Copa do Brasil 2017 – Primeira fase
Brusque x Remo – estádio Augusto Bauer, em Brusque (SC), 18h15
Na Rádio Clube, Valmir Rodrigues narra; João Cunha comenta. Reportagens – Giuseppe Tommaso e Paulo Caxiado. Banco de Informações – Fábio Scerni.
Copa do Brasil 2017 – Primeira fase
Brusque x Remo – estádio Augusto Bauer, em Brusque (SC), 18h15
Na Rádio Clube, Valmir Rodrigues narra; João Cunha comenta. Reportagens – Giuseppe Tommaso e Paulo Caxiado. Banco de Informações – Fábio Scerni.
O técnico Josué Teixeira ainda não definiu oficialmente o Remo para o confronto desta noite (18h15) em Brusque (SC) contra o time da casa, valendo pela primeira fase da Copa do Brasil. Além dos três desfalques certos (Flamel, Renan e Jaquinha), surgiu a dúvida quanto ao aproveitamento de Elizeu e Tsunami, ambos acometidos de forte virose.
Com base nos últimos treinos, o time mais provável é: André Luís; Henrique, Igor João e Zé Antonio; Tsunami; Marquinhos, Lucas Vítor (Elizeu) e Fininho e Rodrigo; Val Barreto e Edgar. O esquema deve ser mais de controle da posse de bola e exploração dos contra-ataques, pois o Remo joga pelo empate.
“Teve mudança de postura tática, os sistema está sendo outro, era uma forma com muita ligação, agora com posse de bola. Tem jogador que já conheço, o Assis, que trabalhou comigo, meia, organizador, com boa qualidade técnica. É uma equipe bem organizada atualmente. Temos que ter cuidados defensivos, mas não deixar de atacar”, disse o técnico, depois do treino em Brusque.
POR NIZAN GUANAES
Não existe propaganda tradicional. A propaganda deve ser uma forma de comunicação disruptiva que surpreende as pessoas. Propaganda tradicional se refere muito mais à maneira como a propaganda é veiculada do que como ela é pensada e criada.
Alguns dos maiores publicitários sempre se comunicaram por veículos inovadores.
Steve Jobs, o gênio criador da Apple, fez poucos comerciais. Ele foi um publicitário que pensava em design e relações públicas. Seus famosos lançamentos de produtos, no figurino calça jeans/gola rulê, eram propaganda disruptiva com mensagens tão eficientes quanto os produtos sendo lançados.
Ralph Lauren, o grande estilista e empresário americano, deu passado inglês aos Estados Unidos com suas lojas e coleções modernamente conservadoras. Ali a tradição era inovação, a mensagem era o meio.
A Abercrombie & Fitch fez coisa parecida no começo desta década em suas lojas que pareciam discotecas com música alta e jovens sem camisa circulando entre araras. No escuro das lojas, a marca brilhava.
A propaganda teve tantos caminhos e plataformas que toda a conversa hoje em torno de on e off, tradicional e disruptivo, reflete discussão que sempre acompanhou a atividade. As campanhas multitela atuais são a atualização, radical, do que existe desde os “mad men” da avenida Madison.
Mary Wells Lawrence criou nos anos 1960 uma campanha memorável para a companhia aérea Braniff acessando todas as plataformas disponíveis: o design dos aviões, a roupa das tripulações, o formato das poltronas.
O filme da campanha, “End of the Plain Plane” (algo como “o fim do avião sem graça”), pode ser visto no YouTube. O uso de todos os elementos de uma companhia aérea para se comunicar é fundamentalmente tão moderno hoje quanto em 1965.
Em cada empresa, um pensamento publicitário se apresenta. Entendê-lo e expressá-lo com a emoção certa é chave que abre as portas da percepção do público. Hoje, graças a Deus (e aos engenheiros), temos ferramentas e dados muito mais poderosos para acessá-lo, entendê-lo e entregá-lo o produto certo, na hora certa, no lugar certo, no preço certo. É muito recurso, que demanda algo mais: emoção.
Queremos mestres engenheiros em nossas agências, mas queremos também mestres da emoção.
Quando fizemos a campanha de bichinhos de pelúcia para a Parmalat, alguns publicitários acharam brega, torceram o nariz. Mas as mães e as crianças adoraram, e foi um tremendo sucesso.
A propaganda está dentro do fluxo constante de criação e comunicação que marca a humanidade. No best-seller “Sapiens”, o israelense Yuval Harari afirma que a capacidade do ser humano de acreditar em coisas imateriais, que só existem na imaginação, e comunicá-las de forma eficiente tornou possível às pessoas agir de forma coordenada para construir civilizações.
A propaganda é fio condutor da humanidade.
Jesus já fazia publicidade porta a porta. A Igreja Católica sempre usou big data, coletando dados em escala global nos confessionários das igrejas.
É verdade que antes da web as coisas pareciam mais simples. Para falar com o consumidor havia TV, mídia impressa, rádio, outdoor. Agora é mais complexo, no melhor sentido. A paleta se expandiu, elevando a nossa capacidade de promover marcas e produtos.
