Dentre a extensa filmografia nacional, para mim um filme merece relevante destaque. “Bye Bye Brasil”, a icônica película de Cacá Diegues, está a fazer quarenta anos, vez que, produzido em 1979, foi lançado ao público em fevereiro de 1980.
Para nós, paraenses, em particular, creio que a obra se reveste de maior significância, tendo em vista ter sido filmada em Belém, entre outras cidades brasileiras.
Por essa razão, considerando o quadragésimo aniversário do filme, tomei a iniciativa de produzir um vídeo-documento sobre esse premiado trabalho, que contou com o protagonismo de José Wilker (talvez a seu trabalho mais importante), acompanhado de Betty Faria, Fábio Júnior e Zaira Zambelli. Bye Bye Brasil está longe de ser apenas mais uma comédia.
O filme vai mais além ao apontar a imensa problemática social que aflige a nossa população humilde. Questões econômicas e sociais que perduram até hoje são habilmente exploradas pelo nordestino Cacá Diegues. Isso tudo, este humilde colaborador aborda nesse trabalho de vídeo em que, entremeado de imagens cinemáticas e estáticas,e da trilha sonora utilizada no filme, procura demonstrar ao público de hoje (século 21) as situações sofridas por que passam o povo brasileiro, que, infelizmente, estão longe de seu fim.
Um político anunciado como uma novidade, sem que na realidade o fosse. Um candidato que apelou à religiosidade, ao nacionalismo e que fez declarações alarmistas em relação ao perigo comunista.
O discurso moralista de que iria acabar com as mamatas estatais e implementar o liberalismo econômico salvador da pátria. A retórica verde-e-amarela e em defesa da família, da tradição e da propriedade privada.
Um político que fugiu dos debates na TV, que mentiu o tempo todo e ainda ofendeu a inteligência alheia ao associar a esquerda com o nazismo e o fascismo.
Um corrupto que contou com imenso apoio do empresariado, dos evangélicos, dos militares – que fizeram declarações duras e ameaçadoras de intervenção em caso de vitória da esquerda – e da grande imprensa (que recorreu a editoriais tendenciosos utilizando “o fugidio conceito de opinião pública para legitimar a própria opinião da empresa jornalística”).
Um representante de um partido nanico, um político despreparado que montou uma equipe repleta de desconhecidos e inexperientes ministros.
Soa familiar?
Pois não se trata de Jair Bolsonaro, e sim de Fernando Collor de Mello.
O livro “1989 – História da primeira eleição presidencial pós-ditadura”, de Cássio Augusto Guilherme (Paco Editorial), esmiúça o contexto social-político-econômico, as campanhas, os partidos e candidatos daquela que foi a primeira eleição depois de 29 anos de regime militar.
Em recente entrevista, Luis Fernando Veríssimo afirmou que “no Brasil a nostalgia é uma força política ainda a ser estudada”. Parece ser este o diagnóstico para que, trinta anos depois, o país tenha enveredado pelo mesmo caminho que terminou em desastre.
Se lançado em 2018, talvez o livro pudesse evitar que muita gente votasse em Bolsonaro. Quem desconhece história, está condenado a repeti-la. Os paralelos entre aquela eleição e o que ocorreu em 2018 povoam a mente do leitor durante toda a leitura, mesmo que o autor nunca faça isso.
Foi lá em 1989 que começou a patifaria de divulgar que o PT iria alterar as cores da bandeira nacional para o vermelho. Foi ali que as elites, associadas a uma imprensa venal, endossaram o discurso de que a classe média teria que dividir suas moradias com os comunistas comedores de criancinhas.
Como todo ‘mito’ é construído na base de mentiras cabeludas, Collor também teve sua mamadeira-de-piroca. Espalhando o boato de que Lula confiscaria a poupança dos brasileiros, injetou medo na população. Como num roteiro macabro, no dia seguinte à posse, Collor fez exatamente o que disse que Lula faria.
O confisco foi maldosamente combinado com Sarney antes deste deixar a presidência. Ele concedeu feriado bancário entre os dias 14 e 16 de março, abrangendo a posse no dia 15. Quem viveu, jamais esquecerá. A inflação tinha batido os 74% em fevereiro. Três dias de feriado bancário era algo impensável. Mas as medidas anunciadas pela equipe econômica enquanto os bancos estavam fechados (não existiam operações via internet), revelaram que o pesadelo era ainda pior.
