A frase do dia

“Não sou PT. É da biografia de um Lula ou Dilma que brotam meu respeito. É a soma do pensamento humano revelado na defesa dos explorados, negros, índios, homossexuais (ou tudo isso ao mesmo tempo) que me sensibilizam.”

Armando Coelho Neto, ex-delegado da PF

A história por trás do Calendário Beatle de 1964

O sucesso do calendário retrô dos Beatles, acessado por mais de 1.100 internautas dede que foi postado aqui no blog, mostra o quanto a maior banda de todos os tempos ainda é reverenciada. O calendário é de 1964 (ano bissexto), mas pode ser utilizado em 2020 pela coincidência dos dias da semana, fases da lua e feriados.

Fotos de John Lennon, George Harrison, Ringo Starr e Paul McCartney em diferentes poses estrelam a folhinha. Além de calendários, a imagem dos Beatles estampava roupas, chaveiros, toalhas, copos e relógios, dentre outros itens.

Em 1964, o grupo de Liverpool dominava a cena musical, com vários hits em primeiro lugar na paradas de sucesso de todo o mundo. Em fevereiro daquele ano, os Beatles desembarcaram no Aeroporto JFK, em Nova York.

Na agenda, uma aparição no programa “The Ed Sullivan Show”, transmitida para uma audiência estimada em 73 milhões de pessoas. Foram realizados shows no Washington Coliseum (no dia 11 de fevereiro) e no Carnegie Hall em Nova York no dia seguinte.

No dia 2 de março, começaram as gravações do filme “A Hard Days Night” (“Os Reis do Iê-Iê-Iê”) . E, em junho, começa a primeira turnê mundial dos Beatles, logo após a excursão pelo Reino Unido.

Papão reforça o ataque

POR GERSON NOGUEIRA

Saiu o nome do sétimo reforço do PSC para o Campeonato Estadual: Uilliam Barros, 25 anos, que brilhou no Sampaio Corrêa na temporada 2018. É o segundo atacante anunciado pelo clube. O primeiro foi Deivid Souza, cuja aquisição geou alguma desconfiança porque o jogado marcou apenas três gols nos últimos 12 meses.

Vem credenciado principalmente pela boa campanha no Sampaio, pois a passagem pelo Operário-PR no ano passado ficou aquém do esperado. Marcou apenas dois gols em 18 partidas na Série B.

Apesar de jogador preferencialmente centralizado, Uilliam também joga pelos lados do campo. Foi aproveitado em funções de aproximação pelo Operário. Na ficha técnica divulgada pelo PSC, o jogador foi titular em 65 partidas das 108 que disputou desde 2017. A minutagem, tão ao gosto dos analistas de desempenho, é satisfatória: jogou 6.595 minutos.

Pode ser aproveitado pelos lados do campo, caso Hélio dos Anjos resolva experimentar uma opção de força pela direita. Chega para brigar pelo comando do ataque, posição na qual o PSC apresenta carência desde que Cassiano deixou o clube em 2018. Nicolas tem atuado como centroavante por absoluta falta de alternativas no elenco.

Nas atuações do time em 2020 – amistoso diante da seleção de Barcarena (4 a 0) e contra o Itupiranga (3 a 1) na rodada de abertura do Parazão –, a dificuldade de funcionamento do ataque ficou evidenciada na baixa produção dos homens do setor: dos sete gols, apenas um foi marcado por atacante de ofício (Nicolas).

Tem sido assim desde a campanha na Série C do ano passado, fato que certamente deve incomodar Hélio dos Anjos. São poucas as opções para variações ofensivas. Além de Nicolas, o elenco conta com Elielton, Vinícius Leite, Deivid Souza, Bruce e agora Uilliam.

Para disputar o Parazão, o clube deve contratar mais um jogador de criação, um volante e um lateral-direito. O ataque, ao que parece, está fechado para as competições iniciais da temporada.

Com dinheiro curto, clubes ficam mais responsáveis

Com a honrosa exceção do Flamengo, que nada em dinheiro e anuncia todo dia uma nova contratação, os demais clubes brasileiros amargam uma séria crise financeira deste começo de temporada no mercado da bola. Depois de maus passos, gastanças absurdas e projetos fracassados (como o do Cruzeiro), prevalece a da austeridade forçada pelas circunstâncias.

Nem mesmo o Palmeiras, que foi o clube mais perdulário de 2018 contratando a rodo, respaldado pelo suporte do patrocinador (uma empresa da área financeira), tem sido tão ousado neste ano.

É cada vez menos frequente o anúncio bombástico de contratações, como o Flamengo fez com Arrascaeta, Rafinha e Gabigol no ano passado. Ou quando o Palmeiras repatriou Ricardo Goulart e o São Paulo fez uma grande festa para apresentar Daniel Alves.

