Tribuna do torcedor

Por Alfredo Garcia (alfredogarcia61@gmail.com)

Oportuno e valendo por um editorial o texto que abre a sua coluna desta segunda-feira de carnaval, intitulado “Um freio no besteirol” no nosso Diário do Pará. É oportuna porque, partindo de um jornalista que tem a sua credibilidade, abre os olhos da moçada mais tenra que começa a militar nas redações e, ainda mais, daqueles que chegam ou já estão nas faculdades de Comunicação Social e que consideram este tipo de exercício de jornalismo, o “quiá” quanto à informação. E, nós que carregamos nas costas mais de duas décadas de vivência em redações sabemos, não é bem assim. Credibilidade é o que mais perde o Jornalismo com essas “gracinhas” – e isso não se restringe à editoria de esportes, mas, como um câncer, tem metástases em Variedades e Polícia. Mas, fiquemos na área esportiva, cuja cobertura é 99% do futebol. Se, digamos, daqui a um tempo, preponderar esse Império do Besteirol que vem abrindo alas no Jornalismo Esportivo, que juízo mediano poderemos ter quanto a mediar se Fulano ou Sicrano sejam craques ou pernas-de-pau nota 5 (brilhante a entrevista do Alcyr Guimarães)?
Na era das dancinhas idiotas avec musiquinhas debiloides na hora do gol, e das “gracinhas” pseudo jornalísticas, digo sem medo de errar, que quem perde é o consumidor do bom jornalismo, que anda fazendo falta no mercado.

(*) Alfredo Garcia é professor, escritor e jornalista.

4 comentários em “Tribuna do torcedor

  1. Além de graciosos também são mentirosos.

    No jogo Flamengo e Resende, o reporter que cobria o mengo, que passou o jogo todo paparicando o “papai Joel”, mesmo depois que JSantana deu uma expulsada nele quando este na parada tecnica instruia seus atletas.
    O detalhe é que depois do gol do Negueba, o tal reporter atarpalhando a narração, que é que eles vem fazendo demais com suas incursões desnecessárias, entrou e disse:
    “Papai JOEL é um paizão mesmo, após o gol o Negueba passou por ele e lhe deu um abraço”.
    Só que o replay mostrou apenas uma batida na mão de cada jogador e entre eles o tecnico, e o abraço só no último da fila que era o Galhardo.
    Sem as imagens sabe-se lá quantas mentiras eles falam só pra mostrar ao chefe que são participativos?

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  2. Graças a Deus não estou só. Os amigos Gerson e Alfredo Garcia deram-me a certeza disso. A cronica esportiva precisa de mais va-
    lores. O simples “canudo” pode dar emprego mas não assegura talento. Desinteresse, desconhecimento, seja lá o que for, o certo
    é o quase desprezo às outras modalidades esportivas.

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