Cartolas dos clubes fogem da briga na CBF

Presidentes dos principais clubes brasileiros não querem ouvir falar sobre a crise envolvendo a possível saída de Ricardo Teixeira da CBF. O blog apurou que a maioria dos cartolas teme a fama de vingativo do presidente da confederação. E tem receio de entrar em atrito com a Globo no caso de escolherem o lado errado na briga. A maioria dos dirigentes não conta com informações seguras sobre se Teixeira vai de fato se afastar provisoriamente ou definitivamente do cargo. E há dúvidas sobre se José Maria Marin é mesmo o seu sucessor favorito (por ser o vice mais velho, o paulista é o substituto natural). Sem saber onde estão pisando, os cartolas preferem ficar longe do campo minado, que tem federações rebeladas de um lado e a Federação Paulista e Teixeira do outro. Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Bahia são alguns dos rebeldes.

Um dos receios é contrariar Teixeira e sofrer com a escalação de árbitros indesejados no Brasileirão e até na Libertadores. Em relação à TV Globo, a principal preocupação é o fato de já estar difícil conseguir antecipar cotas dos direitos de transmissão do Nacional. Se ela ficar insatisfeita, a situação pode até piorar. “Ninguém de federação e CBF me procurou para falar sobre o assunto. E eu não vou me envolver. Não sou político e estou muito ocupado cuidando das coisas do Santos”, disse ao blog Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, presidente santista.

 Juvenal Juvêncio, desafeto da CBF e da FPF, teria motivos de sobra para meter a colher. Porém, ele disse ao blog que não irá tomar partido. Alexandre Kalil, do Atlético-MG, também afirmou que não quer saber do assunto. O blog apurou que Arnaldo Tirone, do Palmeiras, é mais um da turma que quer passar longe da briga. Mário Gobbi, novo presidente corintiano, não deve se envolver. Mas, o alvinegro tem Andrés Sanchez, diretor de seleções da CBF, na trincheira, ao lado de Teixeira. O sentimento geral da cartolagem dos clubes é o de que o envolvimento nessa briga pode trazer muitos prejuízos e poucos ganhos. (Por Ricardo Perrone)

2 comentários em “Cartolas dos clubes fogem da briga na CBF

  1. O futebol Brasileiro sofrendo por Causa de um ditador, achava que os ditadores estavam em extincao, ate a eleicao e de um Estatudo arcaico onde o sucessor e escolhido pela idade. Te dizer.

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  2. Na verdade essa é uma oportunidade de ouro para os clubes, razão da existência do futebol em qualquer lugar do mundo e em qualquer tempo, tornarem-se independentes da “madrasta”, das atrasadas e mastodônticas federações estaduais e da “Grobo” de uma só tacada, criando uma espécie de liga nacional de clubes, que gerenciaria os campeonatos e copas nacionais e captaria os recursos necessários aos próprios clubes e à liga. Mas é jogada de extrema ousadia e exigiria, a curto prazo, um alto preço a ser pago pelas agremiações (perseguição, brigas judiciais e etc). Mas, como quem joga são os clubes e não os cartolas, esse preço seria pago por pouco tempo. Mas… estamos no Brasil, o reino das conveniências… e então…

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