Wenger e a formação dentro do bar

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O francês Arsène Wenger, que há treze anos faz sucesso no comando do Arsenal, clube pelo qual conquistou três títulos do Campeonato Inglês, revelou que aprendeu a ser um bom técnico em um lugar inusitado. Enquanto alguns se formaram nos gramados, Wenger teve como escola o bar. O treinador passou sua infância em um estabelecimento de seus pais no vilarejo de Duttlenheim, na França. “Não tem melhor educação psicológica que crescer em um pub quando você tem cinco ou seis anos. Você conhece todo tipo de pessoa e descobre o quão cruel elas podem ser. Também aprendi sobre tática dos clientes que conversavam sobre futebol no bar.”

O francês, que teve uma carreira apagada como jogador, diz que não esperava se tornar um treinador. “Não sabia que queria ser técnico. Quando comecei a jogar não imaginei que ia terminar assim. Percebi que essa era a única forma de continuar com o futebol”. Wenger está próximo de completar 60 anos e já tem mais de 20 como técnico. Ainda assim, não pensa em deixar o banco de reservas. “A chave é controlar a decepção. Como um treinador sente-se quando perde um jogo? É um sentimento destruidor.”

Tive a oportunidade de falar (com ajuda de intérprete, claro) com Wenger na cabine de imprensa do estádio de Frankfurt, na noite em que a França eliminou o Brasil da Copa, em 2006. Ele comentou a partida para uma TV francesa e atendeu todos os jornalistas com atenção e cordialidade. Suas declarações não me surpreendem. 

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