A frase do dia

“Só na imprensa brasileira , em nenhuma mais, tem jornalista fazendo campanha eleitoral para um juiz que cometeu fraude processual”.

Xico Sá, jornalista e escritor

A imagem do domingo

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“Carregado” pela torcida, o ônibus do Botafogo se aproxima do estádio Nilton Santos para o jogo da entrega da taça de campeão brasileiro da Série B.

Bastidores do rock

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Os Ramones tiraram o nome da banda de um pseudônimo usado por Paul McCartney quando dava entrada nos hotéis no período mais agudo da Beatlemania: Paul Ramone. “We’re Outta Here!” foi o último concerto dos Ramones, em 1996, no The Palace Los Angeles.

Rock na madrugada – Eric Clapton, “I’ve Got a Rock’n’Roll Heart”

Uma tragédia anunciada

POR GERSON NOGUEIRA

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Como todo mundo sabe, um rebaixamento não ocorre em função do resultado da última partida. Ele se constrói ao longo das 38 rodadas. O Remo errou muito ao longo da competição, seguiu à risca os itens do manual de descenso. Começou errando antes do campeonato começar. Pecou no planejamento e nos critérios de contratação.

O desfecho de ontem foi quase uma tragédia anunciada. O melancólico empate sem gols diante de um Confiança que parecia disputar a final da Copa do Mundo coroou o rosário de falhas cometidas.

O torcedor fez uma festa impressionante, antes e no começo do jogo. Encheu as arquibancadas, cantou e incentivou. Aos poucos, porém, vendo o time sem alma ou vibração, foi arrefecendo no barulho. No final do primeiro tempo, as expressões já eram de preocupação e angústia.

A atuação anêmica da equipe não estimulava o torcedor a se empolgar. Estava desenhada a frustração, mesmo quando em raros lances a bola ameaçou entrar no gol do Confiança. Chegou até a entrar, em chute de Neto Pessoa, mas o árbitro Rafael Claus anulou sem a revisão do VAR.

Nos primeiros 45 minutos, apenas um chute digno de registro. Mateus Oliveira arriscou da intermediária para grande defesa de Rafael. Os demais ataques foram de aproximação, mas em avanços lentos demais para levar ameaça concreta à defensiva do Confiança.

O time sergipano ameaçou várias vezes, com cruzamentos rasantes para Hernane Brocador e Williams, mas também não teve a chamada chance clara. Alguns jogadores pareciam excessivamente tensos no Remo. Antes dos 10 minutos, o capitão Lucas Siqueira quase complicou uma bola na pequena área.

Romércio novamente se apresentou lento, sem força no jogo aéreo e nas antecipações. No meio-campo, Felipe Gedoz foi tímido na maioria dos lances e quando arriscou (como aos 27 minutos) errou na decisão.

Para a etapa final, o técnico Eduardo Baptista decidiu trocar Anderson Uchoa por Neto Moura, típica mexida de 6 por meia dúzia, que não melhorou o funcionamento do time. Pelo contrário, aumentou o grau de desentrosamento da zaga, que ainda perderia Tiago Ennes por lesão (Wellington Silva o substituiu).

Tirou Felipe Gedoz e lançou Jefferson, mas Erick Flores seguiu no banco, desafiando o bom senso. A única maneira de o Remo furar o forte bloqueio seria com tentativas verticalizadas, que permitissem romper as linhas de marcação. Quando Erick entrou, a situação já era de desespero.

Ainda assim, teve boa movimentação. Baptista ainda fez outra troca, colocando Ronald no lugar de Lucas Tocantins. Poderia ter segurado um pouco mais para ver como o ataque funcionaria com Jefferson e Tocantins abertos pelos lados.

Remo x Confiança

A dificuldade do treinador em entender o funcionamento do time e a potencialidade dos jogadores deve ser compreendida. Ele está há duas semanas em Belém, teve pouco tempo para conhecer todos os jogadores. O fato remete inevitavelmente ao problema gerado por trocas de comando quando restam poucos jogos para reagir.