O livro de Cássio Augusto Guilherme aborda todos os acontecimentos que envolveram aquela eleição: A entrada do aventureiro Silvio Santos faltando 15 dias para o primeiro turno, o empenho de Edir Macedo pelo candidato Collor, a imensidão de candidatos nanicos.
Mas se algo chama atenção na obra, é a atuação da imprensa contra a possibilidade de Lula ou Brizola serem eleitos.
Os editoriais repletos de preconceitos, as manchetes em letras garrafais com a grotesca chantagem do presidente da Fiesp afirmando que 800 mil empresários deixariam o país na hipótese de vitória de Lula, o endosso a mentiras e denúncias falsas como o caso Lubeca, a contratação de institutos de pesquisas pra lá de suspeitos.
Aborto, censura, invasões incendiárias do MST, terrorismo, guerrilheiros treinados em Cuba, o suspeitíssimo sequestro de Abílio Diniz. Os jornais (com protagonismo do Estadão, cujo editor era Augusto Nunes) descreviam um cenário de terror quando se referiam ao PT.
Até que veio o golpe final. E foi golpe. Até a Globo admitiu e já não é mais segredo para ninguém, mas o livro explicita como Roberto Marinho orientou a Boni de Oliveira a entrar em contato com a equipe de Collor a fim de colaborar com um melhor desempenho do candidato no derradeiro debate do segundo turno.
Todo o aparato global foi colocado à disposição de Collor (o editor Alberico Souza Cruz incluso).
Depois disso ocorreu a já famosa edição veiculada no Jornal Nacional, com tempo de exposição maior a Collor e uma manipulação vergonhosa. Collor, com valiosa ajuda do “Sergio Moro” da época, venceu.
O resto é história. E por isso mesmo deve ser estudada, lida, relida e transmitida.
É bom relembrar, inclusive, que o período militar nos legou uma inflação em patamares estratosféricos além de uma sensação generalizada de corrupção captada e prontamente utilizada como plataforma pelo ‘outsider’ Fernando Collor. Despreparado e falastrão, ele arruinou o país depois de ter quebrado o Estado de Alagoas devido seus conchavos com ruralistas.
Um membro do Ministério Público Federal, em busca de seus 15 minutos de fama, e de bajular os poderosos, passou por cima de decisão do STF e denunciou Glenn Greenwald pelo suposto crime de proteger sua fonte, obrigação de qualquer jornalista.
O que o bajulador, que aqui ficará anônimo para não atingir parte de seu objetivo, não percebe é que sua “denúncia” apenas comprova novamente o que já se sabia: a veracidade das informações publicadas pelo The Intercept Brasil, e pelos veículos que a ele se associaram, para desmascarar a farsa da justiceira República de Curitiba.
Como também se sabe, os prêmio Pulitzer e Oscar de Greenwald incomodam muita gente, do presidente da República, passando por seu ministro da Justiça, ao jornalismo sem caráter, vendido aos poderosos. (Do Blog de Juca Kfouri)
O advogado Augusto de Arruda Botelho, fundador do Instituto Direito de Defesa (IDDD) e conselheiro da Human Rights Watch, criticou a ação do procurador do Wellington Oliveira, pró-Moro, contra o jornalista Glenn Greenwald. Para ele, a denúncia apresentada pelo MPF é “absurda” e deve ser rechaçada. “Eu não costumo me manifestar sobre questões jurídicas sem ler o tema. Agora já li a denúncia contra o Glenn Greenwald, posso afirmar com todas as letras: É UM ABSURDO”, disse Botelho.
O advogado ainda declarou que repudiar a ação é um “dever cívico” de toda pessoa que se reconhece como democrata. “Toda pessoa que se diz democrata, seja de esquerda, centro, o que for, tem o dever cívico de repudiar esse ato”, afirmou.
Em nota publicada nesta tarde, o The Intercept considerou que o MP adotou um papel “claramente político” e denunciou uma tentativa de cerceamento de liberdade de expressão. “Nós do Intercept vemos nessa ação uma tentativa de criminalizar não somente o nosso trabalho, mas de todo o jornalismo brasileiro. Não existe democracia sem jornalismo crítico e livre. A sociedade brasileira não pode aceitar abusos de poder como esse”, disse o veículo.
Líderes políticos criticam MPF
A notícia de que o Ministério Público Federal (MPF) havia apresentado denúncia contra o cofundador do site The Intercept Brasil, Glenn Greenwald, pegou congressistas de surpresa nesta terça-feira (21). Mesmo ser investigado, o MPF alegou a suposta ligação do jornalista com hackers que invadiram o celulares de diversas autoridades, entre elas o ministro da Justiça, Sérgio Moro. Em pouco tempo, as redes foram inundadas por comentários sobre o assunto.
