ANJ protesta contra censura a blog amapaense

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) emitiu nota oficial, protestando contra a decisão do juiz eleitoral auxiliar, Adão Joel Gomes de Carvalho de Macapá (AP), que determinou a retirada do ar de nota do blog do jornalista João Bosco Rabello, diretor da sucursal de Brasília de O Estado de S.Paulo, intitulada “Um prefeito sob controle judicial”. O “post” censurado limitava-se a relatar factualmente que o atual prefeito da capital do Amapá, Roberto Goes (PDT), faz campanha com liberdade de movimentos restrita por acordo judicial, não podendo comparecer a locais públicos a partir de determinados horários, nem se ausentar do Estado sem autorização judicial. A restrição tem origem no fato de Goes ter sido preso durante operação da Polícia Federal que desbaratou uma quadrilha instalada na estrutura do Estado do Amapá, em 2010.

Segundo a ANJ, desconsiderando o elementar papel da imprensa nas sociedades democráticas, o juiz acolheu o argumento da advogada do prefeito, segundo a qual o que a notícia traz “à memória do eleitor, principalmente nesse período eleitoral, não tem outro objetivo de sujar a figura e reputação do representante perante o eleitorado”. Não satisfeito, o exmo. Sr. Juiz arvorou-se a ensinar jornalismo afirmando que “O direito de informar pressupõe a divulgação de matérias contemporâneas, para levar à apreciação da população situação que devem ser de conhecimento público, e por algum motivo não foram informados”.

Diante da esdrúxula decisão, diz a nota, a ANJ apoia a decisão da empresa S/A O Estado de S.Paulo de recorrer da decisão. Lamentando que o Poder Judiciário, mais uma vez, proteja quem trata de impedir a sociedade de ter acesso a informações que lhe permitam tomar decisões políticas com pleno conhecimento dos fatos.

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  1. O presidente do Conselho Político da campanha de Celso Russomanno (PRB), Campos Machado, afirmou que o apoio da Renascer, previsto para ocorrer neste sábado, foi remarcado para o próximo dia 27. Segundo Campos, o adiamento foi uma decisão conjunta dele com o deputado federal Marcelo Aguiar, representante político da Renascer, e teria ocorrido por questões de incompatibilidade de agendas entre os dois lados.

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