
Sempre que escala Fabrício, Tiago Potiguar e Moisés o Paissandu dificilmente perde. Com os três em campo, só perdeu uma vez – justamente o último Re-Pa. Contra o S. Raimundo, sábado, quase todo mundo previa complicações pelo histórico do visitante quando atua em Belém e em função do revés em Cametá na rodada anterior. Pois os três mais habilidosos do time fizeram com que o jogo ficasse surpreendentemente fácil.
Todos, por sinal, tiveram contribuições decisivas para o placar. No primeiro gol, aos 15 minutos, Moisés empreendeu uma daquelas arrancadas que o caracterizam, levando vantagem sobre a zaga santarena. Quando a bola já lhe escapava, apareceu Tiago para aproveitar chance. No segundo gol, Fabrício disparou na direção do gol, mas acabou fazendo um passe para Bruno Rangel finalizar. Por fim, Moisés fechou o marcador cobrando o penal sofrido por Zé Augusto.
O valor desse trio está diretamente associado à rapidez que imprime ao jogo do Paissandu. Quando a bola passa por eles, chega mais limpa ao ataque. Passe, velocidade e habilidade são virtudes fundamentais no futebol, hoje e sempre.
Com esses jogadores, que se aproximam bastante em campo, o Paissandu fica mais forte ofensivamente. Fabrício, contestado no aspecto disciplinar, é peça fundamental no arranjo. Por ser o armador mais recuado, costuma iniciar a troca de passes com Tiago e Moisés. Reveza-se com Potiguar no papel de elemento surpresa.
Não há dúvida: quem quiser superar o Paissandu neste campeonato, precisa desfazer a arrumação de meia-cancha e anular esses jogadores, o que não é tarefa muito fácil.
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As notícias sobre a atuação do Remo em Marabá indicam que o time repetiu a gangorra do jogo de Santarém. Só cresceu em campo quando ficou em desvantagem. A atitude acomodada dos movimentos iniciais mudou depois que o Águia abriu o placar ainda no primeiro tempo.
Diante do risco iminente de cair para o quarto lugar no G-4, Giba resolveu arriscar e adiantou o time no segundo período. Aí apareceu a força ofensiva, maior qualidade (nem sempre bem explorada) remista neste campeonato. Empatou o jogo e teve pelo menos uma grande chance de virar o placar. Nas circunstâncias, o empate foi um bom negócio. Mas, de novo, fica a dúvida: por que não ousar desde o começo, ao invés de esperar a desvantagem para reagir?
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Águia e Cametá será um clássico encardido, sábado (provavelmente), em Marabá. Com os valores que tem – Jaílson, Paulo de Tárcio, Balão, Souza, Américo e Torro – o Mapará de Vítor Jaime pode criar sérios problemas para João Galvão, que tem a vantagem do empate.
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Ganso é Seleção.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 3/Foto: TARSO SARRAF)