“Essa denúncia do MPF em Brasília não atinge só o Glenn Greenwald. Agride frontalmente a liberdade de imprensa. Um absurdo a mais nesse enredo de abusos autoritários. Nosso repúdio!”, declarou o vice-líder do PCdoB, deputado federal, Márcio Jerry (MA).
Manuela d’Ávila (PCdoB), candidata a vice na chapa com Fernando Haddad (PT) nas eleições de 2018, cujo nome chegou a ser envolvido no escândalo que culminou na prisão dos supostos hackers, aproveitou as redes sociais para externar seu apoio. “Minha total solidariedade ao jornalista Gleen Greenwald diante da denúncia do MPF. A Polícia Federal, após longa investigação, declarou que Glenn não cometeu nenhum crime e que agiu com muita cautela. Estamos diante de um forte ataque à liberdade de imprensa!”
Também em solidariedade ao jornalismo americano, o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, chegou a afirmar que a acusação feria os preceitos básicos da profissão. “A denúncia contra Glenn Greenwald é um atentado à liberdade de expressão e ao direito ao sigilo da fonte. A Justiça deveria se preocupar com um juiz que cometeu crimes ao investigar adversários políticos, não em perseguir jornalistas. Nossa solidariedade a Glenn Greenwald”.
Presidenciável, Ciro Gomes (PDT) considerou estapafúrdia a decisão do MPF e reforçou a importância do jornalismo para garantir a democracia. “Sem pé nem cabeça esta denúncia contra o jornalista Glenn Greenwald. O jornalismo é tarefa essencial à democracia e às liberdades individuais e públicas. O que Glenn fez foi o mais genuíno jornalismo”, defendeu.
Deputada federal eleita pelo PT-DF, Érika Kokay disse que o caso é uma clara perseguição ao trabalho desenvolvido pelo Intercept. “Em ato de perseguição, MPF denuncia Glenn Greenwald e mais seis por ‘invasão de celulares de autoridades’. Trata-se de uma absurda tentativa de intimidação do trabalho jornalístico do The Intercept Brasil, que revelou ao Brasil e ao mundo os crimes da Lava Jato!”, comentou.
Também petista, deputado Rogério Correia (MG) mencionou a proximidade entre o promotor responsável pela denuncia Glenn Greenwald e Sérgio Moro. “Wellington Divino, o procurador que assina a denúncia, é aliado de Moro, persegue o ex-presidente Lula há anos e, ultimamente, também o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz”.
“Brasil, 2020. Um jornalista vencedor do Pulitzer é perseguido por um procurador como vendetta pelo seu trabalho que expôs os métodos corruptos de um juiz e de outros procuradores criminosos. A máfia da #LavaJato está por trás do indiciamento de Glenn Greenwald”.Paulo Pimenta
“O melhor repórter brasileiro é um americano que ama e sai em defesa do Brasil. O ditador e seus lambaios, que nos subjugam aos EUA, não podem admitir um caso de amor como esse”. Palmério Dória
“Minha solidariedade ao jornalista @ggreenwald, vítima de mais um evidente abuso de autoridade contra a liberdade de imprensa e a democracia”. Lula
“Desde o GOLPE contra Dilma não existe mais estado de direito no Brasil. Qualquer um pode a qualquer momento ser vítima da ditadura togada que se instalou aqui”.Cynara Menezes
“À primeira vista esse enquadramento do jornalista americano é muito, mas muito estranho. Parece que estamos beirando o precipício da intolerância autoritária. Para muita gente até cheira a perseguição. No episódio, gostasse ou não, ele atuou jornalisticamente de maneira absolutamente profissional”. Boris Casoy
“FARSA A JATO/ DESMORALIZADA O procurador da República Wellington Divino Marques de Oliveira, que assina a denúncia contra os hackers da Lava Jato e incluiu perseguição ao jornalista Glenn Greenwald, é o mesmo que denunciou o presidente da OAB por calúnia contra Sergio Moro”. Rogério Correia
“A denúncia contra o jornalista @ggreenwald é uma ameaça à liberdade de imprensa. Jornalismo não é crime. Sem jornalismo livre não há democracia”. Rodrigo Maia
O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira (21) a criação do Conselho da Amazônia, projeto que será vinculado à vice-presidência e que teria caráter interministerial com ações de combate ao desmatamento no bioma. No entanto, plano com a mesma estrutura e objetivo operava no país desde 2004, mas foi descontinuado por Ricardo Salles no ministério do Meio Ambiente.
