Renúncia de Teixeira deve ser anunciada hoje

Quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012. A data tem tudo para entrar na história do futebol brasileiro. É este o dia em que Ricardo Teixeira deve deixar a CBF, após 23 anos e um mês à frente da entidade máxima do futebol brasileiro. A possível saída de Teixeira ganhou força no início da semana. Na segunda-feira, durante o programa Linha de Passe, da ESPN Brasil, o comentarista Juca Kfouri afirmou que a renúncia do presidente da Confederação Brasileira de Futebol era “mais que um rumor”. De acordo com Juca, Teixeira deixará o comando da entidade para dedicar-se à família, morando em Miami. Nas últimas semanas, o dirigente vendeu propriedades e demitiu funcionários de confiança, em uma movimentação que aumentou as suspeitas sobre a saída.
Na quarta-feira, o colunista Ancelmo Gois escreveu no jornal O Globo que esta quinta, dia 16, foi a data escolhida para o anúncio. Também na quarta, a Folha de S.Paulo publicou reportagem que mostra ligações de Teixeira com a empresa Ailanto, investigada por superfaturamento no amistoso entre a seleção brasileira e a de Portugal, em novembro de 2008. (Da ESPN)

Encostado, tio recebia R$ 1 milhão por ano

Sem poder na CBF há mais de cinco anos, Marco Antonio Teixeira – tio de Ricardo Teixeira – ganhava cerca de R$ 1 milhão por ano da entidade, que é privada. Ele recebia R$ 88.070,04 mensais. A informação está na reportagem de Sérgio Rangel, publicada nesta quinta-feira na Folha de SP. O salário de Marco Antonio, que era secretário-geral da confederação, consta na rescisão de contratado, feita no início do mês e à qual a reportagem teve acesso. Ele passou a ser figura decorativa na CBF depois da Copa-2006.Teixeira descobriu que Marco Antonio estava articulando nos bastidores para tentar ficar em seu lugar. O presidente da CBF não aprovou também a escolha de Weggis, na Suíça, para a seleção se preparar para o Mundial da Alemanha. O time fez seus treinos lá por opção do ex-secretário-geral.

Cartolagem já briga pela sucessão de Teixeira

Tida como iminente para os dirigentes das federações estaduais de futebol, a queda de Ricardo Teixeira abriu espaço para uma briga regionalista pelo comando da CBF. E presidentes de federações já se engalfinham na tentativa de influir na sucessão na CBF. A cartolagem paulista espera que, se a saída de Teixeira se confirmar, seja cumprido à risca o estatuto da entidade, e o vice-presidente mais idoso assuma o cargo. No caso, José Maria Marin, ex-governador paulista, seria o sucessor de Ricardo Teixeira. Marin entrou na CBF por indicação de Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol.

Malufista, Marin é aquele mesmo que aprontou várias como presidente da Federação Paulista e deu um jeito de ficar com a medalha de um dos meninos da Copa SP de Juniores. Te contar.

Parente é serpente

A ex-tenista espanhola Arantxa Sánchez Vicario, que lançou nesta terça-feira em Barcelona sua autobiografia, acusa seus pais no livro de terem gastado aproximadamente 45 milhões de euros que ela ganhou ao longo de seus dezessete anos de carreira. “Vamos!”, o grito de guerra de Arantxa e que dá o título da autobiografia, não apenas repassa a carreira da ex-número um do mundo, mas também a difícil relação que ela tinha com seus pais, que teriam a levado à ruína (assista ao vídeo da coletiva). “Ainda não sou capaz de entender o que está acontecendo comigo: tudo pelo que lutei, tudo o que consegui, se esvaiu. Me dizem isso mas não posse acreditar. Como é possível que tudo o que consegui em tantos anos tenha desaparecido, não exista? Estou convencida de que isso que não pode ser certo”, afirma a ex-tenista no livro.

Na entrevista coletiva de lançamento, Arantxa se emocionou ao citar trechos do livro em que falava dos problemas com seus pais. Na obra, Arantxa também conta seus problemas com seus irmãos e a Receita Federal, e fala de seu casamento com o empresário Josep Santacana, com o qual teve dois filhos. Sobre seus pais, diz que eles foram tão superprotetores que anularam sua personalidade: “desde o primeiro momento em que se vislumbrou a possibilidade de que eu chegasse a ser jogadora profissional, meus pais ficaram obsessivos em controlar tudo”. A melhor tenista espanhola de todos os tempos afirma ainda que romper a relação com toda sua família foi um grande sofrimento, mas que isso melhorou sua saúde mental e tornou possível ela refazer sua vida. (Da Agência Efe)