A frase do dia

“A diversidade, que antes era a riqueza do Carnaval (da Bahia), foi diminuindo, e hoje o Ilê Aiyê, o Filhos de Gandhy, a Timbalada e o Olodum correm um pouco no meio disso. Mas nos demais lugares você não tem novidades. A Bahia virou a terra de uma artista só. Parece que os outros estão todos mortos. Isso mata os artistas emergentes, mata os que estão trabalhando e, em vez de fortalecer essa própria artista, a fulmina, porque é a galinha dos ovos de ouro aberta para pegar ovos. A festa faz de conta que está enriquecendo uma pessoa, mas na verdade está empobrecendo uma cidade, um Estado.”

De João Jorge Rodrigues, presidente do Ilê Aiyê, tradicional bloco de Salvador.

Tudo pelo esporte…

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A mais sexy modelo do mundo estrela pela segunda vez consecutiva a capa da edição anual de biquínis da revista americana Sports Illustrated. Famosa nos EUA, a exuberante Kate Upton, de apenas 20 anos, aparece com os seios cobertos apenas por tinta roxa. A imagem foi considerada pelo jornal inglês “Daily Mail” como “uma das fotos mais sexies que ela já fez”. Confira.

Um raio sobre o Vaticano

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O fotógrafo italiano Filippo Monteforte registrou na noite desta segunda-feira (11) o instante em que um raio atingiu o teto da Basílica de São Pedro, no Vaticano. O flagrante foi justamente no dia em que o Papa Bento XVI anunciou que renunciará ao cargo no próximo dia 28 de fevereiro. (Yahoo! Notícias)

Até Muricy sai em defesa de Ganso

Do Blog do Perrone

No clássico do último domingo, na Vila Belmiro, ao cumprimentar membros da comissão técnica do São Paulo, Muricy Ramalho tentou dar uma força a Ganso. O treinador disse a seus interlocutores que foi muito ajudado pelo meia no Santos. E que tem certeza de que ele também será útil ao clube do Morumbi. Recomendou paciência com o jogador.

No São Paulo, o sentimento é de que Ganso deu azar pelo fato de Jadson atravessar um de seus melhores momentos. E de que o ex-santista demonstra comprometimento  nos treinos. Ou seja, não há motivos para não acreditar nele. E muito menos, na opinião da comissão técnica, para imaginar que Ganso sofra de uma crônica falta de vontade.

Palmeiras à portuguesa

Por Juca Kfouri

O encontro do aprendiz com o mestre mudou o rumo de Barcos e deixou uma piada de saldo

VENDE-SE VAGA na Libertadores. Tratar com Paulo Nobre.

O anúncio gozador tomou conta das redes sociais depois da negociação que levou Barcos para Porto Alegre e deixou um saco de interrogações em Palestra Itália.

O novato presidente do Palmeiras foi se aconselhar com o velho dirigente do Grêmio e saiu tosquiado, pois Fábio Koff sabe fazer o papel de lobo mau com ar cândido e solidário.

O tricolor de Luxemburgo se reforçou consideravelmente e o alviverde de Brunoro deu, como seu primeiro passo, um tropeção que o levou para o perigoso campo da galhofa, digno das melhores, ou das piores conforme o ponto de vista, piadas de português, o sangue que corre nas veias de Nobre.

Nobre que ao se eleger presidente foi transformado em vitorioso homem no mercado de capitais quando, na verdade, é herdeiro de uma fortuna administrada por um grupo de especialistas para evitar que a dinheirama seja toda investida em ralis.

E que, compreensivelmente, apostou na fama de gestor de Brunoro, criada em Parque Antarctica quando os recursos eram fartos, frutos de sonegação fiscal na Itália, e nunca mais a justificou, diferentemente de seu passado como técnico de vôlei.

Jovem mimado, sem ter a menor ideia do que seja conviver com a frustração, o aprendiz de cartola Nobre, que prefere comida japonesa à italiana, mergulhou o Palmeiras na sexta-feira mais infernalmente dantesca e confusa de sua existência quase centenária.

