisa saber sair jogando; Por isso gosto do Zé Antônio.

    É isso galera! Abraços…

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  12. Caro Gerson e escribas do blog, quanto ao mundo do futebol sejamos sensatos, hoje, tecnicamente, nos encontramos na periferia do futebol, já que, nossos clubes são tecnicamente fracos, jogando campeonatos fraquíssimos (não confundir disputado com qualidade técnica, a Globo ama vender o campeonato brasileiro como um dos melhores do mundo em qualidade). Isto reflete, obviamente, na qualidade da seleção, que tem em Neymar, projeto de craque, a grande esperança do futebol nacional, vale destacar que Romário, na idade de Neymar, já havia feito mais com a Camisa do Brasil, jogando, também, mais bola.

    Para mim, a lei Pelé é um dos grandes culpados pela situação do futebol nacional, não o único, mas um dos grandes com certeza.

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  13. Realmente há muito tempo que o futebol deixou de ser jogado no Brasil. Que não somos mais o país do futebol não é novidade!
    A Europa importou muitos sulamenricanos justamente com a intenção de dar um “up-grade” no futebol do velho continente. Com visão sempre empreendedora nações como Espanha, Alemanha e Inglaterra souberam tirar proveito e agora estão na ponta como favoritas para a conquista do próximo mundial.
    Não levo fé na nossa seleção que paree ser um time de peladas montado às pressas!

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  14. Daniel,

    Apesar do foco do Remo, primeiramente, ser conquistar a vaga na série D…O clube deve, mais do que nunca, prestar atenção em qual plantel “sobrará” para a disputa dessa eventual competição.

    Tô te dizendo isso porque, segundo as más línguas, Val Barreto, Zé Antônio, Thiago Galhardo e Fábio Paulista estão com um pé e meio fora do Baenão. Clebson, até mesmo por força de contrato, volta ao Salgueiro.

    Com qual time o Remo pretende jogar? Com Endy, Diego Ratinho, Eduardo e Jayme? Assim vai ficar difícil…

    Não estou menosprezando os interioranos, mas se o Remo passar do Paysandu, é bom já ir contactando alguns jogadores.

    Eu, sinceramente, trataria de arrancar Ratinho e Mael do Santa Cruz (PA). Ainda mais depois de descoberto o escândalo envolvendo o patrono desse clube. Tem muito atleta querendo “Rasgar” de lá.

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  15. “O mais significativo feito internacional do futebol paraense ocorreu há exatos dez anos, no tradicionalíssimo estádio de La Bombonera!”
    Só com esta frase o amigo Gerson já disse tudo o que poderíamos explorar desta marcante vitória do Papão!
    Um time de muitas glórias e títulos, um time que ficou na História do Futebol Internacional.
    Que seja a cereja no bolo, o incentivo a mais que os atuais atletas tenham para alavancar este segundo turno, mais um troféu para a galeria do escret bicolor!

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  16. Se o Remo conseguir a vaga para a Série D a diretoria tem que fazer um grande esforço para manter o elenco, pois com um time medíocre não passará da primeira fase. Vale o fim do calvário e a diretoria não pode dar chance para o azar.

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  17. Em 2003 o Papão ganhou do boca junior na dentro da la bombonera ,que era um timaço sendo campeão da taça libertadores e do mundial de clubes neste mesmo ano.o remo ganhou do flamengo no maracanã em 1974 e 10 dias também no maracanã voltou a perder para o Tiradentes do piaui (o zico também jogou)e neste mesmo ano não ganhou o brasileirão que teve o vasco como campeão.dá para os remistas entenderem esta diferença básica?

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  18. Quanto a nova camisa do papão: a Puma bem que poderia ter apenas mudado as cores da camisa do Botafogo e usado essa como terceira camisa. gostei da homenagem que foi feita à tuna na segunda camisa.

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  19. Daniel Leite;
    Penso que é por isso que os Diretores do Grande Bicolor Amazônico, estão protelando divulgar a lista de contratados, pois tenha certeza o Val Barreto vai vestir listrado na série B e restante da Copa do Brasil, e é um excelente reforço, se o tivéssemos hoje no nosso time, não achas que as finais já estariam definidas? outro bom reforço que percebo no outro lado da Alte. Barroso é o Carlinho Rech, demais, penso que na Tuna tem o Lucas e parando por aí, os demais deverão vir de outros rincões, não dá para pensar no elenco do Paragominas, pois este, muito provavelmente, disputará a série D.

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  20. É raro eu discordar do Gerson, mas dessa vez vou discordar.

    Os europeus sempre foram fortes com seus clubes e seleções. Atualmente estão amedrontando o mundo por causa da Champions League que passa pra todo mundo.

