Não sei se meu lamento, minha angústia e meu grito de revolta será puplicado neste extraordinário jornal Diário do Pará. Moro em Macapá, tenho 25 anos de idade, sou acadêmica de Jornalismo em uma faculdade chamada Seama. Fico extremamente preocupada, angustiada e cheia de pânico quanto a me formar e ter que conviver com o jornaismo espúrio que hoje se pratica em Macapá. Aqui temos alguns jornais como o Diario do Amapá, A Gazeta, Jornal do Dia, Tribuna Amapaense e Jornal Leia Agora, todos funcionam como “Diario Oficial” do governo do Amapá. O descompromisso com a verdade e a puxação de saco do ex-governador Waldez Góes, que sinceramente só ainda não foi preso porque o MP do Amapá deixa muito a desejar. A TV Globo fez uma matéria arrepiante da morte de bebês e todos os jornais daqui dizem que é mentira, que foi montagem, tudo para puxar o saco do atual governador. Jornalistas já foram presos pela Polícia Federal e cometem atos de extorsão com um jornalismo pequeno e alienado. Outros evitam denunciar os deputados atuais, que estão podres de rico. Meu Deus, estou perdida com este jornalismo tupiniquim, pequeno e alienado do meu Estado. O que eu vou fazer quando me formar?
Obs.: outro dia um timinho daqui de Macapá foi jogar contra o Goiás, lá em Goiânia, e tomou de 7 a 0. Um renomado cronista escreveu em um jornal de grande circulação em Goiânia que o Amapá não existe. Olha, com este jornaismo que é praticado aqui em Macapá, começo a acreditar nesta matéria do jornalista goiano.
Sob todos os pontos de vista, o Águia fez por merecer a conquista do segundo turno do campeonato. Depois de campanha medíocre no primeiro turno, quando terminou na lanterna da competição, recuperou-se na segunda fase e partiu para a conquista da Taça Estado do Pará. João Galvão, que teve seu trabalho contestado e chegou a correr o risco de afastamento do comando técnico, acertou o time e engatou uma sequencia de vitórias nos quatro primeiros jogos do segundo turno, classificando-se por antecipação para as semifinais.
Sofreu somente uma derrota na fase classificatória, a fragorosa goleada de 6 a 1 em jogo atípico na Curuzu. A insistência no sistema de três zagueiros, usado há três temporadas, deu segurança ao time e encontrou nos volantes Analdo e Daniel peças fundamentais no setor de cobertura.
Além disso, Galvão teve à sua disposição dois bons laterais. Pelo lado direito, Vítor Ferraz, principal jogador da posição no campeonato. Pela esquerda, o experiente Aldivan, que foi liberado pelo Paissandu. No ataque, o veterano Vando foi fundamental para dar equilíbrio e técnica ao setor, contando sempre com a parceria de Samuel Lopes ou Jales, centroavantes de ofício.
Na primeira partida decisiva do returno, domingo passado, o Águia se posicionou cautelosamente no Mangueirão e conseguiu um resultado razoável, perdendo por 2 a 1, e saiu confiante na reversão do placar dentro de Marabá, resultado que se confirmou neste domingo. Para a disputa das partidas finais contra o Paissandu, Galvão contará com o retorno do goleiro titular Alan e do volante Analdo. No primeiro confronto, domingo, no Zinho Oliveira, enfrentará um Paissandu desfalcado de Tiago Potiguar, Fabrício e Sandro, peças-chave da meia-cancha alviceleste.
Com excelente aproveitamento nas finalizações, o Águia derrotou o Remo por 2 a 0, neste domingo à tarde, e conquistou o returno do campeonato estadual. De quebra, ganhou também a vaga à Copa do Brasil 2011. Samuel Lopes e Vítor Ferraz marcaram os gols marabaenses, cada um num tempo de jogo. Ao final da partida, enquanto João Galvão comemorava a conquista abraçado a seus jogadores, entremeando orações e gritos eufóricos, o técnico Giba analisava o jogo de maneira surpreendente: segundo ele, o Remo dominou as ações e sofreu dois gols nas únicas chances criadas pelo adversário. Aparentava a calma habitual, avaliando que não é possível ganhar sempr, aparentemente conformado com o resultado.
