Tribuna do torcedor

Por Roselino Almeida (rgcalmeida@hotmail.com)

É isso mesmo, Gerson. Pode sentar a lenha! É um absurdo um dirigente com todos esses anos dirigindo um time não tenha aprendido com os erros. Desde os meus 6 anos, quando cheguei de Abaetetuba e vim residir em Belém, aprendi a gostar desse que é o maior clube do norte. Falar sobre regulamento é burrice, tinha que contestar antes e não esbravejar sem argumentos plausíveis, ele quer apenas, justificar um dos seus inúmeros erros, não que eu seja a favor dessas contratações ridículas e sim da vergonha que tenho ao saber o que vão comentar sobre mais um vexame desses. Tomara que ele pegue o dinheiro que arrecadou e adiante parte dos salários atrasados aos jogadores que aqui ficaram. 

Mascote da Copa: por que não “Brasilino”?

Por Francisco Sidou
A escolha do tatu-bola para mascote da Copa do Mundo de 2014 no Brasil , embora sem ser consenso nacional,  acabou sendo aceita pela simpatia do personagem. Há controvérsias, contudo, quanto a simbologia do tatu-bola. Afinal, ele gosta muito de cavar buracos para se esconder. Há tempos que a seleção brasileira também  esconde  seu jogo,  despencando no ranking da Fifa para a 12ª colocação, ” como nunca dantes”  na história gloriosa do futebol brasileiro.  Mas até aí, tudo bem, afinal o tatu-bola é simpático e alegre, virtudes que combinam com a alma do povo brasileiro. Agora,  o que não dá para  “digerir” numa boa é essa votação imposta pela  Fifa para escolha pelo voto popular do nome do mascote entre os “palavrões” Amijub, Fuleco e Zuzeco.
Os “homens de preto” da Fifa não costumam dar explicações sobre suas decisões. Foi assim na escolha das subsedes da Copa 2014, quando excluiram Belém por “razões técnicas”, mas não se deram ao trabalho de especificar os  critérios em que tais razões se sustentaram. Na sua presunção, eles julgam que não devem satisfações ao povo ,  pois , afinal,  tem a força e o poder até de exigir do governo  alterações nas leis brasileiras para permitir a venda de bebidas alcoólicas nos estádios… Na sua concepção, aos torcedores  deve caber o papel de comprar ingressos (caríssimos)  sem tugir nem mugir.  E torcer pela seleção brasileira, mesmo com o futebol medíocre que vem praticando.  Na estrutura de poder burocrático exercido pelos “homens de preto” da Fifa não há muito espaço para a criatividade ou o  debate de idéias e  sugestões. Mas as redes sociais poderiam reagir e lançar manifestos contra esse verdadeiro atentado às  tradições culturais do povo brasileiro. Por que não apelidar de “Brasilino” o simpático  mascote da Copa 2014 no Brasil ?  Amijub, Fuleco ou Zuzeco é a “vovozinha” … Veta, Dilma !

A frase do dia

“Primeiro, [ele foi convocado] pela trajetória que tem na seleção. A gente tem acompanhado o trabalho que ele vem fazendo. Ainda não é um trabalho de campo na equipe principal, mas, em termos de treinamento e dedicação, o nível que ele está apresentando faz com que se crie a expectativa de uma boa atuação quando ele chegar à seleção.”

De Mano Menezes, técnico da Seleção, sobre a decisão de convocar Kaká para os próximos amistosos.

Vote no mico da semana

Escolha, sem pressa, seu King Kong preferido:

1) Remo repete a via-crúcis dos cheques devolvidos e das cobranças dos jogadores dispensados. Presidente Sérgio Cabeça alega que precisou quitar parcelas com a Justiça do Trabalho, mas a imagem do clube sai mais uma vez arranhada. 

2) Santa Cruz de Cuiagrana dispensa 8 atletas, mas segue contratando furiosamente jogadores com salários acima do nível da Segundinha paraense. Além de Ratinho, Rayro e Paty, fechou com Fábio Oliveira e Dida, ambos ex-jogadores do Remo. 

3) Presidente Luís Omar passa a humilhação de ouvir “não” do técnico João Galvão, convidado para dirigir o Paissandu. Esperto, Galvão sabia que a proposta visava desestabilizar o time marabaense, concorrente direto do Paissandu na Série C.

