Sandro está fora das finais contra o Águia

O volante Sandro, do Paissandu, está fora da decisão do campeonato contra o Águia. Suspenso automaticamente da primeira partida pelo terceiro cartão amarelo, o jogador está fora também do segundo jogo, pois foi suspenso por duas partidas no julgamento realizado nesta terça-feira à noite pelo TJD. Por reclamações, Sandro foi expulso pelo árbitro carioca Marcelo de Lima Henrique no Re-Pa do dia 11 de abril (Remo 2 a 1), na fase classificatória do returno. Ao sair de campo, ainda empurrou e insultou o bandeirinha. O Paissandu, através de seus advogados, ainda tenta converter a suspensão em pena alternativa. No mesmo julgamento, o meia Gian (Remo) pegou um jogo de suspensão.

Campeões do mundo prestigiam a Seleção

Foi um encontro de campeões. Ainda que muitos dos jogadores não conhecessem alguns dos ilustres visitantes, o clima era de evidente respeito – afinal eram campeões do mundo que estavam presentes no CT do Atlético Paranaense para levar o seu apoio e incentivo aos jogadores e integrantes da comissão técnica da Seleção Brasileira. 

O encontro aconteceu antes do almoço desta terça-feira. Foi emocionante ver Robinho abraçar José Macia, o Pepe, ponta-esquerda que ganhou todos os títulos pelo Santos nos anos 60, além de ser bicampeão do mundo com a Seleção em 58/62 – Robinho cumprimentou com reverência o senhor bem disposto nos seus 75 anos, chamando-o de “seu” Pepe.

Foi emocionante ver também o goleiro Felix, tricampeão do mundo em 1970, no México, reencontrar o preparador Wendell Ramalho, seu companheiro de Seleção nos anos 70, e ainda perguntar com admiração por Julio Cesar, que estava no momento fazendo exames médicos. Márcio Santos, Juan, Luisão e Thiago Silva formaram uma roda de zagueiros. Cafu e Daniel Alves, uma de laterais-direitos. (Do site da CBF)

Rio Branco anuncia Valdir Papel

O atacante Valdir Papel, 30, é o primeiro reforço do Rio Branco para disputa da Série C do Campeonato Brasileiro, que começa no dia 18 de julho. Reunidos nesta segunda-feira em um hotel da capital acreana, o presidente do Rio Branco, Natal Xavier, e o atacante acertaram os últimos detalhes do contrato, que vai até novembro. “Fechamos com Valdir Papel e agora vamos seguir o nosso trabalho de bastidores para montar um elenco. Evitamos muita divulgação do Valdir Papel por que o nosso foco é a disputa do Estadual”, explicou Natal Xavier. O Rio Branco está no mesmo grupo de Paissandu, Águia, S. Raimundo e Fortaleza. E estreia justamente contra o Papão, em Belém, no dia 18, às 16h.

Giba acerta permanência no Remo

Batido o martelo: Giba continua técnico do Remo e vai dirigir o time na Série D. Ele aceitou a proposta dos dirigentes e estes concordaram com suas exigências para permanecer no comando técnico. O treinador disse já ter um planejamento para a disputa do Brasileiro da Série D, que inclui jogadores remanescentes da campanha no campeonato estadual e mais alguns reforços.

Do time que terminou em terceiro lugar no torneio, Giba vai manter Adriano, Samir, Landu, Vélber, Otacílio e mais seis jogadores de sua confian. Além desses, a diretoria se comprometeu a contratar pelo menos oito reforços, incluindo dois jogadores de defesa, dois laterais, dois meias e dois atacantes. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola)

Justiça aceita tombamento do Baenão

Informação divulgada pelo antenado blog Na Ilharga indica que a Justiça aceitou o pedido de tombamento do estádio Evandro Almeida, do Clube do Remo, ajuizado pelo promotor Benedito Wilson Sá. Se confirmada a decisão, fica praticamente inviabilizada a venda do patrimônio do clube, na medida em que perde atrativo para construtora (Agre/Leal Moreira) que estava na transação, já que as linhas originais do imóvel não podem ser modificadas. O plano era construir quatro torres de apartamentos e escritórios no local onde fica o estádio remista. O valor anunciado para venda do Baenão era de R$ 32 milhões, considerado abaixo dos valores do aquecido mercado imobiliário de Belém. Caso a venda não se concretize, a diretoria terá que negociar novas formas de quitação do passivo trabalhista do clube – avaliado pelo TRT, até o mês passado, em cerca de R$ 8 milhões. Emissoras de rádio informam que os possíveis compradores já se preparam para anunciar a desistência do negócio. (Foto: MARCO SANTOS/Diário)

O pensamento vivo do chefe da delegação

Por Juca Kfouri

Andres Sanchez, presidente do Corinthians, embarca nesta semana para a África do Sul, onde chefiará a delegação brasileira na Copa. Enquanto se preparava para a viagem, ele falou à coluna de Mônica Bergamo, da “Folha de S.Paulo”. Abaixo, sete das 29 respostas que o cartola deu à jornalista:

Já ouvi o senhor dizer “é só não roubar muito”.
O termo não é esse, vamos dizer assim, publicamente. Mas é ter um limite na vida.

E o senhor disse também que ninguém é santo.
Ninguém é santo. Mas o [que não é] santo não é só por roubar. É por tratar mal as pessoas, não respeitar o ser humano, o ambiente. Não quero dizer que não sou santo porque posso roubar. Estou dizendo num geral de sociedade como um todo.

