Dia: 20 de fevereiro de 2013
Palpitômetro aberto para o Re-Pa de domingo
Palpites abertos para o Re-Pa de domingo. A diferença desta vez é que, além do escore da partida, o palpiteiro terá que apontar os autores dos gols de cada time e o tempo (1º ou 2º) em que os gols irão acontecer.
Tribuna do torcedor
Seleção radioclubina faz treino coletivo
A equipe de esportes da Rádio Clube realizou, na tarde desta quarta-feira, sua reunião mensal de avaliação interna, tratando das próximas coberturas e projetando as comemorações pelos 85 anos de fundação da emissora, em abril próximo. Sob o comando de Guilherme Guerreiro, todas as questões foram analisadas e discutidas democraticamente, como é tradição da casa.
Heber Lopes apita o Re-Pa, domingo
A Federação Paraense de Futebol informou, no começo da tarde, que Heber Roberto Lopes (SC) será o árbitro central do Re-Pa que abre a decisão do turno, domingo (24), no Mangueirão. Será auxiliado por Kléber Lúcio Gil (SC) e Rodrigo Corrêa (RJ). O trio é da Fifa. O quarto árbitro será Joelson Cardoso (PA).
A explosão de liberdade
Por Janio de Freitas
Na amazônia de textos provocada pela renúncia de Bento 16 há algo mais, e não percebido, do que as especulações, apreciações e, às vezes, notícias. Nunca o jornalismo, tanto impresso como por transmissão, tratou com tamanha liberdade um papado, a personalidade de um papa e a própria Igreja Católica. A despeito da sua riqueza de sentidos pregressos e de implicações presentes, a grandiosidade deste fenômeno é sinal e parte de uma grandeza ainda maior, que é a modificação dos costumes, ainda incompreensível na sua real dimensão –como demonstra o insuspeitado transbordamento de liberdade verbal suscitado por Bento 16, sem dúvida, à sua revelia.
Mesmo entre os “países católicos”, o Brasil é a presença mais novidadeira no fenômeno. França, Itália e Alemanha, baluartes do catolicismo e repositórios das correntes mais retrógradas da Igreja, valiam-se da sobriedade e da densidade para permitir-se alguma presença no jornalismo, informativa e analítica, das políticas da Cúria Romana e da alta hierarquia católica nesses países. Isso, desde muito tempo. Nos Estados Unidos, a presença pouco significativa do catolicismo reduziu, quase a zero, o interesse da imprensa americana pelo tema. Ocasionais notícias de relevo, sim, e nada mais.
Na imprensa brasileira, o slogan da moda foi antecipado em muito tempo: “tolerância zero”. Desde que posso dar testemunho profissional e pessoal, quando João 23 oxigenou a Igreja com a redescoberta do cristianismo, no Brasil o cardeal Jayme Câmara e seu ponta-de-lança cônego Bessa impuseram uma regra simples: aqui, não!
Mesmo para manter no “Jornal do Brasil” os dois artigos semanais do pensador católico Alceu Amoroso Lima (ou, como também se assinava, Tristão de Athayde), presidente do Centro Dom Vital de estudos católicos, foi uma batalha que, descrita hoje, pareceria invenção barata.
O imenso “doutor Alceu” entregara-se a reflexões com as premissas simpáticas a João 23, como seria próprio da sua condição de maior intelectual católico daquelas décadas de 50 e 60. Apesar dessa estatura, ele e seus correligionários afinal perderam, mas não assisti à sua saída. Perdera antes dele, por aquela e por outras batalhas, estas no nível mais modesto que se limita ao jornalismo.
A grande engrenagem de populismo e culto à personalidade, que deu ao polonês João Paulo 2º a força para o seu ajuste de contas com os regimes comunistas, não incluiu a coerção tradicional praticada pela hierarquia clerical. Nem precisaria. Na maior parte do mundo, os meios de comunicação tornaram-se pequenos pravdas e izvestias para João Paulo 2º, como os dois jornais soviéticos projetaram o culto à personalidade de Stálin. O final penoso de João Paulo 2º e do seu papado estiveram ainda sob o clima dos 23 anos de suas conquistas emotivas. O que fugiu a esse clima avassalador, aventurando-se em alguma reflexão sobre o papado extinto e seus legados, foi muito pouco. E ainda é.
A personalidade Ratzinger do papa Bento 16 e as características do seu papado por certo contribuíram para que se arrebentassem os cadeados. Criaram, talvez, a vontade, mas a transformação da vontade em exercício, com a largueza de liberdade que se concedeu, precisa de outra explicação.
O passado é uma parada…
Fotografia feita em março de em 1960 pelo fotógrafo francês Milan Alram, na praia de Ipanema, no Rio de Janeiro. Dois anos depois, a moça da foto, Eneida Menezes Paes Pinto Pinheiro (Helô), acabaria imortalizada por Vinícius de Moraes e Tom Jobim na canção “Garota de Ipanema”, uma das músicas mais executadas no mundo em todos os tempos.