A partida foi bem diferente da análise do técnico remista. No primeiro tempo, o Águia mostrou sempre mais disposição em campo, partindo com mais determinação e objetividade ao ataque, defendendo-se com segurança. No setor de criação, apesar da postura discreta, Soares foi sempre superior aos meias remistas Gian e Vélber, que confundiam-se no posicionamento. Gian, tradicionalmente um jogador de lançamentos, aparecia na área do Águia tentando fazer jogadas com Marciano, enquanto Vélber não encontrava função, ora caindo pela esquerda do campo, ora centralizando as jogadas, facilmente desarmadas pela marcação marabaense.
Logo nos primeiros minutos, o Remo esteve mais presente no ataque, embora sem finalizar com perigo. Aos 5 minutos, falha da defesa remista em escanteio para o Águia resultou no primeiro gol da partida. A zaga afastou o cruzamento e a bola sobrou para Samuel Lopes, que, sem marcação, bateu forte e abriu o placar. O gol tirou a vantagem remista e mudou as características do jogo. O Águia ficou mais cauteloso e o Remo tentava chegar com lançamentos para Landu e Marciano. O problema é que o bloqueio da zaga se manteve firme, não dando oportunidades a Landu e evitando que a bola chegasse a Marciano, que teve atuação apagada.
Gian tentava lançamentos esporádicos para o ataque, mas em nenhum momento o Remo conseguiu criar jogadas que envolvessem a marcação. Não conseguia também acertar os arremates de fora da área. Didão, Gian e Marlon arriscaram, mas os chutes saíram sem direção. O Águia, ao contrário, conseguia se defender com Daniel, Diego Biro e Soares mais recuados à frente dos zagueiros e Vando ajudando no meio-campo. Até Samuel recuava para ajudar no desarme. Com isso, o meio-campo ficou constantemente congestionado e o jogo foi se arrastando, conforme interessava ao dono da casa. Além da ausência de talento, o Remo se apresentou de maneira apática na maior parte do tempo.
Para o segundo tempo, Giba veio com Samir no lugar de Gian, quando se esperava a substituição de Marciano, completamente ausente do jogo. Apesar da disposição, Samir caiu na mesma indefinição de Vélber, confundindo-se seguidamente na troca de funções. Em razão dessa hesitação quanto à criação, o volante Didão acabou herdando a tarefa de organizar as ações no meio-campo, errando muitos passes e lançamentos. Para piorar as coisas, logo aos 6 minutos o ala Vítor Ferraz marcou um golaço. Apanhou a bola junto à linha lateral e saiu enfileirando: passou por Marlon e foi acompanhado por Danilo, que evitou parar a jogada. Já dentro da área, disparou rasteiro e surpreendeu Adriano. O segundo gol deixava o Águia ainda mais à vontade em campo, com tranquilidade para administrar o resultado.
Sem opções para mudar o panorama da partida, Giba tirou Danilo e pôs Héliton, ficando com cinco atacantes em campo, mas nenhum articulador no meio-campo. Pior que isso: abriu totalmente o setor de marcação, entregue exclusivamente a Didão. Por sorte, o Águia se acomodou com o placar, recuando muito e limitando-se a rebater bolas. O Remo chegou a exercer forte pressão entre 30 e 40 minutos, com cinco escanteios seguidos, mas a zaga conseguia afastar todas as bolas, graças ao bom posicionamento de Ari e Bernardo.
Aos 41 minutos, bola cruzada na área do Águia terminou sendo chutada por Samir e foi bater no travessão de Inácio, na melhor chance do Remo na partida. Depois disso, sem forças, o Remo praticamente jogou a toalha. Demorava a chegar ao ataque e não tinha criatividade para furar o bloqueio. O Águia seguiu tocando a bola e Vando, aos 44 minutos, quase marcou o terceiro gol aproveitando um descuido dos zagueiros remistas.
Repetiu-se a situação do campeonato paraense do ano passado, quando o Remo perdeu o returno para o S. Raimundo. Desta vez, o Águia terá a vantagem de jogar a primeira partida da decisão em casa contra o Paissandu, no próximo domingo, ficando a finalíssima para Belém, provavelmente no estádio da Curuzu, no dia 6 de junho. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)