Tinha tudo para dar errado, e deu. O placar em branco é um reflexo do time pouco agressivo (31 gols na competição, terceiro pior ataque) e que só fez perder força nas 12 rodadas finais do campeonato, justamente quando o rendimento deveria ser minimamente positivo.

Foi por um ponto que o Remo caiu (o Londrina somou 44), mas foram muitos os pontos negativos que levaram a isso. (Fotos: Samara Miranda/Ascom Remo)

Queda impõe um passo atrás em sonhos e projetos

Ainda é cedo para falar em reformulação, mas é fato que o Remo não pode ficar sem mudanças profundas para 2022. Inevitável observar que, com o rebaixamento, mudam os planos de gestão. A receita que o clube iria auferir se reduz a quase nada diante dos projetos grandiosos que a diretoria tinha para os próximos anos.

Um passo atrás terá que ser dado, com consequências ainda imprevisíveis. Diminui o orçamento e encurta o sonho de evolução. Até mesmo o Centro de Treinamento, comprado no começo da temporada, terá que passar por um realinhamento de obras.

O futebol profissional é cada vez mais dispendioso. Jogar a Série B significou para o Remo ter acesso a receitas de TV que a Série C não dá. Perde também a imensa visibilidade que a competição oferece. Terá que rever suas contas e apostar num elenco mais modesto para a temporada.

Não volta à estaca zero porque o clube evoluiu administrativamente, criou um centro médico qualificado, investiu em melhorias no Baenão e passou a ter um CT. Ocorre que manter essas estruturas custa dinheiro, que será muito mais curto a partir de agora.

Campeões em campo, arautos da fé nas entrevistas

Roni e Weverton, dois ex-remistas, pontificaram nas comemorações pelo tricampeonato da Libertadores conquistado no sábado pelo Palmeiras. Roni sempre festeja com a bandeira do Pará e voltou a fazer isso, mas curiosamente não mencionou a passagem inicial e fundamental pelo Remo no começo da carreira.

Ambos, cada um à sua maneira, falaram aos repórteres como evangélicos fervorosos deixando de lado a importância da conquista para louvações religiosas e citações a passagens da Bíblia. É como se, na visão dos atletas, o jogo fosse uma missão divina.

Religião é algo muito particular, mas sempre soa estranho quando alguém enaltece sua fé como se os demais times não pudessem ser dignos das mesmas bênçãos divinas. Enfim, coisas que o futebol brasileiro passou a incorporar desde que lá atrás surgiram os chamados “atletas de Cristo”.

(Coluna publicada na edição do Bola desta segunda-feira, 29)

Bastidores do rock

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Radiohead, em Nova York. 1997

Foto: Danny Clinch

Para corações fortes

POR GERSON NOGUEIRA

Remo 3×0 Manaus-AM (Neto Pessoa, Erick Flores e Thiago Ennes)

Fazia tempo que uma decisão não mexia tanto com o emocional da torcida remista. O Fenômeno Azul passou a semana inteira preocupado com o jogo deste domingo contra o Confiança, no Baenão. A ansiedade não arrefece nem mesmo com a vantagem de poder jogar sem precisar de combinações de outros resultados.

O CRB derrotou o Vitória, na segunda-feira (22), deixando o caminho livre para o Remo resolver sua situação na Série B com uma vitória simples hoje sobre o alviceleste sergipano. É um trunfo importante, que Londrina e Vitória não têm.

Apesar das circunstâncias que favorecem os sonhos de permanência, há no imaginário do torcedor o justificado receio de uma recaída técnica, sentimento motivado pela fase cambaleante do time nas últimas 10 rodadas. Foram sete derrotas, apenas uma vitória e dois empates.

O time se tornou inconfiável a partir da insistência do técnico Felipe Conceição, que se manteve agarrado a um modelo de jogo que não tinha as peças necessárias para funcionar. A teimosia se estendeu a nomes que atravessavam fase técnica insatisfatória. Artur é o exemplo mais óbvio.

