Por Renato Maurício Prado
Que Vanderlei Luxemburgo foi um dos maiores técnicos do país, na década passada, não se discute. Ninguém ganha cinco títulos brasileiros por acaso. De uns tempos para cá, entretanto (desde a sua fracassada passagem relâmpago pelo Real Madrid), seus milionários “projetos” não têm obtido boas relações de “custo/benefício”. Muito pelo contrário…
Foi assim com os “galácticos”, no Santiago Bernabeu, em 2005; no Santos, em 2006/07/09; no
Palmeiras, em 2008/09; no Atlético-MG, em 2010 e, por fim, no Flamengo, em 2010/11. Em todos (exceção feita ao milionário clube espanhol, onde não ganhou bulhufas), venceu apenas Estaduais — conquistas insuficientes para gastos tão mirabolantes, com os seus salários, sua comissão técnica e a contratação de diversos jogadores, que sempre exigiu, por onde passou.
Mas, afinal, onde Vanderlei perdeu a mão? Há quem diga que a fortuna e os diversos investimentos, o levam a pensar, hoje em dia, muito mais em seus aviões, helicóptero etc. do que propriamente em futebol. Planos políticos, ele mesmo já confessou, também passaram a fazer parte de seus sonhos — e o título eleitoral transferido para Palmas, no Tocantins, onde tem
fazendas, não foi à toa. Isso sem falar nas mesas de pôquer, paixão francamente admitida, com a
justificativa de que, “desde os tempos de jogador, adorava um baralhinho”.
Pode ser que, de fato, motivações extra-campo tenham começado a desviar mais do que deveriam as atenções do treinador. Mas ainda acho que seus maiores problemas são outros.
Como a cisma de ser “manager” do clube, mesmo sem ter conhecimento e estudo suficientes para tal, o que o leva a se intrometer até em assuntos que não conhece bem e não são de sua alçada.
Como a postura cada vez mais arrogante — representada pelas já famosas frases do tipo “eu ganhei tudo e vocês (jogadores) não ganharam nada, portanto, têm que fazer o que eu mando”…
Seja pelo que for, o fato é que, de técnico ousado e criativo, Luxemburgo passou a ser, nos últimos anos, um comandante inseguro e taticamente covarde. As últimas equipes que dirigiu mudavam a cada rodada, não possuiam padrão tático ou jogadas ensaiadas, em suma, não eram nem sequer sombras dos timaços que, em outras eras, montou e levou a inúmeros triunfos, sempre com um futebol alegre e ofensivo.
Num momento de lucidez, quando deixou o Atlético, na zona do rebaixamento, no meio de 2010, Vanderlei disse que iria tirar um tempo para se reciclar. O convite do Fla, seu clube de coração, o fez mudar de idéia. O novo fracasso e mais uma demissão deveriam levá-lo a repensar o assunto. Se der uma boa parada, tiver humildade para avaliar os erros e souber corrigi-los, voltando a focar o seu trabalho somente no campo, quem sabe não se torna, novamente, um técnico de ponta? Coisa que já não é mais faz tempo…
Acredito, Gerson e amigos, que o acontecido com o Luxa na seleção, abateu demais esse técnico e, o que é pior, não se atualizou na parte tática, continua usando e muito os treinos coletivos e, isso foi uma das coisas que o fez ser demitido do Real Madri, já que na Europa, nem se usa mais isso. Pela inteligência que tem, teria que parar por alguns meses, se reciclar na parte tática e, dar a volta por cima, pois tem competência para isso, daí essa queda. Parou no tempo, o Professor. Aliás, quase todos os técnicos do Brasil, é bom que se diga. Inclusive o Nad, Sinomar….hehehe
– É a minha opinião.
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Quase todos mesmo amigo Columbia ainda utilizam o famigerado coletivo, arriscando perder um jogador importante em véspera de jogo.Da safra nova tenho assistido pela tv morena o trabalho do Veloso, ex-goleiro do Palmeiras , ele tem talento e futuro.Quanto ao Luxemburgo isso que o flamenguista Prado escreve já foi dito por aqui , pelo escriba titular do blogue e por nós.
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Infelizmente, o futebol bonito foi derrotado pelo futebol de resultados. Basta ver quem foram os técnicos campeões nos cinco últimos brasileirões: os pragmáticos Murici, Andrade e pasmen, o Tite. O Cuca é o único tecnico que melhor faz um time com jogadores comuns jogar bonito (fez isso no Goiás, São Paulo Botafogo e Cruzeiro, porém não consegue ganhar nada e com isso é sempre demitido dos clubes sem concluir seu trabalho. Antes o Luxemburgo conseguia formar bons times com elencos caros, mas atualmente com os jogadores comuns ganhando verdadeiras fortunas isso é impossível. O jeito é copiar o estilo do Murici, do Abel Braga e do Tite, e torcer para não ter que enfrentar um Barcelona.
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É dificil acreditar numa parada do Vanderley. Jogador de poker
declarado, ele acreditará sempre que na proxima ele vira a mesa
da sorte,
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É verdade Cláudio… mas há “paradas” e “paradas” no tempo. O Barcelona, por exemplo, olhou para trás e viu que aquilo que caracterizou tanto o futebol por excelência (bem jogado, ofensivo, sempre em busca do fazer o gol, não apenas em busca do não tomá-lo) é de extrema utilidade e foi, por muitos treinadores brasileiros, chamado de atrasado, antiquado… O Barça “parou” pra resgatar o que se fazia e aliado ao como se faz futebol hoje, segue a “continuar” sua marcha… o resultado todos sabemos.
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Amigo Daniel, pra que vc consiga fazer o que faz o guardiola, hoje, no Barça, terá que ter jogadores com a qualidade que esse time tem. O Barça é uma seleção dos melhores jogadores do mundo, por isso dá certo. Se Guardiola treinasse um Corinthians, por exemplo, com esses jogadores que estão no Timão, e fosse implementar esse mesmo trabalho realizado no Barcelona, teria enormes dificuldades, pois no método dele, ele prioriza o bom passe, fundamento difícil de se ver por aqui. Por isso, sempre falo(agora trazendo pra nossa realidade) que, se vc der esse tempo que o Remo passou(08 meses) a um bom profissional(Edson Gaúcho) por exemplo, a chance de você ter um time taticamente impecável, é muito grande, desde que se dê a ele, também, carta branca para escolher os jogadores, com paciência. Sem essa de 10 jogadores da base, 10 pratas da casa,… essas bobagens.
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Já falei aqui, amigo Daniel, que aquele time do Santos, com Robinho, Elano, Ganso, Neymar e cia, com o Dorival Júnior(que a meu ver é o técnico mais atualizado taticamente hoje no Brasil) e, fosse substituindo o pará por um Dani Alves,…., ou seja fosse substituindo gradativamente por jogadores de alta qualidade, como fez o Barça, o Santos, hoje seria um clube mundialmente respeitado, como o Barcelona é, hoje. Todo bom trabalho requer, médio e longo prazos e, com um bom técnico no comando.
– É a minha opinião.
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O Tavernard tem razão, depois que o Luxa se meteu no baralho, tudo desandou.
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