Trata-se do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), criado em 2004 e que estaria, hoje, em sua quarta fase. No entanto, assim que Salles assumiu a pasta do Meio Ambiente, extinguiu ao menos 23 colegiados do ministério, incluindo a secretaria responsável pelo projeto. Na época, especialistas denunciaram a atitude como um forte indício de descontinuidade do programa.
“Determinei a criação do Conselho da Amazônia, a ser coordenado pelo Vice Presidente @GeneralMourao, utilizando sua própria estrutura, e que terá por objetivo coordenar as diversas ações em cada ministério voltadas p/ a proteção, defesa e desenvolvimento sustentável da Amazônia”, escreveu Bolsonaro.
Na descrição do PPCDAm no portal do ministério do Meio Ambiente, consta objetivos semelhantes. “O PPCDAm tem como objetivos reduzir de forma contínua e consistente o desmatamento e criar as condições para se estabelecer um modelo de desenvolvimento sustentável na Amazônia”, diz. “A execução do Plano conta com ações de mais de uma dezena de Ministérios”, consta em outro trecho.
A expectativa do programa era uma redução de 80% no desmatamento do bioma de 2006 até 2020, com menos de 4 mil hectares destruídos neste ano. No entanto, a tendência aponta outros resultados: de agosto de 2018 a julho de 2019, o bioma enfrentou um aumento de 30% de desmatamento, o que corresponde a quase 10 mil hectares de floresta.
Atenção aos fatos, o que direi a seguir ocorre um dia após a infame presença (ou ausência) do ministro Sérgio Moro no programa Roda Viva. O mesmo Procurador da República que denunciou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) por suposta calúnia, pedindo inclusive seu afastamento, agora denuncia o jornalista Glenn Greenwald, mesmo este não sendo investigado na operação spoofing.
O procurador entendeu que o jornalista fundador do site The Intercept Brasil orientou o grupo de hackers a apagar mensagens, resumindo: Glenn está sendo denunciado por orientar os informantes a garantir o sigilo de fonte.
Uma afronta direta aos princípios jornalísticos e de liberdade de expressão. O que infelizmente não é nenhuma novidade tendo em vista a forma grosseira e hostil que o presidente da República Jair Bolsonaro trata os jornalistas que trabalhem sem viés ideológico.
O Ministério Público inclusive usa para embasar a denúncia, um áudio que a Polícia Federal já havia descartado como prova.
Vale lembrar também que a denúncia vem um dia após o portal The Intercept mostrar as relações promiscuas entre os poderes público e privado por meio do site O Antagonista e Deltan Dallagnol que buscavam interferir diretamente na política brasileira.
O MPF, na figura do procurador Wellington Oliveira, está claramente criminalizando o jornalismo e o exercício da profissão como um todo. E o pior que ainda muitos supostos jornalistas irão aplaudir a o episódio. Assim como o gado que euforicamente pede autógrafos de um açougueiro.
Quem estava na expectativa da estreia do PSC no campeonato, acabou aplaudindo a atuação do arisco Quadrado, jovem atacante do Itupiranga que fez um gol e teve outro desmarcado erroneamente, aplicou vários dribles e terminou como o destaque da noite na Curuzu.
A estreia do PSC foi satisfatória quanto ao resultado – vitória por 3 a 1 –, mas menos tranquila do que faz supor o placar. Com insegurança na linha de defesa e desentrosamento no meio, o time teve que superar algumas dificuldades para construir a vantagem.
O primeiro gol nasceu de manobra individual de Alex Maranhão, logo aos 8 minutos. O meia-armador apanhou uma bola na intermediária, girou na frente do marcador e mandou um chute forte no canto esquerdo. O goleiro Redson estava bem posicionado, mas a bola passou.
Quadrado era o mais agudo do Itupiranga, em escapadas pelo lado direito. Aos 10’, pegou bola esticada à frente da área, avançou e quase na linha de fundo entortou o zagueiro Perema com finta curta, antes de chutar sem chance de defesa para Gabriel Leite. Foi o gol mais bonito da noite.
Estava claro que o confronto estava ganhando um personagem improvável. Mesmo sem ter com quem tramar lances mais elaborados e dependendo de raros lançamentos, Quadrado sempre levava a melhor quando ficava frente a frente com os defensores do Papão.