Felipe caiu acreditando na proposta de jogar com um meio-campo aberto, propondo jogadas e controlando a posse de bola. Nessas rodadas que causaram a queda vertiginosa do time raras vezes a proposta se mostrou exequível. Em alguns momentos, como diante do Brusque, lampejos deram a falsa impressão de uma recuperação.

A vitória contra o Cruzeiro, importantíssima por permitir superar a faixa dos 40 pontos, não teve a sequência esperada. Na rodada seguinte, o time afundou em casa contra o Londrina, um adversário direto. Resquícios desse descompasso se estenderam à estreia de Eduardo Baptista contra o Goiás. Outro erro individual comprometeu a atuação.

Como a partida de hoje representa a chance de permanência, tudo o que ocorreu no período recente fica em segundo plano. A parte psicológica, que tanto influiu no rendimento oscilante da equipe, parece estar sob controle. Os nervos funcionam bem desde que o time titular bateu o Manaus, com autoridade, pela Copa Verde na quarta-feira.

Com o Baenão cheio, tudo o que o Remo precisa é de alma para responder aos anseios da torcida e sangue frio para definir o jogo. Nesse aspecto, o papel dos líderes do elenco – Erick Flores, Felipe Gedoz, Lucas Siqueira e Vinícius – torna-se crucial para conquistar o resultado tão esperado.

Despedida de Galvão fecha ciclo no Águia

Em vídeo divulgado na quinta-feira (25), João Galvão comunicou que está se afastando de suas funções no Águia de Marabá. Deixa o comando técnico e a função de diretor de futebol. Cumpriu o prometido à família em conversas que vinham ocorrendo nos últimos anos.

São mais de 14 anos ininterruptos cuidando do futebol do Águia, como quem cuida de um filho. Na verdade, Galvão tem ainda mais tempo acumulado de dedicação ao clube. Chegou em 1999 ainda como atleta.

Depois de tanto tempo de casa, chegou a hora de bater em retirada. Não deve ter sido uma decisão fácil. Galvão se identifica tanto com a história do clube que, em muitos momentos, era praticamente impossível lembrar o nome do presidente, pois a figura do técnico prevalecia.

O desgaste natural da gestão contribuiu para o desenlace. O Águia passa por mudanças e Galvão tem a humildade de reconhecer que o processo passa necessariamente pelo comando técnico, que ele sempre exerceu com absoluta autonomia.

Os próximos passos irão dizer se o Águia consegue mesmo caminhar bem sem a presença de seu maior entusiasta e obreiro.

Bola na Torre

Guilherme Guerreiro apresenta o programa, a partir das 19h15, na RBATV, com a participação de Giuseppe Tommaso e deste escriba baionense. Em pauta, a rodada final da Série B e a expectativa para o clássico Re-Pa nas semifinais da Copa Verde. A edição é de Lourdes Cézar.

Grêmio prova que dinheiro não compra felicidade

Clube brasileiro com o maior superávit financeiro nos últimos dois anos, o Grêmio atravessa hoje um verdadeiro calvário na Série A, ameaçadíssimo de rebaixamento após uma campanha pífia – perdeu 19 jogos até agora, um recorde na competição.  

Os milhões da receita do clube têm a ver com uma gestão segura e controlada, que não sofre – como várias outras agremiações – abalos nem mesmo quando há alternância de poder. Por essa razão, o Grêmio não tem dívidas descontroladas e hoje ostenta balancetes mais lucrativos do que Flamengo, Palmeiras e Atlético-MG, por exemplo.

Em relação aos rivais que mais se destacam no cenário nacional, tem a vantagem de basear sua solidez econômica em recursos próprios, turbinados por transferências lucrativas e parcerias poderosas. Mais que os outros grandes, o Grêmio sabe a origem do dinheiro que entra.

Nada disso, porém, impediu que o elenco milionário, com direito a estrelas de nível internacional – Rafinha, Douglas Costa –, entrasse em parafuso e desabasse no campeonato, situação agravada com a saída do técnico Renato Gaúcho.