    Mas lá está a nata do futebol mundial, isso é ponto passivo. Quando seus atletas são devolvidos a seus paíse a coisa equilibra.

    Agora é claro o Brasil passa por um moneto dificil. A culpa não é os nossos craques sairem daqui e irem jogar em outras praças.

    A culpa é a invasão de jogadores estrangeiros, que estão tirando o espaço que sempre foi reservado para nossos bons joagdores e principalmente pra revelar novas jóias.

    Até porque além de serem bons, os estrangeiros vem por altos custos, logo não vem pra disputar posição.

    Aí nosso futebol que sempre foi um papa léguas em aparecer novos craques, agora vai a passos de atartaruga vendo um aqui e outro lá no fim surgirem.

    Pensei que ia morrer e nunca ia ver em Santos e Botafogo, os melhores times do Brasil de todos os tempos, atualmente terem como estrelas, estrangeiros, e olha que o Santos quer mais um.

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  21. Édson Amaral, permita-me discordar de você. Embora tenhas razão quando diz que nas seleções as coisas se equilibram um pouco (por exemplo, o polonês que fez os quatro gols do Borussia Dortmund não joga tudo em sua seleção pois é, digamos, mal acompanhado), não vejo na importação de estrangeiros/sul-americanos hoje em voga no futebol brasileiro, sobretudo meias e atacantes, como a causa de nossa desdita futebolística. Ela é sim efeito da má formação de nossos jogadores e do privilégio dado à força e à “competitividade” do futebol de resultados em detrimento da técnica e do futebol total, este ofensivo, sem abdicar do rigor tático, desde as linhas defensivas. É cada vez mais comum volantes e até zagueiros concluírem jogadas ou lançar atacantes, o que antes era atribuição somente dos meias/pontas-de-lança/atacantes. Jogamos um futebol anacrônico (que aliás em tempo algum foi por nós praticado), parado no tempo, com os setores do campo demasiadamente distantes, com a bola “queimado” nas canelas dos jogadores ou passando sobre suas cabeças. Escanteios e faltas são “estratégias” e a tática adotada de 11 entre 10 treinadores brasileiros é não tomar gol mas lutar na frente por apenas uma bola, a do 1 a 0. Enquanto muitos times europeus jogam com autênticos ou falsos pontas nas extremas (Nani, Cristiano Ronaldo, Robben, Thomas Muller, Ribery, Messi, Van Persie e etc.), com até três meias no setor de meio campo, aqui ainda se aposta em atacantes no melhor estilo rompedor/trombador (inúteis fora da área) e em meios-de-campo com até, veja só, quatro volantes pegadores. Aí meu amigo, é duro vermos qualquer jogo disputado por estas terras…

    PS: no último Re-Pa, por exemplo, o Remo surpreendeu o Paysandu com um esquema tático se não em desuso, mas executado de uma forma totalmente diferente dos centros mais desenvolvidos do futebol mundial: o 3-6-1 recheado de brucutus. Se nesse meio de campo pontificarem pelo menos duas cabeças pensantes ele é “falsamente” cauteloso. Mas, no primeiro caso, é retranca pura e sem mistura. Definitivamente, ficamos pra trás. A solução, a curto prazo? Importação não de jogadores, mas de treinadores… sobretudo europeus.

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    1. Bela argumentação, amigo Daniel. Concordo com sua observação quanto às diferenças de atitude dos técnicos nacionais em relação aos europeus. Também acho que a salvação está na abertura do mercado nacional para técnicos estrangeiros.

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  22. Um intercâmbio tático/cultural certamente oxigenaria e qualificaria o futebol brasileiro que, de fato, de há muito vem sufocado pela mesmice dos treinadores e dos diretores. Mas, sigo acreditando que o problema está na queda de qualidade dos jogadores. Faz tempo que o Brasil não produz uma safra de verdadeiros craques em todas as posições, nomeadamente para o meio de campo. Tanto que se você olhar hoje, posição por posição, salvo o goleiro (acredito) os melhores de hoje, inclusive os selecionáveis e selecionados, estão cotados alguns significativos pontos abaixo daqueles atletas que jogaram num tempo (da copa de 70 pra cá) em que o Brasil nem teve bons desempenhos em copa do mundo. Aliás, até entre aqueles cuja técnica não era assim tão refinada, o futebol brasileiro de antes produzia melhores jogadores que os atuais. Acredito que quando o Brasil voltar a produzir craques em larga escala, certamente diminuirá a importação e voltará a protagonizar a cena futebolística na comunidade internacional. Com efeito, se esta produção de craques puder ser induzida, creio que a solução pro futebol brasileiro será, o quanto antes, encontrar este elemento indutor.

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