Remo confirma oito contratações para o returno

Reforços confirmados no Remo para o segundo turno do Parazão: Dida (goleiro), Cássio (lateral, foto acima), Edinho e Valnei (zagueiros), André e Jean (volantes) e Deivison e Chiquita (meias). André, Cássio, Jean e Edinho já estão em Belém. Na foto abaixo, o zagueiro Edinho ao lado do diretor Francisco Rosas. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)

O preço de cada um

Estudo da empresa Pluri Consultoria indica que o atacante Ronaldinho Gaúcho é o menos valioso entre os titulares da Seleção Brasileira que jogará amistoso com a Bósnia. O rubro-negro está valendo hoje R$ R$ 15,8 milhões, quase 10 vezes menos que o santista Neymar (foto). Abaixo, a relação dos valores (em milhões de reais) correspondentes a cada jogador: 
Júlio Cesar – 42,8
Daniel Alves – 79,9
David Luiz – 51,8
Thiago Silva – 67,5
Marcelo – 56,3
Sandro – 29,3
Hernanes – 33,8
Ganso – 50,6
Ronaldinho Gaúcho – 15,8
Leandro Damião – 51,8
Neymar – 123,8

Filme P&B é o grande vencedor do Oscar

A produção francesa “O Artista”, de Michel Hazanavicius, levou a estatueta de melhor filme e tornou-se o grande vencedor da 84ª edição do Oscar –das dez indicações, levou cinco prêmios: melhor filme, ator, direção, figurino e trilha sonora. O prêmio foi entregue por Tom Cruise e o primeiro discurso foi do produtor Thomas Langmann, que agradeceu a todos “do fundo do coração”, enquanto o cachorrinho Uggie, que até então não havia sido convidado para o Oscar, subiu ao palco depois de aparecer no telão. O diretor Michel Hazanavicius falou em seguida, agradecendo três vezes ao cineasta Billy Wilder (1906 – 2002).

Favorito ao Oscar com 11 categorias, inclusive a de melhor filme, “A Invenção de Hugo Cabret”, de Martin Scorsese, também ganhou cinco prêmios, mas todos técnicos: fotografia, direção de arte, mixagem, edição de som e efeitos visuais. Também competiram os filmes “Os Descendentes”, “Tão Forte e Tão Perto”, “Histórias Cruzadas”, “Meia-Noite em Paris”, “O Homem que Mudou o Jogo”, “A Árvore da Vida” e “Cavalo de Guerra”.

Um dos mais aclamados da temporada, “O Artista” dominou o Spirit Awards, considerado o Oscar do cinema independente, levou o prêmio do Sindicato dos Produtores, o Goya de melhor filme europeu, o Bafta de melhor filme e o Globo de Ouro de melhor comédia. “O Artista”, que se passa na Hollywood dos anos 20, conta a história de George Valetin (Jean Dujardin), um astro do cinema mudo que se recusa a participar de produções faladas. Ele acaba se apaixonando por Peppy Miller (Bérénice Bejo), nova musa do cinema falado. (Da Folha SP)

Soneto de aniversário

Por Vinícius de Moraes

Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.

Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.

Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.

E eu te direi: amigo meu, esquece…
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.

(Rio, 1942)

(Adaptado pelo baluarte Edmundo Neves)

Um campeão tocantino

Por Gerson Nogueira

Ao contrário de outros tempos, a conquista de um clube interiorano definitivamente deixou de ser zebra no Campeonato Estadual. Os números são incontestáveis: a década começa sob amplo domínio dos clubes emergentes. Em 2011, o campeão foi o Independente Tucuruí. Neste ano, confirmando a tendência, o Cametá ganhou ontem a primeira metade do campeonato e se impõe como favorito ao título da competição.
Além de assegurar lugar na Copa do Brasil, o Cametá ameaça seriamente as pretensões do Remo em relação à vaga na Série D. Da região do Baixo Tocantins como o Independente, a vitória cametaense reafirma a evolução do futebol do interior em relação aos grandes da capital.
No confronto de ontem, o Cametá festejou no fim, mas o Águia foi absoluto nos 90 minutos. Empurrado pela torcida, buscou o gol desde a saída de bola e abriu o placar logo no primeiro ataque, aos 2 minutos.
O segundo gol poderia ter vindo quando Analdo chutou de fora da área e a bola desviou na trave, caindo dentro do gol cametaense. Em rápida reunião, o árbitro Glauber Miranda consultou os auxiliares e cometeu seu único erro no jogo, assinalando falta inexistente sobre o goleiro Evandro.
Nem a frustração pelo gol anulado arrefeceu o ímpeto do Águia, que seguiu perdendo chances até o fim da etapa inicial. Como de praxe, o técnico João Galvão lançou o atacante Vando e, logo no início, em belíssima tabela, Flamel ampliou. O Águia já fazia por merecer o triunfo, mas ainda precisava de mais um gol. Ele veio aos 23 minutos. Um golaço, marcado por Vando, após riscar um beque dentro da área.
Por sete minutos, o Águia esteve com o turno nas mãos. Perdeu por ter sido fiel aos seus princípios. Permaneceu no ataque em busca do quarto gol e quase chegou lá. O Cametá, mesmo precisando sair da defesa, encontrava imensas dificuldades para articular jogadas. Rafael Paty, Marcelo Maciel (que só entrou no 2º tempo) e Ratinho não conseguiam trocar passes diante da forte movimentação marabaense.
O cenário era inteiramente favorável ao Águia, faltando 15 minutos para o fim. Só mesmo num lance fortuito o Cametá poderia sair do aperreio. E foi o que ocorreu. Ratinho arrancou com a bola dominada desde sua intermediária até a meia-lua do Águia. Superou quatro marcadores e disparou um tiro forte, à meia altura, sem defesa para Alan. Arranque, força e técnica resultaram no golaço do título. De quebra, limpou a barra de Cacaio, que caiu na armadilha de Galvão, aceitando a pressão do Águia.    
 
 
O gol não marcado de Analdo recoloca em evidência o debate sobre o uso de recursos eletrônicos para esclarecer lances duvidosos. Se tivesse visto as imagens do lance, o árbitro Glauber José Miranda certamente teria validado o lance. Contra a surrada tese de que a polêmica é ingrediente obrigatório do futebol, o técnico Flávio Lopes, do Remo, observou ontem no Bola na Torre que a graça do jogo está justamente na marcação correta dos lances.
 
 
Com quatro do Águia, três do Cametá, dois da Tuna, um do Paissandu e um do S. Francisco, a seleção do turno ficou assim: Jader (S. Francisco); Pikachu (PSC), Tonhão (CAM), Charles (Águia) e Rairo (Águia); Euler (Tuna), Ratinho (CAM) e Flamel (Águia); Lineker (Tuna), Paty (CAM) e Vando (Águia). Técnico: Cacaio (CAM). Melhor jogador: Ratinho.
 
 
O Remo tinha um plano A de contratações, centrado nas segundas divisões de S. Paulo, Minas e Rio Grande do Sul. Não funcionou porque faltou bala na agulha para tirar jogadores que têm contratos até dezembro com seus clubes – caso de Ávalos, do São José (SP). Partiu então para o plano B, que mira em equipes de terceira divisão do Nordeste e Centro-Oeste e atletas sem clube. Os recém-contratados Edu Chiquita, Felipe Brizola e Jean estão nesse grupo. Hoje, quando terminam as inscrições, a diretoria deve anunciar mais três. Um meia experiente, com passagem pelo Paissandu, pode ser o nome mais cintilante (e caro) dessa última leva de reforços.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 27)