A publicidade não deve temer essas evoluções, mas abraçá-las, como estamos fazendo. Só não pode perder seu fio terra, o que transforma dados frios em laços quentes: a emoção. Ela será sempre a alma do negócio, mas sobretudo o negócio da alma.
***
Artigo originalmente publicado na Folha de S. Paulo em 14/02/2017 http://folha.com/no1858359
POR LUIS NASSIF, no Jornal GGN
(Publicado em 10/03/2016)
Uma pequena fábula sobre a hipocrisia nacional.
Na segunda-feira passada, o Carlos Velloso, ex-Ministro aposentado do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) brilhou no programa Roda Viva, defendendo a condução coercitiva de Lula para depor.
Pela primeira vez na história, um ex-presidente foi depor em camburão da polícia. Nem JK que, convocado, compareceu em seu próprio carro. Nem isso sensibilizou Velloso. Segundo ele, Lula teria sido intimado, não compareceu, dando direito aos procuradores da República de exigir a condução coercitiva.
***
Exagero? Certamente não. A jurisprudência é formada pela sucessão de sentenças em cima de fatos concretos. E o maior libelo contra esses abusos partiu do próprio Carlos Velloso. Em 2008, já aposentado do STF, Velloso foi intimado pela Polícia Federal a depor em inquérito da Operação Pasárgada, que investigava o desvio de recursos do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Ele tinha sido consultado por um dos acusados para pegar sua causa.
Ele estava sendo intimado pacificamente. Sua reação foi clara: não iria comparecer e só compareceria em local e data que ele definisse. Velloso foi se queixar ao então presidente do STF, ministro Gilmar Mendes (http://migre.me/tcaWj) do abuso da mera intimação.
Imediatamente Gilmar enviou ao presidente Lula a recomendação para edição de um projeto de lei punindo autoridades por vazamentos em operações sigilosas. Mendes declarou que estava disposto a combater vazamentos e prisões desnecessárias. No dia 27 de junho de 2008, o site do STF publicou mensagem de Velloso a Gilmar (http://migre.me/tcb4W).
“Não pude aceitar os termos da intimação que me enviou a Polícia Federal, deixada em meu apartamento e recebida ontem à noite, quando cheguei a Belo Horizonte para participar do casamento de um sobrinho. O mandado de intimação, datado de 25 do corrente, marcava meu depoimento para o dia 27, sexta-feira, às 9 horas da manhã, na sede da Superintendência em Minas Gerais, com a advertência de que o meu não comparecimento, sem motivo justificado, poderia ser passível de condução coercitiva, caracterizando ocorrência de delitos de resistência (art. 329), desobediência (art. 330) e desacato (art. 331), todos do Código Penal. Não é desse modo, evidentemente, que a Polícia deve se dirigir a um ex-presidente do Supremo Tribunal Federal e ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral”.
Se não é o modo de se dirigir a um ex-presidente do STF, porque seria no caso de um ex-presidente da República? Aliás, de forma muito mais grave porque a indignação de Velloso, no seu caso, foi despertada por uma mera intimação.
Dizia mais:
“A lei me concede a prerrogativa de marcar dia, hora e local para o depoimento, a atender a tal e ameaçadora convocação”.
Logo depois, Velloso recebeu comunicado do delegado indagando se pretendia receber um ofício marcando dia, hora e local por ele, Velloso, designados. “Decidi que o meu depoimento seria dado ainda hoje, no horário de 16 horas, mas no escritório do Centro Jurídico Brasileiro, em Belo Horizonte, que frequento para receber pessoas e, muitas vezes, emitir pareceres”.
“Respondo à indagação de um repórter, se estaria existindo uma retaliação contra meus últimos pronunciamentos sobre prisões espetaculares de advogados – presos e algemados – e de outros cidadãos suspeitos, aprisionados por cinco dias para deporem, prorrogáveis por outros cinco dias, nas operações policiais que recebem nomes, aparatos e convocações de centenas de agentes. Tenho verberado contra as invasões de escritórios de advocacia, sugerindo inclusive à Ordem dos Advogados do Brasil que processe as autoridades que se conduzirem com abuso de poder. Não posso admitir que, por estar defendendo prerrogativas dos advogados, eu seja alvo de retaliações. Não as temo. Não as aceito”.
Se nem uma intimação formal Valloso aceitou, o que não ocorreria se ele tivesse sido conduzido coercitivamente, como Lula? Hoje em dia, juiz de primeiro grau, promotor, obviamente desembargadores e ex-ministros têm direito a definir hora e local para a tomada de depoimentos. Segundo Velloso, um ex-presidente da República, não. É um desrespeito do próprio Velloso a um poder que, mais do que ninguém, caberia a ele honrar.
À beira da extinção, informação e curtição sem perder o sinal do Wi-Fi.
Autoajuda para céticos | Desenvolvimento pessoal | Cultura pop | Bambolê | Bem estar | Autoestima | Garota nerd| Representante Eudora
futebol - jornalismo - rock - política - cinema - livros - ideias