O problema do Itupiranga é que o goleiro Redson estava pouco inspirado e voltou a falhar aos 11’, espalmando mal uma cobrança de escanteio. A bola caiu nos pés do volante Caíque, que bateu firme para desempatar. Elielton e Nicolas tiveram boas chances para ampliar, mas erraram o alvo.
Ainda no 1º tempo, mesmo com um a menos (Tárcio foi expulso), o Itupiranga incomodou em dois lances. Aos 27’, um cabeceio de Gustavo no ângulo direito da trave do PSC foi bem defendido pelo goleiro Gabriel Leite. Aos 43’, Quadrado foi ao fundo e cruzou para a entrada da pequena área. Kaíque finalizou e a zaga salvou em cima da linha.
O Papão voltou para o 2º tempo animado com a vantagem no placar e empurrado pelos 11 mil torcedores presentes à Curuzu. O Itupiranga perdia o jogo, mas se recusava a ficar apenas se resguardando. Gustavo, Hatos, Tairon e Quadrado seguiam atacando e buscando o empate. Atrás, porém, o time sofria com erros seguidos na saída de bola.
A movimentação de Vinícius Leite, Collaço, Nicolas e Elielton criava constantes problemas para a última linha do Itupiranga. Nicolas, mesmo sem brilhar, contribuía na troca de passes junto à área, ajudando Alex Maranhão na elaboração as jogadas.
Aos 9 minutos, Quadrado se livra da marcação e dispara em direção ao gol, obrigando o goleiro do PSC a defender em dois tempos. Aos 16’, um erro da arbitragem propiciou o terceiro gol. Caíque, adiantado, aproveitou bola cruzada por Bruno Collaço e desviou para as redes.
O PSC vencia folgadamente, mas a partida continuava nervosa, em função dos muitos erros de passe dos dois lados. Aos 22’, Tairon bateu falta no canto direito. Em boa intervenção, Gabriel Leite espalmou e afastou o perigo. Elielton saiu para a entrada do estreante Deivid.
Quadrado continuava plugado. Aos 28’, foi parado com falta dura por Perema, que levou amarelo. Na sequência, foi lançado entre os zagueiros, ele driblou o goleiro e tocou rasteiro. A bola entrou, mas o gol não valeu. O bandeirinha viu impedimento, embora a posição do atacante fosse legal.
Aos 33’, Quadrado apareceu de novo. Driblou dois e tocou para Serafim, que bateu no canto. Gabriel fez boa defesa. O PSC já não pressionava como antes e o Itupiranga insistia em busca do 2º gol, que só não veio porque Tairon perdeu aos 46’ um pênalti que ele mesmo cavou. Gabriel defendeu e a galera explodiu em festa com a estreia vitoriosa. (Fotos: Jorge Luiz/Ascom PSC)
Volante reabilitado e um azarão que não foge à luta
Os erros de arbitragem quase estragaram o jogo, mas a aplicação dos times e a busca incessante pelo gol tornaram o confronto bastante interessante. Mesmo ainda se ressentindo de maior entrosamento, o Papão jogou de um jeito que agrada o torcedor. Atacou insistentemente e foi objetivo no aproveitamento das chances e acabou recompensado com a vitória.
O Itupiranga, visto como azarão, superou as limitações defensivas e construiu várias situações incômodas para os donos da casa. O posicionamento sempre ofensivo da equipe do técnico Vando surpreendeu positivamente,
Do lado do Papão, o volante Caíque Oliveira, marcado pela cobrança gaiata daquele pênalti na decisão da Copa Verde, saiu como herói e artilheiro da noite. Marcou duas vezes, apoiou o ataque e participou bem das ações defensivas. Foi aplaudido merecidamente quando deixou o campo, lesionado, na metade do 2º tempo.
Quadrado brilhou intensamente, dando pinta de que pode vir a ser a principal revelação do Parazão. Tairon, Kaíque e Raimundo apareceram bem no Itupiranga, que teve como destaque negativo o goleiro Redson, que falhou em dois lances capitais.
No Papão, Caíque, pelos motivos citados, saiu engrandecido. Gabriel Leite, Bruno Collaço, Elielton e Alex Maranhão tiveram bons momentos. Serginho não apareceu tanto e Deivid Souza passou em branco. O ponto negativo ficou por conta da dupla Micael e Perema, excessivamente nervosa com os avanços do impetuoso Quadrado.
A arbitragem teve atuação correta no aspecto disciplinar, mas os auxiliares vacilaram nos lances de impedimento.