Um Papão melhor em 2013
Por Gerson Nogueira
Não é segredo pra ninguém que o futebol se alimenta de comparações, desde os bons tempos de Araken Patusca. Na expectativa dos jogos decisivos do primeiro turno é normal que surjam avaliações sobre semelhanças e diferenças entre o Paissandu da Série C do ano passado e o time que Lecheva vem utilizando no Campeonato Paraense.
Apesar de preservar algumas peças de 2012 e da óbvia importância da conquista do acesso à Série B, pode dizer que o time atual é superior. Há uma visível evolução técnica e o aspecto visível disso está na ofensividade. Do meio para a frente, o Paissandu mostra-se mais equilibrado e é quase sempre implacável no aproveitamento das oportunidades que cria ou lhe são oferecidas.
Não se pode esquecer que a equipe do acesso não tinha um ataque memorável. Não só pelo perfil dos atacantes (Kiros, Rafael Oliveira e Tiago Potiguar), mas muito em função das inconstâncias do meio-de-campo, onde o veterano Alex Gaibu se sobressaiu em meio a tantos armadores que frustraram a torcida.
A rigor, o principal nome da campanha afinal vitoriosa foi o lateral-direito Pikachu, até mesmo em quantidade de gols marcados. Outro papel destacado teve o setor defensivo, a partir da efetivação de Fábio Sanches e Marcus Vinícius na zaga e a entrada de Rodrigo Fernandes pelo lado esquerdo.
No Parazão 2013, Pikachu ainda não reproduziu as boas atuações da última temporada, mas, em compensação, Lecheva ganhou outros trunfos ofensivos. A dupla Rafael Oliveira-João Neto faz campanha irrepreensível, tendo anotado quase metade dos 27 gols marcados pelo time.
Como a comparação é inevitável, o grande diferencial entre um time e outro talvez esteja na meia-cancha, onde volantes (Ricardo Capanema, Esdras e Vânderson) funcionam com eficiência e os meias executam suas funções com louvor. Eduardo Ramos, que começou jogando ao lado de Gaibu, assumiu naturalmente o papel de cabeça pensante da equipe.
Quando Gaibu se contundiu e Lecheva lançou Djalma, a velocidade passou a ser mais um item no arsenal de recursos do meio-de-campo. E ainda tem Iarley pronto para ser lançado a qualquer momento.
São qualidades que superam com folga as deficiências do time, todas localizadas na retaguarda. As laterais não funcionam como antes e o miolo de defesa ainda inspira cuidados, obrigando os volantes a se desdobrarem na vigilância em frente à área. Até no gol, hoje guarnecido Zé Carlos, a comparação é desvantajosa em relação à Série C, quando o Paissandu alinhou Paulo Rafael e João Ricardo.
Há, porém, um ponto comum entre os dois times que explica a evolução registrada em tão pouco tempo. Lecheva, que se responsabilizou pela estabilidade na parte final da Série C, responde agora pelo crescimento dos setores vitais do time. Caso disponha de tempo, tranquilidade e condições de trabalho pode fazer com que o Paissandu chegue bem mais longe.
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Quem atrai mais público no Parazão
Como a atestar a máxima de que boa campanha arrasta multidões aos estádios, o Remo lidera o ranking de torcida do Parazão, respondendo por quatro dos cinco maiores públicos do campeonato até agora. O jogo de maior presença de torcida foi o Re-Pa da quarta rodada vencido pelos azulinos por 2 a 1, com 39.076 pagantes no Mangueirão. O segundo da lista foi o clássico Tuna 0 x 2 Remo, com 15.879 pagantes, na segunda rodada.
O terceiro maior público (11.891) foi registrado no último domingo, com na semifinal Remo 2 x 0 Paragominas. O quarto 4º, Remo 1 x 0 Santa Cruz, na primeira rodada, com 10.950 torcedores pagando ingresso no Baenão. Em quinto, Paissandu 2 x 2 São Francisco, na primeira rodada, com 9.839 pagantes.
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Direto do blog
“Trio da Fifa no Re-Pa é uma atitude acertada. Quem garante, por exemplo, que o árbitro de Paissandu 6 x S. Francisco 1 invalidaria o gol legítimo do Paissandu – não lembro agora se o placar já estava 3 ou 4 a 0 –, se a equipe bicolor estivesse em desvantagem no marcador? Quem garante, por exemplo, que o árbitro dessa mesma peleja marcaria o penal a favor do S. Francisco se essa equipe estivesse ganhando de 2 a 0? Quem garante, por exemplo, se o penal a favor do Paissandu naquele jogo de Santarém seria marcado se, nas mesmas condições, fosse a favor do S. Francisco e se este estivesse empatando ou mesmo ganhando por 1 a 0? Quem garante se aquele mesmo árbitro do jogo PSC e Tuna marcaria um penal – que ele mesmo não viu – se fosse a favor da Tuna? Nesse caso, o bandeirinha dificilmente insistiria, chamando a atenção do árbitro central. A condição técnica não é o xis da questão aqui”.
Do Antonio Valentim, torcedor remista, avalizando a opção por arbitragem de fora na decisão.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quarta-feira, 20)