POR GERSON NOGUEIRA
A velha história de quem observa um copo com água pela metade está posta diante do Papão, hoje, no difícil compromisso contra o Vasco em São Januário. Há quem prefira ver o copo pelo lado positivo, entendendo que está quase cheio; como existem os pessimistas crônicos, que avaliam sempre que ele está meio vazio.
Para o Papão, o jogo de hoje pode representar o tão esperado divisor de águas dentro da Série B.
Enfrentar o melhor time da competição, dentro de seus domínios, é sempre algo a temer. Ao mesmo tempo, é uma belíssima oportunidade para mostrar qualidade e perseverança. Um triunfo em São Januário representará o resgate de todas as esperanças em uma boa campanha na Segundona.
Do ponto de vista psicológico, a partida tem todos os componentes para motivar os jogadores. Em primeiro lugar, é o principal jogo da rodada, com direito a maior espaço no noticiário nacional. Depois, há também a questão da valorização profissional.
Atuar bem contra o Vasco serve como referência para todos os jogadores. É vitrine.
No ano passado, em dois jogos no Rio de Janeiro, contra Fluminense (Copa do Brasil) e Botafogo (Série B), o Papão deixou uma imagem extremamente positiva e seu principal jogador, Yago Pikachu, sacramentou a transferência para um centro mais desenvolvido. Por coincidência, foi defender o próprio Vasco.
É claro que esses aspectos passam pela cabeça dos atletas e da comissão técnica do Papão, sem que se esqueça o potencial de risco representado pelo Vasco de Jorginho. Líder absoluto do campeonato, o Vasco só perdeu um jogo nos últimos 36 que disputou. Vencê-lo em São Januário nunca foi tarefa fácil. Daí o tamanho do desafio nos pés dos bicolores.
Jonathan, enfim entronizado no meio-de-campo, representa bem o espírito desafiador que o Papão precisa ter hoje à tarde.
De volante nos tempos de Evandro Almeida, passou a meio-campista de recursos, com habilidade para tocar o jogo, distribuir passes e executar finalizações certeiras, como no gol contra o Avaí no meio da semana.
As habilidades já eram conhecidas. O próprio Papão havia se beneficiado delas na Série B do ano passado. Depois de um recomeço não muito estável com Dado Cavalcanti, Jonathan tem novamente a chance de mostrar seus recursos no losango montado por Dal Pozzo para dar dinâmica e ritmo ao setor central do time.
Ao lado de Capanema, Recife e Rafael Costa, Jonathan será peça fundamental para que o Papão obtenha um bom resultado em território vascaíno. Em boa medida, dependerá dele o funcionamento da meiúca bicolor, tanto no aspecto defensivo quanto de apoio ao ataque.
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Euro manchada pela discriminação e pelo ódio
As agressões e insultos a jornalistas da Band que cobrem a Euro 2016 em Paris expõem a selvageria que ronda hoje o futebol no mundo. Mesmo em plena capital francesa, uma das cidades mais cosmopolitas do planeta, um evento de confraternização entre países não está imune ao racismo e à intolerância.
Os sentimentos de rejeição a povos do terceiro mundo integram a tabuada de setores conservadores e da direita ultra radical na Europa há muitos anos. Nunca saíram de pauta, mesmo depois que Hitler e seus seguidores foram derrotados, há 70 anos.
Para nós, brasileiros, fica a lição quanto ao que se prega e dissemina em nosso próprio país, sacudido há pelo menos dois anos por uma onda conservadora e reacionária nunca vista antes. Causa indignação o acontecido aos repórteres da Band por parte de torcedores alemães, mas é importante não esquecer que aqui mesmo floresce um rio caudaloso de ódio alimentado até por setores da mídia e das comunicações.
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Direto do blog
“As seleções da Euro praticamente tem algo em comum: o padrão tático. Toque pra cá, toque pra lá e dependendo da situação sai o gol. A média de gols está baixa. Mas creio que isso se deve a ausência dos grandes jogadores nos selecionados. Aqueles caras que colocam os atacantes na cara do gol quando bem ou quando não vão lá eles mesmos e assim o fazem. Só lembro de um cara que tem esse hábito, um tal de Iniesta. Sem esse tipo, o chamado craque, fica difícil pra todo mundo.”
Por Marcos Paulo, atento à carência de grandes craques nas seleções europeias.
(Coluna publicada no Bola deste sábado, 18)
A piranha nem jogou e já voltou pro banheiro kkkkkkkkkkkk comédia
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Eu sou da opinião do copo quase cheio, copo de conquistas onde só falta a confirmação de permanência na serie B para o copo encher de totalmente em 2016, porque aí concretizará a última obrigação do Paysandu este ano diante de sua apaixonada e muitas vezes impaciente Nação Bicolor. Mas isso não depende só desse jogo. Concordo que esse jogo importante é divisor de água na série B, dentro da condição que em caso de vitória dificilmente se voltaria a tocar no assunto de rebaixamento nos arraiais bicolores mesmo faltando dezenas de rodadas. Então diante de um time do Eurico Miranda favorito, jogando em casa, só quero do Paysandu muita garra, determinação e combate do início ao fim, mas sem entrar no desespero, porque nesse caso ate com derrota a torcida não fica chateada. O contrário se jogar com aquela apatia dos 4 jogos lá fora em que foi derrotado até agora, fica difícil a situação.
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Concordo também que um trunfo representará toda a esperança numa campanha das melhores nesta série B, não para acesso ou título porque já disse que isso não consta como obrigações obrigação do Paysandu para este resto de ano. Mas a esperança será em fazer uma campanha semelhante a 2015 onde ficou em 7 e conseguiu muitos pontos para o ranking nacional de clubes aumentando a diferença para 33 posições na frente do Clube do Remo, uma diferença jamais vista na história do futebol do Norte, em se tratando de REXPA. Nem mesmo quando o Remo liderou o ranking conseguiu essa vantagem.
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E já conhecendo um pouco a história desse treinador bicolor, ele é do tipo que pode até não dar certo, e isso só o futuro vai dizer. Mas uma coisa é inegável, se deixarem ele embalar uma sequência de vitórias igual as que Dado Cavalcante fez em 2015, onde assumiu por 2 vezes a liderança da competição mas não conseguiu acesso, com esse treinador atual o Paysandu chega lá na elite. porque o cara na maioria das vezes que embalou numa competição a frente de outras equipes , conseguiu acesso.
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Clássico é clássico, não tem favorito, portanto uma vitória bicolor, um empate ou até mesmo uma vitória do vascaína serão considerados resultados normais.
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