4) Marcelinho Paraíba é apresentado por LOP como reforço e, 24 horas depois, toma o rumo de casa. Lambança da diretoria incluiu falta de dinheiro para quitar compromisso com o jogador e desconhecimento do regulamento da CBF. Mico sem precedentes.

Incansável fábrica de micos

Por Gerson Nogueira

Marcelinho Paraíba, que foi apontado como jogador do Paissandu sem nunca ter sido, arrumou as malas e já deixou para trás o projeto de ser o mais bem pago jogador do futebol paraense em todos os tempos. Iria embolsar, por um pacote de sete jogos (que talvez se resumisse a cinco), a quantia de R$ 60 mil, mais carro e hotel. Em menos de 24 horas desabou a lona do circo armado pela diretoria, desmanchando as ilusões do já tão atormentado torcedor alviceleste.

Sob a alegação de que a CBF não permitiria a contratação – respaldada no artigo 49 do Regulamento Geral das Competições, que proíbe a um jogador atuar por mais de dois clubes em quaisquer das séries do campeonato brasileiro numa mesma temporada –, o presidente do Paissandu convocou entrevista ontem para justificar a monumental trapalhada.

Sem argumentos para explicar a patetice no processo de contratação de atleta tão caro, a diretoria tratou de desviar o foco do tema central, aproveitando para reclamar do regulamento criticar comentários pontuais deste escriba sobre o imbróglio Marcelinho Paraíba. Até imagens do blog e da coluna foram mostradas pelo presidente Luís Omar Pinheiro.

O cartola negou que o valor acertado com o jogador fosse R$ 60 mil. A quantia era mais modesta, garantiu, ressalvando que não tinha como comprovar números. Mais ainda: disse que havia dinheiro para o pagamento antecipado, ao contrário do que informei aqui.

Como Jack, vamos por partes. Em primeiro lugar, a quantia negociada pelos sete jogos é exatamente a anunciada pela coluna na quarta-feira – R$ 60 mil, que deveriam ser pagos em espécie. Anteontem, por sinal, nenhum dirigente desmentiu a informação da coluna, que foi repassada por fonte ligada à própria diretoria e integrante do Conselho Deliberativo.

Quanto às dificuldades para viabilizar o pagamento, o fato se tornou quase público quando dirigentes e abnegados do clube foram procurados para ajudar na coleta. Até a noite de quarta-feira, apesar dos esforços, a diretoria não havia obtido a quantia para cumprir o acordo com Marcelinho.

Quando todos esperavam que o jogador se apresentasse para o primeiro treino na Curuzu, emergiu a versão do impedimento legal. Diante do fiasco da transação, a justificativa baseada no regulamento da CBF atenuou o mico da anulação de um negócio amplamente anunciado.

Nas circunstâncias, pode-se considerar que o bendito artigo 49 do RGC caiu do céu, pois, mesmo mal interpretado, como admitiu Luís Omar Pinheiro, permitiu o desmentido quanto à falta do dinheiro e ainda deu a senha para suspender um negócio de alto risco, que já era bombardeado até por seus aliados no clube.

O que espanta, mesmo para os padrões botocudos da nossa cartolagem, é a completa irresponsabilidade na condução do negócio. Contratar um jogador famoso sem saber se ele pode jogar é um erro primário, mesmo para quem insiste em não sair da várzea. Depois deste novo vexame, cujas despesas serão todas bancadas pelo Paissandu, o consolo para a torcida é que deve ter sido a última das lambanças da gestão atual – embora, pelo histórico, seja prudente não duvidar.

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Na entrevista à imprensa, LOP foi apenas ele mesmo, até nas inverdades, papagaiadas e ofensas genéricas. Incapaz de esclarecer a lerdeza para interpretar corretamente o Regulamento Geral das Competições, partiu para a incontinência verbal, a grosseria gratuita e os tropeços gramaticais.

Ocorre que a verborragia beócia não consegue mais engabelar nem mesmo o torcedor mais distraído. Até nos insultos molambentos o presidente do Paissandu não consegue ser original. Repete sem criatividade discursos de falsa valentia que Eurico Miranda usou e abusou no passado.

Por experiência própria, já devia saber que gritos e xingamentos não amedrontam ninguém, muito menos silenciam profissionais independentes. E, caso se considere prejudicado pelas informações, que procure as instâncias cabíveis. Do contrário, que silencie e respeite quem não se submete a gritinhos histéricos. A mais desgraçada das invenções recentes do futebol é a figura do bobo da corte que julga ser rei.