Entre errar sozinho e dividir a carga com um subordinado experiente, o presidente optou pelo segundo caminho -mesmo que seu primeiro ministro tenha todos os vícios de um meio que ensina que esperteza em demasia engole o esperto, por mais que nem Luxemburgo nem Brunoro, velhos parceiros, se convençam disso, custe o que custar.

O Palmeiras vem de uma experiência relativamente recente em que se fez quase tudo certo e quase nada deu bons resultados.

Trouxe os treinadores mais famosos do país, repatriou seus ídolos, fez o diabo a quatro e amargou derrotas surpreendentes.

Quem sabe agora, ao fazer quase tudo aparentemente errado, as coisas comecem a dar certo.

Difícil será convencer o torcedor de tal possibilidade, porque se ele é capaz de entender que o clube precisa botar os pés no chão para preparar novos voos, é improvável que se convença de que a venda de seu melhor jogador, e projeto de ídolo, seja razoável. Ainda mais que, no pacote dos que viriam para seu lugar, estavam embutidas graves ofensas às melhores tradições palmeirenses.

Paulo Nobre está repleto de boas intenções e certamente não tirará um tostão do Palmeiras, o que, em se tratando do futebol brasileiro, não é de se jogar fora.

Mas é pouco, muito pouco, para o tamanho do desafio que está posto à sua frente.

O passado é uma parada…

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O compositor Antonio Carlos Maranhão, o poeta João de Jesus Paes Loureiro e o maestro Waldemar Henrique abrilhantam o carro abre-alas do Império de Samba Quem São Eles, no carnaval de 1986, na avenida Doca de Souza Franco. O Quenzão trouxe o enredo “Pai D’égua” e fez um desfile inspirado diante de arquibancadas e camarotes superlotados. Belém ainda tinha um dos carnavais mais bonitos do Brasil. Bons tempos. (Foto do arquivo do amigo Tito Barata, via Facebook) 