Em antepenúltimo lugar, o Grêmio vive a situação esdrúxula do time que tem recursos, mas não consegue dar liga em campo. O cenário é tão inusitado que fica difícil explicar a derrocada, pois a maioria dos times caem em função de problemas técnicos aliados a graves aperreios financeiros. 

(Coluna publicada na edição do Bola deste domingo, 28)

Mídia tem a responsabilidade de uma eleição limpa ou responderá por desastre inimaginável

Por Janio de Freitas, na Folha de S. Paulo

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A viagem de Lula à Europa proporcionou, pelo avesso, o mais desalentador prenúncio da disputa eleitoral do próximo ano. Foi preciso que leitores e espectadores esbravejassem com suspeições, para que o noticiário dos principais diários e emissoras incluísse o assunto de inegável relevância política e jornalística.

Era passada já uma semana desde o início, dia 11, da viagem a convite da Fundação Friedrich Ebert e do SPD, partido do futuro primeiro-ministro da Alemanha.

Componente não menos sugestivo no silêncio veio a ser o seu encerramento também coincidente, na data, entre as diferentes vias de noticiário.

Quase uma informação involuntária de coincidências em tudo combinadas. Sobretudo tendo em vista os tantos grupos de influência, os de sempre e vários recentes, já ativos para a decisão eleitoral (a estabilização temporária de Bolsonaro liberou-os do trabalho de sustentá-lo).

O histórico da chamada mídia brasileira a iguala aos militares na adoção funcional de um papel político, de dirigismo suprainstitucional e supraconstitucional.

A modernização técnica do jornalismo reduziu, mas não conseguiu extirpar, a função político-ideológica que originou a velha imprensa.

Não se trata da definição por linha política ou por candidatura, que podem ser legítimas se transparentes e éticas, mas de práticas manipuladoras da consciência e da conduta dos cidadãos. Nesse atraso, empresários do meio são a força impositiva, mas são jornalistas os seus operadores.

Como em relação aos militares, e dados os antecedentes numerosos, uma razão de estranhamento na mídia mexe com as expectativas e acende os temores.

O boicote recente não teve maior consequência, porque o noticiário restabeleceu o básico do omitido e apesar de algumas torções inconformadas.

A exemplo da atribuição à hostilidade mútua de Macron e Bolsonaro a recepção especial a Lula na França.

Ou restringir o aplauso de um plenário amplamente em pé, no Parlamento Europeu, aos deputados da esquerda.

O mundo nunca abandonou suas reservas ao escândalo acusatório produzido pela associação de Lava Jato e imprensa/TV.

Mesmo nos Estados Unidos, onde Sergio Moro e Deltan Dallagnol tinham ou têm ligações, o noticiário foi cauteloso em referência a Lula — não quanto à Petrobras e às empreiteiras.

Americanos, e europeus atuais em menores doses, sempre são parte do que se passa e como se passa na América Latina.

Atuam mais por seus interesses do que os nossos países o fazem pelos próprios.

Com Bolsonaro e Moro, coadjuvados por Ciro Gomes, a disputa pelo voto não será política. Será bélica, entre os três e deles contra os demais.

Para pesar do jornalismo, a mal denominada mídia é a mais eficaz arma nesse gênero de guerra.

Quando quer sê-lo.

O pós-ditadura já sofreu várias dessas transfigurações antidemocracia, com fins não só eleitorais, praticadas tanto pelo conjunto, como por um ou poucos componentes da comunicação social.

Seu êxito, em todas as suas ocorrências, levando a péssimos resultados para a vida institucional, política e econômica do país.

Razão de alguns pedidos tardios de desculpas e de promessas ainda em suspenso.

O ocorrido nos últimos dias contém um prenúncio pesado e também este indicativo promissor.

O erro foi reconhecido e encerrado.

Conduta rara, senão única.

E, curioso, a Folha e O Globo tiveram a correção de publicar cartas, uma em cada um, de leitores indignados com o boicote percebido.

Não parece, mas, na imprensa tão soberba, foi um fato histórico.

Jornais e tevês, e seus proprietários, dirigentes e jornalistas, estão diante da responsabilidade por uma eleição presidencial limpa.