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Enquanto o Paissandu rompe os grilhões do passado e anuncia eleições diretas para o final do ano, o Remo continua enredado nas antigas arengas internas e sem ter a coragem necessária para modificar seu jurássico estatuto. O problema é que a centralização do poder político ainda encanta algumas cabeças coroadas do clube.

Quanta às candidaturas, o quadro começa a se definir. Com a desistência de Aldemar Barra, que preferiu não alterar projetos pessoais, a disputa fica mais ou menos restrita a Roberto Macedo e Raphael Levy, embora Marcelo Carneiro continue articulado.

Quanto aos estatutos, a expectativa é de que o Remo sinta-se desafiado pelo posicionamento do maior rival e decida também sair do atraso.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 28)

Rock na madrugada – Creedence Clearwater Revival, Have You Ever Seen The Rain

Isto é Baião

Imagem da ensolarada praça da igreja de Santo Antonio, no centro de Baião. Em destaque, além da matriz, o centro paroquial e o início da rua da Encanação. (Foto: Adma Nogueira)

O adeus de Ted Boy Marino

Bons tempos aqueles em que luta-livre era pura diversão, encenação de embates terríveis na base de socos no ar e muita sonoplastia. A garotada vibrava e não perdia um episódio. Ted Boy Marino brilhou nesse período, aparecendo como galã dos ringues, sempre em luta contra o terrível vilão Verdugo. Depois que o tele-catch perdeu encanto, Marino virou ator de sucesso, participando da primeira formação de Os Trapalhões. Ele morreu na noite desta quinta-feira, aos 72 anos, depois de uma cirurgia de emergência realizada no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, no Rio de Janeiro.

Contratação de Paraíba durou menos de 24 horas

Em declarações ao repórter Dinho Menezes, da Rádio Clube, no programa Cartaz Esportivo desta quinta-feira, o presidente do Paissandu Luiz Omar Pinheiro pediu que este escriba se retratasse (“e se informasse melhor”) sobre o imbróglio Marcelinho Paraíba. Alegou que o valor do pacote fechado com o jogador é inferior a R$ 60 mil e que não houve aperreio para juntar o dinheiro, conforme exigia o atleta para assinatura do contrato. Garantiu que o acordo foi inviabilizado por força do regulamento da CBF, que impede um jogador de participar de três competições diferentes na temporada – no caso, Copa do Brasil, Brasileiro da Série B e, agora, da Série C. Além de Paraíba, o meia Índio também não assinou contrato, pelas mesmas razões.

Vamos, como Jack, por partes. Em primeiro lugar, o acordo pelo pacote de sete jogos foi fechado em R$ 60 mil, mais moradia (em hotel) e carro durante o período de vigência do contrato. Seria o mais bem pago jogador de futebol da história do futebol paraense. A diretoria do Paissandu se comprometeu a pagar em espécie o valor combinado logo depois da chegada de Marcelinho, na quarta-feira à tarde, antes de sua apresentação oficial. Como o dinheiro não foi pago, o atleta aceitou ir à Curuzu, vestiu o uniforme, mas se recusou a dar entrevistas como contratado. A situação inesperada foi justificada pelo dirigente Antonio Cláudio Louro pelo atraso no voo do jogador. Em nenhum momento, foi dito que havia algum tipo de embaraço legal para que o acordo fosse firmado.

A história do impedimento surgiu no começo da tarde desta quinta-feira, quando o próprio presidente do Paissandu convocou a imprensa para dizer que o negócio tinha sido desfeito. Não explicou, porém, como a contratação foi encaminhada durante uma semana sem que o setor jurídico do clube tivesse o cuidado de verificar a situação legal do jogador. Também não deu qualquer explicação para os custos da pirotecnia envolvendo Marcelinho e sua vinda até Belém. LOP também não disse que parte da diretoria se mostrou, desde o início, contrária à aposta num jogador de 37 anos, que não vinha bem nas últimas equipes que defendeu. Houve um conselheiro que chegou a desaconselhar, na quarta-feira, a contratação do veterano meia. Quis o destino que, por força do posicionamento da CBF, a situação se resolvesse sem que o Paissandu tivesse que gastar R$ 60 mil de uma tacada só.