Os erros seguidos com nomes tidos como apostas certeiras parecem ter mudado o foco. O próprio Ricardo Goulart foi um tiro no pé, com alta perda financeira para o Palmeiras. Lucas Lima já havia sido um projeto fracassado.

Levantamento da CBF mostra que os clube da Primeira Divisão contrataram até agora 173 jogadores, 70 a menos que no alvorecer de 2019. Se a pesquisa for mais filtrada, descobre-se que os 12 grandes clubes só anunciaram 42 reforços, contra 106 no ano passado.

O processo de retração tem a ver com a própria movimentação financeira dos clubes, quase sem alternativas extras de faturamento e com receitas de TV comprometidas, salvo exceções como Grêmio, Palmeiras e Flamengo. Não há no horizonte nenhum cenário que faça crer numa reviravolta a essa altura, o que deixa claro que o Brasileiro deste ano será bem menos recheado de atrações.

Curiosamente, vem do rebaixado Cruzeiro a alternativa para suprir carências de outros clubes. O Grêmio – que negociou Luan com o Corinthians –, está prestes a anunciar o problemático Thiago Neves, a pedido do técnico Renato Gaúcho.

A estiagem é tão acentuada que a principal badalação de momento é a possível transferência de Rony para o Palmeiras. As negociações avançam e o Athletico-PR já não parece contar com o atacante paraense.

O fato óbvio é que não há dinheiro para investimento de risco, como no passado recente. Só quem arrisca neste momento é o Flamengo, capaz de montar um time B tão ou mais competitivo que a melhor formação dos principais adversários.

Por outro lado, a falta de recursos faz com que os dirigentes sejam mais responsáveis na hora de fechar negócios. Impensável imaginar, por exemplo, que o Palmeiras volte a abrir o cofre como fez para contratar Lucas Lima ou o São Paulo se meta a torrar dinheiro como quando resgatou Alexandre Pato.

O peso da depressão no competitivo mundo do futebol

A notícia repercutiu no final da tarde de ontem. O atacante Paquetá foi submetido a exames cardiológicos depois do jogo do Milan contra a Udinese, vencido pelo time de Milão por 3×2. O jogador sentiu dores no peito e foi imediatamente conduzido a uma clínica. Os resultados não mostraram problemas de natureza cardiológica, mas um quadro de muita ansiedade, beirando a depressão, segundo os médicos do clube.

Paquetá vem muito pressionado com a falta de gols e a recente chegada de Ibrahimovic, um ídolo da torcida do Milan que foi recontratado para resolver justamente o problema do ataque. Há quem relativize a depressão, no futebol e fora dele, mas é um problema que aflige muitos atletas e já destruiu inúmeras carreiras.

Pedrinho, do Vasco, e Adriano Imperado são exemplos conhecidos e que não podem ser negligenciados.

(Coluna publicada na edição do Bola desta quinta-feira, 23)

Lula publica artigo em defesa de Glenn no ‘Washington Post’

O Washington Post, periódico estadunidense que é considerado um dos mais importantes jornais do mundo, publicou em seu site com destaque, no início da noite desta quarta-feira (22), um artigo do ex-presidente Lula em que ele denuncia a perseguição contra o jornalista Glenn Greenwald, alvo de uma denúncia do Ministério Público Federal na última terça-feira (21).

O jornal em que o artigo foi publicado não poderia ser mais apropriado: foi o Washington Post que publicou, na década de 70, a famosa série de reportagens que ficou conhecida como “Caso Watergate”.

Assim como na série capitaneada por Greenwald, a Vaza Jato, as matérias do Post, assinadas pelos repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein, se baseavam em documentos e mensagens secretas, obtidas através de uma fonte anônima, o “garganta profunda”, que revelavam que o presidente à época, Richard Nixon, utilizou dinheiro não declarado para espionar os adversários e obter vantagens em sua campanha. O escândalo levou Nixon à renúncia, em 1974.

Lula, inclusive, começa seu artigo no jornal fazendo referência ao Caso Watergate. “Imagine como a história americana se desenrolaria se, na década de 1970, se membros da sociedade civil e autoridades estivessem mais preocupados em atacar e investigar Carl Bernstein e Bob Woodward do que em procurar a verdade sobre o escândalo de Watergate. Se o Congresso e o FBI decidissem investigar os repórteres do Post e suas fontes, e não as irregularidades do Partido Republicano”, escreve o ex-presidente na introdução do texto.

“Isso é análogo ao que está acontecendo hoje no Brasil, onde o jornalista Glenn Greenwald está sendo perseguido por suas atividades jornalísticas”, completa Lula.

Ao decorrer do artigo, Lula fala sobre a denúncia do MP contra Greenwald e chama a atenção para o fato de que o jornalista começou a ser perseguido desde que começou a publicar as primeiras reportagens da Vaza Jato, que mostram a atuação ilegal de procuradores e do ex-juiz Sérgio Moro na condução da operação Lava Jato. “As ações de Moro e dos promotores serviram para preparar o terreno para o meu julgamento injusto. A investigação de Greenwald foi fundamental para demonstrar como a Operação Lava Jato violou meus direitos legais e humanos”, pontua o petista.