Na Copa, o senhor vai controlar as baladas dos jogadores?
Se tiver folga e eles forem pra boate, pra discoteca, pro barzinho, pro shopping ou pra igreja, é problema deles.

É melhor balada ou igreja?
De vez em quando, não só os baladeiros exageram, mas também os da igreja. O cara quer rezar de tarde, de manhã, de noite. É difícil.

Na seleção há mais “certinhos”, como Kaká e Lúcio?
Talvez eles não sofram o mesmo assédio dos outros.

O Kaká não sofre?
E qual é o problema de ter mulher? Ainda bem. Já pensou se tivesse homem? Eu prefiro jogador que, se for solteiro, tenha dez mulheres do que um homem.

O senhor é filiado ao PT. Como foi parar lá?
Minha família é de sindicalistas, meus irmãos, meus tios. A gente tem esse lado. Eu sou socialista na essência.

Clique aqui para ler a entrevista completa (só para assinantes) para a coluna de Mônica Bergamo.

Zagallo ainda quer boquinha no escrete

Quando o assunto é Copa do Mundo, é praticamente impossível não falar sobre Mário Jorge Lobo Zagallo, suas conquistas e experiências na competição. Aos 78 anos, o Velho Lobo lamenta o fato de não estar perto da Seleção Brasileira, e ainda se diz com vigor suficiente para representar o país no Mundial. Com participação em sete edições do torneio (em 1958 e 1962 como jogador, em 1970, 1974 e 1998 como treinador, e 1994 e 2006 como coordenador-técnico), Zagallo afirmou nesta segunda-feira que se sentiria honrado caso recebesse um convite para ir à África do Sul como consultor do técnico Dunga, um velho conhecido.
“Gostaria de estar na Seleção Brasileira com o próprio Dunga e o (auxiliar) Jorginho, que foram meus jogadores. Mas a vida é assim, nem sempre o que você deseja acontece. Poderia ter prosseguido minha vida na seleção porque estou com saúde, sem problema nenhum”, disse.
Dono de quatro títulos mundiais, Zagallo explicou ainda que mesmo após a eliminação da Seleção Brasileira nas quartas-de-final na Copa de 2006, na Alemanha, alimentou esperanças de continuar como membro da comissão técnica. “Fui o último a sair da comissão. Tanto que, por tudo o que realizei, pensei que iria continuar dentro da seleção pela experiência de vida, até como consultor”, declarou. (Da ESPN)

Mestre Zizinho estava certo: o Velho Lobo é louco por um emprego – qualquer um. Nem a velhice acalmou o cara. Vou te contar…

Coluna: Hora de juntar os cacos

Choro e ranger de dentes, resmungos, amuos e impropérios, ameaça de passeata e panelaço. Tudo porque ousei afirmar aqui, ontem, que o Remo se consolida como terceira força do futebol paraense. De fato, é duro aceitar certas verdades. Ainda mais quando o assunto está relacionado com paixão e escolha.
Mas, dizem os idiotas da objetividade, contra fatos não há argumento. E o fato é que, pelos números atuais, o Remo está mesmo há dois anos como terceiro colocado no campeonato estadual. Em 2009, ficou atrás de Paissandu e S. Raimundo. Agora, na rabeira de Paissandu e Águia. 
O torcedor remista, apaixonado por sua bandeira, tende – como qualquer torcedor – a fechar os olhos para as próprias carências. É mais cômodo atribuir a ausência de títulos ao azar, às arbitragens, aos inimigos de plantão e até ao exu tranca-rua.
Tudo, enfim, para não admitir a incompetência do próprio clube em buscar os caminhos para sair do buraco. Sim, houve um avanço. Da condição de fora de série do ano passado, o Remo evoluiu para a de representante paraense na Quarta Divisão. Não é muita coisa, mas já significa calendário no segundo semestre e possibilidade de levantar uma taça depois de dois anos de jejum.
Para voltar aos dias de glória, além de fazer campanha caprichada na Série D, o Remo precisa rever conceitos e tirar lições de seus muitos erros nessas duas temporadas. Em 2009, havia a desculpa de que a atual diretoria herdou uma barca furada, o que é apenas meia verdade. Neste ano, porém, os tropeços foram de exclusiva responsabilidade dos atuais dirigentes.
A insistência em manter Sinomar Naves para o campeonato estadual, para fazer economia, revelou-se desastrosa. Quando, depois de muita demora, perceberam que não podiam continuar com o técnico caseiro, foram buscar Giba sem poder contratar mais nenhum reforço.
No começo, enquanto o Paissandu trazia dúzias de pernas-de-pau como reforços, o Remo seguia o caminho inverso. Errou menos porque trouxe alguns pingados, não tão melhores que os do rival, e conseguiu enganar durante as primeiras rodadas do Parazinho. Fez muitos gols, ganhou quase todos os jogos, mas naufragou no instante decisivo. Ainda assim, a diretoria não se mexeu para melhorar o elenco. Acreditou que Giba era o remédio para todos os males.
Sem muitas opções e confuso nas escolhas, Giba mudou o time, mas não saiu do lugar. Alterou a medicação, mas os sintomas do paciente continuaram inalterados. Pior que isso: sua campanha é inferior, em pontuação, à do renegado Sinomar. Aliás, o antigo técnico foi o maior responsável pela festejada classificação à Série D pelo critério técnico, pois na sua gestão o Remo acumulou mais pontos.  
É claro que, na comparação direta com a Tuna, o Remo leva vantagens. Tem a força da tradição e a fabulosa massa torcedora. Mas, como pra baixo todo santo ajuda, é bom não facilitar. 

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta terça-feira, 25)