São Paulo 1, Corinthians 1

Que o Corinthians não pode reclamar de arbitragem, todo mundo está de acordo. Mas que o soprador de apito aprontou em favor do Tricolor do Morumbi não resta a menor dúvida. Anulou gol corintiano legítimo e não deu o impedimento de Washington no gol de empate.

Goiás 2, Grêmio 1

Impressionante a campanha do Goiás, cada vez mais na briga pelo título do campeonato. E, ao mesmo tempo, é sempre um espanto ver como um time tão bom tem torcida tão anêmica e distante.

Uma frase infeliz – e infiel

Alguém conhece frase mais infeliz, pela insolência que encerra, do que a tal “Deus é fiel”, tão propagandeada pelas seitas pentecostais? Acabo de ver, depois de deixar meu infante João na escola, um táxi com esse adesivo boçal pomposamente exposto, como se a sentença tudo explicasse. Minha indignação com esse tipo de pesporrência vem do fato óbvio (e cristão) de que Deus é começo, meio e fim. Deus é o tudo e o nada, como diz a inspirada canção de Raul Seixas. Deus, portanto, não precisa ser fiel a nada, pois ele tudo encerra. É, ao mesmo tempo, simples e complexo, mas as pessoas de boa vontade sabem exatamente o que estou tentando dizer.

Para Guia, curso de Geologia é “muito bom”

O curso de Geologia da UFPA conquistou pontuação 4 estrelas na avaliação anual de cursos superiores, publicada pela revista Guia do Estudante-Melhores Universidades, edição 2009. Numa escala de 1 a 5 estrelas, o curso obteve a nota 4, o que equivale ao conceito “muito bom”. Diante de tantas notícias ruins sobre a educação paraense, esse reconhecimento chega em boa hora.

Valeu, Nilton Santos!

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Jairzinho, Hélio de La Peña, d. Maria (esposa do Nilton), Thierry Figueira e d. Carmen Castro

Do blog De La Peña

O presente já era. O futuro é tenebroso. Vamos falar do passado que é o que interessa. A enciclopédia, o wikipédia do futebol recebeu a justa homenagem da torcida alvinegra. Neste domingo, dia de Cosme e Damião, foi inaugurada a estátua do melhor lateral esquerdo da história do futebol. Nilton Santos é do tempo que havia futebol no Botafogo. A bola era tratada com carinho, chuteira não era um espeto, um arame farpado que rasga o couro e tranforma a esfera numa coisa murcha, sem forma.

Nilton Santos revolucionou o esporte. Com ele o lateral deixou de ser um mero beque, chutador de bola para a arquibancada.  Jogava de pé, sem arrastar o calção na grama. Desarmava com classe, sem carrinhos, e avançava com a menina pela ponta e cruzava sempre apavorando a defesa alheia. Como conseguia fazer com categoria o que hoje parece tão complicado? A resposta vem do próprio: “Sou amigo de infância de todas as bolas do mundo.” , confidenciaria o craque a Armando Nogueira em 1962, depois do bicampeonato mundial.

Nesta mesma Copa Nilton Santos imortalizou a malandragem no jogo contra a Espanha. Depois de derrubar um adversário dentro da nossa área, ele espertamente deu dois passinhos à frente e evitou o pênalti. Na época não havia tira-teima, o pessoal só descobriu assistindo o Canal 100 três meses mais tarde.

Foi o responsável pela mais importante contratação da história do Botafogo. Garrincha apareceu para fazer um teste em General Severiano. Deu vários comes no lateral que correu para os cartolas e deu o toque: “Contratem logo que eu não quero esse sujeito como adversário!”

Nilton Santos jogou a vida inteira pelo Botafogo, foi várias vezes campeão carioca, nos deu dois torneios Rio-São Paulo, praticamente o Brasileirão da época e foi bi mundial em 58 e 62.

A bela estátua na entrada do Engenhão será a eterna lembrança deste homem que suou com classe a camisa do nosso clube. Uma pena não podermos pegar essa estátua e colocá-la dentro de campo. Teria vaga como titular em qualquer posição no time atual.

Coluna: Luta, mérito e recompensa

A categórica vitória do São Raimundo sobre o Cristal, garantindo o acesso à Série C do Brasileiro em 2010, coroa um grande esforço do clube e representa uma justa recompensa a todas as batalhas travadas. A trajetória tranqüila na Série D pode passar a falsa impressão de que tudo foi fácil, mas, antes de festejar a classificação à Terceira Divisão, é fundamental lembrar a sequência de martírios passados ao longo dos quatro últimos certames estaduais.

Sem apoio de qualquer espécie, o S. Raimundo enfrentou aperreios para mandar seus jogos fora e dentro de Santarém. Promessas foram feitas e jamais cumpridas, mas o time nunca deixou de se apresentar dignamente, mesmo quando foi obrigado a se apresentar em Ipixuna do Pará, no Parazão de 2006. Tanta luta culminou com a vitoriosa campanha deste ano, quando conquistou o vice-campeonato e a vaga à Série D.   

É interessante observar que a conquista de ontem premia o trabalho de quatro técnicos. Tudo começou pelas mãos de Valter Lima, artífice do time que chegou às finais do campeonato estadual. Teve êxito na mistura de alguns novatos, como Michel, com jogadores desprezados por outras equipes, como Trindade, Hélcio, Marcelo Pitbull, Garrinchinha e Preto Marabá.

Classificado para a competição nacional, Valtinho iniciou o trabalho, mas depois trocou o S. Raimundo pelo Paissandu. Para o seu lugar, foi chamado Artur Oliveira, que conseguiu manter em alta o desempenho do time. Ao longo da disputa, Artur foi substituído por Carpegiane, que não decepcionou. Por fim, Lúcio Santarém assumiu o barco e conduziu o Pantera em rota sempre vitoriosa. Como se vê, o time enfrentou algumas turbulências, mas nada impediu que os resultados fossem atingidos.      

A partir de agora, cabe ao S. Raimundo buscar a conquista do título da Série D e, em seguida, começar a se preparar adequadamente para a cheia temporada de 2010, quando, além do Parazão, vai disputar a Série C e a Copa do Brasil. Espera-se que, agora, com apoio concreto do setor público e do segmento empresarial de Santarém. Conquistou em campo o direito a essa colaboração.

 

O distrito de Umarizal, em Baião, comemorou aniversário neste sábado e teve como ilustre convidado o prefeito Helder Barbalho, de Ananindeua. Ele acompanhou a delegação do Ananindeua, que disputou amistoso com a seleção local e empatou em 1 a 1. O evento teve no baionense Nelito Lopes, presidente municipal do PSC, seu principal incentivador.

 

Começo a trabalhar com a hipótese de nova descida à Série B. Do jeito como as coisas se encaminham, é improvável uma reação botafoguense, até pelo histórico de instabilidade emocional do time. Curiosamente, o Botafogo é hoje um dos poucos clubes da Série A que paga em dia seus jogadores, mas o esforço contábil da nova diretoria não se reflete em campo. Nos dois últimos anos, a grana atrasava, mas as campanhas eram satisfatórias.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 28)