Lula ainda contextualiza o histórico político do Brasil, lembrando do golpe que levou ao impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, antes de avançar na denúncia da perseguição contra Glenn e destacar o papel desempenhado pela mídia tradicional na cobertura do caso da Vaza Jato.

O ex-presidente citou até mesmo o caso do discurso nazista do ex-secretário de Cultura de Bolsonaro. “Com poucas exceções, a mídia brasileira tocou junto. A cobertura da poderosa da TV Globo concentra-se no inquérito da Polícia Federal para criminalizar as fontes e o próprio jornalista. Esse comportamento ridículo da mídia mudou o curso da história e contribuiu para a eleição de Bolsonaro, um líder de direita que, até recentemente, tinha um promotor do nazismo como secretário de cultura”, escreve.

Ao final, Lula sacramenta: “Greenwald é testemunha, repórter e agora também a mais recente vítima de um processo que está enfraquecendo a democracia brasileira”.

Justiça determina reabertura do inquérito sobre incêndios em Alter do Chão

A Justiça do Pará determinou que a Polícia Civil reabra a investigação sobre as queimadas em Alter do Chão, na região oeste do estado. A decisão determina que sejam ouvidas 13 testemunhas de defesa dos brigadistas indiciados no caso. O inquérito foi concluído e entregue à Justiça no dia 19 de dezembro do ano passado, com o indiciamento dos quatro brigadistas (foto) e de uma quinta pessoa que não fazia parte da Brigada de Combate a Incêndio de Alter do Chão.

A defesa dos acusados questionou o fato de que testemunhas, indicadas por ela, não foram ouvidas na fase de investigação. A decisão, tomada na terça-feira, 21, pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Santarém, Alexandre Rizzi, acolheu um pedido do Ministério Público do Pará (MPPA), que apontou as novas diligências como “imprescindíveis ao oferecimento de denúncia.” O pedido já havia sido feito pela defesa dos brigadistas, que criticou a negativa de acesso ao inquérito pela polícia.  

Na decisão, o juiz também determina que a polícia paraense encaminhe os laudos periciais solicitados para a Polícia Federal (PF), em Santarém. Para o Ministério Público Federal (MPF), o caso deveria ser investigado pela PF, não pela polícia civil. Segundo a investigação, os brigadistas seriam os responsáveis pelos incêndios, causados com objetivo de captar recursos de organizações internacionais. A versão é contestada pelos brigadistas e por entidades ligadas à proteção ambiental. 

Os quatro brigadistas chegaram a ser presos em novembro do ano passado por três dias, mas foram soltos após a repercussão negativa das detenções. O governo do Estado chegou a mudar o delegado do caso após o episódio. Uma investigação da PF apontou que grileiros seriam os suspeitos de atearem fogo na floresta para desmatamento. A área é alvo de disputa entre turismo e produtores de soja, o que gera grande tensão há anos. (Do UOL)

Aventuras do primeiro-irmão nos bastidores do governo

Por Moisés Mendes

Enquanto Bolsonaro procura a caixa preta do BNDES, o irmão dele se diverte com as caixas de todas as cores das verbas federais.

É a manchete da Folha online:

“Sem cargo público, irmão de Bolsonaro faz intermediação de verbas do governo federal”

Renato Bolsonaro viabilizou a liberação de ao menos R$ 110 milhões para prefeituras de São Paulo.

O comerciante Renato Bolsonaro, irmão do presidente da República, Jair Bolsonaro, tem atuado como mediador informal de demandas de prefeitos do estado de São Paulo interessados em verbas federais para obras e investimentos.

A Folha identificou a participação do irmão do presidente na liberação de dinheiro para ao menos quatro municípios do litoral e do Vale do Ribeira, região de origem da família Bolsonaro.

Sem cargo público, Renato participa de solenidades de anúncio de obras, assina como testemunha contratos de liberação de verbas, discursa e recebe agradecimentos públicos de prefeitos pela ajuda no contato com a gestão federal comandada pelo irmão.

Ao todo, após a atuação de Renato, foram mais de R$ 110 milhões repassados para construção de pontes, recapeamento asfáltico e investimento em centros de cultura e esportes nas cidades de São Vicente, Itaoca, Pariquera-Açu e Eldorado, município onde moram familiares do presidente.

A frase do dia

A decisão de Fux que suspende a lei do juiz de garantias era esperada. Ele não deixaria Moro na mão. Mas é de um atrevimento ímpar ao atropelar decisão de seu colega Presidente do STF. É a anarquia judicial inaugurada pela Lava Jato contaminando o Supremo”.

Wadih Damous, advogado e ex-deputado federal