
Por Alberto Helena Jr.
Ufa, enfim, o futebol brasileiro beliscou uma taça internacional, depois de ter caído fora da Copa do Mundo antes da hora e de o campeão brasileiro sequer chegar à final da Libertadores, o que exprime bem o momento em que vivemos.
E olhe que foi pelo buraco da agulha que o Furacão passou para meter a mão na Copa Sul-Americana, diante do Junior de Barranquilha – no último pênalti cobrado, por Tiago Heleno, depois de tantos desperdícios dos adversários.
O curioso é que, no começo, parecia que o Atlético PR iria se fartar diante do adversário, pois, aos 27 minutos, Pablo recebeu exato passe de Veiga, girou sobre o adversário e bateu no canto: 1 a 0.
Bastou isso, porém, pra que, a exemplo do que fazem nossos times no geral, o Furacão se recolhesse atrás da montanha, permitindo ao Junior avançar suas linhas, movimento que só foi surtir efeito aos 13 minutos do segundo tempo, quando Téo Gutierrez colheu cabeçada firme em cobrança de córner para empatar a partida:1 a 1.
Empate que seguiria prorrogação adiante, mesmo quando o juiz deu pênalti de Santos e Barrera, o craque dos colombianos, bateu por cima. Era o gol da conquista jogado fora, pois o Junior estava melhor e criando as maiores chances desde a segunda fase do tempo regulamentar, enquanto o Atlético dava claros sinais de fadiga..
Sobreveio então a decisão por pênaltis quando os colombianos desperdiçaram dois e os brasileiros um.
Se esse resultado não basta para dar ao nosso futebol a dignidade perdida há tantos anos, ao menos serve para premiar o Furacão, que tem sido um clube exemplar na construção de suas sólidas bases e que, neste ano, conseguiu se recuperar muito bem ao longo do segundo turno do Brasileirão. Processo que se consolida na primeira conquista internacional de um dos grandes do Paraná. Não é pouco.