Álbuns relançam preciosidades dos Beatles

Em janeiro de 1962, quando os Beatles fizeram um teste para a Decca Records, em Londres, apresentaram 15 canções – três delas eram composições de Lennon e McCartney. Levaram um “não” do produtor Tony Meehan – que dificilmente teve um sono tranquilo a partir do ano seguinte, com o boom da beatlemania. “Like Dreamers Do”, “Hello Little Girl” e “Love of the Loved”, as três composições próprias da audição, ganharam as paradas britânicas, respectivamente, com o The Applejacks e com dois colegas de Cavern Club: o The Fourmost e a cantora Cilla Black, chapeleira da casa de shows antes da fama. Essas e outras 30 composições dos Beatles em versões de bandas e artistas nos anos 60 estão reunidas na série “4Ever – Os Beatles por Seus Amigos”, lançada pelo selo Discobertas.

São três álbuns com gravações feitas de 1963 a 1969 por grupos e cantoras que emergiram da cena de Liverpool e acabaram nas mãos do empresário Brian Epstein (também dos Beatles) ou que eram amigos da banda. Foi por via pessoal, por exemplo, que Peter & Gordon gravaram canções de Lennon e McCartney. Peter era irmão da atriz Jane Asher, namorada de Paul nos anos 60. “4Ever” traz três versões para “Yesterday”: com Alma Cogan, com Cilla Black e com Mariana Faithfull, namorada de Mick Jagger, que entoa o clássico com piano, harpa e coral. Traz também uma “You’ve Got to Hide Your Love Away” hippie-folk do The Silkie, produzida por Lennon e McCartney. A série ainda resgata canções nunca gravadas pelo quarteto, como “Bad to Me”, com Billy J. Kramer & The Dakotas. (Da Folha de S. Paulo)

2 comentários em “Álbuns relançam preciosidades dos Beatles

  1. Tony Meehan é da mesma turma de Pete Best e que tais… acho que esses caras deveriam ter sentido uma vontade imensa de se suicidarem depois que os Beatles ganharam o mundo…

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    1. Daniel, o Pete Best até hoje chora pitangas por isso e nem dá pra condená-lo, pois realmente foi muito azar. Mas os especialistas dizem que, de fato, Ringo era muito superior, daí a opção por ele. Agora existem casos inteiramente inversos, como o de Mick Taylor, guitarrista de uma das melhores fases dos Stones (Let it Bleed, entre outros), que substituiu Brian Jones. Cansado da badalação e da vida alucinante da banda, ele pediu para sair. Jagger ainda ofereceu uma licença de seis meses, mas Taylor pediu o boné e foi em frente. Vi, outro dia, uma foto dele irreconhecível, imenso, vivendo numa cidadezinha do interior da Inglaterra. Ao repórter, admitiu ter muitas dívidas, mas disse que não se arrependia da decisão de largar o barco em pleno auge.

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