Ou o serão por um desastre institucional e social sem mais possibilidade, desta vez, de recuperação em tempo imaginável.


O tri da Libertadores palmeirense na bola e no coração

Por Juca Kfouri, no UOL

6 minutos no Estádio Centenário mais rubro-negro que alviverde. O Palmeiras parece mais nervoso e o Flamengo mais ofensivo. Então, Gustavo Gómez estica a bola para Mayke que vai ao fundo para cruzar e Raphael Veiga aproveitar e fazer 1 a 0, por baixo de Diego Alves.

Abel Ferreira teve a coragem de escalar Gustavo Scarpa e deixar Felipe Melo no banco.

O Palmeiras se defendia muito bem e atacava com mais perigo que o Flamengo, incapaz de levar perigo ao gol de Weverton. Filipe Luís se machucou e Renê entrou, aos 30′. O Verdão era senhor do jogo como determinação e imposição física.

Só aos 42′ o Flamengo teve chance real de empatar, quando Weverton evitou o gol de Arrascaeta. A sensação era a de que os paulistas foram a Montevidéu a trabalho e os cariocas a passeio.

Como Breno Lopes, na final passada, o improvável Mayke era decisivo ao dar o passe para o gol. O rubro-negro otimista confiava na virada como em 2019 contra o River Plate. E em Michael.

O alviverde realista acreditava na capacidade da defesa que ninguém passa e na bola que Danilo estava jogando, por ele e por Felipe Melo. Em dois minutos iniciais do segundo tempo, por duas vezes, Gabigol teve a chance do empate. Mas Michael seguia no banco.

O Flamengo parecia ter acordado. Rony respondeu em seguida para bela defesa de Diego Alves. Aos 55′ foi a vez de Weverton tirar o doce dos pés de David Luiz.

O jogo era digno da decisão. Muito bom mesmo! Aos 59′, Bruno Henrique, tirou lasca da trave, de cabeça. Aos 62′, Michael no lugar de Everton Ribeiro. O baiano Danilo, 20 anos, um gigante, teve de sair aos 68′, trocado por Patrick de Paula, 22.

Então, Arrascaeta, outro gigante, trocou passe com Gabigol e o artilheiro empatou 1 a 1, aos 72′, ao bater rente à trave e Weverton não conseguiu defender.

Pelo segundo tempo era justo, porque o Palmeiras aceitou demais o domínio flamenguista. Imediatamente Wesley entrou em lugar de Dudu, para surpresa geral, e Matheuzinho substituiu Isla, para surpresa de ninguém.

O Flamengo não poderia trocar mais ninguém e Daniel Barbosa entrou no lugar de Zé Rafael, esgotado Se houver prorrogação será difícil que 22 jogadores a terminem.

Aos 85′, o inacreditável: Arrascaeta descobriu Michael na área e deu a virada de presente, mas ele a jogou para fora, no primeiro gol verdadeiramente perdido da decisão. Com o que, veio a prorrogação. Era quase desumano e era inteiramente sobre-humano.

Deyverson e Kenedy nos lugares de Raphael Veiga e Bruno Henrique, nos dois ataques.

E aos 94′, Andreas Pereira resolveu presentear Deyverson e o palmeirense agradeceu para fazer 2 a 1. Coisa de louco. Andreas tropicou na grama, perdeu o tempo de uma bola dominada e permitiu o desarme de maneira estarrecedora.

Ninguém merecia errar desse jeito, mas é a vida. Gabigol teve a possibilidade de empatar em seguida, mas mandou por cima. E vieram os 15 minutos finais da prorrogação.

Com eles vieram, de cara, Gabriel Menino, no lugar de Mayke e, depois, aos 110′, Vitinho e Pedro, nos lugares de Arrascaeta e Andreas Pereira. Felipe Melo, para cumprir a palavra de Abel Ferreira, foi para o jogo, aos 112′, no lugar de Piquerez, de maca.

No 10° jogo da escrita, o Palmeiras derrotava o Flamengo no jogo mais importante da série para ser tricampeão da Libertadores.

E sem contestação.