Chifre em cabeça de cavalo

Por Gerson Nogueira
bol_ter_120213_11.psO técnico Lecheva tem sido patrulhado incessantemente por setores da torcida do Paissandu desde o começo da temporada. Apesar de ter sido o condutor da campanha do acesso à Série B, seus passos são acompanhados de perto, com aquela desconfiança que costuma cercar o trabalho de profissionais caseiros. Depois de enfrentar um princípio de fritura depois da derrota no Re-Pa, passa a sofrer questionamentos sobre suas decisões, por mais acertadas que sejam. Sua opção preferencial pela manutenção de Djalma como titular é alvo de debates acalorados, como se fosse o tema mais importante da vida do Paissandu – e não é.
Djalma agarrou com unhas e dentes a oportunidade que lhe sorriu no segundo tempo da partida contra o Cametá, quando substituiu a Alex Gaibu e acabou marcando o gol da vitória alviceleste. Seu comportamento em campo mostrou amadurecimento e determinação. Além do apoio ao ataque, atuou muito bem na armação de jogadas, entrosando-se com Eduardo Ramos. No jogo seguinte, contra a Tuna, foi mantido e voltou a fazer uma exibição primorosa, apesar dos altos e baixos do time naquela tarde.
Diante disso, não restou outro caminho a Lecheva a não ser prestigiar seu jovem meia-armador. Contra o Santa Cruz, na última quinta-feira, Djalma teve atuação impecável e ainda marcou um dos gols da vitória do Paissandu. Pessoas que acompanham os treinos observam que a boa forma do meia já se evidenciava mesmo entre os reservas. Tal condição não passou despercebida à observação do técnico.
Ironicamente, Lecheva passou a ser cobrado por parte da torcida, que prefere a volta do antigo titular. Alega-se, em defesa dessa tese, que Gaibu foi peça de fundamental importância na Série C. É verdade. O futebol, porém, vive do presente. De mais a mais, o papel do treinador é escolher os melhores para montar um time. Quando sua aposta se revela acertada, os questionamentos perdem sentido.
Há muito tempo que a ideia de que existem donos de posição caiu em desuso. Ocupam funções na equipe os jogadores que estejam em pleno exercício de suas habilidades e recursos técnicos. É o caso de Djalma, que, além disso, é um atleta revelado pelo Paissandu e que pertence ao clube. Nosso futebol costuma ser ingrato com suas próprias revelações e é sempre alvissareiro que um treinador valorize talentos nativos.
O que seria de Pikachu se não tivesse merecido chance entre os titulares, pelas mãos de Nad e do próprio Lecheva? Djalma ajusta-se perfeitamente nessa filosofia. O técnico está certo em utilizá-lo e merece aplausos pela iniciativa. Caso o jogador deixe de responder às exigências do time, deve abrir espaço para o antigo titular. Por enquanto, porém, faz por merecer a titularidade. Qualquer análise em outra direção é querer inventar chifre em cabeça de cavalo.
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Acreanos na geladeira
O trio de jogadores recrutados pelo Remo no futebol acreano – o meia Josy, o volante Tragodara e o atacante Eduardo – segue sem oportunidades no time de Flávio Araújo. Além de não terem sido indicados pelo comandante, pesa contra o trio o sistema adotado por Araújo, que privilegia força e velocidade, apostando alto na marcação. Fisicamente, Josy e Tragodara são jogadores franzinos, embora dotados de boa técnica, referendados por.
O meia ainda teve chance na estreia, diante do Santa Cruz, mas acabou penalizado pelo desentrosamento que o time apresentava. Quando a equipe foi ganhando confiança e acumulando vitórias, não teve mais oportunidades. O caso mais curioso é o de Tragodara, atleta que foi insistentemente buscado pelo Remo. Perdeu espaço até para quem chegou muito depois, como Gerônimo, que em dois jogos conquistou a titularidade. No Baenão, já há quem aposte na liberação do trio antes mesmo do fim do Parazão.
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Sobre as gratuidades
O leitor Edílson Araújo, a respeita da coluna “Os gargalos do clássico-rei” (edição de sábado), observa alguns pontos relacionados com a gratuidade para idosos nos estádios de Belém. Esclarece que esse tipo de benefício não contempla apenas pessoas idosas. Vale também para aposentados e portadores de necessidades especiais, em cumprimento à Lei Estadual nº 6.739, de 12 de abril de 2005, isentando essas três categorias do valor do valor do ingresso “em divertimentos públicos, nos cinemas, museus, galerias de arte, casas de espetáculos, ginásios poliesportivos e estádios de futebol pertencentes ao Estado do Pará, bem como suas fundações e às entidades de caráter privado”. Edílson considera inapropriado que a gratuidade nos estádios seja atribuída apenas a idosos, como escrito nos ingressos, assim como questiona o termo “cortesia” usado nos ingressos dos cinemas. 
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Vassourada em Cuiarana
Quando perdeu a decisão da Segundinha para o PFC Paragominas, o Santa Cruz dispensou oito jogadores, entre os quais o artilheiro Rafael Paty. Já no começo do Parazão a vítima foi o técnico Mário Henrique. Agora, por causa da derrota para o Paissandu, nova vassourada agita Cuiarana. Nove atletas foram dispensados, incluindo a dupla de ataque, Fábio Oliveira e Jailson. Como de hábito, o clube não dá explicações para mudança tão radical, mas a sinalização é de que o novo técnico, Sinomar Naves, teria condenado atuação e comportamento dos jogadores afastados.
Os métodos empregados pelo Santa Cruz repetem perigosamente antigas práticas da dupla Re-Pa, com sérias consequências na esfera da Justiça. O tempo vai mostrar se a natureza singular de gestão que o clube exercita é o caminho mais apropriado.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO, edição de terça-feira, 12)