Por Eloy Figueiredo
Eu juro que não queria mais entrar nesta discussão de diploma ou não diploma para o exercício da profissão de jornalista. Até porque defendo o diploma como forma de valorizar a profissão, frente aos aviltantes salários pagos pelas empresas de comunicação.
Mas hoje vi um anúncio na internet, daqueles que se publica no Google, oferecendo um curso de jornalismo por R$ 40,00; e não é mensalidade, é pagamento único.
Será que uma sociedade moderna pode mesmo evoluir e enfrentar os desafios do conhecimento público com jornalistas formados desta maneira? É muito difícil acreditar que profissionais éticos e competentes possam ser forjados em um curso de R$ 40,00.
Confiram a oferta, no link abaixo:
http://www.cursos24horas.com.br/cursos/jornalismo.asp?gclid=CJT0pvvFl50CFQtN5QodPw6p1w
Este é o quadro, de terra arrasada, deixado pela decisão do Supremo Tribunal Federal, cujo chefe teve a pachorra de comparar a atividade jornalística com a de cozinheiro. Mágoas e ressentimentos pessoais com jornalistas motivaram o ato do STF, numa prova de que nossos magistrados conseguem se colocar muitas vezes no nível mais raso, como qualquer torcedor de beira de calçada. Tínhamos problemas com a vigência do diploma, mas tudo ficou incomparavelmente pior sem a certificação.
Gerson, os homens da lei nesse país são os primeiros a não observar o princípio da harmonia social e coletiva, uma das bases do direito, ao subverterem a própria lei. O caráter desses homens, que juntamente com os homens do poder executivo e legislativo ferem tal harmonização ao fazer valer certas regalias como por exemplo o aumento de seus respectivos salários, mostra-se aviltante, extremamente classista, fisiologista, mesquinho e “provinciano”. Aos homens da lei tudo, à aplicabilidade da lei e seu uso correto e a primazia pelo bom senso (outro dos princípios basilares do direito) nada!
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Penso que o cozinheiro profissional também deveria ser diplomado em curso superior, afinal, deveria aprender sobre a estrutura dos alimentos, combinações nutricionais, aproveitamento das partes, manuseio e higiene. Um pouco de história e ciência sobre os pratos também de veriam constar no currículo. Assim estaríamos comendo com menos preocupações. Se assim fosse, talvez os jornalistas ainda tivessem com seus diplomas válidos.
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Realmente é difícil de acreditar que exista um curso de jornalismo à esse preço, a um tempo atrás o devido curso valia muito e era aspiração de muitos candidatos, mais agora me parece coisa do passado, lamentável
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