Tribuna do torcedor

Por Jhonatan de Almeida dos Santos (jhonprofmat@gmail.com)
Sou torcedor fanático do Paissandu, aliás costumeiro frequentador dos estádios Curuzú e Mangueirão. Todo jogo que vou tenho que pagar meu ingresso, valor total, nada mais justo para quem procura este tipo de lazer. O que me pergunto é por que os componentes destas “organizadas” tem mais direito do que eu? O que fiz para ser tratado como uma coisa qualquer? Só questiono essas coisas por não entender a dificuldade de ser garantida a PAZ e a SEGURANÇA para eu manifestar o AMOR e PAIXÃO pelo meu clube do CORAÇÃO.
Fui ao estádio no último domingo (24/02/2013), por sinal fui com meu pai (amigo e companheiro destas jornadas), tivemos que enfrentar uma longa fila (para mim umas das desgraças deste país), porém esperamos. Ao chegarmos perto de entrar, havia um cidadão (com crachá da FPF) atrapalhando a fila, por isso da demora, fora que nem todas as entradas estavam funcionando, ao invés do “inteligente” (com crachá da FPF) avisar aos PM’s do lado de fora para interditarem a entrada, ele preferiu continuar atrapalhando a fila, senhor jornalista, não acredito que seja necessária muita inteligência para perceber que ali se está lidando com CONSUMIDORES, pessoas que pagam para estar lá.
Agora vem a grande RECLAMAÇÃO minha sobre a entrada do estádio, ao passar por toda essa tribulação, quando chego para apresentar meu ingresso, não tinha nem catraca no caminho, veja só fizeram um furo no ingresso, um furo, a fila toda é por causa de um furo no ingresso. Fora outro detalhe, tudo isso na frente de quase 10 PM’s, ao chegar perto da rampa de subida para as arquibancadas encontrei outro cidadão (com crachá da FPF), que questionei sobre o procedimento e este se aborreceu comigo dizendo que não podia fazer nada, que são os clubes os responsáveis. Sendo assim eu gostaria de entender qual a real função da FPF num jogo de futebol organizado por ela, afinal esses 10% da RENDA BRUTA servem pra quê? Sem essa que é para eventos de futebol amador que isso não cola nem para meu priminho de 5 anos, o que dirá para mim que já estou a beira dos 30.
A única coisa que eu gostaria de entender em tudo isso, se a FPF não pode fazer nada, quem pode?
Nessas horas me sinto um verdadeiro idiota, pois sou feito de otário toda vez que vou ao estádio, mas sempre que posso no próximo jogo do Paissandu, faça chuva ou faça sol (só não cito neve, pois aqui em Belém não neva), estarei lá me lamentando das mesmas crueldades para torcer com todo AMOR e PAIXÃO pelo meu clube do CORAÇÃO.
Só queria entender o por que de tudo isso…

8 comentários em “Tribuna do torcedor

  1. Aproveitar a declaração desse torcedor pra fazer a minha também! Gerson, é um absurdo o desrespeito ao deficiente físico nos estádios de Belém. Sou um deles (amputado da perna esquerda), mas já cansei de brigar por minha gratuidade, POIS SEMPRE SE TEM UMA DESCULPA PRA TENTAR BARRAR QUEM TEM DIREITO!!! A primeira delas é que as gratuidades são distribuídas um dia antes do jogo – isso só facilita a malandragem, porque sei que muita gente pega gratuidade pra vender ingresso. Então porque não distribuem de 2 a 3 horas antes do jogo? constatando realmente a entrada de um deficiente? A segunda desculpa sempre utilizada é a mudança de portões – po, deficiente tem dificuldade de locomoção e vagas de estacionamento destinadas a deficientes no lado do Paysandu são pelo portão destinado a imprensa também ( B1 se não me engano) então porque os caras ficam mudando o acesso para outros portões? Um dirigente do paysandu brigava pra barrar cadeirantes que aguardavam debaixo de chuva a liberação do acesso! Ninguem ta pedindo nada, é direito nosso! Então você Gerson, grande membro da imprensa paraense, de essa força para nós deficientes físicos termos acesso a nosso direito !!! Se quiseres mais relatos de absurdos ocorridos contra deficientes nos jogos do Paysandu pode me contactar que te relato em detalhes.

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  2. Da minha parte o que posso dizer é que cheguei ao estádio por volta das 15;30hs e entrei com tranquilidade, que inclusive estranhei em se tratando de um PaXRe.

    A fila ao qual o amigo se refere realmente existia, mas é bom dizer que até gostei, pq?

    Não adianta um monte de entradas se não houver organização.

    Na entrada onde entrei e a fila era enorme, acho que fiquei no maxímo uns 10 minutos, pois ele andava, não tinha atropleos e nem como de outras vezes tão tristemente testemunhado por mim, policiais em cima de cavalos amedrontando, homens, mulheres, crianças. Entre jovens e idosos.

    Na minha frente tinha uma família e um garoto, quando de repente chegou um rapaz com o crachá da FPF, e de forma bem educada, disse pra eles se dirigirem a entranda mais adinte que era restrita para pessoas que tivessem com crianças.

    De resto, tudo tranquilo, sinceramente gostei muito que me arrepndí de não ter levado meus filhos.

    É bom dizer que um tenente da PM em entrevista a uma TV falou que as catracas do mangueirão são hoje o maior problema, pois elas atrapalham muito uma entrada mais eficiente.

    Foi o que ví e o que testemunhei..

    Agora a internet do mangueirão perde pra daqui de Marituba, não conseguir mandar uma mensagem pelo twitter.

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  3. Nos jogos em Rio e São Paulo, sempre existe uns carinhas com aquela camisa com a frase: posso ajudar? Além da polícia monitorar as filas impedindo que outros furem a fila.

    Cambista, ao menos em todos os jogos que fui nesses dois estados, são tratados verdadeiramente como criminosos e lá até tentam, mas falam baixinho e escondido da PM. Aqui a polícia faz vista grossa pra esse crime.

    Em jogos de grande envergadura a FPF poderia destinar ao menos 20% da grana que mamam para contratar esses caras para organizar melhor as coisas. Filas em todos os países existe, o problema é a desorganização.

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  4. Verdade Jonhatan. No portão que entrei pelo lado do REMO, além da fila está quilométrica, as catracas não funcionavam, e pior de tudo que o porteiro estava rasgando os ingressos com os dentes. Pensei em filmar ou fotografar, mas seria muita coragem tirar meu celular no bolso diante de muitos batedores de carteiras que se aglomeram todo jogo na entrada, sob olhares estáticos da PM. Isso é um absurdo!, imagina ser pleiteante para sediar uma copa do mundo.

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